O PONTO ESSENCIAL

O ponto grandioso a ser considerado por você é o seguinte: você encontra-se agarrado à ideia de sua Realidade espiritual? Ou está se identificando com uma existência material? Com Deus ou com homem? Com a inspiração ou com a razão? Com a Mente divina? Ou está se concedendo uma mente humana separada?

O homem, tendo aceito que há muito deixou a “casa do Pai”, em sua  imaginação se associa aos pares de opostos, bem e mal, vida e morte, e limitações de tempo e espaço. Seu sucesso e riqueza , também, vem dependendo largamente de sua atitude em relação a pessoas, circunstâncias, tempo e condições. Mas, nesse patamar, jamais ele poderá encontrar a paz completa, simplesmente porque esta não poderá ser encontrada em falsas aceitações.

Quando o homem se identifica com o Espírito, com a Mente única, ele percebe que não poderá mais acreditar em outra mente, como  vinha fazendo. Na Luz Autorreveladora, ele pode ver que EU SOU AQUELE QUE SOU, e fica conhecendo sua inerente unidade com este“EU”. Desse modo, deixará de querer evoluir ou espiritualizar uma suposta mente humana, movido pela crença falsa de que esse método o faria alcançar aquela mente que estava em Cristo Jesus. Tampouco desejará curar ou modificar um corpo que ele considerava ser material, com o propósito de restaurá-lo à condição real de saúde e de harmonia. (Obs: ESTARÁ DESPERTO E VENDO, COM O “OLHO SIMPLES”, O SEU CORPO ESPIRITUAL E ÚNICO, ETERNAMENTE PERFEITO, HARMÔNICO E IMUTÁVEL, O “TEMPLO DO DEUS-VIVO”)

 

“LEVANTA-TE DENTRE OS MORTOS!”

O “Senhor da Vida” é a imortalidade ou a eternidade Se expressando como tudo o que, de fato, tem realidade. Por que a Bíblia diz: “Levanta-te dentre os mortos”?  Por  a Verdade ser VIDA ONIPRESENTE, o que faz da suposta CRENÇA em nascimentos e mortes uma espécie de “pesadelo” com que a humanidade se ilude, se identifica, e nele supõe viver!

Ao  “pesadelo”, deu Jesus o nome de “mundo do pai da mentira”, e,  aos irreais “personagens sem vida”, aparentemente vivos no pesadelo, deu-lhes o nome de “mortos”. Por isso, Paulo que conhecia a Verdade, assim disse: “Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e a LUZ DO CRISTO te iluminará!”

O que aparenta SEPARAR O HOMEM DE SUA PRÓPRIA LUZ, é meramente um “pesadelo”! E este “despertar” revela o que Jesus disse: “É chegado o Reino de Deus, e nele vivemos como “Luz do mundo”.   Portanto, a IDENTIFICAÇÃO feita pela humanidade com o “pesadelo e seus habitantes” é ILUSÓRIA! E esta ILUSÃO SE DESFAZ MEDIANTE O “DESPERTAR DO PESADELO”.

“O Reino está PRESENTE no mundo inteiro, mas os homens não o enxergam”, disse Jesus. Não o veem porque se identificam com “seres do pesadelo”, e não com “deuses”!

O PASSO INICIAL E FUNDAMENTAL, PARA “ALGUÉM LEVANTAR-SE  DENTRE OS MORTOS”, reside na admissão da “Consciência ILUMINADA”  como SUA  PRÓPRIA CONSCIÊNCIA INDIVIDUAL!  As revelações absolutas são todas referentes à Verdade percebida por alguém que NÃO SE IDENTIFICOU com a suposta  “mente humana”. Por isso, Paulo foi radical e firme: “TEMOS A MENTE DE CRISTO”!  Com ela, constatamos que “EM  DEUS VIVEMOS, NOS MOVEMOS E EXISTIMOS”!

Com a Mente de Cristo, nossa Consciência iluminada, percebemos a TOTALIDADE E UNICIDADE DE DEUS, e, com isto, percebemos que “NOSSOS NOMES ESTÃO ESCRITOS NOS CÉUS”, como disse Jesus!

O conhecimento destas Verdades faz com que nos compenetremos do REAL EVANGELHO DE JESUS, que é A TRANSCENDÊNCIA ao “mundo do pai da mentira”, para simplesmente abrirmos os OLHOS DA ALMA e nos contemplarmos como sendo O CRISTO, A VIDA ETERNA. O SER VERDADEIRO QUE “SEMPRE FOMOS, SOMOS E SEREMOS!”

“JESUS CRISTO ESTÁ EM VÓS” (2 Cor. 13: 5) . Assim disse Paulo, chamando de REPROVADOS àqueles que “dormem, sonham e se identificam com os mortos do sonho”!

O CRISTO, que está em todos nós, é a NOSSA CONSCIÊNCIA ILUMINADA”, NOSSA VIDA ETERNA, A VERDADE QUE SOMOS!

Medite e se atenha a estas Verdades, ciente do que disse João:

“QUEM TEM O FILHO, TEM EM SI MESMO O TESTEMUNHO DA VIDA ETERNA; E QUEM NÃO CRÊ, CHAMA A DEUS DE MENTIROSO!

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Comentários Sobre “Expulsai Os Demônios”-1

“EXPULSAI OS DEMÔNIOS”

Os “demônios” são as falsas crenças genéricas que têm perpetuado desde o início dos tempos; e, a principal delas chama-se “individualismo”. Cristo ensinou que toda realidade é una, sem partes ou diferenças, ou seja, ensinou ser impossível reconciliar o nosso “Eu” com uma mente humana ou individualidade. Pelo contrário, o homem genérico prega a doutrina da apoteose, isto é, a deificação da mente humana.

Lillian De Waters

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O estudo da Verdade é essencialmente prático. As Revelações, após lidas, devem ser contempladas como Fatos reais deste “agora”. A falsa crença em “demônios” vem há tempos acompanhando a humanidade em seu dualismo! O Poder divino  ilusoriamente veio sendo dividido! O bem e o mal passaram a ser aceitos como realidades, e, em vista disso, a Onipresença da Perfeição Absoluta acabou ficando esquecida. Que devemos fazer? Resgatar a Consciência da Verdade! Saber que a Onipresença é Fato eterno e, portanto, que “outros poderes” são pura fantasia de uma suposta mente que, mesmo sem fundamento algum, insiste em nos sugestionar para que creiamos em suas irrealidades.

Neste parágrafo, a autora nos chama a atenção para o fato: Os “demônios” são as falsas crenças genéricas que têm perpetuado desde o início dos tempos; e, a principal delas chama-se individualismo. Que significa isso? Ela quer dizer que o trabalho de “expulsarmos os demônios” tem início em nós mesmos! Em quem estas “falsas crenças”  aparentemente atuam? Em nós!

“Cristo ensinou que toda realidade é una, sem partes ou diferenças, ou seja, ensinou ser impossível reconciliar o nosso “Eu” com uma mente humana ou individualidade”. De fato, o Evangelho revela que “sem o Verbo (Deus), nada do que foi feito se fez”; portanto, devemos fechar os olhos para o dualismo, a crença em dois poderes, e reconhecer o Eu Infinito, o Reino Perfeito em Unidade, e contemplarmos Deus sendo o nosso Eu, e nosso Eu sendo Deus. “A Realidade é una, sem partes”, explica a autora! Deus está sendo Deus igualmente em toda parte! Não está sendo mais Deus em Jesus, em Buda, em Krishna ou em Paulo! Deus está sendo Sua Totalidade em toda a extensão de Sua Existência! Contemplemos estes fatos espirituais e eternos! Estas contemplações absolutas estarão dando início à nossa “expulsão dos demônios”.

“O homem genérico prega a doutrina da apoteose, isto é, a deificação da mente humana.” Se entendermos que “a Realidade é una, sem partes ou diferenças”, naturalmente nos ficará claro que, como nos revela Paulo, “temos a Mente de Cristo”. Não se trata de uma Mente “personalizada”; é a Mente Una aparecendo como”membros”, assim como as duas mãos de um mesmo corpo são conduzidas pelo mesmo cérebro. A autora nos alerta para este fato: devemos entender a Mente una Se manifestando como a Mente de cada um de nós, em unidade perfeita!

Há pessoas que vinculam estes estudos com os ensinamentos mentalistas. Acreditam em mente humana e em poderes mentais humanos. Entendamos a profundidade deste parágrafo! Não existe mente humana! Tampouco existem os “dois poderes” que esta suposta mente considera existir. Deus é Tudo! O Uno é Uno! O Verbo é  Verbo!

Contemple a Presença da Mente Una sendo a sua Mente única deste AGORA! Deixe de se identificar com “mente humana” em suposta evolução! Isto não existe! A Mente do Uno é a única Realidade! Como dissemos, estes estudos são para que CONTEMPLEMOS os fatos reais revelados, e para que deixemos de lado as CRENÇAS FALSAS (demônios) que vinham sendo aceitas como reais, quando jamais deixaram de ser puras “miragens”.

Continua no próximo domingo..>

“Expulsai Os Demônios”

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A ordem “Expulsai os demônios” já pode ser posta em prática, pois agora estamos capacitados a executá-la com visão espiritual e  autoridade divina.

Os “demônios” são as falsas crenças genéricas que têm perpetuado desde o início dos tempos; e, a principal delas  se chama “individualismo”. Cristo ensinou que toda realidade é una, sem partes ou diferenças, ou seja, ensinou ser impossível reconciliar o nosso “Eu” com  mente humana ou personalidade. Pelo contrário, o homem genérico prega a doutrina da apoteose, isto é, a deificação da mente humana.

A renúncia a toda obediência a personalidades ou doutrinas humanas nos conduz à iluminação flamejante e à convicção de que inexiste qualquer “outro” ao lado do Eu Universal. Este Uno exige nossa total atenção. Verdadeiramente, teremos de clarear nossa visão até que nada nada mais seja posto diante dela, a não ser o Eu perfeito e Sua perfeita expressão.

Por outro lado, isto é, do ponto de vista de que nada mais existe, se torna fácil entender que as formas discordantes chamadas doença, pobreza ou desarmonia de toda espécie, não possuem, nelas, Deus algum ; portanto,  não têm nenhuma vida , nenhuma ação, e nenhum poder.

