Luz-1

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LUZ
Lillian DeWaters


(Nota: Este site é destinado e oferecido àqueles desejosos unicamente de conhecerem a Verdade absoluta que somos. Não objetiva enaltecer o ego em suposta vida humana; não aceita “planos de existência” ao lado da Realidade Absoluta; não pretende convencer a ninguém sobre a veracidade dos princípios espirituais expostos ou revelados. DEUS É TUDO! Onipresente, Onipotente, Onisciente e Oniativo! Em vista disso, cabe, a cada suposto “buscador da Verdade”,sem reservas, se identificar com a natureza de Deus e se discernir como Luz infinita em expressão individual. “Sois a Luz do mundo!” Assim disse Cristo Jesus. Volto a postar este texto, de Lillian DeWaters, radical, real e absoluto, àqueles dispostos a descartar a dualidade para, aqui e agora, serem conscientemente o que eternamente são: LUZ! – Dárcio)
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O Espírito, Deus, é uma Seidade perfeita, pura, indivisível e infinita; assim, não pode haver nenhum ego, ser, mente ou corpo de natureza pessoal. O Espírito é nossa Vida, nossa Vida é Espírito. O Espírito é nossa Mente ou Consciência. Mente ou Consciência é nosso Espírito. O Espírito é nosso Corpo, nosso Corpo é Espírito.

O Espírito é nosso único Ser, Eu ou MIM — incorpóreo, imensurável, sem fronteiras, sem tempo e sem espaço. Não há nenhum ego, corpo, mente, ser material ou humano, e nenhum mortal. Existe unicamente “MIM” — EU SOU o UM que é Real e Presente.

Quando esta nova Revelação é vista e aceita, não mais há doença, sofrimento, dor ou morte. Tão logo se desvaneçam as crenças e ensinamentos que nos veem como mortais, humanos ou humanidade, não mais existirão as distorções e concepções errôneas, nem ensinos falhos ou pensamentos errôneos.

A visão de que o Eu Único, “EU” ou “MIM, reina sozinho, e de que não pode haver nenhuma outra identidade – seja como mente, consciência ou corpo – deve fazer com que se rejeitem e se descartem crenças e ensinamentos que identifiquem alguém como sendo homem ou humanidade; pois, no âmago desse tipo de identificação, está a sujeição ao sofrimento, doença e limitação.

Nosso livramento, portanto, não é do sofrimento, da preocupação, do medo ou da velhice, mas o livramento em que alguém pára de acreditar ou de aceitar que ele é um ser humano ou um mortal, e que seu corpo é material ou físico.

A cura da doença jamais porá fim à doença, nem poderá a cura do sofrimento pôr fim ao sofrimento; tampouco a negação da matéria fará algo além de manter alguém na crença de que ele é um mortal, e que seu corpo é material, prolongando, desse modo, sua associação com a doença, carência e sofrimento.

Esta nova Revelação está destinada a vir universalmente. O tempo é aqui, não somente para que conheçamos a Verdade inadulterada, mas, para que a anunciemos em alto e bom som. O Espírito é nosso Único Eu, o Espírito é nosso único Corpo, o Espírito é nosso único Mundo – Completo, Perfeito, Presente. O Espírito é o único “Eu”, ou “Mim”.

Em decorrência dessa Revelação extremamente profunda — de que somente o Espírito é tudo, e de que nada mais está presente aqui e agora, senão o Espírito, Deus, o UM — a crença e o ensinamento de que somos mortais, humanos ou humanidade terão  seu final decretado.

Ao percebermos que somente nosso Eu, ou Eu Sou, existe, deveremos logo em seguida renunciar a toda crença e ensinamento que nos mantém sujeitos à mortalidade e sofrimento por nos identificar com outro ser, mente e corpo, que não o Um. Tal crença e ensinamento deverão ser abandonados.

À Luz de nosso amor ilimitado e irrestrito pela Verdade e Realidade, e na certeza de nossa Visão pura e Conhecimento perfeito de que existe somente um Eu, uma Consciência, um Mundo, nós sabemos e declaramos que jamais houve um desvio do ser, nem uma criação de mortais. Sabemos que não somos um mortal! Sabemos que não somos mente humana! Sabemos que não somos um corpo material. Sabemos que não vivemos numa existência humana!

Somente existe a Verdade. O Eu Sou único, a Seidade única, é Princípio, Poder, Vida e Ser. Que ninguém mais continue crendo que se pode descobrir o que é a Verdade através da reversão da ilusão ou pela negação dos sentidos materiais. O conhecimento pelo Espírito interno, de que a Verdade É, traz o simultâneo conhecimento de que não há sentidos materiais. Alguém identificado somente como a Única Mente não possui nenhuma consciência de ilusão ou crença no erro.

Um fato deveria ficar evidente: somente a crença retida por alguém de que ele está separado, ou sendo outro, senão o Único Eu, Ser ou Mente, pode levá-lo a acreditar em seres mortais, em sentidos materiais e na ilusão; e, dessa forma, ele ficaria sujeito aos problemas, vicissitudes, limitação e sofrimento.

Tão logo alguém perceba e aceite a Revelação de que Deus, Espírito, é a Sua Totalidade, e a Totalidade de todos, e de que ele não está separado de Deus, nem do Espírito,  conhecerá a nulidade do testemunho material, da crença mortal ou existência humana. Sua única terapia para o pecado, doença, sofrimento e limitação será seu próprio Conhecimento perfeito e a percepção de que o Espírito é sua própria Egoidade eterna, presente aqui e agora como a Totalidade de sua Vida, Ser, Mundo e Existência.

Nenhuma ilusão e nenhum mal originaram um homem mortal. Nenhum conceito humano jamais existiu. O pecado não criou um pecador, nem foi o pecado auto-criado. Matéria auto-criada, mal auto-destrutivo ou falsidade auto-constituída jamais existiram ou pareceram existir; nem tampouco irá o erro ou o mal ser auto-destruído. Todas estas teorias e crenças têm por base única a falsa doutrina religiosa de pecado e separação.

Como o Deus infinito permanece uma única Egoidade Infinita, Mente e Universo, não há nenhuma criação material, nenhum ser mortal, nenhuma mente humana e nenhum corpo físico.

Leitor, não receie fazer um cuidadoso exame daquilo que você lê, e de qual ensinamento você aceita; tenha em mente o seguinte: ele o identifica com a Perfeição, a Pureza, a Integralidade, a Harmonia, a Paz, a Serenidade e a Felicidade exatamente aqui e agora? Ou ele o associa com problema, esforço, luta, sofrimento e limitação, por identificá-lo com humanidade, com um mortal, um corpo humano, vivendo numa existência humana?

Não receie questionar os livros que lê – inclusive a Bíblia. Por que não? Deixe que um livro permaneça ou caia segundo suas próprias declarações, se forem verdadeiras ou se forem falsas. Toda declaração baseada no Espírito, Deus, como sendo nossa única Vida, Mente, Ser, Princípio, Poder, Consciência, Universo, manifestação — incondicionado, perfeito, imutável e eterno — é verdade; toda declaração que nos identifica com outro eu, mente, mundo e corpo, de natureza mortal, material ou humana — é falsidade. Não pode haver a existência do Infinito UM perfeito, e ao lado deste, a existência de um segundo, com natureza pecaminosa e finita.

Os ensinamentos que tendem a prolongar nossa identificação com problema, carência, luta, doença, confusão e incompreensão, por colocar à nossa frente a crença de que não estamos, já agora, vivendo no Mundo Espiritual, que nosso Corpo já não é agora espiritual, e que nossa Mente não é plenificada por um fluxo constante de Luz e Iluminação — esses ensinamentos devem ser abandonados e varridos da memória. Há uma Realidade e uma Verdade suprema, que é o Eu, o Ser e a Percepção do Mundo inteiro — é o Espírito. O Espírito é o Real e o Verdadeiro, existindo sozinho.

