"DAI E SER-VOS-Á DADO"

Dárcio

VOCÊ é um Centro de emanação da natureza de Deus. A lei da Vida é a prática da Expressão! “Dai e ser-vos-á dado!”. Isso não se refere a dinheiro! O Reino não é deste mundo!

Expresse saúde! Expresse boa-vontade! Expresse os dons divinos! Expresse Deus que constitui sua vida! Assim fazendo, estará ccumprinco e comprovando a Lei:

“O Amor é o cumprimento da Lei”.

PERDOAR MELHORA O DESTINO

 
 
Se compreendermos que as pessoas boas ou más que aparecem em nossas vidas são atraídas pelo tipo de onda mental que irradiamos, entenderemos que não existem injustiçados. As leis mentais garantem a “atração dos semelhantes”, ou seja, conhecemos somente aqueles que possuem o mesmo padrão de subconsciente que o nosso. Portanto, julgarmos as pessoas significa julgarmos nosso próprio subconsciente: a mente que pensa em ser ladrão, que teme ladrão, que o tem sempre em foco, atrai ladrão; a mente que pensa em oferecer amor, benefícios, ajuda, atrai benfeitor.
 
Se temermos ladrões e assaltos, estaremos emanando esse tipo de onda mental do ladrão, pois a lei da mente não escolhe bem ou mal: ela atrai aquilo que nós próprios irradiamos.
 
O conhecimento deste mecanismo de ação da mente faz com que conheçamos também o motivo pelo qual o perdão é tão recomendado na maioria dos ensinamentos. O perdão melhora o nosso destino: elimina de nosso subconsciente os sentimentos negativos de mágoas e ressentimentos, evitando que ali permaneçam ocultos atraindo “coisas semelhantes” em nosso destino.
 
Há pessoas que se dizem incapazes de perdoar. Julgam que estarão ganhando alguma coisa com esse “amor-próprio”, mas é justamente o contrário. Por conservarem no subconsciente aquela negatividade tão fortemente arraigada, passam a vida toda colhendo frutos da mesma espécie. Se souberem que o “mal” feito pelos “outros” foi, na verdade, atraído por elas próprias, facilmente deixarão de culpá-los e se dedicarão a trabalhar efetivamente para purificar o subconsciente e torná-lo mais amoroso e positivo.
 
Perdoar significa desanuviar nosso subconsciente. O perdão pode ser praticado em secreto, pois atua para nós e dentro de nós. Muitos puderam comprovar a cura de doenças crônicas simplesmente após sentirem internamente o alívio produzido pela sincera prática incondicional do perdão.
 
 
MENTALIZAÇÃO PARA PERDOAR
 
 
Neste instante, eu perdôo plenamente a todos os meus parentes e pessoas com quem tive desentendimentos no passado. Perdôo a mim mesmo por ter guardado sentimentos negativos a respeito deles. Que sejam livres! Que sejam felizes! Sempre que surgir algum deles em minha mente, afirmarei decididamente: JÁ O DEIXEI LIVRE; SEJA FELIZ! Meu subconsciente está purificado e cheio de amor. Atraio somente coisas boas.
(mentalizar várias vezes, diariamente, até sentir o alívio interno que comprove o final deste tratamento mental) 
 
Pontos a serem observados:
 
1. Melhoramos nosso destino através da saturação de nosso subconsciente com idéias positivas e eliminação das negativas.
 
2. Para eliminarmos o negativismo do subconsciente, podemos fazer uso do perdão. Com ele, muito negativismo oculto vem à tona e é eliminado.
 
3. Perdoar não significa “passar por cima do mal que nos fizeram”. Significa eliminar do subconsciente a semente negativa ali retida, por causa do nosso desconhecimento das leis mentais.
 
4. O perdão é entendido quando aprendemos que nossas ondas mentais traçam o nosso destino e que jamais sofremos injustiças causadas pelos outros.
 
5. Atraímos o bem ou o mal segundo o nosso padrão mental. A prática sincera e consciente do perdão eleva este padrão e faz com que o nosso destino se torne cada vez melhor.
 
 

ESPELHO

(O PRINCÍPIO DO SUPRIMENTO)

Dárcio

A grande dificuldade inicial, no estudo da Verdade, está em se compreender a Revelação de que o mundo verdadeiro é espiritual e perfeito, enquanto este suposto mundo material é ilusório, puríssimo nada. Façamos uma analogia com o espelho e aquilo que ele reflete. Se diante dele colocarmos dez quilos de areia, ele refletirá dez quilos de areia que serão ilusórios! A imagem refletida parecerá ter dez quilos, o aspecto visto parecerá ser verdadeiro, ter cores, ter tudo que o objeto posto à frente dele realmente possui, mas, de fato, não terá realidade alguma!

Precisamos entender que esta “imagem no espelho” somente pode estar ali porque existe a imagem verdadeira fora do mesmo! O reflexo não tem realidade nem substância! É mero reflexo! Que revela a Metafísica? Revela que, assim como a areia vista no reflexo está fora do espelho, todos nós estamos fora deste “mundo material”, em Deus, exatamente agora. Que é a pessoa vista no mundo? Que é o mundo? Reflexos finitos da Realidade infinita. Que “espelho” nos apresenta este reflexo? A chamada “mente humana”. Ela é mero “espelho”, finito e limitado, que tenta refletir o infinito perfeito como “imagens finitas temporais”.

