A REVELAÇÃO DA SEICHO-NO-IE -12

A REVELAÇÃO
DA SEICHO-NO-IE
Dárcio
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Parte XII
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A Realidade, porque é livre,
não conhece sofrimentos; a ilusão, porque é uma forma de apego, é farta de dores.”
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A Realidade é livre, porque Deus é a Realidade; e, como Deus é o Todo de tudo, estar apegado à ilusão, ou à existência humana, é vivenciar as crenças falsas semelhantes aos problemas sofridos por um sonhador em seus pesadelos. Não existem sofrimentos! Eles parecem existir porque a ilusão se faz passar por realidade! Qualquer justificativa para dores e sofrimentos é ilusória! O mal não tem objetivos na vida de um Filho de Deus! Como diz a Revelação divina, ver “matéria” e considerá-la Realidade, é ilusão. Por isso, a reinterpretação dos fatos precisa ser feita, se quisermos permanecer na Verdade. O fato é sempre Deus Se revelando! Se este fato for reconhecido, a Verdade estará sendo vivificada; porém, se fatos errôneos, imperfeitos e estranhos à totalidade de Deus estiverem sendo aceitos, a pessoa estará dando crédito ao testemunho dos sentidos humanos, todos eles falsos, fantasiosos, ilusórios. Vale ressaltar aqui uma questão levantada pela Seicho-no-Ie: “Você acredita em Deus ou nos cinco sentidos? Aquele cujo espírito oscila, ora contente, ora triste, conforme as situações que vê através dos cinco sentidos, acredita nos cinco sentidos e não em Deus”.

Como temos visto, “estudar a Verdade” significa basicamente nos dedicarmos a reconhecer estes dois pontos: (1) a totalidade de Deus, e (2) a nulidade da ilusão. Como os fatos verdadeiros ocorrem em Deus, na Mente divina, que é a nossa Mente verdadeira, todos os supostos acontecimentos captados pela ilusória mente humana são falsidades. Por isso precisam ser reinterpretados à Luz da Verdade, e não mudados! Vimos antes  a ilustração dos dois veículos, onde o fato real era um, enquanto a ilusão mostrava “outro fato” em seu lugar. O fato não havia mudado! Quando a pessoa percebeu que era o outro veículo que se movimentava, e não o dela, a ilusão se desfez, e sem que  fato algum se alterasse! Todas as infelicidades, problemas e sofrimentos são falsas interpretações, geradas pela mente em ilusão, dos fatos reais que são sempre perfeitos e mantidos por Deus. Por isso, seja qual for  a avaliação fenomênica do ser que somos, o fato real e imutável é a Verdade:
O homem é Filho de Deus, perfeito e harmonioso!

Para reinterpretar os fatos, e captá-los corretamente, a Seicho-no-Ie nos ensina a meditar e  aplicar os chamados “golpes verbais”. Que são eles? Frases de efeito, que correspondem à Verdade ou aos fatos espirituais verdadeiros. Estas frases buscam fazer com que nos desapeguemos da ilusão. Por exemplo, se a pessoa diz estar doente, a Seicho-no-Ie lhe diz: “A doença não existe!” Se ela insiste e diz: “Mas meu corpo está doendo!, a Seicho-no-Ie lhe diz: “O corpo carnal não existe!” “O mal não existe!”, “O fenômeno não existe!” Nesse campo das contrargumentações é que entram positivamente as afirmações da Verdade e as negações da ilusão. Não são práticas que tentam provar “poder da mente humana”, como erroneamente muitos creem! Os “choques verbais” são úteis como artifícios para quebrar o “estado hipnótico” que fazia com que ficássemos apegados à ilusão!

As afirmações da Verdade e as negações da ilusão, ensinadas pela Seicho-no-Ie, não são, portanto, recomendadas por terem, em si mesmas, qualquer poder; antes, elas são “choques verbais” objetivando “aclarar a mente”,  para que a PERFEIÇÃO PERMANENTE possa ser espiritualmente discernida como já presente; e exatamente onde fatos imperfeitos, ilusoriamente captados pelos sentidos humanos, pareciam encobrir a Realidade divina. São expedientes indispensáveis que nos auxiliam na reinterpretação dos fatos! E como eles precisam ser reinterpretados! Isto porque a “ilusão de massa” constantemente avalia tudo segundo o que captam os sentidos humanos, e, fazendo a reinterpretação, mudamos o rumo da mente, reconhecemos a Mente de Cristo como sendo o real e confiável instrumento de captação da Realidade, e, dessa maneira, as Revelações são postas em prática de modo correto. “A Realidade, por ser livre, desconhece sofrimentos”, ou seja, os chamados sofrimentos não passam de interpretações falsas dos fatos reais divinos; não passam de ilusão.

Continua..>

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