Porém,  que daria origem àquelas aparências? Podemos atribuí-las diretamente aos pensamentos e sentimentos errôneos; eis o porquê delas  assumirem forma. Entretanto, tais pensamentos são inteiramente falsos, por terem sido construídos sobre a errônea premissa de que existe outra mente, ou consciência, além daquela que é Deus; e de que estes pensamentos malignos possuam poder.

O grande realismo permanece intacto. A Mente ou Consciência única que temos, é aquela que é Deus. Logo não pode haver, e não há mesmo, nenhuma forma real discordante; nenhum pensar errôneo; nenhuma outra mente, vida ou existência.

Em virtude do fato de que Deus é tudo, e de que inexistem outros pensadores pessoais, conclui-se que todos os resultados atribuídos àqueles pensamentos são míticos e espectrais: vazios de existência.

Consideremos a reinante praga dos pulgões japoneses. Analisemos, neste exemplo específico, o que deve ser expulso. Tais pulgões expressam ou representam vida? São unos com a Vida que é Deus, o Todo? Não. Por certo eles voam, têm bonitas cores, e, aparentemente, têm a mesma vida que nós temos. Porém, que estariam representando? Eles retratam os pensamentos, ações e sentimentos dos povos e nações em guerra, uns com os outros. Aqui se cumpre a profecia de Jesus, quando disse: “Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, além de fomes e pestilências”.

Alegar que a vida Divina inclui, de alguma maneira, uma forma de vida que seja uma peste, significa interpretar erroneamente a Existência. Além disso, em vez de atribuirmos a tais insetos a mesma vida que somos, iremos expulsar a forma de vida que eles aparentam possuir; e negar qualquer realidade nela. Sendo descartado o seu semblante de vida, pelo entendimento de que eles simbolizam ignorância, desobediência, treva e engano, que não existe vida ou realidade neles, irão desaparecer em sua própria nulidade.

Pondo em prática este princípio, recentemente a autora pôde presenciar esse tipo de demonstração. Os pulgões, que vinham atacando as plantas no jardim, foram encontrados sem vida em consequência disso. Um leve toque, dado nos ramos, e eles cairam das folhas ao chão, pó a pó.

Disse Jeremias: “Todo ourives é envergonhado pela imagem que ele esculpiu; pois as suas imagens são mentira, e nelas não há fôlego.” (Jer. 10:14). Ezequiel teve uma visão similar, quando escreveu: “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel? … Eles criaram as imagens de suas abominações, e de suas coisas detestáveis.”

 Uma praga ou pestilência retrata avareza. destruição, guerra, luta, mesquinharia: tudo baseado no erro primário de que a Mente pode ser múltipla; de que a Vida possa estar separada e, seres humanos sejam capazes de entrar em guerra, uns com os outros.

Alguém preso a uma mente pessoal ou intelectual humana se desgasta com suor e lágrimas; ele caminha em trevas, dorme em trevas e produz em trevas. Esta é a “terra distante” em que, em crença, ele atua afastado de sua Mente real e de seu verdadeiro estado de Ser, até que, finalmente, lhe chegue a compreensão que uma mente pessoal, ou mentalidade individual, não é para ser transformada ou treinada de nenhuma maneira: ela é para ser abandonada por meio de uma renúncia completa.

A Bíblia nos incita a volver nossos corações para a luz, pois o “coração” denota as aspirações e afeições puras e espirituais. Jesus procurou os puros e simples de coração para semear seu ensinamento. Sabia da dificuldade que os intelectualmente ricos teriam para entrar no Reino do Espírito.

Estabelecidos como o Um, nós assumimos nossa prerrogativa de ser uma lei para o nosso Eu; que nada pode estar conosco sem que seja saudável, perfeito e puro.

“Não vos alegreis porque se vos sujeitam os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.” Lc: 10;20. Assim falou Jesus àqueles que por ele foram enviados para pregar e curar. A alegria não deve estar ligada à demonstração; devemos nos alegrar por termos descoberto que nós próprios, e todos os demais, somos a Verdade e a Vida. Como devemos ficar alegres e felizes!

O tratamento de Jesus era administrado como Palavra Falada: a Palavra de poder; a Palavra de ordem. O Eu fala ao Eu, com poder e autoridade, dizendo: Saia! Jubilosamente, o Eu ouve e o Eu responde.

Das profundezas do Amor divino, a Palavra sai; e é cumprida. Ela não leva em conta personalidades ou bloqueios mentais; tampouco busca modificar alguma assim chamada consciência. A Palavra emana do Eu; Ela é o Eu; e é a própria autoridade.

O Eu é isento de todo tipo de limitação; sem discrepância ou discriminação. Ele é poder, Todo-poderoso. Ele vê a Si próprio como o Incondicionado – o livre e irresistível, sempre.

Conheça seu Eu! Ame seu Eu! Quem está em todo o céu e a terra, senão seu Eu? Não diga “Eu Sou”, exceto em nome do Uno: o Eu que era; que é, que sempre será; em Quem não há sonho nem oposição de qualquer espécie.

Eu sou Amor, Eu sou Entendimento, Eu sou Paz, Eu sou Abundância; igualmente presente em todo ponto. Eu sou a demonstração do bem eterno, sempre. Nada Me pode ser acrescentado; nada Me pode ser tirado. Eu e a minha criação somos Um; e preencho a Infinitude.

“O Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um só será o Senhor, e um só será o seu nome.” Zacarias 14: 9. O Senhor é o Ser infinito. Seu nome é um; e Sua identidade é uma. Sua harmonia é uma; Sua atividade é uma.

“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Rom. 8; 31. Ninguém! Nada! Nada existe para se Lhe opor! Nada para ser contrário! Nada para estar separado! A divina Consciência reina, e é “tudo em tudo”.

Conhecedor deste sempre existente Fato da Existência,  Cristo ordenou: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” Mc 16; 15.

Amados, obedeçamos ao nosso Redentor! Passemos a pregar o Evangelho da Unicidade e  Totalidade a todo aquele que possa ouvi-lo. Passemos a ensinar a Mensagem da Ontologia: Perfeição indivisível, Completeza, o Eu-Sou-estado-de-ser. Previnamos a todos  que deixem de pensar a partir da premissa de um homem em busca de seu bem; em vez disso, assumamos o correto estado do Ser, vivo por toda a Eternidade.

Uma vez aceito nosso verdadeiro estado, estaremos prontos para seguir crescentemente rumo à plena luz e revelação, ou seja, “contemplarão a sua face, e nas suas frontes estará o nome dEle. Então já não haverá mais noite, nem precisarão eles de luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” (Apoc. 22: 4-5).

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O Puramente Espiritual

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Está mais que evidente que um avanço definido se iniciou rumo ao puramente espiritual. Hoje, temos aqueles que estão prontos para abandonar trabalho e esforço no sentido de demonstrar saúde, riqueza e felicidade, para aceitar a Verdade de que não somos carne (matéria), mas Espírito (Rom. 8:9).

Estas lições podem revelar Entendimento àqueles que não vieram de estudos de mentalismo, e também aos que estão preparados para uma expansão que os irá ultrapassar. Os que se autodenominam seres humanos são incapazes de encontrar uma solução para os seus problemas humanos.

Nenhuma terapia para as limitações de uma terra achatada poderia ser descoberta por aqueles que viveram como fazendo parte dela. Quando eles descobriram que a terra é redonda, concomitantemente um novo ponto de vista se lhes abriu. E então, as limitações de uma terra achatada sumiram automaticamente de vista. Ocorre exatamente o mesmo com as limitações chamadas pecado, doença. sofrimento, desejo e guerra. Todas estas, também. desaparecerão sem qualquer esforço, para aquele que reconhecer a si mesmo como Espírito.

Se medo e tribulação pudessem ser curados a cada necessidade que surgisse, jamais saberíamos que nosso Eu e nosso Mundo são completamente perfeitos aqui e agora. As promessas de segurança, proteção, paz e imunidade são vistas como certas e seguras por aqueles que recebem, ou aceitam a Luz, de que apenas um Ser está presente – o “Eu” infinito. “De seis angústias Ele (Eu) te livrará, e na sétima o mal não te tocará” (Jó 5:19).

Por que continuar a crer em mortais, quando “Eu sou o Todo de Tudo”? Por que persistir em aceitar dois poderes, dois mundos, quando não há nada ao lado de MIM? Por que prosseguir com conceitos equivocados, quando “Eu” sou a Mente única que existe? Por que lutar e se esforçar para obter ou emergir na Perfeição, quando a Perfeição é o que sozinha está presente?

“Os Vedas” declaram que a realidade não vem através de ginástica mental, mas por amor puro e devoção. Ensinam que a bênção do “Eu” está sempre conosco e que iremos descobri-la, se a buscarmos com sinceridade. Nós eternamente somos o “Eu”, o Absoluto. O objetivo essencial dos Vedas é ensinar a Natureza da Seidade única, e declarar com autoridade que esta constitui o nosso “Eu”; que nós realizaremos perfeita Paz, Serenidade e Bem-aventurança pela devoção constante ao “Eu” que não tem oposto.

É verdade que, se continuarmos a aceitar somente o “Eu” único, esta percepção espiritual nos trará infinita calma, paz e felicidade; estaremos vendo e conhecendo, amando e existindo, como este próprio “Eu”. E prosseguindo no conhecimento de que apenas um “Eu” e um Mundo estão presentes agora, esta Realidade se tornará natural para nós – nítida e certa. Nossa Realização de Deus como nosso Ser, Mente e Mundo é Consciência Divina.

No Infinito não há nenhuma evolução de outros seres, outras mentes, outras consciências. A igualdade não pode ser encontrada em parte alguma, senão em nossa percepção de que nós somos o Infinito.

Desvincule-se da doutrina ou crença de que este Mundo não é o Mundo de Deus; que já não somos dotados agora da Mente de Deus; e que nós precisamos passar por processo evolutivo rumo à Perfeição e Realidade. A Perfeição do Um jamais foi mudada. Ela está sempre aqui.

“Confia no Senhor (no Eterno) de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas…o Senhor será a tua segurança” (Prov. 3: 5,6,26). Na versão de Moffat, encontramos que “se confiarmos no Eterno com todo o nosso coração, sem nos apoiarmos em nossa própria visão, conservando a Mente dele em todos os caminhos, Ele iluminará o nosso percurso…o Eterno será a nossa proteção, e nos preservará de todo perigo”.