Se quisermos aumentar para vinte quilos de areia a quantidade mostrada pelo espelho de nossa analogia, que teríamos de fazer? Orar diante dele para que nos aumentasse a quantidade desejada? Não! Colocaríamos à frente dele mais dez quilos de areia, e, automaticamente, o reflexo apareceria aumentado para “vinte quilos”. Este é o princípio do suprimento, ensinado pela Metafísica.
Se quisermos mais suprimento visível, precisamos colocar diante da mente (espelho) aquele aumento de Substância. De que Substância dispomos? De Deus, pois Deus é a única Substância real e onipresente! Eis por que é sempre reiterado que “Deus é a Fonte Única de Suprimento!” Fechamos os olhos, diante do “espelho-mente-humana”, e reconhecemos o fluxo infinito do Suprimento divino em nosso interior, em nossa Consciência. Assim, naturalmente, aparecerá o “reflexo visível” dessa Substância invisível, reconhecida como estando presente.

Quem entender esta analogia do espelho, entenderá a base dos princípios revelados, e terá conhecido o significado das palavras de Cristo: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e Sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas”.

"CREDE QUE RECEBEREIS, E TEREIS"

BAIRD SPALDING

(Extraído de: A Vida e os Ensinamentos dos Mestres do Oriente)

Se soubermos positiva­mente que o que pedimos já é nosso, saberemos que estamos trabalhando de acordo com a lei. Se o desejo for satisfeito, saberemos que a lei se cumpriu. Se o desejo não for realiza­do, saberemos que pedimos algo despropositado. Deveríamos saber que o erro é nosso e não de Deus.

“As instruções, portanto, são: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente e com toda a tua força.’ Agora desçam bem ao fundo da própria alma — não com maus presságios, nem com medo nem com descrença, mas com o coração livre, grato, sabendo que o que de que necessitam já é de vocês.

“O segredo reside em obter a reparação; obter a consciência disso, segurá-la com firmeza e nunca se desviar dela, a despeito da oposição do mundo inteiro. ‘Por mim, não posso fazer nada’, disse Jesus. ‘O Pai que mora em mim é Quem faz o trabalho.’ Tenham fé e não temam. E não se esqueçam de que não há limitação para o poder de Deus. ‘Todas as coisas são possíveis.’

“Usem palavras positivas ao fazer seus pedidos. Não há nada, a não ser a perfeita condição desejada. A seguir, plantem na alma a semente perfeita da idéia, e somente ela. Agora, peçam para manifestar saúde e não para ser curados de alguma doença; para expressar harmonia e realizar a abundância — e não para ser libertados da desarmonia, da miséria e das limitações. Joguem fora essas coisas como jogariam fora uma roupa velha. Elas são apenas cediças e ultrapassadas; os senhores podem desfazer-se delas alegremente. Não voltem sequer os olhos para contemplá-las. Elas não são nada — nada.

“Preencham os espaços aparentemente em branco à sua volta com o pensamento de Deus, Deus infinito. Lembrem-se em seguida que a palavra Deus é uma semente. E que precisa crescer.

“Deixem o como, o quando e o onde nas mãos de Deus. O trabalho dos senhores consiste tão-somente em dizer o que desejam e em dar graças sabendo que no momento em que pediram, receberam. Todas as particularidades desse produzir é obra do Pai. Lembrem-se de que Ele fez o trabalho. Executem fielmente a parte de vocês; deixem e confiem a Deus a parte dEle. Peçam. Afirmem. Busquem a Deus para pedir-Lhe o que desejam; em seguida, recebam a realização de Deus.

“Tenham sempre em mente a idéia da abundância de Deus. Se outro pensamento sobrevier, substituam-no pelo da abundância de Deus e bendigam essa abundância. Dêem graças constantemente, se for necessário, pela realização da obra. Não voltem novamente ao pedido. Apenas dêem graças pela conclusão da obra, pelo fato de que Deus está trabalhando nos senhores, por estarem recebendo o que desejam, pois só desejam o bem para poderem dar o bem a todos. Façam isso em silêncio e em segredo, e seu Pai, que vê o segredo da sua alma, os recompensará abertamente.

“Quando a demonstração estiver completa, os senhores olharão para trás, para o tempo dado fielmente como um dos seus maiores tesouros. E terão provado a lei e compreenderão o poder da sua palavra pronunciada com fé e bênção. Não se esqueçam de que Deus aperfeiçoou o Seu plano. Ele derramou, e está sempre derramando sobre nós, amo­rosa e prodigamente, todo o bem e todas as coisas boas que podemos desejar. Mais uma vez diz Ele: ‘Experimentem-Me e vejam se não abrirei as janelas do céu e se não derrama­rei uma bênção tamanha que não haverá espaço para recebê-la.’

