PODER versus SUPERSTIÇÃO

Dárcio

O conhecimento de que somos seres espirituais, e não materiais, nos torna imunes a todas as crenças supersticiosas do mundo visível. Foi-nos revelado que nos foi dado “todo o poder, no céu e na terra”, poder divino, espiritual, harmonioso, amoroso, onipresente e oniativo. Quando agimos conscientes de que somos espirituais, em unidade com o Todo Perfeito, agimos conscientes da Divina Ordem que impera em todo o Universo da Realidade.
 
O desconhecimento da própria natureza  divina e perfeita deixa as pessoas aparentemente perdidas em infindáveis crenças supersticiosas ilusórias. Andam com talismãs, cristais, pirâmides ou amuletos de todo tipo; consultam médiuns, se acreditam  obsedadas, vão a cartomantes, astrólogos, numerólogos, etc. Que obtêm de tudo isso? Mais ILUSÃO! !Mais envolvimento com “este mundo”. E, apesar disso, muitos ainda dão a estas crendices o nome de “autoconhecimento”!
 
Só existe um Autoconhecimento: a percepção tida por Buda, Cristo, Paulo e todos os iluminados: “Eu e o Pai somos um”. Este Autoconhecimento é PODER! O Poder que é AMOR! O AMOR que desconhece MEDO!
 
Toda procura por “ocultismo supersticioso” mostra que a pessoa está insegura, temerosa ou infeliz. Quem está FELIZ não se lembra de nada disso! Vive seu precioso AGORA, louvando a Deus, consciente de ser uno com Ele. Assim, sua vida se desdobra harmoniosa e suavemente. “Eu vim para que tenham vida com abundância”, disse Jesus, ou seja, veio para revelar que a nossa Vida é unicamente Deus!

O QUE É A METAFÍSICA ABSOLUTA – Cap. 02

Dárcio

Capítulo II
RECEPTIVIDADE
 
Uma vez entendido que o processo envolvido neste estudo depende de uma Auto-revelação, de uma percepção interior de que a identidade real de cada um de nós longe está de ser a humana ou mortal, o passo seguinte é conservarmos um estado máximo de receptividade, para facilitar também ao máximo este discernimento.
 
A mente humana sequer consegue nos informar da presença de tudo contido em seu conceito de mundo. Os olhos humanos vêem limitadamente tudo aquilo que nos cerca. Se dependermos deles, só para exemplificar, estaremos considerando como inexistentes os microrganismos, as ondas de rádio ou televisão, etc. Nenhuma dessas presenças é reconhecida! E o ser humano? É visto? Que é o ser humano? Seus pensamentos? Seu corpo físico? Seus sentimentos? Tudo isso junto? A Metafísica revela: o ser humano somente é humano enquanto visto pela mente humana. Este mesmo ser, visto pela Mente Absoluta, Se revela como verdadeiramente é. O mesmo é válido quanto ao Universo. Enquanto visto e analisado pela mente humana, será considerado sendo material, mutável, limitado ao conceito de tempo-espaço. Como seria visto pela Mente Absoluta? Impossível de ser dito: a mente humana, finita, carece de recursos para compreendê-lo.
 
Quando a Metafísica fala em Essência do Ser e do Universo, explica que esta visão absoluta é que tem a capacidade de revelar o que é verdadeiro. Assim, surgem as duas palavras muito empregadas em sua explanação: REALIDADE (o que é visto pela Mente Absoluta), e ILUSÃO (o que a suposta mente humana julga captar de tudo que existe). Por certo, há outras palavras empregadas como sinônimos para ilusão, tais como hipnotismo, mesmerismo, sugestão, aparência, etc. Entretanto, se pudermos captar o sentido dado à palavra REALIDADE, na Metafísica, perceberemos que é nela que devemos nos concentrar e permanecer. E, é nesse ponto que a receptividade máxima exerce seu papel precioso de permitir a revelação do que É (a Realidade, o Tudo), a qual “desfaz” a ilusão (a aceitação finita, limitada e falsa da mente humana, a irrealidade, o “NADA”, aquilo que não-é).
Por “receptividade” entendemos a condição totalmente aberta da mente, receptiva a todo descondicionamento, receptiva às revelações da Realidade, e convicta de que esta Realidade de fato já existe, pode e deve ser discernida. E, ainda mais, que a Realidade já está sendo constantemente por nós percebida!

EXISTE SOMENTE DEUS

Dárcio

Por melhor que possa ser uma leitura de artigos e livros sobre a Verdade, um ponto único deve permanecer em mente: EXISTE SOMENTE DEUS! E é este ponto que deve ser levado radicalmente em conta durante as contemplações.

Entre na “Prática do Silêncio” com perguntas do seguinte teor:

“Estou reconhecendo que nada além de Deus existe? Estou percebendo que nada há, portanto, “além de MIM”? Estou consciente de que o Universo infinito é Deus, e que, portanto, eu não existo separado de Deus? Que meu Eu se estende ao infinito? Estou consciente de que a Mente de Deus. sendo a minha Mente, é a única Mente em atividade?” Esta contemplação é um testemunho de que EXISTE SOMENTE DEUS?

A percepção destas Verdades, feita desta forma, vale mais do que mil leituras! Estudar a Verdade não é ler a Verdade, mas SER A VERDADE!

"E ONDE ESTÃO OS NOVE?"

Dárcio

Este suposto mundo visível desconhece a Realidade. Um erro comum, cometido por muitos neste estudo, costuma ser o seguinte: querer alterar o mundo das aparências através do conhecimento da Verdade. Eis por que é de importância capital a percepção da existência única da Realidade. Assim como “este mundo” desconhece a Realidade, esta, por sua vez, não reconhece nenhuma “outra” existência, denominada “mundo material”. Vivemos num Universo espiritual, e não há nenhum outro mundo além deste.
 
O capítulo 17, de Lucas, registra a passagem da cura de dez leprosos. “E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz, e caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.” (Lc 17: 15-19).
 
Em Hebreus, 11:1, encontramos: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” A Consciência divina, por somente contemplar a Realidade, dispensa todo tipo de fé. Os dez leprosos foram curados. Se apenas um foi salvo pela fé, e os outros nove? Como se curaram? A fé é dualista: admite a Realidade e a aparência. A fé produz mudança de aparência, e pode não revelar a Realidade divina subjacente à crença. O samaritano voltou para dar glória a Deus. Isto significa que ele, apesar de curado, se via como um ser apartado de Deus. Sua gratidão era por ter visto a aparência de doença ceder lugar à aparência de corpo limpo! Teria ele discernido o próprio Corpo divino e imutável, que jamais esteve doente e que, em vista disso, jamais poderia ser curado? “E onde estão os nove?”
 