Continua..>

O ABSOLUTO

O
ABSOLUTO
Lillian DeWaters
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Quem for dotado de um ponto de vista mental e finito irá achar que o Absoluto é abstrato, já que não ensina técnicas curativas da mente, pensamento, corpo, condição ou coisa. Mas a razão deveria ser de pronto percebida: O Absoluto é o Absoluto. Ele é o Perfeito, o Imutável, o Um – o Único.

Que iria o Absoluto curar? A quem o Absoluto poderia instruir? O Absoluto considera o Mundo e cada Identidade como sendo o Um Todo-Abrangente.

O “Eu” de todos é Consciência Pura. Atuando como esta Consciência, jamais falamos sobre cura; jamais falamos de táticas ou “tratamentos” para lidar com crença falsa; jamais ensinamos a “aplicar” a Verdade à irrealidade. Não tentamos “lidar com problemas”.

Firmados na percepção e Realização da impossibilidade de existir pecado, doença ou imperfeição numa Identidade Perfeita Infinita, que constitui o Universo único existente, vemo-nos libertos do senso pessoal de existência: não somos mais o “eu finito”.

É impossível que  pecado,  medo ou  falsa crença causem doença. A doença não pode ser provocada por nada. Não existe algo capaz de criar a imperfeição. Não existe nenhuma existência humana. Quem estiver falando como o Eu verdadeiro, no Reino da Realidade, pode afirmar esta surpreendente revelação, e saber que ela é um fato real.

Esta Luz somente pode mesmo vir por Revelação, e Ela chega a todos que estiverem prontos para recebê-la.

Não existe algo como  pecado,  sofrimento ou  imperfeição em todo o Reino de Deus. Como Deus é Tudo, e enche o espaço por inteiro, nada pode estar existindo, senão Deus, o Todo Perfeito.

“Pois não é Deus o autor da morte; nem tampouco é do Seu agrado a destruição da vida. Pois Ele criou todas as coisas passíveis de ter existência; e as gerações do mundo foram saudáveis; não há nelas nenhum veneno de destruição, nem existe o reino da morte sobre a face da terra.” (Salomão-apócrifo.)

Para aqueles que vivem fora do Reino da Consciência Divina, pensando com mente própria pessoal, declarações como estas, de que o pecado, o sofrimento, a imperfeição não existem, soam como falsidade absurda. São capazes de apontar uma infinidade de provas em contrário. Quem estiver vendo e pensando como Consciência Divina sabe bem o que estará afirmando. Sua compreensão não lhe poderá ser alterada. Conseguirá entender o sentido das desafiadoras palavras do Um Todo-Vitorioso: “Quem de vós me convence de pecado?” (João 8:46)

A Verdade não pode ser ensinada: pode ser dita. A Verdade não pode ser criada: pode ser percebida. A Verdade não pode ser obtida, alcançada nem demonstrada: pode ser discernida e experienciada.

Não existe nenhum caminho à Verdade, exceto o de SER a Verdade; não existe outro caminho, exceto o de ASSUMIR; não existe outro caminho para se compreender a Realidade, exceto o de SER Consciência Divina.

Se nos identificarmos como outra mente, senão a Consciência Divina, como um “eu” além do EU SOU, e se admitirmos uma existência além do Eterno e Perfeito, estas seriam tentativas de nos tornarmos um Deus pessoal para nós mesmos. Já a aceitação do DEUS-ÚNICO como nossa totalidade faz com que sejamos divinamente tudo aquilo que Deus é, exatamente como os raios do sol não iluminam como simples raios, mas como a luz do sol integral. O Deus-Uno-Infinito é o Eu de todas as identidades. Todas as Identidades são o Deus-Uno-Infinito.

Quem deve acreditar nisto? Quem deve experienciar a Realidade sublime, o ABSOLUTO INCONDICIONADO? Você e eu, tão logo verdadeiramente fizermos a identificação com o Coração. E se deixarmos de fazê-la? Nesse caso, necessariamente veremos, pensaremos e experienciaremos como se fôssemos algum outro ser. Obviamente, isto seria irreal, mas pareceria ser real, caso permanecêssemos voluntariamente apartados do Um que realmente somos, a exemplo dos nossos sonhos, que parecem ser reais e certos enquanto estamos dormindo.

Se alguém deixou Deus de lado, seu Eu perfeito, para formar outra mente própria pessoal,  é claro que o “retorno” à sua Identidade não poderá ocorrer mediante o emprego desta mente e pensamento auto-criados. SEU RETORNO DEVERÁ OCORRER ATRAVÉS DO CORAÇÃO! Somente o Coração pode ser o ponto de contacto entre aquele que se julga “um outro” e aquele que aparece COMO Deus.

AUTORREVELAÇÃO—pelo Coração—pode manifestar Conhecimento imediato, sem levar em conta o pensamento; ou manifestar Libertação imediata, sem qualquer esforço. Noite e dia, somos inundados de Luz e Bênçãos.

Aquele que se contempla como um “outro”, que não o Um, exige provas mediante demonstrações. Aquele que descarta a falsa crença, para se identificar como o UM Único, “tem em si mesmo o testemunho”. (I João 5:10)—tem a experiência de que Identificação e Integralidade são simultâneas e idênticas.

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GEMAS DA VERDADE

GEMAS
DA VERDADE
Lillian deWaters
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*TUDO QUE É PERFEITO SEM COMEÇO OU FIM, TUDO QUE É COMPLETO E CONSUMADO SEM NASCIMENTO OU MORTE, TUDO QUE É INDIVISÍVEL, TUDO QUE É REALIDADE E PUREZA, É VERDADE.
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*O FATO DA VIDA É QUE DEUS É TUDO QUE HÁ, QUE EXISTE APENAS UMA PRESENÇA, UM PODER, UMA SUBSTÂNCIA, UMA VIDA, UM SER.
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*A COMPREEENSÃO DO SER ÚNICO NOS CAPACITA A REPOUSAR NA REALIDADE, QUE ESTÁ À MÃO, INTOCADA POR QUALQUER SONHO A RESPEITO DELA.
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CURA-2

C U R A
LILLIAN DE WATERS
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PARTE 2 – FINAL
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A crença de que o corpo é um conceito humano, ou que ele é matéria, retrata uma posição em que a Luz da Verdade não está presente. Não há nenhum plano humano, plano físico ou plano mental. A Verdade é Espírito, e o Espírito ou Verdade é a única Existência.

Uma experiência da Luz espiritual pode ser breve ou prolongada. Naturalmente, nenhum senso de tempo está presente. Ao experienciarmos o Real e Verdadeiro, perdemos completamente todo o senso de algo pessoal, conhecendo somente Paz, Amor e Bem-aventurança do Eterno. O desejo pela cura é consumido na experiência da vibrante Integralidade e Harmonia do Espírito.

Nós todos necessitaremos de nos manter neste Reino do Perfeito cada vez mais, até finalmente sermos capazes de torná-lo nossa permanente moradia. Abandonando o senso de dualidade, somos “salvos pela graça” – pecado e separação são desconhecidos. Depois de cada experiência, a Vida assume um resplandecente significado novo. A doçura e a maravilha destes momentos são verdadeiramente inesquecíveis. Se rolarem lágrimas, deixe que elas rolem. Frequentemente as lágrimas realizam o que nada mais seria capaz de fazer quanto à preparação de alguém para a apreciação da Existência Perfeita.

O Caminho Único é Cristo – a Percepção espiritual do Espírito como a única Existência – exatamente aqui e agora.