(A Vida e os Ensinamentos dos Mestres do Oriente – Baird Spalding)

A RELAÇÃO MENTE E ESPÍRITO

Dárcio
( IV )
Um “Não” à Dualidade
Jamais devemos aceitar a existência de um Universo espiritual, perfeito e invisível, e aceitar, paralelamente, um “outro” Universo visível e imperfeito, que evolui pouco a pouco rumo à perfeição. Tal dualidade compromete toda a realização da Verdade. HÁ SOMENTE UM UNIVERSO! ESPIRITUAL, INFINITO E PERFEITO. NELE ESTAMOS AGORA! A SUPOSTA MENTE HUMANA NÃO O PODE VER, MAS ELE AQUI SE ENCONTRA, E ESTAMOS TODOS NELE, EXATAMENTE AGORA.
A ilusória aceitação de “dois” Universos se deve ao “julgamento segundo as aparências”. “Aparências” são conceitos finitos e distorcidos que a mente humana cria sobre o Universo, pois ela não consegue vê-lo tal como realmente ele é. Portanto, estes conceitos devem ser reconhecidos como NADA! O “progresso”, neste estudo, é proporcional ao nosso radical abandono do conceito ilusório de Universo, para que se dê a revelação de nossa atual presença no perfeito Universo divino, que é único. “Em Deus vivemos, nos movimentamos e temos o nosso ser” (Atos 17; 28).
Caso continuarmos crendo num mundo humano e imperfeito, olhando-nos e ao nosso próximo com os ilusórios “olhos” da mente humana, estaremos, certamente, dentro da lógica do mundo, mas isto em nada contribuirá para o nosso Despertar espiritual. Poderia a lógica humana entender o perdão ou o amor incondicionais? Poderia entender que “o Reino não é deste mundo”? Sabemos as respostas.
Sejam quais forem os aspectos visíveis “deste mundo”, sejam quais forem os aspectos visíveis de nosso ser, é preciso que os encaremos como NADA: são pura ILUSÃO! Tanto os bons como os maus aspectos do cenário visível são ilusórios: o “quadro todo” deve ser visto como ilusório! Fazendo uma analogia, seria como se alguém estivesse vendo uma novela pela TV, envolvido com ela, e repentinamente outra pessoa desligasse o fio da tomada para que, com o sumiço da imagem da tela, ele se desse conta de que a “realidade” estava sendo o cenário de sua casa. Não somos “pessoas deste mundo”; somos Deus manifesto comoseres individuais. Se deixarmos o envolvimento com o “quadro humano”, ficando com a “mente transparente à Verdade”, e SOMENTE à Verdade, surgirá o chamado “paraíso terrestre”, um harmônico conceito tridimensional, que será meramente um “reflexo visível” do VERDADEIRO E ÚNICO UNIVERSO AQUI PRESENTE, QUE É PURAMENTE ESPÍRITO.

DESESTABILIZAÇÃO MOMENTÂNEA

Dárcio

Quando projetamos estampas numa tela, de início, costumamos observar se as imagens estão saindo bem nítidas. E, notando que não, ajustamos o foco do projetor até que a nitidez seja a melhor possível, Neste processo do ajuste, as imagens na tela se deformam, sofrem todo tipo de desestabilização, até se firmarem como devem. A pessoa que as projeta não fica preocupada com as distorções momentâneas que ocorrem até que a nitidez se estabilize; por quê? Por saber que as distorções são naturais e necessárias para que se atinja uma imagem projetada ideal.

Assim também se dá conosco neste estudo da Verdade. Quando passamos a nos posicionar conscientemente em unidade com Deus, objetivando a percepção da Realidade perfeita, as “projeções” das aparências, na tela da mente humana, começam a sofrer uma desestabilização para chegar ao “ponto ideal”, como ocorre com as estampas na tela de projeção. Alguns, por desconhecerem este mecanismo, se preocupam, vendo estas “aparências deformadas”, e pensam que o estudo não está adiantando, ou que a situação, em vez de melhorar, piorou, etc. É preciso que a pessoa se mantenha firmemente consciente de ELA E DEUS FORMAM UM SÓ CORPO, até as aparências visíveis “se acomodarem” ao foco da Verdade para se mostrarem em harmonia estável neste “mundo de aparências”.

“Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser (Atos 17; 28). Nesta Verdade deve VOCÊ permanecer! As aparências, sejam as anteriores, as em mutação ou as futuras que se mostrem harmonizadas, são sempre apenas”aparências”. Permaneça na Verdade: reconheça: Deus Se expressa como o ser individual que EU SOU”; desse modo, as aparências caminharão no sentido de “refletir” a imutabilidade perfeita da Realidade divina.

. Muitos, por desconhecerem esse mecanismo, se preocupam.

"TEU PAI QUE VÊ SECRETAMENTE"

Dárcio

“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e,
fechando a tua porta, ora a teu Pai, que está em secreto;
e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.
Mateus 6; 6
A Visão de Deus é absoluta. Deus jamais poderia ver ilusão; assim, Deus jamais poderia ver em cada um de nós algo diferente da perfeição. Quando oramos, devemos ter em mente que a visão humana, sugerida como sendo a visão que temos, nada vê em nós, em nosso próximo ou em nossa vida, e que tenha realidade absoluta.
A mente humana “vê” somente os sonhos de sua própria natureza nula. Jesus sabia disso, e que, se fôssemos meditar, mantendo de início esta cegueira humana , iríamos “dividir a casa”, querendo, da oração alguma “correção de ilusão”. Assim, disse: “fecha a tua porta”, ou seja, deixe de aceitar as aparências externas, e “TEU PAI, QUE VÊ SECRETAMENTE, TE RECOMPENSARÁ”.
Faça isso: não se esforce mentalmente durante as meditações; isole-se mentalmente “deste mundo” e saiba claramente que Deus o vê com Sua Visão absoluta e perfeita! Contemple-se sendo VISTO por Deus! Deixe que Deus dê o testemunho divino sobre VOCÊ!

OUÇO E SIGO A ORIENTAÇÃO DIVINA!