Quando aparentemente nos solicitam ajuda, não devemos aceitar a existência de um ser humano necessitado. Todos os supostos solicitantes de ajuda estão em nossa Consciência iluminada. Não é preciso que eles retornem para glorificar a Deus, já que todos são a própria individuação de Deus. Apenas uma aparência do Ser divino (estrangeiro) poderia aceitar a ilusão de ter sido doente e, posteriormente, curado. Para a mente do Cristo, “os nove” somente poderiam estar em Sua própria Consciência iluminada, integrando perenemente a Onipresença e a Perfeição divinas.
 
Se percebermos que nossa Consciência única é iluminada, e que Ela abrange o Infinito, jamais aguardaremos informação sobre “resultados” de nossas supostas meditações de ajuda. Deus é Tudo; não existe o mundo das aparências com seus problemáticos “habitantes”. Onde estão, na verdade, estes seres? Em nossa Consciência crística, na Perfeição Absoluta, aqui e agora!
 
Esta passagem mostra que não devemos criticar aqueles que se sentem agradecidos pela ocorrência do que, para eles, seria um milagre. “Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.” Esta frase, como dissemos, revela que a pessoa somente pôde observar a mudança de aparência, pela fé, sem que houvesse a percepção de sua verdadeira Identidade (Deus). Obviamente, aos olhos do mundo, a gratidão sempre é incomparavelmente mais apreciada e aceita do que ingratidão ou indiferença, diante dos “milagres” ou “graças recebidas”. Entretanto, o mundo visível (com suas supostas mudanças de aparências) é NADA! Esta é a percepção que exclui a gratidão; esta é a percepção que, em si, já é a GLÓRIA DE DEUS; E, ESTA É A PERCEPÇÃO DE “ONDE ESTÃO OS NOVE”.

PROVEITO MÁXIMO NO ESTUDO DA VERDADE

Dárcio

O estudo da Verdade é primordialmente assunto de Autorevelação. Deus Se revela como  SUA Consciência. A partir disso, surge o interesse maior pelo estudo, quando irá se dedicar às leituras, estudos e meditações. Os princípios básicos do estudo devem vir à tona sempre que se propuser a ler algum artigo, trechos da Bíblia ou outra fonte inspirada. Estes princípios se condensam na seguinte premissa:

DEUS É TUDO COMO TUDO!

Assim, o que é válido para DEUS, é válido, aqui e agora, para VOCÊ,  e isso deve ser radicalmente aceito com “coração de criança”.

Vale ainda lembrar que Deus é Onipresente, Onipotente, Onisciente e Oniativo. Se estes quatro aspectos foram ponderados antes das contemplações, elas se mostrarão ainda mais eficazes.

Um texto da Verdade deve antes ser lido por inteiro, mesmo que seja longo, numa leitura rápida,  mais para ser discernido o seu teor global. O título deve ser analisado,  o porquê de o autor o ter escolhido; também a ordem da exposição do tema deve ser observada, pois os artigos, como um filme de cinema, têm sua lógica de começo, meio e fim, e estas três etapas da exposição estão intimamente ligadas ao título, ao bom entendimento da mensagem e, principalmente, à sua aplicação imediata na vida prática. O ideal é que, após tê-lo lido e estudado, você saiba “contá-lo para alguém”  tal como  contaria um filme:a partir do seu título, começo, meio e fim.

As leituras seguintes deverão ser feitas de modo pausado e lento. Cada linha deve ser avaliada sem pressa, numa atitude de quem espera, além da  conscientização do sentido das frases, uma espécie de concordância espontânea da própria alma. Assim, trecho por trecho, o artigo irá sendo relido, avaliado, conscientizado e incorporado ao viver diário, tanto nas silenciosas meditações feitas, (quando as verdades lidas serão contempladas como já válidas para o seu próprio ser) como nas próprias atividades cotidianas, quando o conteúdo da mensagem em questão, vívido em nossa mente, irá mostrar a sua força como “maná diário” em cada nova situação que o dia lhe ofereça.

Os pontos que nos chamarem a atenção, na primeira leitura detalhada, poderão ser sublinhados com tinta colorida; assim, quando fizer uma segunda leitura, saberá com nitidez o que  chamou a sua atenção na primeira leitura. O mesmo poderá ser feito na segunda leitura, e nas demais, com a utilização de outras cores de tinta. O mais importante, nestas leituras, não é o volume de texto lido, mas a assimilação plena de seu conteúdo. Os artigos poderão também ser gravados pela própria pessoa, no todo, ou em resumo,  para serem ouvidos posteriormente. Neste “ouvir”, a pessoa poderá ao mesmo tempo acompanhar a gravação fazendo junto as “meditações contemplativas”, e se identificando com o conteúdo das mensagens.

Neste estudo, jamais devemos voltar aos antigos vícios da errônea educação materialista, que nos identificavam como ser humano dotado de mente humana! Devemos assumir, e sem volta, que realmente “temos a mente do Cristo”! Esta é a revelação a nós dirigida!

As leituras e meditações são auxiliares temporários para que esta Verdade se “solidifique” em nós. Caso a “mente humana” tente iludi-lo novamente ,  repasse rapida e mentalmente o conteúdo básico do artigo lido, ou, simplesmente feche os olhos para rapidamente  reconhecer:

“Está revelado: Eu tenho a mente do Cristo!” Desta Verdade não abro mão!

O importante é jamais se deixar envolver pelas artimanhas da ilusão! “Orai, e vigiai sem cessar”— diz a Bíblia. Persevere, e verá os frutos da Verdade rapidamente “surgindo” em sua experiência!

O SENTIDO UNIVERSAL DA PALAVRA "MIM"

Dárcio


“Não terás outros deuses diante de MIM”
Êxodo 20;3.

“Aquele que, com firme fé, me cultua assim como me apreende em seu coração, sob a forma em que me pode apreender, este me é querido e santo. Mas, quem me compreende como o Eterno, o Anônimo, o Imanifesto, o Inconcebível, o Supremo, não limitado por forma alguma, o Infinito; quem me cultua deste modo, e, contudo, enxerga a minha presença em todos os seres e, praticando o bem, vive jubilosamente, esse acabará por se unir a MIM. Entretanto, árduo é este caminho para os que procuram encontrar o Imanifesto por meio de um amor afetivo; difícil é esse caminho para os que ainda vivem em corpo carnal. Mas, quem de coração puro se voltar a MIM e fizer em meu espírito tudo quanto faz; quem renunciar a si mesmo e, dia e noite, firmado em mim, me servir, esse será salvo por MIM do tempestuoso mar da existência desse inconstante mundo do nascer e do morrer, porque buscou refúgio em MIM.”

A quem são atribuídas as palavras acima? A Jesus Cristo? Não! São idênticas às dele! Por quê? Porque a Verdade é UNIVERSAL, eterna e atemporal Todo Mestre, quando fala “EU SOU” ou “MIM”, sabe estar falando do UNO: DEUS, a Presença Infinita nele! As palavras acima foram ditas por Krishna, há mais de sete mil anos, e ficaram imortalizadas no livro BHAGAVAD GITA. Este livro era o livro sagrado de Gandhi.