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O Absoluto

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Quem for dotado de um ponto de vista mental e finito irá achar que o Absoluto é abstrato, uma vez que não ensina técnicas curativas da mente, pensamento, corpo, condição ou coisa. Mas a razão deveria ser de pronto percebida: O Absoluto é o Absoluto. Ele é o Perfeito, o Imutável, o Um – o Único.

Que iria o Absoluto curar? A quem o Absoluto poderia instruir? O Absoluto considera o Mundo e cada Identidade como sendo o Um Todo Abrangente.

O “Eu” de todos é Consciência Pura. Atuando como esta Consciência, jamais falamos sobre cura; jamais falamos de táticas ou “tratamentos” para lidar com crença falsa; jamais ensinamos a “aplicar” a Verdade à irrealidade. Não tentamos “lidar com problemas”.

Firmados na percepção e Realização da impossibilidade de existir pecado, doença ou imperfeição numa Identidade Perfeita Infinita, que constitui o Universo único existente, vemo-nos libertos do senso pessoal de existência: não somos mais o “eu finito”.

É impossível que o pecado, o medo ou uma falsa crença causem doença. A doença não pode ser provocada por nada. Não existe algo capaz de criar a imperfeição. Não existe nenhuma existência humana. Quem estiver falando como o Eu verdadeiro, no Reino da Realidade, pode afirmar esta surpreendente revelação, e saber que ela é um fato real.

Esta Luz somente pode mesmo vir por Revelação, e Ela chega a todos que estiverem prontos para recebê-la.

Não existe algo como o pecado, o sofrimento ou a imperfeição em todo o Reino de Deus. Como Deus é Tudo, e enche o espaço por inteiro, nada pode estar existindo, senão Deus, o Todo Perfeito.

“Pois não é Deus o autor da morte; nem tampouco é do Seu agrado a destruição da vida. Pois Ele criou todas as coisas passíveis de ter existência; e as gerações do mundo foram saudáveis; não há nelas nenhum veneno de destruição, nem existe o reino da morte sobre a face da terra.” (Salomão-apócrifo.)

Para aqueles que vivem fora do Reino da Consciência Divina, pensando com mente própria pessoal, declarações de que o pecado, o sofrimento, a imperfeição não existem, soam como falsidade absurda. São capazes de apontar uma infinidade de provas em contrário. Quem estiver vendo e pensando como Consciência Divina sabe bem o que está afirmando. Sua compreensão não lhe poderá ser alterada. Conseguirá entender o sentido das desafiadoras palavras do Um Todo Vitorioso: “Quem de vós me convence de pecado?” (João 8:46)

A Verdade não pode ser ensinada: pode ser dita. A Verdade não pode ser criada: pode ser percebida. A Verdade não pode ser conseguida, alcançada nem demonstrada: pode ser discernida e experienciada.

Não existe nenhum caminho à Verdade, exceto o de SER a Verdade; não existe outro caminho, exceto o de ASSUMIR; não existe outro caminho para se compreender a Realidade, exceto o de SER Consciência Divina.

Se nos identificarmos como outra mente, senão a Consciência Divina, como um “eu” além do EU SOU, e se admitirmos uma existência além do Eterno e Perfeito, estas seriam tentativas de nos tornarmos um Deus pessoal para nós mesmos. Já a aceitação do DEUS  ÚNICO, como nossa totalidade, faz com que sejamos divinamente tudo aquilo que Deus é, exatamente como os raios do sol não iluminam como simples raios, mas como a luz do sol integral. O Deus  Uno Infinito é o Eu de todas as identidades. Todas as Identidades são o Deus-Uno-Infinito.

Quem deve acreditar nisto? Quem deve experienciar a Realidade sublime, o ABSOLUTO INCONDICIONADO? Você e eu, tão logo verdadeiramente fizermos a identificação com o Coração. E se deixarmos de fazê-la? Nesse caso, necessariamente veremos, pensaremos e experienciaremos como se fôssemos algum outro ser. Obviamente, isto seria irreal, mas pareceria ser real, caso permanecêssemos voluntariamente apartados do Um que realmente somos, a exemplo dos nossos sonhos, que parecem ser reais e certos enquanto estamos dormindo.

Se alguém deixou Deus de lado, seu Eu perfeito, para formar outra mente própria pessoal, é claro que o “retorno” à sua Identidade não poderia ocorrer mediante o emprego desta mente e pensamento autocriados. SEU RETORNO DEVERIA OCORRER ATRAVÉS DO CORAÇÃO! Somente o Coração pode ser o ponto de contato entre aquele que se julga “um outro” e aquele que aparece COMO Deus.

Autorrevelação—pelo Coração—pode manifestar Conhecimento imediato, sem levar em conta o pensamento; ou manifestar Libertação imediata, sem qualquer esforço. Noite e dia, somos inundados de Luz e Bênçãos.

Aquele que se contempla como um “outro”, que não o Um, exige provas mediante demonstrações. Aquele que descarta a falsa crença, para se identificar como o UM Único, “tem em si mesmo o testemunho”. (I João 5:10)—tem a experiência de que Identificação e Integralidade são simultâneas e idênticas.

*

 

O Caminho Eterno

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Não se conforme com um conceito material de coisas e de pensamentos! Antes, seja iluminado, encontrando e experienciando o Reino do Céu dentro do Coração. A Realidade não pode ser criada; tampouco pode ser determinada por pensamentos, sentimentos e ações. Em vista disso, onde depositaremos nossa esperança? Onde acharemos o que é eternamente certo e digno de confiança? Naquilo que é atemporal, imensurável e incondicionado – o Céu, a nossa Consciência pura.

Colocar saúde e integralidade em corpos, a felicidade em indivíduos, o sucesso em coisas, e a compreensão no pensamento e na razão é o que retém alguém em perpétua busca, luta, esforço e argumentação. Quando nos voltamos ao Mundo das Incorporealidades, vendo-o como único Mundo que existe, experienciamos intuição e iluminação. Ficamos conhecendo a Verdade sem esforço ou tensão. Este é o Caminho Eterno.

A mente influenciando o corpo, ou o corpo influenciando a mente, é o que parece acontecer àqueles que olham externamente ao Reino do Real. Se olharmos internamente, tão próximo o encontraremos, que a própria contemplação trará a gloriosa experiência de sua Presença. Nossa decisão de abandonar as batalhas mentais, seja conosco ou com suposto opositor, estabelece o reconhecimento imediato da Total Presença do Um.

Tem-se falado que o intelecto é apenas um esqueleto, mas que a muitos o seu estalar de ossos  é uma linguagem tão agradável quanto a voz da intuição. Parece que muitos não conseguem discernir o que são os pensamentos pessoais e o que são os pensamentos da Mente divina. Por outro lado, é certo que existem outros que estão rapidamente se expandindo em percepção espiritual, deixando para trás o físico e mental, e buscando avidamente a Verdade Absoluta, que sozinha preenche e satisfaz.

O Mundo da Realidade não pode ser conhecido de nenhuma outra forma senão a da Luz e Experiência espirituais. É bom manter isso em mente. Exemplificando, sentei-me com lápis e papel nas mãos para formular algumas ideias importantes sobre certo assunto. Havia uma sensação de hesitação, como se  sentisse  que o assunto exigisse algum pensamento específico. Mal eu comecei a escrever a primeira palavra, e repentinamente uma rajada de palavras jorrou sobre mim. Escrevi-as rapidamente, e quando encerrei o texto, era como se a totalidade da Verdade tivesse sido a mim revelada naquelas poucas sentenças.

Eu não buscava esta iluminação, especificamente. Ele me veio inteiramente de Si mesma, e era toda maravilhosa e arrebatadora. E o tema? Era este: PERFEIÇÃO É O NOSSO SER, E O NOSSO SER É PERFEIÇÃO. Sempre, em iluminação, alguém perde a noção de si mesmo como individualidade, e experimenta a Realidade como o Ser Único em Si.

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Luz-3 (Final)

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Conheça seu próprio Eu, e você será Autoiluminado. Veja o seu Eu, e você verá a Deus. Renuncie à crença em outro eu, outra mente, outro corpo e mundo ao lado do Um Presente, Imaculado e Imutável, e a Iluminação será imediata e direta. Você será, então, livre em Espírito, Mente e Corpo. Se você aceitar a crença enganosa de que a Mente e o Corpo são humanos ou materiais, não estará consciente da Verdade de que Mente e Corpo têm sido sempre Espírito. A aceitação do Espírito como única presença, aqui e agora, faz com que sejam abolidos os esforços, fadigas e lutas.

Temor algum se relaciona com essa reviravolta e aceitação deste iluminado ponto de vista. Toda interpretação, doutrina ou prática, que nos vincularia com seres degenerados — humanidade ou mortais — será varrida pela Luz resplandecente e Conhecimento perfeito de que o Infinito EU SOU permanece inseparável e único, e que EU SOU este “EU SOU”.

Se você observar seus pensamentos com a ideia de corrigi-los, purificá-los ou controlá-los, estará, então, se identificando com uma mente que não existe. Não há mente alguma ao lado da Mente divina ou espiritual; e, não há nenhum ser, senão a Egoidade una infinita. Se pretender conhecer a Verdade, e experienciar o Eu Real aqui e agora,  deverá parar de acreditar ou de ensinar a prática da correção, evolução ou transformação de seres mortais ou de mentes humanas. Todo trabalho ou esforços nesse sentido seriam  em vão.

Para ter consciência da Verdade, é preciso que alguém seja a Verdade, e para conhecer o que é real e verdadeiro, alguém terá de conhecer identificado como a Consciência única. Aceite apenas a Mente única — consciente de inexistir qualquer outra -, e então, seus pensamentos serão satisfatórios e inspiradores.

Desligue-se de sistemas e métodos que o impeçam de saber que há somente um Eu, uma Mente e um Pensar. Descarte todas as práticas que o identifiquem com um mortal ou ser humano, com mente, pensamento e vontade próprios seus, e que o manteriam preso à errônea crença de que você está separado da Perfeição. A Verdade é que existe somente um Eu, uma Mente, uma Consciência ou Percepção: e este Um é VOCÊ.

 A Verdade não pode ser revelada, a não ser quando esteja, você, desvinculado de crenças e ensinamentos que o associem com algum outro ser, que não o Espírito. Uma vez que você encare a Deus, e volte seu coração unicamemte a Ele, deixando de lado todo pensamento de “outro mundo” de pessoas e coisas, você estará na Luz imediata, que lhe revela tudo o que deva saber. Como o Ser Único é sua Vida e seu Eu, e como não pode haver nenhum outro, deve haver, portanto, uma renúncia à sua crença nesse outro.