UNIDADE

Saber ouvir é saber calar; mormente quando se trata de aquietar as muitas vozes negativas do íntimo, para ouvir e seguir a orientação divina. Deus fala quando a persona se cala.

Constantemente estamos fazendo escolhas e tomando decisões. Algumas mudam a tônica de nossas vidas e nos levam a mais decisões ainda. Mas se não descuidamos o equilíbrio interior, pela prece e meditações da Verdade, com períodos de silêncio, pedindo ao Pai nos orientar — teremos visão e discernimento claros para assumir as resoluções mais acertadas.

A mente humana é muito mais que o intelecto. S. Paulo esclarece: “Temos a mente de Cristo”. Quer dizer: devemos transcender o intelecto e alcançar níveis mais profundos da mente, para de lá receber a orientação do Cristo interno, que nos deseja ajudar. Mas essa transmentação requer quietude, sintonia e desejo de orientação. Se nos julgamos muito auto-suficientes, fechamo-nos em nossa pretensão e nos vemos limitados às nossas possibilidades humanas.

Exercitemo-nos para alcançar esse privilégio!

Confia no Senhor de todo o teu coração. Não te estribes no próprio entendimento.

PROVÉRBIOS; 3,5

RESSURREIÇÃO

JOEL S. GOLDSMITH

Ressurreição, em seu sentido místico, significa ressuscitar o Filho de Deus do sepulcro dos sentidos físicos. É também ressurreição no sentido de se erguer do conceito físico de corpo para a realização da consciência espiritual como governante de todas as formas.

A revelação da vida viviva pela Graça, em vez de sob a lei, consiste na revelação da consciência do indivíduo como uma lei de ressurreição, cura e proteção quanto ao corpo, negócios, lar, e bem-estar em toda forma, e nós começamos a ver como a consciência — a consciência do indivíduo –, sem assumir pensamentos e sem os direcionar, se torna a lei de harmonia de nossa experiência.

O QUE SE VÊ NÃO EXISTE

Dárcio

O que se vê com a mente humana não existe! O que existe é somente a Substância-Deus, Luz infinita, em eterna manifestação perfeita, e que inclui VOCÊ. Portanto, sejam quais forem os problemas “vistos” pela mente humana, solte-os de sua atenção! “Vinde a MIM (Consciência da Verdade) e EU vos aliviarei”. Esta “ida ao Cristo” de seu próprio ser, com a convicção de que “o que se vê com a mente humana não existe”, o deixa em unidade somente com a perfeição que existe! Perceba essa unidade gloriosa AGORA MESMO!

“Quem permanecer em MIM dará frutos”, disse Jesus, garantindo que, se VOCÊ se abstrair das ilusões visíveis, para radicalmente se compenetrar da Substância-Deus que VOCÊ JÁ É, a SUA Luz, assim reconhecida, “limpará” todas as falsas negatividades da suposta vida humana.

VOCÊ é Filho de Deus, e não vítima humana de crenças temporais deste mundo!

MEDITAÇÃO DE SEGUNDOS

DÁRCIO

A ação de Deus em nós é constante, mas, através de orações curtas podemos fazer melhor sintonia, quando nos dedicamos, por poucos segundos, unicamente em perceberde Sua amorosa Presença em nós.

Cerre os olhos por alguns segundos, e medite:

Pai, estou aberto e atento unicamente à Tua atividade amorosa em mim. Silencio-me por alguns segundos para perceber a Tua Presença una comigo.

(Em seguida, permaneça receptivo por alguns segundos)

A DOENÇA COMO CRENÇA

Dárcio

Quando alguém se imagina doente, com algum assim-chamado distúrbio “físico”, deve, imediatamente, saber que a questão é puramente mental e jamais física! O corpo físico, sendo matéria, não sofre nem sente dor! A sensação vem da mente envolvida com crenças infundadas, onde a principal é a de que estamos separados de Deus, ou que Deus não constitui a substância perfeita que é o nosso corpo verdadeiro.

Que devemos fazer? Meditar e contemplar o nosso corpo espiritual já perfeito! Entender que nossa soltura na ação de Deus em nós faz com que as névoas da crença se dissolvam na mente humana! Se persistirmos em aceitar que a luz divina, fluindo em nós, erradica as crenças falsas geradoras da ilusão de doença, teremos a chamada “cura”. Assim, não devemos meditar pensando em curar o corpo! Ele está perfeito sempre! Entendamos que a Luz de nosso corpo, se irradiando livremente através da mente receptiva, elimina a imagem falsa de doença nela retida! A saúde está sempre em nós! Esta é a Verdade a ser contemplada com determinação e confiança.