Também em Isaías, 55;3, há o registro: “Inclinai os vossos ouvidos e “vinde a MIM”; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei um concerto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências de Davi”.

A compreensão da”universalidade da Verdade”, bem como da natureza impessoal das palavras “Eu Sou” e “Mim” constitui a base do “despertar espiritual”. Cada suposto “ser humano”, deixando de se indentificar com a “ilusão” do ego, para se entregar à Força Una que constitui a Essência de todos os seres, acaba por se descobrir “formando” e “sendo formado” pelo VERBO! Krishna, Buda, Jesus, Paulo, todos os iluminados, falam da “renúncia ao ego” como pré-requisito para esta percepção da nossa Identidade gloriosa!

Os ensinamentos são idênticos, em sua Essência! “Vir a MIM” é a Salvação! Que significado tem este chamado? Somos chamados, não a alguma pessoa de nome Krishna, Buda ou Jesus, mas ao “Eu Sou”, ao UNO! À Identidade pronta e perfeita, à própria Presença de Deus em nós, ao Cristo que constitui nossa real e eterna identidade.

Quanto antes você se desvincular dessa “crença” em eu-humano e em “salvadores pessoais”, para “vir a MIM”, mais rápido perceberá a veracidade das Revelações! E, saberá o motivo que levou Jesus a confirmar: “Sois deuses”. O UNO está expresso como TUDO e como TODOS! Quem estiver se dedicando a VÊ-LO desta forma, estará seguindo os ensinamentos iluminados! Por outro lado, se estiver vendo a si mesmo, e a todos os demais, como meros seres humanos, imperfeitos, em evolução, bons ou maus, ou seja, se estiver “julgando segundo as aparências”, estará apenas atuando como “mais um iludido”. Não terá conhecido Verdade alguma! Nem estará seguindo ensinamento iluminado algum!

O desconhecimento do sentido universal da palavra “mim” é a causa de tanta separatividade vista em nosso mundo religioso! “Ninguém vem ao Pai senão por MIM”, disse Jesus. Disse uma Verdade impessoal absoluta! Quem poderá ir ao UNICO, ao EU SOU INFINITO, a não ser por “MIM”? Pelo próprio Cristo que cada um é?

“Cristo é tudo em todos”, diz Paulo em Colossenses 3-11. Por que esta revelação? Para que todos RENASÇAM como ele, e possam também repetir: Já não sou eu quem vive, o Cristo vive em MIM” (Gálatas 2; 20). E em I João 5-10, lemos que “quem crê no Filho de Deus, EM SI MESMO tem o testemunho”.

ENTRE EM SILÊNCIO E CONTEMPLE ESTAS VERDADES:

“Eu venho ao Pai através de MIM, do Cristo que EU SOU! Eu e o Pai somos UM.”

Perceba, em VOCÊ MESMO, o testemunho desta Verdade.

O QUE É A METAFÍSICA ABSOLUTA – Cap. 01

Dárcio

Capítulo I
AUTO-REVELAÇÃO

Um dicionário define “Metafísica” como parte da filosofia que busca determinar as regras fundamentais do pensamento, e sutileza ou transcendência no discorrer. Em outras palavras, a Metafísica analisa e estuda o que está além da física ou da matéria, que poderíamos chamar de “mental”, “espiritual” ou “transcendental”.

A nós, o que de fato interessa, é o sentido prático dessa ciência. Sim, ciência, não religião, não obstante toda literatura antiga e moderna, versando sobre a Essência do universo e do homem, esteja figurando nos textos metafísicos de diversos movimentos ou denominações. Aquilo que a religião pretende “religar”, ou seja, o homem e o Universo, a Metafísica revela já estar UNO, numa visão transcendental.

Por “Metafísica Absoluta” entendemos o estudo da Essência do Universo, também chamado “Ontologia”, num enfoque que transcende inclusive a mente humana. Este REINO DO ABSOLUTO é revelado como já estando aqui presente, sem começo, mudança e fim, simplesmente à espera de nosso reconhecimento consciente desse fato. Esta Revelação exclui o mundo tal como visto pela mente humana, justamente pela constatação que se tem da real natureza infinitodimensional do Universo. Um “radicalismo de atitude” nos é exigido exatamente por este motivo: o Universo revelado pela Consciência Transcendental é o único realmente que existe. O nome a ser utilizado, Deus, Buda, Tao, Alá, Absoluto, ou algum outro, pouco importa: interessa-nos que há uma Verdade presente AQUI, exatamente onde estamos, mas que não percebíamos por estarmos crendo naquilo que a mente humana nos leva a enxergar.

Há pessoas que fazem restrições quanto a nomes ou palavras empregadas nos textos. Joel S. Goldsmith, por exemplo, cita ter recebido muita crítica por ter feito uso das palavras “Deus” e “Cristo”. Na realidade, se alguém se preocupa tanto com algo tão sem importância, COMO TERÁ A RECEPTIVIDADE E A ABERTURA tão necessárias ao próprio estudo?

O que devemos saber, em primeiro lugar, é que entramos em contato com a METAFÍSICA ABSOLUTA por uma razão que é única: ALGO DENTRO DE NÓS ESTÁ SE REVELANDO! Portanto, a rigor, não é o “estudo de Metafísica” que nos leva às Revelações, mas o contrário: as Revelações nos levam à Metafísica Absoluta e seus princípios. Por quê? Porque os lampejos iniciais precisam de apoio para se manter vivos em nós, e para serem postos em prática. Os condicionamentos da mente humana insistem em contradizê-los. Com os textos e palestras, mantemos contatos com as Revelações até que elas se “solidifiquem” como Verdade discernida espiritualmente. E, o mais importante, através de preces, meditações e contemplações, abrimo-nos mais amplamente para que a REALIDADE TRANSCENDENTAL Se revele, e o faça como PERCEPÇÃO ABSOLUTA que a tudo e a todos JÁ ABRANGE, numa UNIDADE PERFEITA PERMANENTE.

RENASCIMENTO ESPIRITUAL

Dárcio

A base do Renascimento espiritual está em entendermos que a Mente divina não pode estar coexistindo com a chamada mente humana. “Temos a Mente de Cristo”, afirma o apóstolo Paulo, para nos impulsionar diretamente e sem rodeios no sentido da Iluminação.
 
Para tanto, a “Prática do Silêncio” é de vital importância! Com ela, as revelações iluminadoras podem ser comprovadas dentro de nós, em nossa própria Consciência divina. É quando nos abrimos “à descida do Espírito Santo”.
 
Todo o processo se dá dentro de nós, numa atitude interna de comunhão plena com o Infinito onipresente, o Espírito divino, que ajudamos a formar com a participação de nossa individualidade, tal como uma gota de água forma o oceano. O Universo é um Corpo único, perfeito sempre, e imutável. “Tudo está feito”, revela o livro do Apocalipse.
 
