O PLANO MAIS ELEVADO NA DEMONSTRAÇÃO – 2 (Final)

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A responsabilidade pessoal pela cura, se não for aliviada, causa tensão. Tentar fazer a mente humana efetuar uma cura espiritual seria árduo e condenado ao fracasso. Há um caminho mais elevado, o caminho da Ciência. Aprendemos que é privilégio nosso deixar de utilizar pessoalmente a Verdade e passar tudo às mãos daquele que tudo faz: Deus.

Agora, ceder a Deus como a fonte da cura não é uma questão de ficar inativo, pensando: “Graças a Deus, não tenho de fazer nada.” Dar tudo a Deus não é uma atitude passiva. Não significa tomar atitude neutra ou apática. É uma responsabilidade ativa, uma exigência de reconhecer constantemente que “a Mente divina é o sanador científico”. Nossa ocupação é aguçar o sentido espiritual, a fim de discernirmos cura e demonstração.

A demonstração e a cura requerem afeto e integridade humanos, mas mais se faz necessário: integridade espiritual. A demonstração requer que usemos a integridade que refletimos como imagem de Deus. Tal integridade não nos deixa pensar que a demonstração seja uma ferramenta engenhosa para satisfazer desejos humanos. A demonstração não é um meio de realizar uma lista de aspirações. A demonstração expressa a vontade de Deus e não a nossa. Refere-se a meios e fins espirituais, ainda que se evidencie na cena humana. É o Amor divino em operação, tornando o propósito de Deus, Seu universo e o homem real, visíveis ao sentido humano, por meio do Cristo. É a manifestação da Realidade divina.

Saber com clareza o que a demonstração não é, firma nossa assimilação do que ela é. Não sendo uma atividade humana, não é um ímpeto de esperteza humana. É uma mostra sagrada da inteligência e do amor divinos. Compreendendo isso, trabalhamos e oramos na Ciência Cristã com mais discernimento e mais paciência e somos elevados a um plano mais alto.

A mudança de crença na mente humana e a evidência externa dessa mudança não é demonstração. Não é indício do Amor divino. Não é mostra do ser real. A cura não é mera mudança de crença, como por exemplo, deixar de crer que somos pobres e passar a crer que estamos bem de vida, ainda que tal pensamento pareça muito agradável! Não, demonstração é a crença e a mentalidade materiais cedendo à consciência espiritual. E quando isso ocorre, o resultado pode incluir deixar de viver na penúria e usufruir do bem mais abundante.

Falando claramente, a demonstração não é o resultado de acrobacia ou manipulação mental. Resulta da ação do Cristo a inundar o pensamento humano, lavando-nos das crenças mortais. Se a solução de um problema não está se dando como deveria, a pessoa deve verificar qual é sua noção do que é que faz os ajustes e o trabalho de cura. Será que o trabalho de cura é humilde, espiritual e impessoal o bastante? É suficientemente científico?

Quando estudamos e praticamos a Ciência Cristã, aprendemos a aplicá-la cada vez melhor. Se segurarmos um martelo pela cabeça e não pelo cabo e aí tentarmos martelar um prego, teremos dificuldades. O prego mal se moverá. Aprendemos a não culpar o martelo, mas a usá-lo melhor.

A demonstração na Ciência Cristã nunca ocasiona algo que não existia: apenas o traz à luz.

(Extraído de O ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ – Agosto 1994)

 

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