O ÚLTIMO INIMIGO

Joel S. Goldsmith
( I )
Todos demonstram interesse pelo assunto da imortalidade — imortalidade aqui e agora, neste corpo, e não imortalidade a ser alcançada após a morte. É neste próprio corpo que podemos experienciar a imortalidade, neste próprio corpo que ora utilizamos como instrumento. Não iremos perder nosso corpo, mas perderemos o conceito falso que dele fazíamos , pela conscientização de sua natureza verdadeira.
Com a perda das noções errôneas de doença, acidente e velhice, e com a conscientização do corpo perfeito, não ocorre a perda do corpo; ocorre, simplesmente, a perda do falso conceito do corpo. Em nossa meditação diária, vamos assim conscientizar a imortalidade, aqui e agora — a imortalidade deste corpo e deste universo –, para que possamos descartar todas as crenças falsas que o mundo retém em relação ao corpo e ao universo.
“Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte”. Para muitos, isto pode parecer bastante desencorajador. Mas, de uma coisa podemos ter certeza: seja ou não este, o último inimigo a ser aniquilado, ele não será vencido enquanto nós não começarmos a vencê-lo, enquanto nós não tomarmos alguma atitude quanto a ele. Passar de ano em ano somente repetindo: “Bem , a morte será o último inimigo a ser vencido”, não irá fazer com que ela seja adiada. Se desejarmos adiar a morte, e finalmente vencê-la, teremos de começar agora mesmo.
Que é a morte? A morte parece ser uma parada momentânea da consciência. Porém, a consciência não pode permanecer ou estar em estado inconsciente. De fato, a consciência jamais pode se tornar inconsciente. O que chamamos de morte não passa de um lapso aparente de profunda inconsciência, do qual nos tornamos conscientes novamente, de modo similar ao que ocorre quando dormimos.
O Corpo Expressa a
Atividade Da Consciência
O passo inicial para vencermos a morte está na conscientização de que o corpo não possui qualquer inteligência pela qual possa viver ou morrer. O corpo não tem inteligência para apanhar um resfriado, e para conseguirmos um resfriado para ele, teremos de permitir a atividade da mente carnal aceitando as crenças do pensamento humano; e teremos de agir de igual forma, para contrairmos para o corpo qualquer outro tipo de doença. A doença humana nunca é contraída pelo corpo nem através dele. O corpo não possui inteligência: ele não pode se mover; é inerte; e, como uma sombra, reflete o nosso próprio estado de consciência. Toda doença, portanto, que aparenta ser do corpo, é contraída através da atividade da mente humana, pela sua aceitação das crenças universais. O primeiro ponto, nesse caso, para que a morte seja vencida, está em se superar a crença de que o corpo possui, de si próprio, capacidade de viver ou morrer, e conscientizar que o corpo tem somente a capacidade de refletir ou expressar a atividade de nosso próprio estado de consciência.
Quando nós aceitamos, na consciência, o pensamento ou crença de morte, é que o corpo sucumbe a ela. Tem sido dito, várias e várias vezes, tanto por metafísicos como por médicos, que as pessoas morrem somente quando dão o seu consentimento. De uma maneira ou outra, isso é verdadeiro. Consciente ou inconscientemente, é dado o consentimento para que ocorra a morte. Se você compreender este ponto de modo suficientemente claro, não apenas poderá adiar, e provavelmente dominar a morte, mas ainda ficará de posse de uma verdade que lhe possibilitará dar atendimento aos chamados referentes a doenças e senilidade.
O fato de um indivíduo, no caminho espiritual, experienciar a morte ou “passagem”, não significa, necessariamente, que ele tenha morrido. Por favor, lembrem-se do seguinte: o que estou lhe dizendo não é produto de minhas suposições, nem algo que tenha lido em algum livro; tudo que tenho dito vem de experiência real em revelações interiores.

O ÚLTIMO INIMIGO

Joel S. Goldsmith
( II )
Progresso ou Retrocesso
Quando as pessoas na corrida normal da vida morrem, ocorre apenas momentâneo lapso de consciência, do qual elas despertam praticamente nesse mesmo grau de mortalidade ou sentido material. Não se tornam mais avançadas ou mais espiritualizadas por causa da “passagem”; sua materialidade não se converte em espiritualidade. Talvez possam se livrar de uma dor imediata, ou de uma doença imediata, mas tal libertação se assemelha à trazida pela medicina. A ajuda médica poderia livrá-las da dor ou da doença, mas nunca as faria avançar espiritualmente. Do mesmo modo, mesmo que o fenômeno da morte possa aliviá-las de alguma doença ou calamidade, isso não alterará o nível de consciência delas; e irão permanecer no mesmo nível material ou mortal, e com a mesma oportunidade de, em dado momento, avançar no caminho espiritual ou retroceder. A escolha é delas, tanto aqui como no depois. Isso tudo, naturalmente, se aplica àqueles que no nível comum da existência humana morrem por acidente, doença ou pela comumente chamada “morte natural”
Os que deixam este plano de existência enquanto estão nas baixas esferas da vida, ou seja, como um alcoólatra, um viciado em drogas, um criminoso ou qualquer outro estado grosseiro da materialidade, irão permanecer no mesmo nível após a sua “passagem”. A materialidade deles se tornará ainda mais densa, embora em alguma época, despertando para a verdadeira identidade, possam mudar o curso e iniciar a ascensão espiritual.
O estudante de religião ou metafísica, que experiencia a morte ou “passagem” quando em ascensão espiritual, enquanto se eleva em sua trajetória, não somente desperta bem avançado no caminho, mas, em muitos casos, se for ampla a sua proximidade com relação à verdade espiritual, sua “transição” poderá significar uma libertação completa da experiência física ou mortal. É esta a libertação contida na mente dos seguidores de certas religiões ocidentais que, ao lado de seus ensinamentos sobre a reencarnação, fazem referência ao estado que almejam atingir para se livrarem de voltar à terra. Em outras palavras, alguns indivíduos atingem tal nível de consciência espiritual, que têm pleno conhecimento de sua verdadeira identidade, e de que o chamado corpo físico não constitui o ser e não possui inteligência por si mesmo, mas é um veículo ou instrumento pelo qual eles aparecem como forma. A estes, a experiência da “passagem” pode encerrar o envolvimento com a consciência de sentido mortal ou material, fazendo com que eles passem à plenitude do viver espiritual.