Em nosso estudo, passamos a dar atenção ao Poder de Deus, desconsiderando por completo os chamados “poderes humanos”. Isto porque desprezamos, de início, a dualidade “Mente divina e mente humana”. Já havíamos dito anteriormente: não são mentes que coexistem, pois somente Deus é Mente real ou verdadeira.
 
No livro 2 Crônicas 20, há uma passagem que bem ilustra este princípio da ação única ser a de Deus. O rei Josafá e seu país estavam sendo ameaçados de ataque por vários exércitos. Josafá disse ao povo que todos deveriam se volver a Deus em busca de proteção. Jaaziel, alguém do grupo, acabou por receber de Deus, através de um anjo, a seguinte mensagem:
 
“Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus… Neste encontro não tereis de pelejar; tomai posição, ficai parados, e vede o salvamento que o Senhor vos dará, ó Judá e Jerusalém. Não temais nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor é convosco.”
 
Conta a Bíblia que Josafá se manteve confiante com esta mensagem divina. Quando ele e seu povo chegaram ao campo de batalha, já não havia mais lá nenhum inimigo.
 
Que significa esta passagem? O anjo e sua mensagem simbolizam a Ação inspiradora da Mente divina, ordenando o silenciar completo da mente humana. Como foi a proteção de Deus? Aqui está o segredo! A anulação da mente humana anula os quadros ilusórios, de bem ou de mal, que ela nos mostra como sendo um “mundo”. Assim como os inimigos de um sonho desaparecem com o despertar do sonhador, os problemas deste mundo também desaparecem pelo Renascimento espiritual, ou seja, pela percepção de que não temos “mente humana”, mas que somos Mente divina!
 
Não existe evolução! Este processo de melhoria paulatina do ser humano é outro engodo forjado pela ilusória “mente carnal”. A cada reconhecimento radical que formos fazendo desta Verdade, estaremos nos identificando com Deus e com o “TUDO ESTÁ FEITO”, ou seja, com o Universo perfeito, iluminado e imutável da Realidade divina. E, mais importante ainda, estaremos nos identificando com a nossa real identidade eterna, que jamais nasce, envelhece ou morre. O Renascimento espiritual é, em última análise, “vencer o mundo”, vê-lo pelo que ele de fato é: simples MIRAGEM! Pura ILUSÃO!
 
O Budismo também traz esta revelação da natureza ilusória deste “mundo material”. Sakyamuni, após ter tido esta revelação, pregou a Verdade durante 45 anos de sua vida. Ensinou o enfoque absoluto de que “nada é o que parece ser”, o que, na linguagem de Cristo, corresponde ao “tendes olhos, mas não vedes”.
 
Conta-se que seus discípulos diretos, diante da impressionante revelação de que “este mundo” é maya”, uma ilusão da mente humana, acabaram por deixá-lo. Também Cristo, quando disse que “o reino não seria deste mundo”, foi abandonado por muitos de seus seguidores. Por absurdo que possa parecer, a verdade é que “este mundo” é ilusório! Paulo encontrou a mesma dificuldade em pregar a Verdade absoluta, chegando a dizer que “as coisas de Deus são loucuras para os homens”.
 
Quando nos detemos nas Revelações, endossamos fatos espirituais eternos! “Tudo está feito!” O tempo não existe! A ciência atual também vem descobrindo este fato espiritual da inexistência do tempo.
 
Estes pontos revelados precisam ficar muito bem estabelecidos dentro de nós, para que, durante as contemplações da Realidade, ou “Prática do Silêncio”, possamos, de fato, reconhecer o real como real e o nada como o nada.
 
Fechemos os olhos! Aceitemos que inexiste o tempo! E que “tudo está feito”. Contemplemos, com o “olho espiritual”, a Realidade harmônica onipresente! Consideremos o fato de que somos a Mente idêntica à de Buda, Cristo, Isaías, Moisés, e a de todos os iluminados! A Mente Divina é ÚNICA! Ela discerne espiritualmente as coisas verdadeiras, perfeitas e eternas! Deixemos de aceitar as imagens “deste mundo” como sendo reais! Não são! Não passam de puras miragens! Eis a natureza de todas elas, tanto das boas quanto das más! Lembremo-nos de Josafá! Ouviu que “a peleja era de Deus”, confiou, aquietou-se, e seus inimigos sumiram! Vale comentar aqui o seguinte: o sentido dessa passagem é o de que Deus é a ÚNICA Presença e o ÚNICO Poder! Deixar com Deus a “peleja” não significa que Ele lutará contra o mal por nós! DEUS É TUDO! O sentido, portanto, é o de não mostrarmos “resistência” aos quadros “deste mundo”, considerando-os ilusórios e sem presença ou poder, assim como lidaríamos com uma miragem de lago no deserto. Assim, a “peleja” será de Deus, ou seja, “aguardaremos a Salvação vinda do Senhor”, o que, de fato, significa que a Verdade da Sua Totalidade foi por nós reconhecida!
 
Do exposto, podemos concluir que este estudo é fácil e sem esforço, mas requer dedicação constante! ´Trata-se do “orai e vigiai sem cessar”, registrado na Bíblia.
 
Nosso ponto de partida: Deus é Tudo! Nosso ponto de chegada: Deus é Tudo! “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim”…”Tudo está feito”! Com a “mente humana”, este Renascimento não se daria nunca! Ela é ilusória! Assim, assumindo que “somos a Consciência iluminada”, considerando que as aparências “deste mundo” são simples miragens, poderemos “aguardar o salvamento”, ou seja, a “descida do Espírito Santo”, a percepção da Realidade perfeita, infinita, atemporal e onipresente! E única!
 
Esta dedicação constante à “Prática do Silêncio” nos fará permanecer no “caminho estreito” da invisibilidade, porque, como disse Cristo, “é espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela”.
 
“ENTRAI PELA PORTA ESTREITA!”
(Mateus 7:13)

CONSCIÊNCIA DE EXISTIR

Dárcio

Enquanto com os olhos neste mundo de aparências, cada um se acha “no mundo” e não em Unidade com o Deus infinito! Quando digo “se acha no mundo”, quero dizer que cada um não se percebe sendo o todo, mas sim, uma parte convivendo “com o todo”, ou seja, se vê separado.

Quando meditamos e contemplamos a Verdade, os supostos sentidos humanos são desconsiderados! Cada um percebe: “Eu existo”, “Eu vivo”, “EU SOU!”. Neste percepção além das aparências, o que deve ser discernido é o seguinte:

A CONSCIÊNCIA DE QUE EU EXISTO NÃO TEM LIMITES NEM FIM!

O MEU SER TERMINA ONDE? COMEÇA ONDE? ONDE DEUS TERMINA E EU COMEÇO? HÁ ESSA SEPARAÇÃO? ONDE EXISTE “OUTRO” AO LADO DE MIM? EXISTE? OU TUDO É UM?