O Espírito, em sua plenitude, é em cada ponto o mesmo, Nós estamos sempre em contato com a Vida, Verdade e Harmonia como um Todo indivisível – sempre-presente. A Presença inteira do Infinito existe igualmente em toda parte. Assim, em nossa experiência do Espírito, não mais nos consideraremos como personalidades, por sermos aquela Consciência que é Espírito. Conservamos nossa presença distinta, mas sem qualquer senso de separatividade.

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CURA -1

C U R A
LILLIAN DE WATERS
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PARTE I
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Consideremos o assunto da cura sob o ponto de vista do Espírito. Para entendermos como nos ajudar, ou a outrem, através do Espírito, devemos, primeiramente, refutar e destruir a crença e ensinamento de que já agora não somos Espírito, mas mortais tentando alcançar ou receber o Espírito.

Quando alguém chega a ponto de se julgar insatisfeito com argumentação mental e com a crença de cura, domínio ou destruição de alguma coisa, ele, então, pode aprender que existe somente a Existência única – que é Espírito. O Espírito não admite nenhum “tornar-se”. Ele é um estado constante de Ser. O Espírito não tem oposto: Ele é o Único.

A percepção espiritual é o Conhecimento de que o Espírito é uma Presença inseparável. A compreensão espiritual, portanto, nada tem a ver com o ensinamento de mente humana, pensamento humano e corpo humano. Quando alguém atinge a posição em que a prática mental falhou em ajudá-lo, e ele se encontra, agora, desejoso de se volver a Deus como Espírito, verdadeiramente, sua própria Consciência espiritual logo discernirá o Espírito constituindo a totalidade de seu Mundo; e que nesta Totalidade não pode haver nenhum outro.

Identificado como um ser pessoal ou humano, ninguém poderá aprender ou compreender o significado da Revelação direta ou da Consciência Cósmica. Primeiramente, terá de abrir seu coração, receber o chamado e ouvir a Voz. Ao interromper a sua crença em caminhos mentais ou humanos, em mestres e líderes, em humanidade, ele se tornará receptivo à Verdade de que unicamente a Luz espiritual satisfaz. O Espírito, conhecedor de Si mesmo como a Inteireza de Tudo, não tem conhecimento algum de algo físico ou material.

“É o Espírito o que vivifica, a carne (crença em dualidade) para nada aproveita” (João 6: 63). Em metafísica, “carne” geralmente é considerada como matéria, ou corpo físico, a ser transmutada em Espírito. No Absoluto, discernindo que a crença em duas existências (matéria e espírito) é falaciosa, nós destruímos o ensinamento de que a matéria possa ser transmutada em Espírito. Nós sabemos que nem pode a matéria ser transmutada e nem pode um mortal emergir no Espírito; sabemos que o não-existente deve permanecer não-existente.

Continua..>

QUE É O CRISTO

QUE
É O CRISTO
Lillian DeWaters

A palavra “Cristo” significa Consciência Cósmica – Auto-Luz, Auto-Iluminação. É uma experiência em que a crença numa existência humana é completamente arrasada.

A Cristo-Consciência está sempre conosco, pois está sempre dentro de nós como nossa Consciência real e perfeita. Ela é a nossa salvação e a nossa glória. “Sem Mim (Luz interior ou Consciência Espiritual) nada podeis fazer” (João 15:5). Àqueles que estão prontos para se libertarem da crença num eu, mente, pensamento, corpo e mundo humanos, a Revelação surge com sua suavidade, seu amor e entendimento, sua paz, repouso e felicidade.

Quão distante de nós está este Reino de Luz e Glória? Está mais próximo do que tudo mais – dentro de nós como nosso próprio Eu.

Para ter a experiência direta da Iluminação, cada um terá de pôr fim à sua crença de ser um mortal ou um ser humano, para se identificar como Espírito. Deverá estar pronto para receber o chamado e dar ouvidos à Voz, pela abertura da porta de seu coração a Deus como sendo seu único Ser, Por que continuar a declarar que Deus é nossa Vida, que Deus é nosso ser, considerando-se simultaneamente como um mortal? Cada um terá de aprender a ver as coisas por si mesmo, independente das crenças e ensinamentos gerais. Tão logo alguém coloque sua visão, pensamento e sentimento sobre Deus como Espírito, encarando o Espírito como sua própria totalidade, estará fadado a perder a fé e crença numa vida humana, num eu mortal e num corpo material.

Tornando-se receptivo à Luz espiritual interior, mais e mais alguém dependerá dEla. Naturalmente, deverá haver uma prontidão do coração para crer, a fim de receber ou experienciar a Luz. Percebendo e aceitando a Totalidade do Espírito, simultaneamente será percebida a não-existência da dualidade – a crença em “se tornar” e a crença em algum “outro”.

A crença de que a Terra era achatada não conduziu à percepção de sua redondeza; tampouco irá a crença em humanidade levar à percepção de que somos Espírito. A Consciência Cósmica é uma percepção presente da Egoidade, Corpo e Existência espirituais. Senso algum de um outro ou de um oposto se faz presente.

O conhecimento de nosso Eu como Espírito – sem jamais ter sido de outra forma – é o Conhecimento perfeito. Ele é sempre novo e glorificante. Ele constitui nossa Compreensão inteira, nosso Universo global, nossa única Existência.

A espiritualidade tem a ver com as coisas da Verdade e Realidade – as coisas do Espírito. Assim como a luz do sol sobrepuja as luzes mais fracas, também a Luz de nossa Consciência e Percepção espiritual apaga nosso senso de separatividade de Deus, o Espírito. “Ninguém pode vir a Mim, se por meu Pai lhe não for concedido (a não ser pelo Espírito de Deus dentro de si próprio)” (João 6:65).

Pelo Espírito, somente, podemos ver o Espírito. O Cristo, ou Luz interior, não é uma Luz que se derrama sobre algum objeto ou coisa, mas uma Luz em que vemos as coisas como elas são – puras e perfeitas. O Espírito não vê coisas externas a Si próprio; Ele é, em Si mesmo, as coisas que vê. O Espírito possui todas as coisas; e tudo que é do Espírito permanece imutável em sua Identidade. Nenhuma ideia de imperfeição, mudança ou evolução se mistura a Ele.

Acreditar que o Espírito está “”, enquanto a humanidade está “aqui”, faz com que alguém viva num senso futurista sem qualquer realidade, e que não está presente. O olhar para um Mundo futuro, uma Existência futura, e um Eu futuro, faz com que alguém fracasse em compreender o Aqui e Agora do Espírito.

Cristo, Deus, Eu, são idênticos – Espírito, EU SOU. Sem o Espírito, não há nenhuma Existência. O Espírito é livre de argumentação e discussão. O Conhecimento do Espírito é o único Conhecimento verdadeiro.

Há somente uma Verdade, que permanece eternamente constante e imutável – sem começo, evolução ou consumação – a mesma ontem, hoje e para todo o sempre. No Mundo de nossa própria Consciência pura, podemos ver e experienciar as coisas como elas são.