O ÚLTIMO INIMIGO

Joel S. Goldsmith
( III )
Vencendo o Mundo
Temos a oportunidade de dominar a morte por completo, no sentido de permanecermos aqui na terra em nossa forma presente e nas contínuas e progressivas aparências que esta forma venha a assumir. Não sei se isso vem sendo feito ou não, mas há esta oportunidade. Contudo, o ponto importante não é este. Se iremos aqui permanecer por duzentos ou por dois mil anos, não tem maior importância do que se viajarmos para Nova York, para a Califórnia ou Europa. Não tem importância alguma o lugar em que iremos viver. O importante é como vivemos e porque vivemos. O ponto importante é em que nível de consciência estamos vivendo. Estamos vivendo de forma tal que, seja qual for o local ou plano de existência, dominamos os obstáculos da mortalidade e da materialidade?
Uma das últimas declarações de Jesus foi a seguinte: “Eu venci o mundo”. Mas era ainda Jesus que estava dizendo aquilo, enquanto estava no mesmo corpo. “Eu venci o mundo”. Também nós “vencemos o mundo”, à medida de nossa conscientização:
Este corpo não é um poder sobre mim. Eu sou a vida, a mente, a inteligência e o poder que governam este corpo. Não eu, um ser humano, mas Eu, a divina consciência do Ser, dirijo este corpo, este negócio, este lar, este ensinamento e este algo mais dentro da faixa da minha consciência.
O grau de nossa conscientização de que esta Consciência nos governa é o grau com que “vencemos o mundo”. E poderemos caminhar sobre as águas, caminhar entre os micróbios, caminhar entre campos de batalha ou catástrofes, sem que nenhuma dessas condições tenha grande efeito ou poder sobre nós, pois, dentro de cada um de nós, estou Eu, e Eu sou o poder que rege toda a nossa experiência. Onde quer que estejamos, seja qual for a condição ao nosso redor, iremos nos achar diariamente alimentados, vestidos e abrigados. Se preciso for, encontraremos o maná caindo do céu; se preciso for, acharemos ouro na boca de um peixe; se preciso for, veremos pães e peixes serem multiplicados. De uma forma ou outra, seremos supridos diariamente com tudo o que se fizer necessário, seja na forma de pessoa, lugar, coisa, circunstância ou condição. Mas esta nossa experiência ocorrerá somente quando vencermos o mundo.
O processo para vencer o mundo tem início com a nossa compreensão da unidade, da nossa união com Deus, com a nossa conscientização de que “eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma”, tudo que está fluindo através de mim é a vida, a saúde e a plenitude, que Deus é.
Isto disse o Senhor: Não se glorie o sábio no seu saber, nem se glorie a fonte na sua força, nem se glorie o rico nas suas riquezas; porém, aquele que se gloria, glorie-se em me conhecer, e em saber que eu sou o Senhor que exerce a misericórdia, a egoidade e a justiça sobre a terra.
MALAQUIAS 9; 23,24
No momento em que começamos a perceber que tudo que temos é do Pai, que é universal, impessoal, imparcial e, portanto, que não temos direitos nem patentes, estaremos abrindo nossa consciência ao fluxo; e, é quando aquele governo se responsabiliza por nosso corpo, nossos negócios, nosso lar, onde quer que estejamos.

O ÚLTIMO INIMIGO

Joel S. Goldsmith
( IV )
(Final)
Ressurreição e Ascensão
Na consciência de Deus., não existe morte. Deus não pode morrer. Deus é vida eterna e a Consciência infinita não pode morrer ou ficar inconsciente. Deus, a divina Consciência, está sempre Se expandindo, Se revelando, manifestando e expressando a Si mesmo como consciência individual. Deus é a sua consciência individual e esta consciência não pode morrer. Se Deus pudesse morrer, ou ficar inconsciente, então, e somente então, poderia você morrer. Como Deus é a vida individual, poderia esta vida morrer? Poderia esta vida, que aparece como sua forma ou corpo, desaparecer da terra? Não; pode somente sair do campo de visão da mortalidade, através do processo da “ascensão”.
Quando nós, por nós mesmos, elevamos a nossa consciência acima da crença de que a vida está no corpo, e que o corpo controla a vida, experienciamos a ressurreição; obtemos a convicção de Jesus, ao dizer: “Derrubai este templo, e em três dias o levantarei” (corpo). Quando estamos imbuídos da compreensão de que a divina Consciência, que é a consciência individual, governa e controla nosso corpo, e quando percebemos individualmente a verdade de que a nossa própria consciência é o poder da ressurreição, de reconstrução, temos a nossa experiência da ressurreição. E então, virá a ascensão.
A ascensão vem da conscientização de que Deus está revelando a Si próprio como o nosso ser individual, e como o Espírito deve aparecer ou Se manifestar como forma, então este corpo é tão espiritual, imortal e eterno quanto a Espírito-substância com que é formado. Com a luz dessa conscientização, virá a nossa ascensão.
Existe um significado espiritual trazido a nós pelo nascimento, crucifixão e ascensão do Mestre: se existe uma progressiva expansão da consciência, até que o nascimento e a crucifixão se cumpram em nós e tenhamos atingido a ascensão, não mais no corpo, mas como uma lei sobre o corpo, nunca mais teremos de retornar àquelas experiências. A ascensão é o estado de consciência que sabe que o corpo não controla a vida, mas que a vida, sim, controla o corpo. O Mestre provou ter atingido este estado de consciência quando, referindo-se à sua vida, disse: “Eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la”, e disse também: “Derrubai este templo (corpo), e em três dias o levantarei”; ou, em outras palavras, “Eu, Consciência, controlo este corpo. A Consciência controla o corpo pelo deixar que a Consciência do Eu Sou forme, de Si mesma, as maravilhas e belezas que nós denominamos aqui e agora.
FIM