Medite agora sobre tudo isso, e tenha esta percepção:

A Consciência de EXISTIR é infinita e ilimitada! Ela “se estende”, a partir de onde EU digo “Eu Sou”, e, daí, cobre a infinitude! E é quando me é claro que DEUS É TUDO, que TUDO É UM, e que EU SOU DEUS!

"PAZ, SÊ QUIETO"

Dárcio

Marie S. Watts escreveu o seguinte:

Quando Jesus acalmou a tempestade, dizendo: “Paz, sê quieto!”, sabia que não estava dissolvendo nem expulsando uma tormenta. Antes, ele estava consciente da totalidade, da UNICIDADE daquilo que estava, e está, presente. Ele sabia que a própria Presença do Amor, Alegria, Paz universais, elimina a possibilidade da presença de qualquer ameaça à Vida, Mente ou Consciência. Em outras palavras, Jesus sabia o que estava presente. Sabia também que somente o que estava presente era Poder. A Perfeição estava, e está, sempre presente. Assim, jamais pode haver uma tempestade, ou algo que pareça ser destrutivo. Este é nosso dizer: “Paz, sê quieto”, endereçado a tudo que aparente ser destrutivo, seja como ameaça à vida, à alegria, Paz, Abundância, etc. Nós, como ele, podemos dizer: “Paz, sê quieto”. Desse modo, aquilo que está presente, será evidenciado. Somos a Mente que estava em Cristo Jesus; inexiste outra mente que pudéssemos ser! Assim, nós sabemos exatamente o que ele sabia, e sabe. Nosso “paz, sê quieto”, é nosso conhecimento—nossa percepção—de que a Perfeição, somente, está presente; a Perfeição, somente, é Poder; a Perfeição, somente, reina. Naturalmente, esta é apenas uma outra forma de se dizer: Deus é Tudo; Tudo é Deus.”

A Metafísica vem revelando esta Verdade absoluta: SOMENTE DEUS É REALIDADE!. Precisamos deixar de lado a mente humana, seus “quadros ilusórios” e seus supostos “poderes”. A Mente ÚNICA, Deus, precisa ser reconhecida! E, realmente reconhecida como ÚNICA! Os problemas não são as pessoas ou as condições, vistas isoladamente. Cristo disse: “Eu venci o mundo”. É o mundo ilusório que precisa ser vencido! Não com lutas físicas ou mentais, mas com o firme e suave reconhecimento de que o Universo da Realidade é único e perfeito.

Aqui, Marie S. Watts comenta o episódio em que Jesus acalmou a tempestade. A intenção não foi a de utilizar um poder superior para acalmá-la, mas de utilizar seu conhecimento de que a Perfeição é a Verdade onipresente! Não se deteve em analisar o suposto temporal, mas, sim, em fazer valer a Verdade absoluta de que DEUS É TUDO! Com a Mente de Cristo, a Perfeição é discernida facilmente!

Esta é a sua Mente única! Pare de aceitar imperfeições e depois orar para corrigi-las! Parta do fato de que a Mente divina é SUA Mente atual, e que Ela discerne somente a Perfeição total!

O suposto mundo da matéria, todinho, é uma ilusão de massa! Mostrada pela suposta “mente humana!” “Vença o mundo” encarando esta Revelação de modo radical e permanente! Assim, como diz o texto, diante de quaisquer aparências ilusórias, VOCÊ dirá: “Paz, sê quieto”, apenas discernindo a Perfeição Absoluta sempre-presente com o seu Sentido espiritual aguçado e fixado na Verdade.

DECISÃO E PODER

Dárcio

Por mais que as sugestões do mundo tentem convencê-lo de que há OUTRO PODER além de Deus em atividade, a Verdade é que Deus é o Poder Amoroso único que está ativo como o Universo todo e como a sua Consciência. Portanto, quando tomar a DECISÃO de meditar e reconhecer este PODER, deve entender que DECISÃO E PODER são UM, mas que são “departamentos” distintos em você próprio! A DECISÃO vem da mente e o PODER vem da Consciência! Por isso temos o registro, “Aquieta-te, e sabe: Eu Sou Deus”, no Salmo 46.

Medite consciente da ação conjunta e una das duas funções! DECIDA-SE por reconhecer que a ONIPOTÊNCIA É! Ao mesmo tempo, entregue-se, com esta convicção, á Consciência divina que Se derrama como TODO O PODER presente no Universo, em sua vida, em sua Mente e em seu Corpo. Contemple esta atividade da Onipotência!

A DECISÃO trava o mesmerismo! Enquanto isso, o PODER, que é Atividade onipresente, Se revela espontaneamente! Assim, sempre que meditar, permaneça nesta DECISÃO, e “deixe” o PODER Se mostrar em VOCÊ! E como onipotente!!

OUÇA, EM VEZ DE PENSAR!

Dárcio

Na vida corrida de hoje em dia, a oração precisa ser feita sem perda de tempo! Escolha um período qualquer para meditar, e, realmente, faça destes momentos os mais esperados, preciosos e elevados do dia! Como? Não levando a mente humana junto! Deixe-a fora de sua meditação! Faça o seguinte: Feche os olhos e reconheça:

Aqui estou, Pai, sem pensamentos, sem preocupações e sem vontades! Eu apenas aqui estou! Ouço com total atenção o que preciso ouvir!

Permaneça em quietude e paz nesta oração de “escuta”. Aguarde uma paz interior ser sentida! Uma revelação! Uma sensação de liberdade! Aguarde a sensação de que a Voz de Deus é a Voz de sua própria consciência! Simplesmente aguarde!

A PERCEPÇÃO ILUMINADA

Dárcio

Tudo que reconhecemos na vida, como “problema”, se deve a uma causa única: a incapacidade da mente humana em perceber a presença da Perfeição absoluta e imutável em nosso aqui e agora.
 
A Metafísica Absoluta, com seus princípios revelados, enfatiza que não há seres humanos, mundo humano, estudantes e mestres humanos da Verdade, humanidade, etc. EXISTE SOMENTE DEUS! Assim, são descartados os esforços humanos ou “busca da Verdade”, quando passamos a levar em consideração a AUTO-REVELAÇÃO DIVINA, pela Graça. Sabemos que “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”. (Salmo 127:1).
 
Analisemos os fundamentos da PERCEPÇÃO DIRETA DA REALIDADE. Desse modo, deixaremos a mente ilusória de lado para, com a Mente de Cristo, discernirmos o que sempre foi, é, e será a nossa Realidade, a nossa real experiência iluminada de vida.
 
De início, façamos três considerações:
 
a)   a Percepção espiritual não é gradativa.
b)   a mente humana, também chamada de “mente carnal”, é uma ilusão coletiva; assim, sendo inexistente, obviamente não está sendo nossa mente deste agora.
c)   O fato de a mente inexistente não perceber a Realidade divina não afeta a nossa PERCEPÇÃO REAL.
 