O Deus infinito é nosso próprio Ser infinito, Mente e Vida perfeita. Esta Egoidade exclui qualquer outro eu ou existência. A Onisciência exclui a presença de qualquer outra mente. A Onipotência exclui a presença de qualquer outro poder. O UM perfeito, Infinito, conhece a Si mesmo como o Infinito Tudo-em-Tudo.

A Resposta aos problemas do mundo não será achada na cura de doenças ou na superação de guerras. O profundo significado desta hora é o de que devemos volver nossos corações de tudo mais rumo a Deus diretamente, para que haja Luz, Visão e Revelação.

Nenhum tratamento ou demonstração será prova suficiente para esta hora crucial. A Luz, somente, poderá revelar o Caminho. Os velhos ensinamentos e crenças serão, aqui e agora, abolidos completamente. Eis que “Eu” faço NOVAS todas as coisas!

Esta Nova Luz vem bem abaixo da superfície. Ela atinge as próprias profundezas do coração, onde descobre a crença e o ensinamento profundamente arraigados de que somos mortais, ou seres humanos com corpos materiais, vivendo numa existência humana. Nada disso é verdadeiro.   Precisa ser derrubado, abolido e banido.

O ensinamento e a crença básica de todas as religiões é que nós estamos agora separados de Deus: que Deus é Espírito, mas nós somos mortais ou humanidade. A Luz revela que não somos humanos ou mortais; que não há mortal algum para ser regenerado, nem corpo necessitado de cura, e  nenhum mundo passível de ser destruído. A Luz revela que nós jamais estivemos separados de Deus!

O Espírito não poderia estar presente num eu mortal, numa mente humana, num corpo, mundo ou existência material. O Espírito, o Único EU SOU, o “Eu” ou Identidade para todos, é aqui e agora, sempre o mesmo — sem alteração, sem transformação, absoluto. Para o Espírito, tudo é Ele próprio, tudo é Espírito.

A Nova Luz de hoje revela que não somos uma raça de humanidade, não somos mente humana nem corpo humano. Sempre que alguém alega ter de largar ou assumir outra mente, sempre que ele pensa que é um  mortal, e que este corpo é humano ou material, e este mundo é uma ilusão, ele está proclamando uma existência que não existe. Apartada do Espírito, Deus, não há existência. Ao lado de “MIM” não há outro, nunca houve e nunca haverá.

Nada em Deus ou de Deus é humano, mortal, material, irreal ou ilusório. Deus é o Inteiro, a Totalidade. Para assim ser, precisamos ser este UM. Deus é integral – o Integral, Deus é a Íntegra da Vida, Ser, Mundo e Existência. Nesta Integralidade, não há separação;  nenhum sofrimento; nenhuma luta ou destruição; nenhuma morte. Nesta Integralidade existe Luz, Visão, Revelação –

 constante e infindável.

Aqueles que volverem seus corações a Deus, total e completamente — abandonando e abolindo todos os ensinamentos atuais, que prendem o mundo à crença de que estamos separados do Espírito, Deus, o Um (ou que somos algum outro, que não o Espírito) — saberão de Deus que o Espírito e a Existência espiritual são a única Presença. Eles viverão em sua própria Consciência ou Percepção perfeita e pura de que o Espírito é tudo, e de que nós nada podemos ser, senão Espírito.

O fim do mundo significa dar fim à diabólica crença de que somos mortais ou humanidade. Veremos este mesmo Eu, este mesmo Corpo, e este mesmo Mundo como o Real e Verdadeiro – verdadeiramente, o próprio Reino dos Céus. E então, não haverá doença, guerra, sofrimento nem morte; pois, a primeira crença em pecado e separação terá sido banida pela Luz e Revelação resplandecentes e gloriosas de que o EU SOU permanece Total e Único; de que “Eu” sou o único UM – não há ninguém além de “MIM”.

F   I  M

Luz-2

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Nenhuma ilusão e nenhum mal originaram um homem mortal. Nenhum conceito humano jamais existiu. O pecado não criou um pecador, nem foi o pecado autocriado. Matéria autocriada, mal autodestrutivo ou falsidade autoconstituída jamais existiram ou pareceram existir; nem tampouco irá o erro ou o mal ser autodestruído. Todas estas teorias e crenças têm por base única a falsa doutrina religiosa de pecado e separação.

Como o Deus infinito permanece uma única Egoidade Infinita, Mente e Universo, não há nenhuma criação material, nenhum ser mortal, nenhuma mente humana e nenhum corpo físico.

Leitor, não receie fazer um cuidadoso exame daquilo que você lê, e de qual ensinamento você aceita; tenha em mente o seguinte: ele o identifica com a Perfeição, a Pureza, a Integralidade, a Harmonia, a Paz, a Serenidade e a Felicidade, exatamente aqui e agora? Ou ele o associa com problema, esforço, luta, sofrimento e limitação, por identificá-lo com humanidade, com um mortal, um corpo humano, vivendo numa existência humana?

Não receie questionar os livros que lê – inclusive a Bíblia. Por que não? Deixe que um livro permaneça ou caia segundo suas próprias declarações, se forem verdadeiras ou se forem falsas. Toda declaração baseada no Espírito, Deus, como sendo nossa única Vida, Mente, Ser, Princípio, Poder, Consciência, Universo, manifestação – incondicionado, perfeito, imutável e eterno – é verdade; toda declaração que nos identifica com outro eu, mente, mundo e corpo, de natureza mortal, material ou humana – é falsidade. Não pode haver a existência do Infinito UM perfeito, e ao lado deste, a existência de um segundo, com natureza pecaminosa e finita.

Os ensinamentos que tendem a prolongar nossa identificação com problema, carência, luta, doença, confusão e incompreensão, por colocar à nossa frente a crença de que não estamos, já agora, vivendo no Mundo Espiritual, que nosso Corpo já não é agora espiritual, e que nossa Mente não é plenificada por um fluxo constante de Luz e Iluminação – esses ensinamentos devem ser abandonados e varridos da memória. Há uma Realidade e uma Verdade suprema, que é o Eu, o Ser e a Percepção do Mundo inteiro – é o Espírito. O Espírito é o Real e o Verdadeiro, existindo sozinho.

O Espírito, a Egoidade ou Eu Sou, permanece absoluto, como nosso único Eu, Ser, Corpo e Mundo – presente exatamente aqui e agora. Nesta Verdade Absoluta e Conhecimento perfeito de que o Espírito é TUDO – sem começo, mudança ou fim – não há lugar para contradição, mau discernimento, oposição ou hipótese secundária. Durante todo o tempo, Deus é Tudo – permanecendo Um e Absoluto.

Deixando de lado a crença na dualidade, personalidade e mortalidade, e também a crença de que nosso corpo é humano e material, descobrimos que não somos outro nem diferente daquele Um que é Real, Perfeito e Presente. Não pode haver nenhum eu, mente, forma ou mundo que esteja apartado daquele que é o Eu presente e Eterno.

Que cada um ponha de lado como algo inútil e sem valor, o ensinamento que prega a separação, a evolução, a mudança ou reintegração, se é que deseja realmente se libertar de doença, dor, carência e tribulação. Emergir da matéria ao Espírito é impossível. A matéria jamais existiu. Ninguém pode construir pontes com distância entre nós e Deus – não há distância alguma. Ninguém pode fazer caminhada rumo a Deus – Deus está dentro de nosso próprio coração. Nenhum tempo futuro ou outro lugar poderá jamais existir – Deus é infinito, sempre presente, sem tempo e sem espaço.

Faça perguntas ao seu Eu. Considere os seguintes  exemplos: Há somente uma Mente? Ao lado da Mente de Deus existe mente humana ou mortal? Deus é o único Poder? Ou também há outro poder  chamado mal, ilusão ou mente mortal? Encare estas questões com honestidade, respondendo-as com um sim ou com um não. Enquanto não abrir mão de sua crença em duas mentes, dois corpos e dois mundos, você não poderá experienciar a alegria e a glória da Autoluz e Autopercepção, pois ninguém, senão o Um Infinito, a Mente divina, tem conhecimento de Si mesma.

Não existe coisa alguma, senão o Um Indivisível e Infinito. A Vida única é a nossa Vida, a Mente única e a nossa Mente, a Existência única é a nossa Existência. É impossível que algo ou alguém exista, a não ser como o Um que existe sozinho.

Tudo que é deste Um Total, ou que n’Ele está, é o Um Total em Si. Ninguém nem coisa alguma possui mente ou existência de si próprio. Deus não somente é nossa Vida, Mente e Ser, mas a nossa totalidade é Deus, o Ego, o Eu Sou. De nenhuma outra forma poderia verdadeiramente ser dito que Deus é Tudo.

 

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O Espírito, Deus, é uma Seidade perfeita, pura, indivisível e infinita; assim, não pode haver nenhum ego, ser, mente ou corpo de natureza pessoal. O Espírito é nossa Vida, nossa Vida é Espírito. O Espírito é nossa Mente ou Consciência. Mente ou Consciência é nosso Espírito. O Espírito é nosso Corpo, nosso Corpo é Espírito.

O Espírito é nosso único Ser, Eu ou MIM — incorpóreo, imensurável, sem fronteiras, sem tempo e sem espaço. Não há nenhum ego, corpo, mente, ser material ou humano, e nenhum mortal. Existe unicamente “MIM” — EU SOU o UM que é Real e Presente.

Quando esta nova Revelação é vista e aceita, não mais há doença, sofrimento, dor ou morte. Tão logo se desvaneçam as crenças e ensinamentos que nos vêem como mortais, humanos ou humanidade, não mais existirão as distorções e concepções errôneas, nem ensinos falhos ou pensamentos errôneos.

A visão de que o Eu Único, “EU”, ou “MIM, reina sozinho, e de que não pode haver nenhuma outra identidade — seja como mente, consciência ou corpo — deve fazer com que se rejeitem e se descartem crenças e ensinamentos que identifiquem alguém como sendo homem ou humanidade; pois, no âmago desse tipo de identificação, está a sujeição ao sofrimento, doença e limitação.

Nosso livramento, portanto, não é do sofrimento, da preocupação, do medo ou da velhice, mas o livramento em que alguém pára de acreditar ou de aceitar que ele é um ser humano ou um mortal, e que seu corpo é material ou físico.