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SUA MENTE DE CRISTO

SUA
MENTE DE CRISTO
Lillian DeWaters
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Talvez você tenha ouvido o conselho para “aquietar a mente humana.” Mas eu lhe digo: a   mente humana não pode ser aquietada. A mente humana é uma invenção, uma aparência, devido à incapacidade de alguém em se identificar consigo mesmo.  A chamada mente humana não pode ser aquietada nem por meio humano nem por meio espiritual, e todos os esforços feitos nesse sentido continuarão  a se mostrar como inúteis, enquanto se acreditar ser ela uma entidade a ser controlada, manipulada, calada ou dominada de algum modo. No instante em que se associa com ela, acredita-se nela, dando poder ao que não tem existência,. Deve-se, então, ignorá-la ou tentar superá-la? Enfaticamente, não! Qualquer esforço nesse sentido perpetua o autoengano, retendo alguém por muito mais tempo na ignorância e na escravidão. A única maneira de se aquietar a mente humana é o Autocaminho, ou seja, saber que não há tal coisa como um ser humano dotado de mente a ser aquietada, conquistada, ou banida. Descarte a mentira de que você é outro, e não o Um! Descarte a ilusão de que você é homem, não Deus! Livre-se por completo de tais crenças!
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LUZ -3 (final)

LUZ
Lillian DeWaters

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Conheça seu próprio Eu, e você será Autoiluminado. Veja o seu Eu, e você verá Deus. Renuncie à crença em outro eu, outra mente, outro corpo e mundo ao lado do Um Presente, Imaculado e Imutável, e a Iluminação será imediata e direta. Você será, então, livre em Espírito, Mente e Corpo. Se você aceitar a crença enganosa de que a Mente e o Corpo são humanos ou materiais, não estará consciente da Verdade de que Mente e Corpo têm sido sempre Espírito. A aceitação do Espírito como única presença, aqui e agora, faz com que sejam abolidos esforços, fadigas e lutas.

Temor algum se relaciona com essa reviravolta e aceitação deste iluminado ponto de vista. Toda interpretação, doutrina ou prática, que nos vincularia com seres degenerados — humanidade ou mortais — será varrida pela Luz resplandecente e Conhecimento perfeito de que o Infinito EU SOU permanece inseparável e único, e que EU SOU este “EU SOU”.

Se você observar seus pensamentos com a ideia de corrigi-los, purificá-los ou controlá-los, estará, então, se identificando com uma mente que não existe. Não há mente alguma ao lado da Mente divina ou espiritual; e, não há nenhum ser, senão a Egoidade una infinita. Se pretende conhecer a Verdade, e experienciar o Eu Real aqui e agora,  deve parar de acreditar ou de ensinar a prática da correção, evolução ou transformação de seres mortais ou de mentes humanas. Todo esse trabalho e esforços nesse sentido seriam  em vão.

Para ter consciência da Verdade, é preciso que alguém seja a Verdade, e para conhecer o que é real e verdadeiro, alguém terá de conhecer identificado como a Consciência única. Aceite apenas a Mente única — consciente de inexistir qualquer outra –, e então, seus pensamentos serão satisfatórios e inspiradores.

Desligue-se de sistemas e métodos que o impeçam de saber que há somente um Eu, uma Mente e um Pensar. Descarte todas as práticas que o identifiquem com um mortal ou ser humano, com mente, pensamento e vontade próprios seus, e que o manteriam preso à errônea crença de que você está separado da Perfeição. A Verdade é que existe somente um Eu, uma Mente, uma Consciência ou Percepção: e , este Um é VOCÊ.

A Verdade não pode ser revelada, a não ser quando esteja, você, desvinculado de crenças e ensinamentos que o associem com algum outro ser, que não o Espírito. Uma vez que você encare a Deus, e volte seu coração unicamemte a Ele, deixando de lado todo pensamento de “outro mundo” de pessoas e coisas, você estará na Luz imediata, que lhe revela tudo o que deva saber. Como o Ser Único é sua Vida e seu Eu, e como não pode haver nenhum outro, deve haver, portanto, uma renúncia à sua crença nesse outro.

O Deus infinito é nosso próprio Ser infinito, Mente e Vida perfeita. Esta Egoidade exclui qualquer “outro eu” ou existência. A Onisciência exclui a presença de qualquer outra mente. A Onipotência exclui a presença de qualquer outro poder. O UM perfeito, Infinito, conhece a Si mesmo como o Infinito Tudo-em-Tudo.

A Resposta aos problemas do mundo não será achada na cura de doenças ou na superação de guerras. O profundo significado desta hora é o de que devemos volver nossos corações de tudo mais rumo a Deus diretamente, para que haja Luz, Visão e Revelação.

Nenhum tratamento ou demonstração será prova suficiente para esta hora crucial. A Luz, somente, poderá revelar o Caminho. Os velhos ensinamentos e crenças serão, aqui e agora, abolidos completamente. Eis que”Eu” faço NOVAS todas as coisas!

Esta Nova Luz vem bem abaixo da superfície. Ela atinge as próprias profundezas do coração, onde descobre a crença e o ensinamento profundamente arraigados de que somos mortais, ou seres humanos com corpos materiais, vivendo numa existência humana. Nada disso é verdadeiro.   Precisa ser derrubado, abolido e banido.

O ensinamento e a crença básica de todas as religiões é que nós estamos agora separados de Deus: que Deus é Espírito, mas nós somos mortais ou humanidade. A Luz revela que não somos humanos ou mortais; que não há mortal algum para ser regenerado, nem corpo necessitado de cura, e  nenhum mundo passível de ser destruído. A Luz revela que nós jamais estivemos separados de Deus!

O Espírito não poderia estar presente num eu mortal, numa mente humana, num corpo, mundo ou existência material. O Espírito, o Único EU SOU, o “Eu” ou Identidade para todos, é aqui e agora, sempre o mesmo — sem alteração, sem transformação, absoluto. Para o Espírito, tudo é Ele próprio, tudo é Espírito.

A Nova Luz de hoje revela que não somos uma raça de humanidade, não somos mente humana nem corpo humano. Sempre que alguém alega ter que largar ou assumir outra mente, sempre que ele pensa que é um  mortal, e que este corpo é humano ou material, e este mundo é uma ilusão, ele está proclamando uma existência que não existe. Apartada do Espírito, Deus, não há existência. Ao lado de “MIM” não há outro, nunca houve e nunca haverá.

Nada em Deus ou de Deus é humano, mortal, material, irreal ou ilusório. Deus é o Inteiro, a Totalidade. Para assim ser, precisamos ser este UM. Deus é integral – o Integral, Deus é a Íntegra da Vida, Ser, Mundo e Existência. Nesta Integralidade, não há separação;  nenhum sofrimento; nenhuma luta ou destruição; nenhuma morte. Nesta Integralidade existe Luz, Visão, Revelação – constante e infindável.

Aqueles que volverem seus corações a Deus, total e completamente — abandonando e abolindo todos os ensinamentos atuais, que prendem o mundo à crença de que estamos separados do Espírito, Deus, o Um (ou que somos algum outro, que não o Espírito) — saberão de Deus que o Espírito e a Existência espiritual são a única Presença. Eles viverão em sua própria Consciência ou Percepção perfeita e pura de que o Espírito é tudo, e de que nós nada podemos ser, senão Espírito.

O fim do mundo significa dar fim à diabólica crença de que somos mortais ou humanidade. Veremos este mesmo Eu, este mesmo Corpo, e este mesmo Mundo como o Real e Verdadeiro – verdadeiramente, o próprio Reino dos Céus. E então, não haverá doença, guerra, sofrimento nem morte; pois, a primeira crença em pecado e separação terá sido banida pela Luz e Revelação resplandecentes e gloriosas de que o EU SOU permanece Total e Único; de que “Eu” sou o único UM — não há ninguém além de “MIM”.


F   I  M

LUZ -2

LUZ
Lillian DeWaters

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Nenhuma ilusão e nenhum mal originaram um homem mortal. Nenhum conceito humano jamais existiu. O pecado não criou um pecador, nem foi o pecado autocriado. Matéria autocriada, mal autodestrutivo ou falsidade autoconstituída jamais existiram ou pareceram existir; nem tampouco irá o erro ou o mal ser autodestruído. Todas estas teorias e crenças têm por base única a falsa doutrina religiosa de pecado e separação.

Como o Deus infinito permanece uma única Egoidade Infinita, Mente e Universo, não há nenhuma criação material, nenhum ser mortal, nenhuma mente humana e nenhum corpo físico.