Não podemos PERCEBER algo que julgamos não existir. Seria inútil tentarmos perceber a Verdade Total aceitando a crença de que “parte dEla ainda está por se manifestar”. Não há graduações de Percepção espiritual. Quem aceitaria que o Universo é parcialmente existente? Ou que estamos parcialmente vivos ou conscientes? A VERDADE É! Não admite meios-termos. Quem faz este estudo, tomando por base o que a mente humana aceita em sua lógica, e difunde a outrem esta mesma noção errônea, será “o cego guiando outro cego”, indo ambos para o “buraco da não-percepção”.
 
Partindo da premissa de que existe um Universo glorioso aqui presente, e plenamente manifestado, será fácil aceitarmos o Fato de que “nele já vivemos, nos movemos e existimos”, como a Bíblia nos revela. Se admitirmos que NOSSA CONSCIÊNCIA É O NOSSO UNIVERSO, naturalmente concluiremos que a PERCEPÇÃO COMPLETA já está manifesta! Deus, percebendo a SI mesmo como “MINHA PERCEPÇÃO: eis em que consiste a PERCEPÇÃO ILUMINADA! Ela é direta e absoluta! Deus é o Universo e também a Consciência que O está percebendo como a nossa própria Consciência. Por conseguinte, estamos percebendo a Presença da Realidade Onipresente, aqui e agora. Como havíamos antecipado, inexistem “graduações” de percepção espiritual, uma vez que a Consciência divina é a única Consciência que há, é infinita, e está plenamente manifesta e consciente como a Consciência individual de todos nós.
 
A suposta mente humana é inexistente; desse modo, por não existir, não pode estar “bloqueando” a percepção daquilo que existe. Assim, na Percepção espiritual, a suposta “mente humana” não desempenha papel algum. A intenção de “querer enxergar o Universo espiritual”, bem como empreender esforços mentais voltados para esse objetivo, são práticas infundadas. Você, eu, qualquer ser real, já é a Consciência iluminada em Autopercepção, em discernimento total e constante do Universo infinito que existe PRONTO, de forma COMPLETA, aqui e agora.
 
A suposta “falta de Percepção da Realidade”, atribuída à “inexistente mente humana”, NÃO AFETA A PERCEPÇÃO DA CONSCIÊNCIA DIVINA, MANIFESTA AQUI E AGORA COMO A NOSSA CONSCIÊNCIA ILUMINADA.
 
O total abandono do “desejo ardente” de perceber a Realidade é, na verdade, o campo propício para a PERCEPÇÃO LEGÍTIMA, pois aquele anseio partia de um instrumento ilusório: a chamada mente humana. Se não há mente humana, não há também o anseio mental humano de “perceber a Realidade”. Desse modo, a admissão radical da existência única da Consciência divina, que é nosso ponto de partida neste estudo, desfaz o dualismo ilusório que nos fazia considerar “Universo real” e “mundo terreno”; “eu superior” e “ego humano”, etc. Alguém já disse que “o paraíso é a terra corretamente discernida”. Desfeito o dualismo, AQUILO QUE SEMPRE É, É VISTO POR NÓS COMO ALGO SEMPRE PERCEBIDO! Em outras palavras, quando aparentemente estamos contemplando o Universo espiritual pela “primeira vez”, durante a experiência de iluminação, jamais nos sentimos surpresos, achando que houve o “início” da experiência, ou que estivéramos anteriormente fora dela por algum instante. Pelo contrário, a experiência endossa os três pontos que salientamos no início, ou seja, que não existe Percepção gradativa, que a nossa Percepção está sempre SENDO, e, que jamais existiu outra mente, senão a Mente divina em constante Auto-percepção onipresente.
 
A Percepção iluminada revela o “nada” da mente humana, o que promove o sumiço automático de todos os chamados problemas aparentemente presentes em sua nulidade. Assim como alguém hipnotizado se liberta da ameaça de ataque de todos os leões de uma jaula, tão logo desperte para a realidade de que ela jamais existira, não passando de visão imaginária sugerida pelo hipnotizador, também os problemas desaparecem mediante a PERCEPÇÃO ILUMINADA! Entretanto, isto não significa que eles chegaram a estar presentes, ou que a Percepção espiritual os eliminou. A PERCEPÇÃO ESPIRITUAL SIMPLESMENTE REVELA O QUE SEMPRE E UNICAMENTE ESTÁ EXISTINDO: A PERFEIÇÃO ABSOLUTA!
 
Há uma brincadeira infantil que consiste em se observar as nuvens para identificá-las com alguma forma conhecida. A criança, após observá-las, deixa de encará-las como nuvens e passa a reconhecer nelas alguma forma conhecida. Assim, ela passa a “ver” um elefante, uma cachorro, um rosto, etc. O adulto, olhando para o céu, apenas enxerga as nuvens; no entanto, para a criança, elas “parecem nem existir”, entretida que está na “percepção daquilo que não existe”, ou seja, as formas identificadas pela sua mente presa à idéia de “ver coisas conhecidas como as nuvens”. A percepção iluminada corresponde à visão do adulto desta ilustração, que revela somente a Realidade (nuvem) onde a “mente inexistente” (mente da criança) parece identificar inexistências (elefante, cachorro, rosto, etc.).
 
As formas ou coisas do mundo não são o que parecem ser. Deus abrange a totalidade da Existência. Ao nos identificarmos somente com Deus, reconhecendo nossa Visão como puramente       divina, estaremos aptos a perceber e contemplar este Universo tal como Ele já é; e, também, constataremos que esta PERCEPÇÃO nunca deixou realmente de estar presente.
 
Voltando à ilustração, os olhos da criança estavam observando corretamente a nuvem, apesar de sua mente, sugestionada pela brincadeira, parecer nublar-lhe a visão correta para mostrar as formas identificadas por ela. TODOS OS NOSSOS SENTIDOS ESTÃO PERCEBENDO A REALIDADE ESPIRITUAL, AQUI E AGORA, COM A MÁXIMA PERFEIÇÃO. Tão logo a inexistente “mente humana” seja realmente reconhecida como tal, a REALIDADE, que nossos sentidos estão captando, será discernida de modo correto, já que a Mente divina estará sendo identificada como a “nossa” Mente Única.
 
“Tu vês muitas coisas, mas não as observas; ainda que tenhas ouvidos abertos, nada ouves”. (Isaías 42:20) Como dissemos, nossos sentidos estão abertos. É preciso observar (PERCEBER) todas as coisas que vemos mediante a nossa TOTAL E EXCLUSIVA IDENTIFICAÇÃO COM DEUS. Somente assim, teremos conhecido a Verdade que somos; somente assim, a chamada “mente humana” será vista como NADA; somente assim, a nuvem será reconhecida como sendo nuvem, e NÓS, como sendo DEUS.