A cura da doença jamais porá fim à doença, nem poderá a cura do sofrimento dar fim ao sofrimento; tampouco a negação da matéria fará algo além de manter alguém na crença de que ele é um mortal, e que seu corpo é material, prolongando, desse modo, sua associação com a doença, carência e sofrimento.

Esta nova Revelação está destinada a vir universalmente. O tempo é aqui, não somente para que conheçamos a Verdade inadulterada, mas, para que a anunciemos em alto e bom som. O Espírito é nosso Único Eu, o Espírito é nosso único Corpo, o Espírito é nosso único Mundo — Completo, Perfeito, Presente. O Espírito é o único “Eu”, ou “Mim”.

Em decorrência dessa Revelação extremamente profunda — de que somente o Espírito é tudo, e de que nada mais está presente aqui e agora, senão o Espírito, Deus, o UM — a crença e o ensinamento de que somos mortais, humanos ou humanidade terão  seu final decretado.

Ao percebermos que somente nosso Eu, ou Eu Sou, existe, deveremos logo em seguida renunciar a toda crença e ensinamento que nos mantém sujeitos à mortalidade e sofrimento por nos identificar com outro ser, mente e corpo, que não o Um. Tal crença e ensinamento deverão ser abandonados.

À Luz de nosso amor ilimitado e irrestrito pela Verdade e Realidade, e na certeza de nossa Visão pura e Conhecimento perfeito de que existe somente um Eu, uma Consciência, um Mundo, nós sabemos e declaramos que jamais houve um desvio do ser, nem uma criação de mortais. Sabemos que não somos um mortal! Sabemos que não somos mente humana! Sabemos que não somos um corpo material. Sabemos que não vivemos numa existência humana!

Somente existe a Verdade. O Eu Sou único, a Seidade única, é Princípio, Poder, Vida e Ser. Que ninguém mais continue crendo que se pode descobrir o que é a Verdade através da reversão da ilusão ou pela negação dos sentidos materiais. O conhecimento pelo Espírito interno, de que a Verdade É, traz o simultâneo conhecimento de que não há sentidos materiais. Alguém identificado somente como a Única Mente não possui nenhuma consciência de ilusão ou crença no erro.

Um fato deveria ficar evidente: somente a crença retida por alguém de que ele está separado, ou sendo outro, senão o Único Eu, Ser ou Mente, pode levá-lo a acreditar em seres mortais, em sentidos materiais e na ilusão; e, dessa forma, ele ficaria sujeito aos problemas, vicissitudes, limitação e sofrimento.

Tão logo alguém perceba e aceite a Revelação de que Deus, Espírito, é a Sua Totalidade, e a Totalidade de todos, e de que ele não está separado de Deus, nem do Espírito,  conhecerá a nulidade do testemunho material, da crença mortal ou existência humana. Sua única terapia para o pecado, doença, sofrimento e limitação será seu próprio Conhecimento perfeito e a percepção de que o Espírito é sua própria Egoidade eterna, presente aqui e agora como a Totalidade de sua Vida, Ser, Mundo e Existência.

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A Cura Como Percepção Direta Do Espírito

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Consideremos o assunto da cura sob o ponto de vista do Espírito. Para entendermos como nos ajudar ou a outrem através do Espírito, devemos, primeiramente, refutar e destruir a crença e ensinamento de que já agora não somos Espírito, mas mortais tentando alcançar ou receber o Espírito.

Quando alguém chega a ponto de se julgar insatisfeito com argumentação mental e com a crença de cura, de domínio ou destruição de alguma coisa, então pode ele aprender que existe somente a Existência única – que é Espírito. O Espírito não admite nenhum “tornar-se”. Ele é um estado constante de Ser. O Espírito não tem oposto: Ele é o Único.

A percepção espiritual é o Conhecimento de que o Espírito é uma Presença inseparável. A compreensão espiritual, portanto, nada tem a ver com o ensinamento de mente humana, pensamento humano e corpo humano. Quando alguém atinge a posição em que a prática mental falhou em ajudá-lo, e ele se encontra, agora, desejoso de se voltar a Deus com Espírito, verdadeiramente, sua própria Consciência espiritual, logo discernirá o Espírito constituindo a totalidade de seu Mundo; e que nesta Totalidade não pode haver nenhum outro.

Identificado como um ser pessoal ou humano, ninguém poderá aprender ou compreender o significado da Revelação direta ou da Consciência cósmica. Primeiramente, terá de abrir seu coração, receber o chamado e ouvir a Voz. Ao interromper com sua crença em caminhos mentais ou humanos, em mestres e líderes,  e em humanidade, ele se tornará receptivo à Verdade de que unicamente a Luz espiritual satisfaz. O Espírito, conhecedor de Si mesmo como a Inteireza de Tudo, não tem conhecimento algum de algo físico ou material.

“É o Espírito o que vivifica, a carne (crença em dualidade) para nada aproveita” (João 6: 63). Em metafísica, “carne” geralmente é considerada como matéria, ou corpo físico, a ser transmutada em Espírito. No Absoluto, discernindo que a crença em duas existências (matéria e espírito) é falaciosa, nós destruímos o ensinamento de que a matéria possa ser transmutada em Espírito. Sabemos que nem pode a matéria ser transmutada e nem pode um mortal emergir no Espírito; sabemos que o “não existente” deve permanecer “não existente”.

A crença de que o corpo é um conceito humano, ou que ele é matéria, retrata uma posição em que a Luz da Verdade não está presente. Não há nenhum plano humano, plano físico ou plano mental. A Verdade é Espírito, e o Espírito ou Verdade é a única Existência.

Uma experiência da Luz espiritual pode ser breve ou prolongada. Naturalmente, nenhum senso de tempo está presente. Ao experienciarmos o Real e Verdadeiro, perdemos completamente todo o senso de algo pessoal, conhecendo somente Paz, Amor e Bem-aventurança do Eterno. O desejo pela cura é consumido na experiência da vibrante Integralidade e Harmonia do Espírito.

Nós todos necessitaremos de nos manter neste Reino do Perfeito cada vez mais, até finalmente sermos capazes de torná-lo nossa permanente moradia. Abandonando o senso de dualidade, somos “salvos pela graça” – pecado e separação são desconhecidos. Depois de cada experiência, a Vida assume um resplandecente significado novo. A doçura e a maravilha destes momentos são verdadeiramente inesquecíveis. Se rolarem lágrimas, deixe que  rolem. Frequentemente as lágrimas realizam o que nada mais seria capaz de fazer quanto à preparação de alguém para a apreciação da Existência Perfeita.

O Caminho Único é Cristo – a Percepção espiritual do Espírito como a única Existência – exatamente aqui e agora.

O Espírito, em sua plenitude, é em cada ponto o mesmo. Nós estamos sempre em contato com a Vida, Verdade e Harmonia como um Todo indivisível – sempre presente. A Presença inteira do Infinito existe igualmente em toda parte. Assim, em nossa experiência do Espírito, não mais nos consideraremos como personalidades, por sermos aquela Consciência que é Espírito. Conservamos nossa presença distinta, mas sem qualquer noção de separatividade.

*

Nosso Próprio Ser-2 (Final)

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A Realidade é a coisa em Si – Manifestação. O Céu é o Mundo de nossa própria Consciência espiritual, um mundo de coisas espirituais visíveis. Um Mundo que fosse sem formas, coisas, manifestações, nada poderia significar para nós. Nossas experiências em iluminação somente nos convencem de que nosso Corpo está presente, mas também todas as demais Formas. E todas elas são puras e perfeitas, sem qualquer materialidade.

Existe algo muito necessário, uma coisa de suprema importância e magnitude: saber que nossa Consciência divina é nossa Totalidade e “Completeza”, aqui e agora. Nossa Consciência de que Deus é todo o nosso Eu, toda a nossa Existência, todo o nosso Mundo, constitui nossa Paz e Harmonia, Segurança e Imunidade – inquebrantáveis e absolutas.

Não pensemos em Deus como Alguém outro, além de nossa própria Egoidade. Quanto mais alguém se vê como realmente ele é, no lugar de como “espera se tornar”, após ser aprimorado ou regenerado, mais cedo conhece a Revelação através de uma real experiência da mesma.

Como receber a Iluminação? A partir da Luz dentro de nós. Se a Luz da Verdade está aqui, nós a conheceremos e nós a vivenciaremos. Torna-se aparente que a falta desse Conhecimento e desta Experiência só é sentida pela insistência de alguém em aceitar crenças e ensinamentos imperfeitos, em vez de largá-los de uma vez e tomar posse, devotadamente, da Verdade Absoluta.

E agora, a questão flamejante: Quem é o sonhador ou falso crente? Quem deve nascer de novo? Quem vê o mal, e sente necessidade de cura? Qual a origem do mal? Todas estas questões são a mesma questão. Todas estão enraizadas na crença e ensinamento de que uma separação de Deus começou, ao que as religiões chamam de “a queda do homem”. A partir dessa visão, jamais alguma resposta será encontrada para estas perguntas. Tampouco serão respondidas do ponto de vista da Verdade, pois, nesse caso, elas não teriam nenhum sentido.

Questões referentes ao mal, treva, guerra e limitação serão canceladas e varridas, assim que nos voltarmos das crenças generalizadas, e dos ensinamentos religiosos, para encararmos a Deus “no lugar secreto de nosso coração”. Aqui, no Reino da Luz Divina, tudo é Perfeição – incondicionada. Encontramos Deus sendo nosso único Ser, nosso único Universo.

Nós não perdemos nossa Identidade. Nossa experiência deixa de ser aquela de um indivíduo separado, que busca avidamente a Verdade e a Realidade. A Vida única, o Ser único, é a plenitude e a totalidade de cada um.

Eu sou *AQUELE QUE EU SOU.

F  I  M

Nosso Próprio Ser-1

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A nossa identificação com nosso real e verdadeiro Eu como já presente agora, faz com que experienciemos uma paz interior e quietude, bem como felicidade, impossíveis de serem constatados na prática de outros caminhos. Habitar nesta Luz – amando-A acima de tudo mais – nos dá a certeza de resposta a toda indagação.