Leitor, não receie fazer um cuidadoso exame daquilo que você lê, e de qual ensinamento você aceita; tenha em mente o seguinte: ele o identifica com a Perfeição, a Pureza, a Integralidade, a Harmonia, a Paz, a Serenidade e a Felicidade exatamente aqui e agora? Ou ele o associa com problema, esforço, luta, sofrimento e limitação, por identificá-lo com humanidade, com um mortal, um corpo humano, vivendo numa existência humana?

Não receie questionar os livros que lê — inclusive a Bíblia. Por que não? Deixe que um livro permaneça ou caia segundo suas próprias declarações, se forem verdadeiras ou se forem falsas. Toda declaração baseada no Espírito, Deus, como sendo nossa única Vida, Mente, Ser, Princípio, Poder, Consciência, Universo, manifestação – incondicionado, perfeito, imutável e eterno — é verdade; toda declaração que nos identifica com outro eu, mente, mundo e corpo, de natureza mortal, material ou humana – é falsidade. Não pode haver a existência do Infinito UM perfeito, e ao lado deste, a existência de um segundo, de natureza pecaminosa e finita.

Os ensinamentos que tendem a prolongar nossa identificação com problema, carência, luta, doença, confusão e incompreensão, por colocar à nossa frente a crença de que não estamos, já agora, vivendo no Mundo Espiritual, que nosso Corpo já não é agora espiritual, e que nossa Mente não é plenificadaa por um fluxo constante de Luz e Iluminação – esses ensinamentos devem ser abandonados e varridos da memória. Há uma Realidade e uma Verdade suprema, que é o Eu, o Ser e a Percepção do Mundo inteiro – é o Espírito. O Espírito é o Real e o Verdadeiro, existindo sozinho.

O Espírito, a Egoidade ou Eu Sou, permanece absoluto, como nosso único Eu, Ser, Corpo e Mundo — presente exatamente aqui e agora. Nesta Verdade Absoluta e Conhecimento perfeito de que o Espírito é TUDO – sem começo, mudança ou fim – não há lugar para contradição, mau discernimento, oposição ou hipótese secundária. Durante todo o tempo, Deus é Tudo — permanecendo Um e Absoluto.

Deixando de lado a crença na dualidade, personalidade e mortalidade, bem como a crença de que nosso corpo é humano e material, descobrimos que não somos outro nem diferente daquele Um que é Real, Perfeito e Presente. Não pode haver nenhum eu, mente, forma ou mundo que esteja apartado daquele que é o Eu presente e Eterno.

Que cada um ponha de lado, como algo inútil e sem valor, o ensinamento que prega a separação, a evolução, a mudança ou reintegração, se é que deseja realmente se libertar de doença, dor, carência e tribulação. Emergir da matéria ao Espírito é impossível. A matéria jamais existiu. Ninguém pode construir pontes com distância entre nós e Deus — não há distância alguma. Ninguém pode fazer caminhada rumo a Deus — Deus está dentro de nosso próprio coração. Nenhum tempo futuro ou outro lugar poderá jamais existir – Deus é infinito, sempre presente, sem tempo e sem espaço.

Faça perguntas ao seu Eu. Considere os seguintes  exemplos: Há somente uma Mente? Ao lado da Mente de Deus existe mente humana ou mortal? Deus é o único Poder? Ou também há outro poder  chamado mal, ilusão ou mente mortal? Encare estas questões com honestidade, respondendo-as com um sim ou com um não. Enquanto não abrir mão de sua crença em duas mentes, dois corpos e dois mundos, você não poderá experienciar a alegria e a glória da Auto-Luz e Auto-Percepção, pois ninguém, senão o Um Infinito, a Mente divina, tem conhecimento de Si mesma.

Não existe coisa alguma, senão o Um Indivisível e Infinito. A Vida única é a nossa Vida, a Mente única e a nossa Mente, a Existência única é a nossa Existência. É impossível que algo ou alguém exista, a não ser como o Um que existe sozinho.

Tudo que é deste Um Total, ou que nEle está, é o Um Total em Si. Ninguém nem coisa alguma possui mente ou existência de si próprio. Deus não somente é nossa Vida, Mente e Ser, mas a nossa totalidade é Deus, o Ego, o Eu Sou. De nenhuma outra forma poderia verdadeiramente ser dito que Deus é Tudo.

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LUZ- 1

LUZ
Lillian DeWaters

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O Espírito, Deus, é uma Seidade perfeita, pura, indivisível e infinita; assim, não pode haver nenhum ego, ser, mente ou corpo de natureza pessoal. O Espírito é nossa Vida, nossa Vida é Espírito. O Espírito é nossa Mente ou Consciência. Mente ou Consciência é nosso Espírito. O Espírito é nosso Corpo, nosso Corpo é Espírito.

O Espírito é nosso único Ser, Eu ou MIM — incorpóreo, imensurável, sem fronteiras, sem tempo e sem espaço. Não há nenhum ego, corpo, mente, ser material ou humano, e nenhum mortal. Existe unicamente “MIM” — EU SOU o UM que é Real e Presente.

Quando esta nova Revelação é vista e aceita, não mais há doença, sofrimento, dor ou morte. Tão logo se desvaneçam as crenças e ensinamentos que nos veem como mortais, humanos ou humanidade, não mais existirão as distorções e concepções errôneas, nem ensinos falhos ou pensamentos errôneos.

A visão de que o Eu Único, “EU”, ou “MIM, reina sozinho, e de que não pode haver nenhuma outra identidade — seja como mente, consciência ou corpo — deve fazer com que se rejeitem e se descartem crenças e ensinamentos que identifiquem alguém como sendo homem ou humanidade; pois, no âmago desse tipo de identificação, está a sujeição ao sofrimento, doença e limitação.

Nosso livramento, portanto, não é do sofrimento, da preocupação, do medo ou da velhice, mas o livramento em que alguém para de acreditar ou de aceitar que ele é um ser humano ou um mortal, e que seu corpo é material ou físico.

A cura da doença jamais porá fim à doença, nem poderá a cura do sofrimento dar fim ao sofrimento; tampouco a negação da matéria fará algo além de manter alguém na crença de que ele é um mortal, e que seu corpo é material, prolongando, desse modo, sua associação com a doença, carência e sofrimento.

Esta nova Revelação está destinada a vir universalmente. O tempo é aqui, não somente para que conheçamos a Verdade inadulterada, mas, para que a anunciemos em alto e bom som. O Espírito é nosso Único Eu, o Espírito é nosso único Corpo, o Espírito é nosso único Mundo — Completo, Perfeito, Presente. O Espírito é o único “Eu”, ou “Mim”.

Em decorrência dessa Revelação extremamente profunda — de que somente o Espírito é tudo, e de que nada mais está presente aqui e agora, senão o Espírito, Deus, o UM — a crença e o ensinamento de que somos mortais, humanos ou humanidade terão  seu final decretado.

Ao percebermos que somente nosso Eu, ou Eu Sou, existe, deveremos logo em seguida renunciar a toda crença e ensinamento que nos mantém sujeitos à mortalidade e sofrimento por nos identificar com outro ser, mente e corpo, que não o Um. Tal crença e ensinamento deverão ser abandonados.

À Luz de nosso amor ilimitado e irrestrito pela Verdade e Realidade, e na certeza de nossa Visão pura e Conhecimento perfeito de que existe somente um Eu, uma Consciência, um Mundo, nós sabemos e declaramos que jamais houve um desvio do ser, nem uma criação de mortais. Sabemos que não somos um mortal! Sabemos que não somos mente humana! Sabemos que não somos um corpo material. Sabemos que não vivemos numa existência humana!