A RELAÇÃO MENTE E ESPÍRITO

Dárcio
( IV )
Um “Não” à Dualidade
Jamais devemos aceitar a existência de um Universo espiritual, perfeito e invisível, e aceitar, paralelamente, um “outro” Universo visível e imperfeito, que evolui pouco a pouco rumo à perfeição. Tal dualidade compromete toda a realização da Verdade. HÁ SOMENTE UM UNIVERSO! ESPIRITUAL, INFINITO E PERFEITO. NELE ESTAMOS AGORA! A SUPOSTA MENTE HUMANA NÃO O PODE VER, MAS ELE AQUI SE ENCONTRA, E ESTAMOS TODOS NELE, EXATAMENTE AGORA.
A ilusória aceitação de “dois” Universos se deve ao “julgamento segundo as aparências”. “Aparências” são conceitos finitos e distorcidos que a mente humana cria sobre o Universo, pois ela não consegue vê-lo tal como realmente ele é. Portanto, estes conceitos devem ser reconhecidos como NADA! O “progresso”, neste estudo, é proporcional ao nosso radical abandono do conceito ilusório de Universo, para que se dê a revelação de nossa atual presença no perfeito Universo divino, que é único. “Em Deus vivemos, nos movimentamos e temos o nosso ser” (Atos 17; 28).
Caso continuarmos crendo num mundo humano e imperfeito, olhando-nos e ao nosso próximo com os ilusórios “olhos” da mente humana, estaremos, certamente, dentro da lógica do mundo, mas isto em nada contribuirá para o nosso Despertar espiritual. Poderia a lógica humana entender o perdão ou o amor incondicionais? Poderia entender que “o Reino não é deste mundo”? Sabemos as respostas.
Sejam quais forem os aspectos visíveis “deste mundo”, sejam quais forem os aspectos visíveis de nosso ser, é preciso que os encaremos como NADA: são pura ILUSÃO! Tanto os bons como os maus aspectos do cenário visível são ilusórios: o “quadro todo” deve ser visto como ilusório! Fazendo uma analogia, seria como se alguém estivesse vendo uma novela pela TV, envolvido com ela, e repentinamente outra pessoa desligasse o fio da tomada para que, com o sumiço da imagem da tela, ele se desse conta de que a “realidade” estava sendo o cenário de sua casa. Não somos “pessoas deste mundo”; somos Deus manifesto como seres individuais. Se deixarmos o envolvimento com o “quadro humano”, ficando com a “mente transparente à Verdade”, e SOMENTE à Verdade, surgirá o chamado “paraíso terrestre”, um harmônico conceito tridimensional, que será meramente um “reflexo visível” do VERDADEIRO E ÚNICO UNIVERSO AQUI PRESENTE, QUE É PURAMENTE ESPÍRITO.

ÚNICO

Marie S. Watts

No ilusório mundo da aparência, parece existir positivo e negativo para tudo. Parece haver um NÃO para cada SIM. Parece haver uma mentira ou falsidade para cada Verdade; e haver uma ilusão para cada fato. Tudo isso tem seu fundamento no dualismo, que se baseia na ilusão de que há duas mentes, dois poderes, e que um poder se oponha ao outro.

Se houvesse alguma Verdade nesta ilusão, necessariamente haveria oposição. Toda consideração da palavra oposto implica oposição. Se houvesse um oposto ao Bem, Deus, ele teria de ser o mal. Se o mal pudesse existir em oposição a Deus, este mal teria de existir como um poder capaz de se opor ou resistir à Onipotência que é Deus. O certo é que Deus não se opõe nem resiste a Si mesmo. Portanto, qualquer ilusão de uma presença ou poder de oposição há de ser o falso pressuposto de que existe outra presença ou poder que não seja Deus. Eis toda a base da dualidade, e a dualidade parece constituir nosso maior obstáculo, no que diz respeito a ver as coisas como realmente são.

Há muitos estudantes sinceros que sentem a necessidade de afirmar o Bem e negar o mal. Com efeito, a maioria de nós vem aplicando os chamados “tratamentos”, com a utilização de afirmações e negações. É verdade que chegamos a constatar diversas manifestações maravilhosas da perfeição mediante nossos tratamentos baseados em afirmações e negações. Entretanto, verificamos estes mesmos tratamentos também se mostrando ineficazes para revelar a Perfeição onipresente que constitui o fato ou a realidade. Com freqüência ficávamos a imaginar por qual motivo se dava a revelação da manifestação da Perfeição numa situação, enquanto numa outra, isto não acontecia.

Entre nós, alguns nunca foram capazes de afirmar a Verdade e negar o erro. E outros, fizeram uma breve tentativa nesse sentido, mas concluíram não ser este o enfoque a nós destinado. Caso tenhamos experienciado um simples lampejo do fato eterno de que Deus é Tudo, não poderemos dar “tratamento”, no sentido aceito dessa palavra, e tampouco poderemos fazer uso de afirmações e negações.

