DA SEICHO-NO-IE
Dárcio
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Parte VIII
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“Quando a Mente deste Deus onipotente,
deste Deus perfeito, entra em vibração e se torna Palavra, desenvolve-se todo
Fenômeno e todas as coisas passam a ser.”
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Como o Fenômeno, com “F” maiúsculo, é o próprio Deus infinito em Auto-manifestação, nada há que possa deixar de ser este próprio Deus consciente de ser o Todo de tudo. Por esse motivo, todas as “imagens fenomênicas” são falsas, meras representações ilusórias da crença infundada em “existência material ou finita, enquanto temos, por revelação, a Verdade de que é a Realidade compreende somente Deus. Por esse motivo, a negação radical do “fenômeno”, que apresenta imagens ora boas e ora más, é imprescindível! Sem o “fenômeno”, a Mente divina, que permanece incólume, recebe toda a nossa atenção, identificação e “unificação”. Se a Mente “entra em vibração e faz desenvolver o Fenômeno”, na Realidade infinita, isto significa a Onipotência estando aqui-agora disponível a cada um de nós, pois esta Mente, como não poderia deixar de ser, é a Mente real e única de todo “Filho de Deus”. Em outras palavras, quando reconhecemos algo de que necessitamos, já o vemos espiritualmente em unidade conosco, e é “quando o Fenômeno passa a ser”, ou seja, nossa identificação com a Presença de Deus, que é TUDO, faz a nossa atenção, focalizada em qualquer dos aspectos da Realidade, torna-lo manifesto. Tudo se dá no plano absoluto, que é a Verdade espiritual onipresente. Somente o “Plano Absoluto” é Realidade!
Quem parte do ilusório mundo visível, parte sempre da crença nos pares de opostos: bem e mal, saúde e doença, alegria e tristeza, etc. Mas este “mundo fenomênico” é irrealidade! Não tem Mente divina a sustentá-lo, e não tem Substância divina! Por esse motivo, logo após o “Canto Evocativo de Deus”, na Meditação Shinsokan, a Seicho-no-Ie nos ensina a mentalizar: “Neste momento, deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira.(Visualizar e contemplar um mundo infinitamente vasto e esplendoroso”. O sentido é o seguinte: “Tiro toda a atenção da Ilusão, do “fenômeno” e da “mente fenomênica” e concentro-a na Realidade divina da qual faço parte neste Agora que é Eterno, isto é, concentro-a integralmente em Mim”.