Recordo-me de uma época, logo depois que comecei a estudar a Verdade, em que havia convidado um parente, que morava longe, para visitar-me. Ele era pastor metodista, e eu estava ansiosa para apresentar-lhe esta Verdade maravilhosa. Imaginem meu desgosto  e consternação quando, no dia previsto para sua chegada, acordei e me vi envolta pela crença de um forte resfriado. Olhos, nariz, garganta e voz diziam tudo; e eu estava profundamente angustiada por ter de recebê-lo naquelas condições. Como aquela evidência poderia corresponder à minha mensagem? Todo o meu ser estava imerso numa só questão: “Que dizer a ele? Como dar-lhe explicações?”.

Sua chegada estava prevista para bem cedo, e eu ativamente me preparava para recebê-lo, enquanto me questionava constantemente sobre que tipo de explicação poderia lhe dar. Mas não me vinha nenhuma. Observei-o vindo da calçada, sua mão já estava apertando a campainha, e eu ainda não havia encontrado nenhuma solução adequada para a pergunta que meu coração disparava: “Que dizer a ele?”.

Com minha mão na maçaneta da porta, fiz uma pausa. Em desespero e total abandono do ego, voltei-me a Deus, gritando: “Deus! Que direi a ele sobre este resfriado?”. E a respostas surgiu como um raio: “Como poderia você falar-lhe de algo que você não tem?”.

Que instante de glória! Abri a porta com a sensação de que sabia tudo. Estava radiante, íntegra, sem traços do menor sintoma. Nosso encontro foi dos mais felizes.

Quão tolo e estúpido é o caminho do pensamento ou da preocupação! Quão vibrante e glorioso  é o Caminho de nos voltarmos a Deus como sendo nossa própria Vida e Ser. Jamais poderemos encontrar motivo para doença ou problema, pois, para Deus, nosso único Ser, a discórdia jamais está presente.

Este incidente talvez sirva para ilustrar o que se entende por Luz direta ou Iluminação. Naquela fração de segundo eu tive a experiência de ser a Mente divina, conhecer a Verdade como minha própria Consciência, e viver na Existência espiritual.

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O Suprimento Via-Cristo

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Nota: Ao dizer: “Arrependei-vos, é chegado o Reino de Deus”, João Batista antevia o “despertar da humanidade” para a Verdade de que “vida humana é uma ilusão”, e que, em vista disso, “já vivemos em Deus, aqui e a gora”. Esta percepção é a porta que conduz a todos à Verdade do “Filho de Deus herdeiro de todas as riquezas celestiais”.

O primeiro passo é sabermos com clareza onde focalizar nossa atenção, ao buscarmos por suprimento. Em algum lugar? No mundo? Em pessoas? Em um Deus exterior? Nada disso fazia Jesus, e ele conseguia tudo de que necessitava na hora! Não deveríamos estudar sua vida para descobrir o segredo de sua convicção e sucesso? Jamais ele se voltava para alguém na expectativa de receber algo; dependia total e completamente DELE PRÓPRIO! Como e por quê?

Jesus era autossuficiente, por saber ser o Caminho e a Luz para si mesmo. Só dependia de Sua Mente onisciente; como Verdade, trazia em Si todo o Poder! ELE SE FAZIA DEUS! Seríamos diferentes dele? NÃO! “Sigam-me”, ordenou ele! Assim, o primeiro passo é aceitarmos esta nossa posição real, deixando que esta mesma Mente crística atenda às nossas necessidades.

Como ser humano, ou mortal, você não pode dizer que tem a Mente divina; deve, antes, assumir sua posição como sendo a Mente de Cristo, certa e absoluta. Tendo fé plena neste PODER INTERIOR, reconheça que a coisa necessária, um trabalho, por exemplo, surgirá FACILMENTE, RAPIDAMENTE E DE FORMA BEM-SUCEDIDA!

Afaste a atenção de pessoas, coisas, épocas e aparências. Dependa UNICAMENTE de você próprio, vendo-se como sendo o Caminho pelo qual a necessidade será suprida. Se, antes, sua fé estava num Deus exterior, confie, a partir de agora, com confiança total, no DEUS QUE ESTÁ DENTRO DE VOCÊ! Assim, logo estará face a face com a solução almejada.”

*

 

O Reino Do Coração

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Há apenas um meio de possuirmos todas as coisas: consiste em penetrarmos no Reino do Coração, pois nele todas as coisas já nos pertencem.

Os chamados “intelecto”, “mente” ou “carne” representam aquilo que não tem qualquer proveito. A palavra “coração”, no sentido usado em todas as Escrituras, refere-se ao Real e Verdadeiro – Consciência e Vida divinas. Trabalho e esforços mentais, aqui, não têm lugar. Associados ao coração estão o amor, a simplicidade e a receptividade espirituais.
“Eu te perguntarei, e tu me farás saber”.(Jó 38:3).

Todos deveriam fazer uma pausa e verificar se estão se identificando com a mente humana e pensamento humano ou com a Mente Divina e Suas percepções.

Pelo pensamento, ninguém pode conhecer a Mente Divina, ouvir a “pequenina voz suave” ou receber a Revelação divina. Somente o coração pode ver, saber e aceitar que existe apenas uma Mente.

Não há relação alguma entre a chamada “mente humana” e a Mente Divina. O cultivo ou espiritualização do pensar de alguém jamais transmutará a mente pessoal para a imaculada e eterna Mente Divina. Qualquer prática voltada a purificar sua mente, eliminando pensamentos errôneos e substituindo-os por corretos, conduzi-lo-ia à escravidão e a obrigação. Sua real necessidade é conhecer que ele, de si mesmo, não possui mente alguma. “Quem perder a sua vida (o senso de mente pessoal), a achará (encontrará Mente real sendo a única e a sua Mente)”(Mateus 10:39).

A Mente verdadeira é sempre o Reino do coração. Cada pensamento dessa Mente existe como Onipresença, disponível instantaneamente. Aquilo que é completo e perfeito é a Verdade, estabelecida como uma Realidade eterna. Necessária não é a espiritualização da mente pessoal e seus pensamentos; pelo contrário, essa prática precisa ser descartada e abolida. O fracasso e a frustração provêm de se dar atenção a uma “mente” que não tem existência em Deus ou na Realidade e, portanto, que não tem existência alguma.

Voltando-nos por completo à Mente Divina por nossa Luz e Entendimento, descobrimos que Ela cuida de tudo. Assim, ficamos sem nenhuma vontade própria, mas com a Mente e a Vontade de Deus.

Santo Agostinho, deixando completamente o senso humano de lado e encarando a Presença interior, clamou: “Eu de Ti nada peço, nem mesmo o Teu amor… Desejo unicamente a Iluminação divina”. Com o coração, sempre há facilidade para que sintamos o Um, amemos o Um, adoremos e nos deleitemos no Um – há facilidade para que tenhamos fé, confiança e certeza de que Deus, o Um, é Tudo.

Você não possui nenhuma mente pessoal própria para instruir ou ser instruída. “Não pode a árvore boa (A Mente Divina) dar maus frutos (pensamento errôneos), nem a árvore má (crença em mente pessoal) dar frutos bons (pensamentos puros)” (Mateus 7:18).

Dirija-se ao seu coração, e ali partilhe da Glória inestimável da Luz Divina. O coração deve ver e experienciar a Luz do Ser espiritual.

“O Senhor não vê como vê o homem. O homem vê a aparência exterior (mente), porém o Senhor vê o coração”(I Samuel 16:7).

“Ninguém pode servir a dois senhores”(Mateus 6:24). Acreditar em duas mentes acaba sendo falta de percepção de que existe somente UMA. Chegar a crer em mais uma terceira, a mente mortal universal, significa crer numa entidade e num poder desconhecidos da Mente Divina.

“Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações”(II Coríntios 4:6).  “Para que Cristo habite nos vossos corações”(Efésios 3:17). “Consultai no travesseiro o vosso coração”(Salmos 4:4). “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida (Provérbios 4:23). “Dar-lhe-ei coração para que me conheçam, que eu sou o Senhor – porque se voltarão para mim de todo o seu coração” (Jeremias 24:7). “Não se turbe o vosso coração” (João 14:1).

O Perfeito, O Divino, O Espiritual, todos estão ligados ao coração, como também a Visão, a Exaltação, a Iluminação, a Revelação e a Consciência Cósmica. “O lugar secreto do Altíssimo” – este, também, é o Reino do coração.

Obviamente, a palavra coração, aqui, não tem qualquer significado físico, mas puramente espiritual. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”(Mateus 5:8). Aqui, a Glória Cósmica incandesce.

*

“Olha Desde Onde Estás”

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“Ergue os olhos e olha desde onde estás” (Gen. 13,14). O que vemos, geralmente, depende do lugar em que nos posicionamos. Permanecendo no Reino e olhando a partir do plano da Consciência divina, seríamos capazes de ver alguém doente, pecador, aflito? Quem estaria carente de Integralidade, Harmonia e Paz?

“Olha desde onde estás!” Poderia o pecado ou o pecador serem vistos na Realidade? A idade, a morte? A tristeza, a separação? O sofrimento? Que vês tu?

Em geral é bem aceito que o mundo fenomênico ou aparência material externa não passa de pensamento. Pensamento de quem? De que lugar alguém olha? Com que se identifica, para ver algo a ser feito ou alterado nele ou em outro qualquer? O texto das Escrituras deveria ser lembrado: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar”. (Habacuque 1:13).

Em iluminação, vê-se como Deus.  Sem estar inspirado e iluminado, vê-se como  homem. Um oriental escreveu: “O Eu que brilha como o sol dentro do coração é Real e a tudo permeia. No mergulhar profundo da questão ‘Quem sou eu, de onde vim?’, some o pensamento e a Consciência de Ser aflora como EU SOU no interior do Coração. Este é o paraíso, a morada da bem-aventurança. Qual é o sentido de não se conhecer outra coisa, senão o Eu único? Que sobraria a ser conhecido por alguém, quando o Eu em Si for conhecido? Uma vez conscientizado o “Eu”, nada restará a ser conhecido. O Eu é o Todo”.

Deus é o “Eu” de todos nós. Eu, a Mente Divina, Deus, Realidade, Consciência Pura, o Absoluto, denotam o mesmo “Um”. Mente, personalidade, mentalidade, conceito finito, ego, homem e intelecto denotam a mesma coisa. A conscientização da Verdade é impossível para a mente ou intelecto.

Pela identificação como o “Eu único”, sabemos que sempre estivemos sendo “Ele próprio” —e nada mais. Despertos para o Eu Iluminado, despertamos para o Mundo Real e, despertando para o Mundo Real, estaremos despertando para a Realização e Revelação como nossa única Existência verdadeira. Isto, somente, é verdadeiro e Real referente ao que existe de Nós próprios: Autocontenedor e Autorrevelador, o Eterno e Imutável.

