A NADA SE APEGUE AO QUE É VISTO PELA MENTE

Tudo que a suposta mente humana capta é ilusão! Enquanto isto for somente lido, sem ser vivido, teremos adotado o hábito da “crença coletiva”, atuando mesmericamente sobre nós.

É comum vermos alguém comentando: “Nunca pensei que aquela pessoa fosse agir daquela forma comigo!”, ou “Contei com alguém para isto ou para aquilo, mas quando mais precisei, me abandonou!” – são inúmeras as colocações ilusórias com estes desapontamentos; porém, qual o real sentido deles? Eles revelam que “esperávamos algo do nada”, que esperávamos tirar do zero quantidades de que ele não dispõe, para poder nos atender! O chamado  “mundo material” é uma ILUSÃO! Qualquer espera de que algo nos venha a partir dele, é comparável a um andarilho, no deserto, vivendo na expectativa de receber água do lago visto em “miragens” de sua mente alucinada!

Li, certa vez, a seguinte parábola: Uma pessoa, em noite escura, olhava continuamente para o chão,  nas proximidades de um poste de iluminação. Parecia procurar algo ali perdido. Uma outra, próxima a ela, vendo que o tempo se passava e nada era achado, decidiu-se por ajudá-la também na busca. Perguntando o que estava sendo procurado, a pessoa respondeu: “Perdi uma joia!” E então, os dois ficaram por mais um tempo naquela procura, quando  quem veio para ajudar fez-lhe a seguinte pergunta: “Mas você tem  certeza de que foi aqui que ela caiu?” E, para sua surpresa, ouviu a resposta: “Não! Mas vim procurar aqui porque “aqui tem luz”,  está claro, tem o poste iluminando!”

Esta parábola retrata a vida da “mente em ilusão”. Busca na “matéria”, que enxerga, o que não existe nela! O que é “escuro”, para a mente humana, é a Substância infinita que somos, a Presença de Deus,  a Consciência iluminada! Quando a pessoa parar de contar com coisas, pessoas e condições “deste mundo”, para radicalmente discernir que “TUDO É DEUS”, e que, em vista de a Verdade ser esta,  TUDO  “já está acontecendo” como manifestação perfeita de tudo o que lhe diz respeito, entenderá o que é a chamada “VIDA PELA GRAÇA”, ou seja, estará reconhecendo, em SI MESMA,  a Presença do INFINITO; nada ficará esperando das “miragens” da suposta vida humana, e, paradoxalmente, nesta própria “vida humana”, constatará o “aparecimento” do que “necessita”, que é sempre “algo que ela própria essencialmente É”, sem que se preocupe com nada, sem que de ninguém cobre nada e sem que sinta falta de nada!

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