ESTADOS DE CONSCIÊNCIA – Parte 2

Dárcio
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Por difícil que  possa parecer, devemos deixar de lado todas as “diferenças humanas”, baseadas no “julgamento segundo as aparências”. Disse Jesus: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas cousas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos (Mateus 11:25).
Há pessoas que justificam a permanência de seus problemas com argumentos do tipo: “Eu não pude elevar a minha consciência o suficiente para resolvê-los”. Este é o perigo de encararmos os “estágios de consciência” como existentes! Somos levados a acreditar que tudo depende de nossa elevação de consciência, quando, na verdade, nossa posição é a de nos tornarmos receptivos à atuação da Consciência única, que é Deus. Jamais a suposta “mente humana” se elevará à Consciência divina, assim como jamais a escuridão atingirá a luz. A “mente humana” é NADA! As curas espirituais e a solução espiritual para todos os tipos de problemas não dependem de nada que seja ilusório; assim, independem dos chamados “estados de consciência”. Para explicar esta Verdade, disse Jesus: “O Pai, que permanece em mim, faz as obras”.
A compreensão deste princípio é fundamental, pois nele está implícito o motivo de não haver esforços mentais na prática da Verdade. Não meditaremos para “elevar a consciência”, e sim para “aguardar a descida do Espírito Santo”, ou seja, a revelação espontânea de que a Consciência infinita já é a nossa única Consciência individual. O Caminho não é o do “esforço”, mas o da “dedicação”. Iremos nos dedicar a manter a mente voltada para o nosso íntimo, para o Reino de Deus “dentro de nós”. Aos olhos da crença, estaremos “evoluindo”; porém, aos nossos olhos, estaremos somente reconhecendo continuamente a nossa verdadeira e única IDENTIDADE DIVINA.
A mente ilusória estabelece, por exemplo, diferentes estados de consciência para um religioso e para um ladrão; além disso, aceita que estamos em constantes flutuações mentais, ora calmos, ora nervosos, etc. Precisamos sair desta esfera de crenças mortais, abrindo-nos à Ação ÚNICA do Absoluto! TODOS OS SERES JÁ SÃO ILUMINADOS! TODOS SÃO O FILHO DE DEUS! Este reconhecimento é o ponto de partida, caso contrário, inexiste estudo da Verdade. Se formos “julgar segundo as aparências”, os princípios espirituais não terão qualquer propósito. Deles nos utilizamos justamente para que as aparências sejam transcendidas. Que significa “transcender as aparências”? Significa RECONHECER a Onipresença de Deus e o puro NADA que são a “mente humana” e todos os seus supostos “julgamentos”.
Habituando-nos à meditação correta, sabendo aguardar, aguardar e aguardar em silêncio e quietude,  com a Mente em contemplação direta da Realidade iluminada já presente, perceberemos que jamais estivemos separados de Deus. E esta comunhão consciente surgirá também visivelmente COMO condição de harmonia nos vários segmentos de nossas vidas.
F  I  M

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