Nós observamos que, para um tratamento ser dado, é preciso haver a aceitação de alguma condição maligna em oposição a Deus, o Todo. Sabemos, ainda, que todas as afirmações e negações teriam de estar baseadas numa falsa premissa. A impossível base de tal premissa falsa é a de que Deus seria Tudo, mas que algo, sem que fosse Deus, estaria existindo. Obviamente, isto soa como ridículo; mas, realmente, qualquer dualidade é ridícula para todos nós que sabemos que Deus é Tudo.

Toda declaração afirmativa tem por base o fato incontestável de que Deus é Onipotência e Onipresença; Toda declaração de negação, por sua vez, se baseia na suposição de que existe uma presença e um poder que não seja Deus, o Bem, mas o mal; além disso, prevê que esta presença e poder do mal devam ser negados e contrariados. Este é o ponto exato em que a dualidade reclama atenção; e a maioria das falhas de não-percepção da Perfeição onipresente manifesta pode ser atribuída à falsa suposição do dualismo.

Talvez o que acabamos de expor dê a entender que fazemos críticas aos estudantes sinceros que se utilizam de afirmações e negações. Nada poderia estar mais longe da verdade. Entendemos que, se não houvesse nenhum mérito nessa prática, não se realizaria sequer uma simples manifestação da perfeição por meio de sua utilização. Apenas explicamos não ser este o caminho para aqueles, dentre nós, que já puderam perceber e se estabelecer firmemente no fato de que Deus é Tudo; Tudo é Deus.

Jesus reconheceu que alguns, provisoriamente, iriam sentir a necessidade de fazer afirmações e negações. Você irá recordar que, em Mateus 5; 37, ele diz: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” Este sim é referente à afirmação; e o não, à negação. Certamente ele deve ter notado que grande parte de seus ouvintes estava com esta visão do sim, sim; não, não. E entendia que, para estes, útil seria que prosseguissem neste caminho, até que se revelasse, no interior da própria Consciência, o fato de que Deus é Tudo. Jesus demonstrou de diversas formas esta grande compreensão complacente. Ele sempre lhes falava sob o ponto de vista da percepção espiritual em que pareciam estar. Em outras palavras, ele procurava alcançá-los em seu ponto máximo de elevação. Isto explica o uso freqüente que fazia de parábolas.

Todavia, Jesus sabia que havia um caminho além das afirmações e negações. Sabia que, por Deus ser Tudo, nada poderia existir para oferecer resistência, e que não poderia haver opostos. De fato, no 39° versículo deste mesmo capítulo de Mateus, encontramos Jesus a dizer: “Não resistais ao mal…”. A percepção que possuía da totalidade de Deus não lhe permitiria encerrar seu sermão sem que esta declaração fosse feita, embora bem soubesse que ela poderia não ser entendida.

Mas Jesus sabia que o mal parecia real e aparente para aqueles a quem ele se dirigia. Tinha também consciência de que, para a maioria do chamado mundo, parece haver duas forças antagônicas. Jesus não negou esta aparência; tampouco nós a negamos. Mas, feita a contemplação da Verdade, não aceitamos nenhuma força ou condição de oposição que pudesse ser negada. Caso aceitássemos, seria o mesmo que disséssemos: duas vezes dois são quatro; duas vezes dois não são cinco. Nós simplesmente sabemos que duas vezes dois são quatro, e caso encerrado.

Existe uma palavra que engloba tudo o que se faz necessário a esta conscientização: esta palavra é “único”. Deus é a única Presença. Deus é o único Poder. Deus é a única Vida, Mente, Consciência; a única Identidade possível de ser identificada. A palavra único simplesmente exclui toda necessidade de se fazer afirmações e negações; e ela não encerra conteúdo algum de uma presença ou poder passíveis de serem negados.

O oitavo capítulo de Mateus registra a ida de um centurião até Jesus, em busca de auxílio para um de seus servos.Jesus lhe disse: “Eu irei, e lhe darei saúde”. Mas o centurião afirmou a Jesus que não era preciso que ele fosse à sua casa, mas que “dissesse somente uma palavra, e o seu servo sararia”. Ouvindo isso, Jesus exclamou: “… nem mesmo em Israel encontrei tanta fé”. Obviamente, a perfeição onipresente estava manifesta como aquele servo. Mas a revelação maravilhosa, aqui encontrada, é que Jesus tinha consciência de que o centurião conhecia o fato absoluto de que Deus é Tudo. Ele sabia que era dispensável que Jesus fosse ver o seu servo; sabia que era dispensável que Jesus fizesse afirmações e negações, ou mesmo que desse algum tipo de tratamento. Ao afirmar: “Dize somente uma palavra”, ele sabia que a palavra é a expressão de Deus em Si, e que o poder da Palavra é tudo o que se requer para que haja a percepção da perfeição onipresente.

Com efeito, Deus realmente é Tudo. Tudo realmente é Deus. Esta é uma declaração completa de um fato absoluto e sem qualificação. Não importa o número de palavras que possamos pronunciar ou escrever: o fato absoluto se mantém exatamente em tais palavras. Somos, às vezes, ajudados na conscientização deste fato, ao dizermos que Deus é a única Presença, o único Poder; entretanto, não existem palavras capazes de alterar ou de acrescentar algo ao seguinte fato básico: DEUS É TUDO.