“Eu” sou a Verdade, você é a Verdade; “Eu” sou o Um, você é o Um; “Eu” estou no Reino, você está no Reino, mas não como um “eu pessoal humano”, não como mente ou corpo individuais. O que vemos, aquilo em que cremos, depende daquilo com que nos identificamos. Quando alguém dorme e sonha fica identificado com outro ser diferente daquele que acordado ele é, passa a ver outras coisas e condições diferentes daquelas que circundam o local em que se encontra.

O primeiro ou ligeiro impulso do coração rumo à Realidade Espiritual constitui o início do nosso despertar. Assim que ouvimos a Voz do Uno a nos chamar: “Venha a Mim como a seu Eu, seja este Mim e nenhum outro”, é como se, sonhando, ouvíssemos um chamado alto de nosso próprio nome e abríssemos a nossa visão para a Identidade Verdadeira. O ego-sonho ou o sonhador deixam de ser encontrados, eram absolutamente nada.

Apesar de o fato ser e permanecer o seguinte, ou seja, de que na Realidade somos sempre perfeitos na Mente, Ser e Forma, sem nascimento e sem morte, livres, tal fato não será lembrado enquanto estivermos nos identificando como um ser separado, desejoso de alcançar o estado de Perfeição através de próprios esforços.

Não escaparemos do senso pessoal, da mente ou pensamento pessoal, por tentarmos humanamente nos livrar deles. Nenhuma intenção de conquistar ou dominar tais coisas nos livrará da sensação de que somos possuidores de corpo e mente próprios, separados do Um. A Vida não é um sistema. Como, então, algum sistema de pensamento poderia interpretá-la ou explicá-la?

A crença em mente, pensamento e corpo pessoais é a consequência que encontraremos, caso deixarmos de nos identificar como o Todo Indivisível. Pela identificação como a Realidade, que é a Vida como um todo, a crença na dualidade não perdurará, será absorvida pela Identificação Absoluta.

Que é responsável pelo senso finito ou pessoal? À medida que nos identificarmos como Verdade, Vida, o Ser em Si, e como nenhum outro, cessará este senso finito e os problemas pessoais desaparecerão. Estaremos conscientes somente daquilo que for Real.

“Ergue os olhos e olha desde onde estás!”

*

O Puramente Espiritual

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Está mais que evidente que um avanço definido se iniciou rumo ao puramente espiritual. Hoje, temos aqueles que estão prontos para abandonar trabalho e esforço no sentido de demonstrar saúde, riqueza e felicidade, para aceitar a Verdade de que não somos carne (matéria), mas Espírito (Rom. 8:9).

Estas lições podem revelar Entendimento àqueles que não vieram de estudos de mentalismo, e também aos que estão preparados para uma expansão que os irá ultrapassar. Os que se autodenominam seres humanos são incapazes de encontrar uma solução aos seus problemas humanos.

Nenhuma terapia para as limitações de uma terra achatada poderia ser descoberta por aqueles que viveram como fazendo parte dela. Quando eles descobriram que a terra é redonda, concomitantemente um novo ponto de vista se lhes abriu. E então, as limitações de uma terra achatada sumiram automaticamente de vista. Ocorre exatamente o mesmo com as limitações chamadas pecado, doença. sofrimento, desejo e guerra. Todas estas, também. desaparecerão sem qualquer esforço, para aquele que reconhecer a si mesmo como Espírito.

Se medo e tribulação pudessem ser curados a cada necessidade que surgisse, jamais saberíamos que nosso Eu e nosso Mundo são completamente perfeitos aqui e agora. As promessas de segurança, proteção, paz e imunidade são vistas como certas e seguras por aqueles que recebem, ou aceitam a Luz, de que apenas um Ser está presente – o “Eu” infinito. “De seis angústias Ele (Eu) te livrará, e na sétima o mal não te tocará” (Jó 5:19).

Por que continuar a crer em mortais, quando “Eu sou o Todo de Tudo”? Por que persistir em aceitar dois poderes, dois mundos, quando não há nada ao lado de MIM? Por que prosseguir com conceitos equivocados, quando “Eu” sou a Mente única que existe? Por que lutar e se esforçar para obter ou emergir na Perfeição, quando a Perfeição é o que sozinha está presente?

“Os Vedas” declaram que a realidade não vem através de ginástica mental, mas por amor puro e devoção. Ensinam que a bênção do “Eu” está sempre conosco e que iremos descobri-la, se a buscarmos com sinceridade. Nós eternamente somos o “Eu”, o Absoluto. O objetivo essencial dos Vedas é ensinar a Natureza da Seidade única, e declarar com autoridade que esta constitui o nosso “Eu”; que nós realizaremos perfeita Paz, Serenidade e Bem-aventurança pela devoção constante ao “Eu” que não tem oposto.

É verdade que, se continuarmos a aceitar somente o “Eu” único, esta percepção espiritual nos trará infinita calma, paz e felicidade; estaremos vendo e conhecendo, amando e existindo, como este próprio “Eu”. E prosseguindo no conhecimento de que apenas um “Eu” e um Mundo estão presentes agora, esta Realidade se tornará natural para nós – nítida e certa. Nossa Realização de Deus como nosso Ser, Mente e Mundo é Consciência Divina.

No Infinito não há nenhuma evolução de outros seres, outras mentes, outras consciências. A igualdade não pode ser encontrada em parte alguma, senão em nossa percepção de que nós somos o Infinito.

Desvincule-se da doutrina ou crença de que este Mundo não é o Mundo de Deus; que já não somos dotados agora da Mente de Deus; e que nós precisamos passar por processo evolutivo rumo à Perfeição e Realidade. A Perfeição do Um jamais foi mudada. Ela está sempre aqui.

“Confia no Senhor (no Eterno) de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas…o Senhor será a tua segurança” (Prov. 3: 5,6,26). Na versão de Moffat, encontramos que “se confiarmos no Eterno com todo o nosso coração, sem nos apoiarmos em nossa própria visão, conservando a Mente dele em todos os caminhos, Ele iluminará o nosso percurso…o Eterno será a nossa proteção, e nos preservará de todo perigo”.

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O Absoluto

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Alguém dotado de um ponto de vista mental e finito irá achar o Absoluto  abstrato, uma vez que não ensina técnicas curativas da mente, pensamento, corpo, condição ou coisa. Porém,  a razão deveria ser de pronto percebida: O Absoluto é o Absoluto. Ele é o Perfeito, o Imutável, o Um – o Único.

Que iria o Absoluto curar? A quem o Absoluto poderia instruir? O Absoluto considera o Mundo e cada Identidade como sendo o “Um Todo Abrangente”.

O “Eu” de todos é Consciência Pura. Atuando como esta Consciência, jamais falamos sobre cura; jamais falamos de táticas ou “tratamentos” para lidar com crença falsa; jamais ensinamos a “aplicar” a Verdade à irrealidade. Não tentamos “lidar com problemas”.

Firmados na percepção e Realização da impossibilidade de existir pecado, doença ou imperfeição numa Identidade Perfeita Infinita, que constitui o Universo único existente, vemo-nos libertos do senso pessoal de existência: não somos mais o “eu finito”.

É impossível que  pecado,  medo ou uma falsa crença causem doença. A doença não pode ser provocada por nada. Não existe algo capaz de criar a imperfeição. Não existe nenhuma existência humana. Quem estiver falando como o Eu verdadeiro, no Reino da Realidade, pode afirmar esta surpreendente revelação, e saber que ela é um fato real.

Esta Luz somente pode mesmo vir por Revelação, e Ela chega a todos que estejam prontos para recebê-la.

Não existe algo como o pecado, o sofrimento ou a imperfeição em todo o Reino de Deus. Como Deus é Tudo, e enche o espaço por inteiro, nada pode estar existindo, senão Deus, o Todo Perfeito.

“Pois não é Deus o autor da morte; nem tampouco é do Seu agrado a destruição da vida. Pois Ele criou todas as coisas passíveis de ter existência; e as gerações do mundo foram saudáveis; não há nelas nenhum veneno de destruição, nem existe o reino da morte sobre a face da terra.” (Salomão-apócrifo.)

Para aqueles que vivem fora do Reino da Consciência Divina, pensando com mente própria pessoal, declarações como o pecado, o sofrimento, a imperfeição não existem, soam como falsidade absurda!  São capazes de apontar uma infinidade de provas em contrário. Quem estiver vendo e pensando como Consciência Divina sabe bem o que estará afirmando. Sua compreensão não lhe poderá ser alterada. Conseguirá entender o sentido das desafiadoras palavras do Um Todo Vitorioso: “Quem de vós me convence de pecado?” (João 8: 46)

A Verdade não pode ser ensinada: pode ser dita. A Verdade não pode ser criada: pode ser percebida. A Verdade não pode ser conseguida, alcançada nem demonstrada: pode ser discernida e experienciada.

Não existe nenhum caminho à Verdade, exceto o de SER a Verdade; não existe outro caminho, exceto o de ASSUMIR; não existe outro caminho para se compreender a Realidade, exceto o de SER Consciência Divina.

Se nos identificarmos como outra mente, que não a Consciência Divina, como um “eu” além do EU SOU, e se admitirmos uma existência além do Eterno e Perfeito, estas seriam tentativas de nos tornarmos um Deus pessoal para nós mesmos. Já a aceitação do DEUS ÚNICO como nossa totalidade faz com que sejamos divinamente tudo aquilo que Deus é, exatamente como os raios do sol não iluminam como simples raios, mas como a luz do sol integral. O Deus Uno Infinito é o Eu de todas as identidades. Todas as Identidades são o Deus Uno Infinito.

Quem deve acreditar nisto? Quem deve experienciar a Realidade sublime, o ABSOLUTO INCONDICIONADO? Você e eu, tão logo verdadeiramente façamos a identificação com o Coração.

E se deixarmos de fazê-la? Nesse caso, necessariamente veremos, pensaremos e experienciaremos como se fôssemos algum outro ser. Obviamente, isto seria irreal, mas pareceria ser real, caso permanecêssemos voluntariamente apartados do Um que realmente somos, a exemplo dos nossos sonhos, que parecem ser reais e certos enquanto estamos dormindo.