Somente existe a Verdade. O Eu Sou único, a Seidade única, é Princípio, Poder, Vida e Ser. Que ninguém mais continue crendo que se pode descobrir o que é a Verdade através da reversão da ilusão ou pela negação dos sentidos materiais. O conhecimento pelo Espírito interno, de que a Verdade É, traz o simultâneo conhecimento de que não há sentidos materiais. Alguém identificado somente como a Única Mente não possui nenhuma consciência de ilusão ou crença no erro.

Um fato deveria ficar evidente: somente a crença retida por alguém de que ele está separado, ou sendo outro, senão o Único Eu, Ser ou Mente, pode levá-lo a acreditar em seres mortais, em sentidos materiais e na ilusão; e, dessa forma, ele ficaria sujeito aos problemas, vicissitudes, limitação e sofrimento.

Tão logo alguém perceba e aceite a Revelação de que Deus, Espírito, é a Sua Totalidade, e a Totalidade de todos, e de que ele não está separado de Deus, nem do Espírito,  conhecerá a nulidade do testemunho material, da crença mortal ou existência humana. Sua única terapia para o pecado, doença, sofrimento e limitação será seu próprio Conhecimento perfeito e a percepção de que o Espírito é sua própria Egoidade eterna, presente aqui e agora como a Totalidade de sua Vida, Ser, Mundo e Existência.

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A VERDADE, A BÍBLIA E A METAFÍSICA -4 Final

A VERDADE, A BÍBLIA E A METAFÍSICA
Lillian DeWaters
PARTE 4 (Final)
METAFÍSICA

Há cerca de meio século, uma nova Luz, chamada Metafísica, começou a brilhar intensamente no mundo inteiro. Muitos testemunharam seu poder no domínio do pecado e da doença. A Metafísica trouxe também uma compreensão mais verdadeira de Deus do que a ensinada pelas outras religiões. Ela chamou Deus de Mente e Amor divino.Com o passar dos anos, nenhuma Luz surgiu para trazer à Metafísica algo além da primeira descoberta. Ensinou-se que a Verdade tinha sido revelada e, que a partir de então, bastaria ser praticada. Aqueles de visão mais aguçada, contudo, passaram  a ver e questionar as contradições e inconsistências do ensinamento. Tornou-se claro que a instrução de que somos mortais ou humanidade, com cada um no dever de observar o próprio penamento, ser uma lei para si mesmo, vencer a doença, o pecado, a mente mortal, e ser o comandante do próprio destino, não poderia ser compatível com o Princípio da Mente única e do Ser único, expresso através do próprio ensinamento. Estava evidente que as discussões e considerações contínuas de dois seres, duas mentes, dois mundos e dois conjuntos de sentidos traziam frustração e confusão de visão e linguagem. A fala dupla era inevitável.

A Revelação não se identifica exclusivamente com ninguém. A Revelação é tão onipresente e universal quanto Deus. Agora, na presença de uma nova Luz, é revelado que existe somente uma Mente e somente um Ser, que eles são idênticos, e que inexiste qualquer outro. Deixando de lado o ensinamento,  sistema, regra e prática baseados na premissa de que Deus é Espírito e que somos mortais, a Voz da Revelação proclama que nós somos o que Deus é, exatamente aqui e agora; nós somos Espírito, a Mente única, o Ser único.

Embora a ideia metafísica de elevação da mente humana, de ascensão de uma consciência humana, e de uma espiritualização de mortais fosse uma animadora ideia nova, quando foi introduzida, será agora suplantada por uma Luz bem maior que vem chegando. Para conhecermos, com autoridade, o verdadeiro “status” de nosso Ser, devemos voltar ao próprio Livro da Vida – o Espírito da Verdade interior. Aqui é revelado que somente existe o Um, e nenhum outro; que a Verdade do Infinito deve ser a Verdade de Tudo. Nossa aceitação do Espírito como nossa Identidade, aqui e agora, é nossa única libertação do sofrimento, tribulação e morte.

Deus não é nenhum outro, senão o “Eu”. É impossível encontrarmos Deus fora de nós mesmos. O Espírito da Revelação está em nosso interior, e em nenhum outro lugar. Saindo daquilo que é parte Verdade e parte inverdade, estamos somente com Deus como nossa Mente única e nosso Ser único. Como nunca fomos capazes de reconciliar Deus com seres pecaminosos, Deus e guerra, Deus e diabo, nós tomamos a grandiosa decisão de aceitar somente Deus. Nós estamos gloriosamente satisfeitos.

FIM

A VERDADE, A BÍBLIA E A METAFÍSICA -3

A VERDADE, A BÍBLIA E A METAFÍSICA
Lillian DeWaters
PARTE 3
Nosso Cristo e Salvador é nossa sempre-presente Luz espiritual e Revelação, revelando nosso Eu perfeito como nosso único Eu, presente sempre – nossa Luz infindável, nossa Glória interminável. Que livro revelará o Supremo Caminho imaculado? O livro do Coração. O Conhecimento, que sempre está no interior, revela o “EU SOU” como sendo o integral e Tudo de Tudo. Como é óbvio e certo o fato de  que religião alguma da atualidade poderia jamais se tornar universal! Todas incorporam a dualidade! A profecia do Professor Bucke, relativa à religião, pode muito bem ser considerada.

“Em contato com o fluxo da Consciência Cósmica, todas as religiões hoje conhecidas serão dissolvidas…Religião não depende de tradição. Ela não será acreditada e desacreditada. Não será uma parte da vida, pertencendo a certas horas, momentos e ocasiões. Ela não estará em livros sagrados nem na boca de pregadores. Não estará em igrejas e reuniões e formas e dias. Sua vida não estará em preces, hinos nem sermões. Ela não dependerá de revelações especiais, de palavras de deuses que descem para ensinar, nem de uma ou de várias bíblias. Ela não terá qualquer missão de salvar os homens de seus pecados ou de lhes garantir a entrada no paraíso. Não ensinará mortalidade futura nem glórias futuras, pois a imortalidade e toda glória existem aqui e agora. A evidência da imortalidade será vivida em cada coração e vista em cada olho.

“Duvidar de Deus e da vida eterna será tão impossível quanto o é agora duvidar da existência; a evidência de cada será a mesma. A religião será governar cada minuto de cada dia de toda a vida. Igrejas, pregadores, formas, credos, preces, todos os agentes, todos os intermediários entre Deus e o homem individual serão permanentemente substituídos pelo contato direto, que descarta qualquer engano. O pecado não existirá mais e a salvação deixará de ser almejada. Os homens não se preocuparão com a morte, com o futuro ou com o reino do céu…Cada alma irá sentir e saber por si mesma que é imortal, irá sentir e saber por si mesma que o universo inteiro, com todo o seu bem e com toda a sua beleza, a ela se destina e a ela pertence para todo o sempre.

“Onde está o Salvador? Quem ou que é? O Salvador do homem é a Consciência Cósmica…Esta apresenta o cosmos não como constituído de matéria morta, governada por lei rígida, inconsciente e sem propósito; pelo contrário, ela o mostra como inteiramente imaterial, inteiramente espiritual e inteiramente vivo; mostra que a morte é um absurdo, que tudo e todos têm vida eterna; mostra que o universo é Deus e que Deus é o universo, e que jamais algum mal entrou ou entrará nele” (Cosmic Consciousness – p. 5,6,17)


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A VERDADE, A BÍBLIA E A METAFÍSICA -2

A VERDADE, A BÍBLIA E A METAFÍSICA
Lillian DeWaters

Parte 2

O segundo estágio de filosofia grega começa com Xenófanes, que nasceu na Ásia Menor em 560 aC. O primeiro assunto de sua pesquisa foi o próprio Deus, a “Inteligência Suprema”. Ele concluiu que todas as coisas existentes são eternas e imutáveis e, portanto, sem começo. Ele declarou Deus, que é perfeito e a essência de tudo, como sendo eternamente uno: imutável, todo-poderoso e todo-abrangente, mas sem nenhum sentido pessoal. Considerou que Deus e o Universo são sinônimos; que o mundo não poderia existir sem Deus, nem poderia Deus estar separado do mundo.