"A FÉ QUE REMOVE MONTANHA"

Dárcio

Passando de carro por uma estrada, olhando à distância eu vi um tratorista removendo uma montanha de areia do local. Ele e o trator pareciam uma formiga, perto do tamanho da montanha. Coletava, saia com o trator levando a areia que podia levar, e a montanha parecia estar do mesmo jeito! Voltava, repetia a mesma cena, de novo a montanha nem parecia diminuir, e assim aquilo foi se repetindo. Ele tirava, tirava, tirava areia, mas a montanha nem parecia mudar de tamanho! Quando entrei na curva da estrada, não pude mais acompanhá-lo.

À tarde, na volta, passei novamente pelo local e me lembrei do tratorista! Fui ver como estava a montanha, mas ela, inteira, já não mais estava ali!

A prática da Verdade exige uma decisão de tratorista! Ele estava convicto da sua capacidade para remover a montanha, sem se preocupar nem com ela e nem com o tamanho dela! Assim, cada um, diante de sua “montanha”, ou “problema”, deve, sem esmorecer, trabalhar em sua eliminação! Cada reconhecimento de que a Verdade é mais concreta do que a ILUSÃO apresentada, é uma “retirada de areia pelo trator”. A “ILUSÃO” é nada! Apenas dá ares de ser alguma coisa! A permanência no princípio divino torna a ação da Verdade acumulativa! E é quando a “montanha” acaba “virando nada”, e a “cura” se mostrando realizada.

Se o tratorista retirasse a areia do local para em seguida trazê-la de volta, a montanha iria ficar do mesmo jeito! O mesmo se dá na prática da Verdade! Se desprezarmos a ILUSÃO como “nada”, para logo em seguida a buscarmos de volta, com pensamentos do tipo: “Será que a ilusão já sumiu? Terei meditado certo certo para acabar com a ilusão?”, etc, a “montanha” da ILUSÃO ficará do jeito que estava! É preciso uma convicção plena de que DEUS É TUDO! E que Deus e Homem são UM! Para isso, as contemplações devem ser constantes e perseverantes! São elas que nos dão a convicção de que ” todo o Poder nos é dado no céu e na terra”.

UM COM DEUS

Dárcio

 

Ao dizer, “Eu vim ao mundo para dar testemunho da Verdade”, Jesus dava o exemplo de como cada um pode e deve reconhecer a si próprio como o Cristo de Deus! Em toda parte do Universo, Deus Se faz presente com a totalidade de seus dons e qualidades! Contemple este fato em VC MESMO! Feche os olhos e perceba:

TODAS AS QUALIDADES E DONS DIVINOS ESTÃO EXPRESSOS AQUI E AGORA COMO O SER QUE EU SOU!

Dê testemunho desta Verdade, por contempla-La já aceitando sua permanente validade! Faça-o da forma mais simples possível! Já é a Verdade!

A ILUSÓRIA IMPERFEIÇÃO DO SER

Dárcio

Escreve Mary Baker Eddy: O homem é a expressão do ser de Deus. Se alguma vez tivesse havido um momento em que o homem não expressasse a perfeição divina, então teria havido um momento em que o homem não teria expressado Deus, e, por conseguinte, um momento em que a Divindade teria deixado de ser expressa, isto é, teria ficado sem entidade. Se o homem perdeu a perfeição, então perdeu o seu Princípio perfeito, a Mente divina. Se o homem alguma vez tivesse existido sem esse Princípio perfeito ou Mente, então a existência do homem teria sido um mito. As relações entre Deus e o homem, o Princípio divino e a idéia divina, são indestrutíveis na Ciência; e a Ciência não concebe um desgarrar-se da harmonia, nem um, retornar à harmonia, mas sustenta que a ordem divina ou lei espiritual, na qual Deus e tudo o que Ele cria são perfeitos e eternos, permaneceu inalterada em sua história eterna. 

O trecho acima revela o ponto em que devemos nos deter, se quisermos vivenciar a Verdade revelada. Não há duas existências: a divina e perfeita, ao lado de outra, humana e imperfeita. Esse dualismo é a ilusão, a aceitação de uma dupla existência, quando erroneamente nos posicionamos numa condição imperfeita para ficarmos almejando sempre alcançar a perfeita.
 
Que é ilusão? É nada! A suposta aceitação de um fato inexistente! Ilusório! O ponto de partida é a admissão plena e incondicional de que Deus é Tudo! Assim, teremos a sustentação para encarar o Fato verdadeiro, a nossa relação de unidade inquebrantável com Deus, e a conseqüente aceitação de que a Mente única, divina, é a nossa única Mente atual. Se aceitarmos que o homem desgarrou-se da harmonia, estaremos iludidos, estaremos utilizando a “mente humana”, e esta é falsa! Esta mente ilusória tenta nos fazer crer que a harmonia ficou faltante em algum ponto, e que deveríamos trazê-la de volta. Aqui está o segredo da prática metafísica! Decididamente desmascaramos esta fraudulenta mente humana com o Fato verdadeiro: Deus é nossa Mente atual e única! Ela discerne a harmonia perene e intocável! Ela reconhece a Onipresença desta Harmonia infinita! Ela sabe que esta Harmonia É! E sabe que esta Harmonia é TUDO que É!
 
Assim como a onda expressa o mar, em unidade, o homem expressa Deus, também em unidade. Um Deus perfeito Se expressa como homem perfeito. Assim cada um de nós já é! A suposta mente humana, ilusória, deve ser desconsiderada! Não ficará “positiva”, mas ficará reduzida ao nada que sempre foi, quando a Mente única, perfeita, que Se mantém em toda parte em unidade com Suas idéias perfeitas, for aceita com plena naturalidade como sendo a nossa Mente real, eterna e única.

ORDEM: PRIMEIRA LEI DO UNIVERSO

Dárcio

A Ordem é a primeira Lei do Universo. A Ordem é o próprio Universo Se mantendo em harmonia absoluta! A Lei é Deus em cada ponto de Si mesmo expressando a Ordem permanente.

Sejam quais forem os quadros de desarmonia mostrados pela mente humana, não se prenda a eles! Não são “ordem”, são a “desordem”; logo, não são REALIDADE!

Atenha-se a Deus Se mantendo como Ordem Onipresente! Atenha-se à Verdade até que sinta ver calmo o “temporal de ilusão”. Deus é Tudo! A Ordem é Tudo! Atenha-se à VERDADE, somente à VERDADE! E a Verdade é esta: A ORDEM É A PRIMEIRA LEI DO UNIVERSO! 

"DESPERTA, TU QUE DORMES…"

Dárcio

Em Efésios, 5: 14, consta: “Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e o Cristo te alumiará”. Os “mortos”, na Bíblia, são os que se julgam seres humanos, nascidos da carne e expulsos do paraíso. “Levantar-se dentre os mortos” é “subir à Consciência Cristica”, ao Cristo de seu próprio ser, em que SUA LUZ É VOCÊ!. Isto o leva à percepção de que jamais VOCÊ deixou de estar em UNIDADE PLENA COM DEUS.