Se alguém deixou Deus de lado, seu Eu perfeito, para formar outra mente própria pessoal, é claro que o “retorno” à sua Identidade não poderia ocorrer mediante o emprego desta mente e pensamento autocriados. SEU RETORNO DEVERIA OCORRER ATRAVÉS DO CORAÇÃO!  Somente o Coração pode ser o ponto de contato entre aquele que se julga “um outro” e aquele que aparece COMO Deus.

Autorrevelação—pelo Coração—pode manifestar Conhecimento imediato, sem levar em conta o pensamento; ou manifestar Libertação imediata, sem qualquer esforço. Noite e dia, somos inundados de Luz e Bênçãos.

Aquele que se contempla como um “outro”, que não o Um, exige provas mediante demonstrações. Aquele que descarta a falsa crença, para se identificar como o UM Único, “tem em si mesmo o testemunho”. (I João 5:10) – tem a experiência de que Identificação e Integralidade são simultâneas e idênticas.

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O Preço Da Glória

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Abra agora o seu coração à Luz do Eterno – em vez de trabalhar para aperfeiçoar uma mentalidade individual, que, finalmente, terá de ser consumida pelo alvo fogo da Iluminação espiritual.

O Coração sempre simbolizou o Centro do Ser. Lao-Tse, filósofo chinês de grande Luz, apontou com aptidão a IDENTIFICAÇÃO VERDADEIRA, no seguinte versículo de O Livro da Vida:

É desnecessário correr externamente

Para melhor observar,

Ou olhar de uma janela. Melhor é permanecer

No Centro de seu ser, pois, quanto mais o abandona, menos você aprende.

Busque o Coração e observe,

Sábio é quem assume:

O Caminho da realização é ser.

Bem-aventurados são aqueles que voluntária e jubilosamente abandonam os caminhos mentais científicos para buscarem a Deus unicamente com seus Corações.

“Vós me buscareis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.”Jeremias 29: 13.

Podemos aprender Realidades espirituais e receber Luz divina,  com AQUELES que receberam Conhecimento através de Iluminação Divina, ou através de direta Iluminação, ou seja, por Autorrevelação.

A Autorrevelação estará presente, e permanecerá conosco, quando A aceitarmos como nossa única Luz e Caminho.

Suponhamos que alguém anseie por se livrar da dor: como irá proceder? Deixando-a de lado; nada fazendo com ela. Voltando-se a Deus, ao Eu de seu próprio ser, à Mente e à sua própria Existência; voltando-se ao Ser em que inexiste qualquer dor, deixando que a atenção seja completamente absorvida por seu Eu Puro e Sagrado. Desse modo, a dor desaparecerá, tão certamente quanto se torna impossível haver treva na presença da luz.

Suponha ser seu desejo o de se livrar de um sofrimento. Identifique-se como o Eu que é agora Perfeição – o Eu que é Integralidade e Harmonia perenes – assim como o sol é sempre a luz do mundo inteiro.

O EU É NOSSO CORPO. Aceitando prontamente este Eu Perfeito, num amor e devoção todo-absorventes – não haverá nenhuma sensação de sofrimento ou aflição. Você estará no lugar em que se cumpre a promessa: “Nada vos fará dano”. Lucas 10; 19.

Questões relativas à cura, demonstração, ou tratamento, perdurarão enquanto permanecer a ideia de que exista um pensador individual separado. Tal pensador individual irá persistir, inclusive com a sensação de discórdia, limitação e desarmonia, até que finde esta FALSA IDENTIFICAÇÃO. De nenhum outro modo Deus Se tornará uma Presença vital e vibrante em nossas vidas.

Em primeiro lugar, abstraia-se das aparências. Não se esforce para curá-las, dominá-las ou destruí-las; tampouco se esforce para delas discordar silenciosamente. Os esforços do “eu pessoal” são cegueira e restrição.

Dirija o Coração, a Alma e a Existência rumo à aceitação da VERDADE EM SI, no Reino do Real. Faça, assim, sua identificação unicamente com o Real.

Como um indivíduo, ou como expressão, ninguém pode conhecer Liberdade, Paz, Perfeição, Integralidade. Uma coisa, apenas, é de valor, uma coisa superior a ganhar o mundo inteiro: ENTRAR NA REALIDADE IDENTIFICADO COMO O PRÓPRIO EU.

Pai, obrigado. Rejubilo-me em ver que o Infinito me inclui; que o Infinito é a TOTALIDADE de mim; que EU SOU O INFINITO.

Esta percepção, longe de ser presunção, é Suave e Poderosa. O que parecia ser pessoal é descoberto imerso no UNO. É este o PREÇO DA GLÓRIA, exigido de todos nós.

Abra o Coração e a Alma agora para a Luz do Eterno. Varra toda intenção de criar, a você mesmo, um paraíso; somente falha e fracasso estariam à sua espera.

“Vede, irmãos, que não haja em algum de vós um coração corrompido pela incredulidade, que o aparte do Deus vivo.” Hebreus 3.12.

“Para os puros, todas as coisas são puras; para os impuros e infiéis, nada é puro, mas estão contaminados o seu espírito e a sua consciência. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras.” Tito 1, 15,16.

Em nossa experiência em Revelação Divina, perdemos consciência de corpo e mente pessoais. Temos Êxtase, Bênção, Paz e Glória desconhecidos e indescritíveis àqueles que lhes estão fora de sintonia. Esta Realização do Eu Real é Liberdade espontânea, possível agora a todos os que se dispuserem a pagar O PREÇO DA GLÓRIA.

Acima e além do físico, está o mental. Acima e além do mental, está o Divino e Espiritual. Identifique-se agora como o Eu Real! Conheça-se!

O Caminho é UM. Nós somos o Caminho. Debruce seu Coração na Realidade!

Enquanto alguém se identificar como CONSCIÊNCIA PESSOAL, não chegará ao ultimato das coisas! Citemos, de “A Conquista da Ilusão”:

Somente a Intuição serve de meio para conhecimento, a Intuição sendo encarada como a experiência da Realidade em nosso Ser. Somente quando abandonamos as armadilhas do mundo da relatividade, podemos penetrar no mundo do Real, e, então, experienciar a Realidade, que não dá respostas a errôneas indagações, mas que as deixa de lado, dando-nos uma percepção da Verdade viva, na luz em que as próprias perguntas se tornam absurdas. Busquemos pela Realidade, que sozinha satisfaz.

Abrindo mão dos caminhos materiais, e dos caminhos mentais, naturalmente chegamos à experiência do que é Real e Eterno. Fique, agora, desejoso de pagar o PREÇO DA GLÓRIA.

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Que é o Cristo

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A palavra Cristo significa Consciência Cósmica – Auto-Luz, Auto-Iluminação. É uma experiência em que a crença numa existência humana é completamente arrasada.

A Cristo-Consciência está sempre conosco, pois está sempre dentro de nós como nossa Consciência real e perfeita. Ela é a nossa salvação e a nossa glória. “Sem Mim (Luz interior ou Consciência Espiritual) nada podeis fazer” (João 15:5). Àqueles que estão prontos para se libertarem da crença em eu, mente, pensamento, corpo e mundo humanos, a Revelação surge com sua suavidade, seu amor e entendimento, sua paz, repouso e felicidade.

Quão distante de nós está este Reino de Luz e Glória? Está mais próximo do que tudo mais – dentro de nós como nosso próprio Eu.

Para ter a experiência direta da Iluminação, cada um terá de pôr fim à sua crença de ser um mortal ou um ser humano, para se identificar como Espírito. Deverá estar pronto para receber o chamado e dar ouvidos à Voz, pela abertura da porta de seu coração a Deus como sendo seu único Ser. Por que continuar a declarar que Deus é nossa Vida, que Deus é nosso ser, considerando-se simultaneamente como um mortal? Cada um terá de aprender a ver as coisas por si mesmo, independente das crenças e ensinamentos gerais. Tão logo alguém coloque sua visão, pensamento e sentimento sobre Deus como Espírito, encarando o Espírito como sua própria totalidade, estará fadado a perder a fé e crença numa vida humana, num eu mortal e num corpo material.

Tornando-se receptivo à Luz espiritual interior, mais e mais alguém dependerá dEla. Naturalmente, deverá haver uma prontidão do coração para crer, a fim de receber ou experienciar a Luz. Percebendo e aceitando a Totalidade do Espírito, simultaneamente será percebida a não-existência da dualidade – a crença em “se tornar” e a crença em algum “outro”.

A crença de que a Terra era achatada não conduziu à percepção de sua redondeza; tampouco irá a crença em humanidade levar à percepção de que somos Espírito. A Consciência Cósmica é uma percepção presente da Egoidade, Corpo e Existência espirituais. Senso algum de um outro ou de um oposto se faz presente.

 O conhecimento de nosso Eu como Espírito – sem jamais ter sido de outra forma – é o Conhecimento perfeito. Ele é sempre novo e glorificante. Ele constitui nossa Compreensão inteira, nosso Universo global, nossa única Existência.

 A espiritualidade tem a ver com as coisas da Verdade e Realidade – as coisas do Espírito. Assim como a luz do sol sobrepuja as luzes mais fracas, também a Luz de nossa Consciência e Percepção espiritual apaga nosso senso de separatividade de Deus, o Espírito. “Ninguém pode vir a Mim, se por meu Pai lhe não for concedido (a não ser pelo Espírito de Deus dentro de si próprio)” (João 6:65).

 Pelo Espírito, somente, podemos ver o Espírito. O Cristo, ou Luz interior, não é uma Luz que se derrama sobre algum objeto ou coisa, mas uma Luz em que vemos as coisas como elas são – puras e perfeitas. O Espírito não vê coisas externas a Si próprio; Ele é, em Si mesmo, as coisas que vê. O Espírito possui todas as coisas; e tudo que é do Espírito permanece imutável em sua Identidade. Nenhuma ideia de imperfeição, mudança ou evolução se mistura a Ele.

Acreditar que o Espírito está “lá”, enquanto a humanidade está “aqui”, faz com que alguém viva num senso futurista sem qualquer realidade, e que não está presente. O olhar para um Mundo futuro, uma Existência futura, e um Eu futuro, faz com que alguém fracasse em compreender o Aqui e Agora do Espírito.

 Cristo, Deus, Eu, são idênticos – Espírito, EU SOU. Sem o Espírito, não há nenhuma Existência. O Espírito é livre de argumentação e discussão. O Conhecimento do Espírito é o único Conhecimento verdadeiro.

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