Parmênides, discípulo de Xenófanes, procurou conscientizar o Ser Absoluto, não-criado e imutável. Foi o primeiro filósofo grego a estabelecer clara distinção entre conhecimento relativo e Conhecimento superior. Disse que o “Eu” jamais nasce e jamais morre. Fez a seguinte declaração: “Aquilo que é, é não-criado e indestrutível, único, completo, imutável e sem fim. Não poderei deixá-lo pensar ou dizer que ele veio do que não é; pois, não pode ser pensado nem declarado que o que não é, é”. Tanto os filósofos gregos como os sábios védicos acreditavam num único “Eu”, e que somos este “Eu”.

Seguidores de Metafísica são sinceros quando declaram que não aceitam o que eles chamam de “segunda criação”. Por que, então, creem que são mortais a serem regenerados, com mentes humanas a serem aprimoradas? Que a natureza do mal deve ser entendida, e estrita disciplina mental seguida?

Todo ensinamento que sanciona estas crenças e teorias está enraizado, inegavelmente, na crença em uma criação mortal. Somente a Mensagem Absoluta desacredita de todas as criações, revelando o UNO INFINITO NÃO-CRIADO COMO A ÚNICA PRESENÇA.

Quando alguém sabe que as narrativas de criações são completamente inverídicas, deixa de aceitar quaisquer doutrinas que provenham delas. Poderia ser dito que religião é “aprender sempre, e nunca poder chegar ao conhecimento da Verdade” (2 Tim. 3-7). Enquanto as religiões não perceberem que as criações são completamente vazias de verdade e de razão, não aceitarão O ESPÍRITO COMO A TOTALIDADE DA EXISTÊNCIA. Reconhecido este fato, Religião e Verdade serão, desse modo, uma Verdade em cada coração.

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A VERDADE, A BÍBLIA E A METAFÍSICA

A VERDADE, A BÍBLIA E A METAFÍSICA
LILLIAN DEWATERS

PARTE 1

A crença e ensinamento que consideram a criação humana são sustentados por mitos religiosos. Para o “Novo Dia” necessitamos de uma nova Bíblia, que revelará a Existência espiritual como tudo o que tem existido. Aqueles desejosos somente da Verdade Absoluta, que não querem passar pela experiência de luta e sofrimento, devem o mais rápido possível abandonar suas crenças em criador e criação. A única Luz efetiva será o Conhecimento que fará explodir a crença de que somos seres criados, vivendo num mundo objetivo.

Aqueles que não receiam renunciar aos velhos mitos – criação de mortais, separação, pecado, luta e morte – para aceitarem a Verdade da Vida e Existência, entenderão a desintegração do Átomo como a extinção da crença num mundo material, um mundo de nascimento, pecado, luta, punição e morte.

O que tem sido chamado de grande mistério passará com a Luz atômica – a revelação de que a Verdade e a Realidade permanecem invioláveis – sem começo, mudança ou fim; sempre presentes, puras, perfeitas e absolutas. Ficaremos conscientes de que o Mundo da Realidade é a nossa própria Consciência espiritual.

O Conhecimento Perfeito prosseguirá revelando tudo como realmente é. As formas perfeitas serão completamente visíveis para nós. Elas serão percebidas através da Visão simples e do Coração simples de que jamais houve ser, coisa ou mundo criados;  de que nada jamais chegou a existir, senão o Reino da Consciência espiritual destituída de começo.

Talvez exista uma crença generalizada de que a Bíblia relate a história de duas criações: a primeira, a criação espiritual em que Deus criou todas as formas da Realidade; a segunda, a criação da matéria, do pecado e do mal.

Uma pesquisa mais profunda, porém, revelará que a Bíblia cita cinco criações distintas e diferentes, conforme destacamos a seguir: (1)  a criação do homem: “E criou Deus o homem à sua imagem, criou-o à imagem de Deus, e criou-os varão e fêmea” (Gen. 1:276); (2) a formação do homem (Adão): “O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou no seu rosto um sopro de vida, e o homem tornou-se alma vivente” (Gen. 2:7); (3) a formação da mulher (Eva): “Mandou, pois, o Senhor Deus um profundo somo a Adão; e, enquanto ele estava dormindo, tirou uma das suas costelas, e pôs carne no lugar dela. E da costela, que tinha tirado de Adão, formou o Senhor Deus uma mulher; e a levou a Adão” (Gen. 2:21-22). (4) a concepção de Caim: “Adão conheceu sua mulher Eva, a qual concebeu e deu à luz Caim, dizendo: Possuí um homem por Deus” (Gen. 4:1). (5) a concepção de Jesus: “E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo” (Mateus 1:20).

Criações, pecado, sofrimento, salvadores pessoais e arrependimento de pecado são temas de todas as religiões. Leitor, perdoe a si próprio agora, e perdoe a todo o mundo agora, ouvindo e aceitando a Voz da Revelação, que diz: “Nada há ao lado de MIM. Eu Sou o Todo – o Ser Absoluto, glorioso, perfeito. Eu Sou ninguém outro senão a pureza. EU SOU AQUELE QUE SOU, AQUI E AGORA.

ÁGUAS VIVAS

ÁGUAS VIVAS
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Lillian DeWaters

O PURAMENTE ESPIRITUAL

Está mais que evidente que um avanço definido se iniciou rumo ao puramente espiritual. Hoje, temos aqueles que estão prontos para abandonar trabalho e esforço no sentido de demonstrar saúde, riqueza e felicidade, para aceitar a Verdade de que não somos carne (matéria), mas Espírito (Rom. 8:9).

Estas lições podem revelar Entendimento àqueles que não vieram de estudos de mentalismo, e também aos que estão preparados para uma expansão que os irá ultrapassar. Os que se autodenominam seres humanos são incapazes de encontrar uma solução aos seus problemas humanos.

Nenhuma terapia para as limitações de uma terra achatada poderia ser descoberta por aqueles que viveram como fazendo parte dela. Quando eles descobriram que a terra era redonda, concomitantemente um novo ponto de vista se lhes abriu. E então, as limitações de uma terra achatada sumiram automaticamente de vista. Ocorre exatamente o mesmo com as limitações chamadas  pecado, doença. sofrimento, desejo e guerra. Todas estas, também. desaparecerão sem qualquer esforço, para aquele que reconhecer a si mesmo como Espírito.

Se medo e tribulação pudessem ser curados a cada necessidade que surgisse, jamais saberíamos que nosso Eu e nosso Mundo são completamente perfeitos aqui e agora. As promessas de segurança, proteção, paz e imunidade são vistas como certas e seguras por aqueles que recebem, ou aceitam  a Luz, de que apenas um Ser está presente – o “Eu” infinito. “De seis angústias Ele (Eu) te livrará, e na sétima o mal não te tocará” (Jó 5:19).

Por que continuar a crer em mortais, quando “Eu sou o Todo de Tudo”?  Por que persistir em aceitar dois poderes, dois mundos, quando não há nada ao lado de MIM? Por que prosseguir com conceitos equivocados, quando “Eu” sou a Mente única que existe? Por que lutar e se esforçar para obter ou emergir na Perfeição, quando a Perfeição é o que sozinha está presente?

“Os Vedas” declaram que a realidade não vem através de ginástica mental, mas por amor puro e devoção. Ensinam que a bênção do “Eu” está sempre conosco e que iremos descobri-la, se a buscarmos com sinceridade.Nós eternamente somos o “Eu”, o Absoluto. O objetivo essencial dos Vedas é ensinar a Natureza da Egoidade única, e declarar com autoridade que esta constitui o nosso “Eu”; que nós realizaremos perfeita Paz, Serenidade e Bem-aventurança pela devoção constante ao “Eu” que não tem oposto.