Todo ser humano tem seus limites! Mesmo os que se dizem dotados de poderes mentais “desenvolvidos”, pois, em realidade, unicamente Deus é Poder! Por que é revelado que “Com Deus todas as coisas são possíveis?” (Mateus 19: 26). O motivo é o seguinte: “TUDO ESTÁ FEITO!” A Obra de Deus está pronta, consumada e perfeita, e VOCÊ somente deve contemplá-La com os “Olhos da Consciência Iluminada”. Esta contemplação consciente é o “estudo do Absoluto”: A PERFEIÇÃO INFINITA JÁ ESTÁ CONSUMADA!

Quando sua atenção permanece nesse reconhecimento, deixando de lado as aparências vistas pela suposta mente humana, é discernido que “Deus e Homem são UM”, e, assim, “tudo lhe será possível”, pois, em verdade, TUDO JÁ ESTÁ FEITO. Não ficará com “olhos nas aparências”, tentando ali realizar trabalhos prodigiosos! Não é este o sentido! Estará contemplando que as maravilhas divinas já estão feitas! Apenas isto! No contato normal com o mundo, suas ações tomarão naturalmente o rumo certo, em que as “coisas todas vão se tornando possíveis”, e se concretizando neste mundo. Por que? Por já “estarem feitas”! As “contemplações” apenas  vão tornando-as VISÍVEIS.

HUMANOS PONTOS DE VISTA

Dárcio

É comum, ao falarmos com alguém que não esteja estudando a Verdade Absoluta, ouvirmos que “Verdade absoluta” não existe, que “cada um tem sua verdade”, que “a verdade de cada um depende de seu ponto de vista”, etc. Quando citamos frases de Buda ou de Cristo, que enfatizam a Verdade Absoluta, o que ouvimos? “Você não deve apenas citar frases fora do contexto!; é dessa forma que os ensinos são deturpados!”. Porém, quando perguntamos: “Mas estas frases são verdadeiras ou não?  “Em Deus vivemos, nos movimentamos e temos o nosso ser” (Atos 17:28),  por exemplo, como você a entenderia DENTRO do contexto?”  E, é quando a pessoa desconversa, diz que cada um quer “puxar a sardinha para a sua brasa” e rapidamente encerra a conversa com frases do tipo: “Religião não se discute”. Por que esta atitude é tão comum? Por ser crença coletiva! É a “mente carnal” falando como a pessoa, e não a própria pessoa! Como sabemos, a “pessoa real” sempre é Deus em expressão individual!

O mundo atual não comporta mais os “humanos pontos de vista”. Ou alguém se enquadra às profundas Verdades reveladas, com “coração de criança”, repetindo para si , e vivenciando em si  as frases absolutas de Buda, Cristo e outros iluminados, ou ficará alinhado ao mesmerismo, à crença hipnótica com sua “pseudo-humildade”, que muito mais honra os errôneos conceitos humanos do que as próprias revelações de Deus.

Quem já entendeu que a mensagem espiritual visa ao entendimento de que Deus é nosso ser, seu único trabalho será o de permanecer nesta percepção de que a Mente divina é a sua! Este “entendimento” não é um “humano ponto de vista”, e ele sabe disso!

As sementes podem e devem ser lançadas também em solos inférteis, desde que fiquemos livres e descomprometidos quanto ao “quando” que elas germinarão e darão frutos na vida de alguém! O sol brilha! Não nega luz nem calor a ninguém! Quem dele necessitar, logo achará forma de a ele se expor! “Segue-me tu”, disse Cristo Jesus. É isto!

DESAFIO ILUMINADOR

Dárcio

Viciados em ensinamentos que apenas focalizam supostos poderes da mente humana, muitos que vêm ao estudo do Absoluto acham difícil entender as bases deste enfoque. Acostumados com práticas mentais, que apenas prometem rearranjar a vida particular e também o mundo todo, carregam a fixa idéia de que o mundo humano é real e passível de ser melhorado. A permanência nesse universo de crenças não constitui a real libertação do homem!

A Verdade lança o desafio: “Não chameis de pai a ninguém sobre a face da terra” (Mateus 23:9). A aceitação de que o Reino de Deus é aqui mesmo, é que “aos poucos” deve ser conscientizado por alguém, é a grande farsa! Certos autores pregam a existência do Reino divino, mas condicionam sua manifestação a algo possível de ser feito pelo suposto “eu humano”. Falam que o bom ser humano é canal de expressão divina, que a “espiritualização” dos pensamentos nos leva a Deus, etc. Tais colocações dualistas, por mais que possam parecer bem-intencionadas, são falsas! DEUS É TUDO, E DEUS É UM COM A TOTALIDADE DE SUAS FORMAS AUTO-MANIFESTADAS! Deus está UNO com cada um de nós, o que equivale a dizer que nada poderá “nos unir a Deus”. A Existência é UNIDADE! Deus já é UM  conosco! A dualidade é a farsa que coloca o pseudo-moralismo humano como pré-requisito para o desfrute de nossa herança divina.

Aos nos recomendar, “Não chameis de Pai a ninguém sobre a face da terra”, Jesus revelava a UNIDADE PRONTA DA EXISTÊNCIA, revelava que sempre é o AGORA em que DEUS É UM CONOSCO. E revelava que este REINO DA UNIDADE CONSUMADA é o único verdadeiro em existência. Não há ser humano afastado de Deus; não existe ser humano moralmente melhor, em condição superior ao mau ser humano, para se unir a Deus; não existe bom ser humano; não existe mau ser humano; não existe ponte que ligue um ser humano a Deus. Não existe ser humano, não existe mundo humano, não existe humanidade!

Que dizer do suposto mundo humano? Nada! É uma farsa! ILUSÃO MENTAL! Este é o DESAFIO ILUMINADOR! Deixar de considerar o mundo e os supostos filhos de pais humanos, para DISCERNIR A VERDADE: TUDO É DEUS, UNO CONSIGO PRÓPRIO COMO INFINITAS FORMAS PERFEITAS!

Leitor, Deus é UM com VOCÊ. Nenhuma prática mental ou meditativa irá jamais “uni-lo a Deus”. Não leve em conta um ser humano! Ele é NADA, desde o princípio. Nada seria capaz de separar VOCÊ da Fonte. VOCÊ ESTÁ UNO COM DEUS, POIS DEUS É TUDO.

“Não terás outros deuses ao lado de mim”, diz a Bíblia no Velho Testamento; “Eu e o Pai somos um”, diz o Novo Testamento. Em outras palavras, a Verdade é sempre a mesma, e está revelada para que cada um A perceba em SI MESMO. Cabe, a VOCÊ,  reconhecer esta Verdade:

 DEUS ESTÁ UNO COMIGO; PORTANTO, DEUS É O SER QUE EU SOU! “QUEM ME VÊ A MIM, VÊ AQUE QUE ME ENVIOU”.