É verdade que, se continuarmos a aceitar somente o “Eu” único, esta percepção espiritual nos trará infinita calma, paz e felicidade; estaremos vendo e conhecendo, amando e existindo, como este próprio “Eu”. E prosseguindo no conhecimento de que apenas um “Eu” e um Mundo estão presentes agora, esta Realidade se tornará natural para nós – nítida e certa. Nossa Realização de Deus como nosso Ser, Mente e Mundo é Consciência Divina.

No Infinito não há nenhuma evolução de outros seres, outras mentes, outras consciências. A igualdade não pode ser encontrada em parte alguma, senão em nossa percepção de que nós somos o Infinito.

Desvincule-se da doutrina ou crença de que este Mundo não é o Mundo de Deus; que já não somos dotados agora da Mente de Deus; e que nós precisamos passar por processo evolutivo rumo à Perfeição e Realidade. A Perfeição do Um jamais foi mudada. Ela está sempre aqui.

“Confia no Senhor (no Eterno) de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas…o Senhor será a tua segurança” (Prov. 3: 5,6,26). Na versão de Moffat, encontramos que “se confiarmos no Eterno com todo o nosso coração, sem nos apoiarmos em nossa própria visão, conservando a Mente dele em todos os caminhos, Ele iluminará o nosso percurso…o Eterno será a nossa proteção, e nos preservará de todo perigo”.

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A GLÓRIA UNESTIMÁVEL DA LUZ DIVINA

A GLÓRIA INESTIMÁVEL DA LUZ DIVINA
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Lillian Dewaters

O REINO DO CORAÇÃO
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Há apenas um meio de possuirmos todas as coisas:  consiste em penetrarmos no Reino do Coração, pois nele todas as coisas já nos pertencem.
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Os chamados “intelecto”, “mente” ou “carne” representam aquilo que não tem qualquer proveito. A palavra “coração”, no sentido usado em todas as Escrituras, refere-se ao Real e Verdadeiro – Consciência e Vida divinas. Trabalho e esforço mental, aqui, não têm lugar. Associados ao coração estão o amor, a simplicidade e a receptividade espirituais.
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“Eu te perguntarei, e tu me farás saber”.(Jó 38:3). Todos deveriam fazer uma pausa e verificar se estão se identificando com a mente humana e pensamento humano ou com a Mente Divina e Suas percepções.
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Pelo pensamento, ninguém pode conhecer a Mente Divina, ouvir a “pequenina voz suave” ou receber a Revelação divina. Somente o coração pode ver, saber e aceitar que existe apenas uma Mente.
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Não há relação alguma entre a chamada “sua mente humana” e a Mente Divina. O cultivo ou espiritualização do pensar de alguém jamais transmutará a mente pessoal para a imaculada e eterna Mente Divina. Qualquer prática voltada a purificar sua mente, eliminando pensamentos errôneos e substituindo-os por corretos, conduzi-lo-ia à escravidão e a obrigação. Sua real necessidade é conhecer que ele, de si mesmo, não possui mente alguma. “Quem perder a sua vida (o senso de mente pessoal) acha-la-á (encontrará Mente real sendo a única e a sua Mente)”(Mateus 10:39).
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A Mente verdadeira é sempre o Reino do coração. Cada pensamento dessa Mente existe como Onipresença, disponível instantaneamente. Aquilo que é completo e perfeito é a Verdade, estabelecida como uma Realidade eterna. Necessária não é a espiritualização da mente pessoal e seus pensamentos; pelo contrário, essa prática precisa ser descartada e abolida. O fracasso e a frustração provêm de se dar atenção a uma “mente” que não tem existência em Deus ou na Realidade e, portanto, que não tem existência alguma.
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Voltando-nos por completo à Mente Divina por nossa Luz e Entendimento, descobrimos que Ela cuida de tudo. Assim, ficamos sem nenhuma vontade própria, mas com a Mente e a Vontade de Deus. Santo Agostinho, deixando completamente o senso humano de lado e encarando a Presença interior, clamou: “Eu de Ti nada peço, nem mesmo o Teu amor… Desejo unicamente a Iluminação divina”.Com o coração, sempre há facilidade para que sintamos o Um, amemos o Um, adoremos e nos deleitemos no Um — há facilidade para que tenhamos fé, confiança e certeza de que Deus, o Um, é Tudo.
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Você não possui nenhuma mente pessoal própria para instruir ou ser instruído. “Não pode a árvore boa (A Mente Divina) dar maus frutos (pensamento errôneos), nem a árvore má (crença em mente pessoal) dar frutos bons (pensamentos puros)”. (Mateus 7:18) Dirija-se ao seu coração, e aí partilhe da Glória inestimável da Luz Divina. O coração deve ver e experienciar a Luz do Ser espiritual. “O Senhor não vê como vê o homem. O homem vê a aparência exterior (mente), porém o Senhor vê o coração”.(I Samuel 16:7).
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“Ninguém pode servir a dois senhores”.(Mateus 6:24) Acreditar em duas mentes acaba sendo falta de percepção de que existe somente UMA. Chegar a crer em mais uma terceira, a mente mortal universal, significa crer numa entidade e num poder desconhecidos da Mente Divina.
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“Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações”.(II Coríntios 4:6) “Para que Cristo habite nos vossos corações”.(Efésios 3:17) “Consultai no travesseiro o vosso coração”.(Salmos 4:4) “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida. (Provérbios 4:23) “Dar-lhe-ei coração para que me conheçam, que eu sou o Senhor – porque se voltarão para mim de todo o seu coração”. (Jeremias 24:7) “Não turbe o vosso coração”. (João 14:1)
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O Perfeito, O Divino, O Espiritual, todos estão ligados ao coração, como também a Visão, a Exaltação, a Iluminação, a Revelação e a Consciência Cósmica. “O lugar secreto do Altíssimo” – este, também, é o Reino do coração. Obviamente, a palavra coração, aqui, não tem qualquer significado físico, mas puramente espiritual. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”.(Mateus 5:8) Aqui, a Glória Cósmica incandesce.

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O MAIOR MANDAMENTO

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“Não terás nenhuma mente ou consciência além de Mim”. “Que toda a terra se cale diante d’Ele”.(Habacuque 2:20) A crença religiosa, aceita hoje, é de que pela evolução – regeneração, evangelização, transformação — a mente ou consciência humana será transmutada em Divina. Nada poderia estar mais longe da Verdade. Não há nenhuma existência, senão a Totalidade do Único.  Assim, eis o caminho: EU SOU O ÚNICO.
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O ensinamento penetrante e pernicioso, de que alguém deva colocar pensamentos corretos em sua mente humana, não será mais tolerado por quem estiver desperto para o alerta espiritual de que “tu não terás nenhuma mente ou consciência além de mim”. Logicamente, este “MIM” se refere à Mente Divina e à Consciência que é Deus. E esta dispensa toda melhoria ou mudança, mas é Perfeita e Completa sempre.
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Acredita-se que, pelo aperfeiçoar da mente pessoal, que finalmente chega-se à posse da Mente Divina. Remendar vestidos velhos (mente) ou encher odres Velhos (consciência) com vinho novo (pensamento correto) não é o caminho. (Mateus 9:16–17) Somente pelo abandono destas crenças e aceitação de que a Mente Divina é a única Mente de alguém, poderá ele saber o que é a Verdade e, também, experienciá-la.
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A crença de que somos a Mente Divina por reflexo é inverídica. Apenas de um modo a Mente Divina é a nossa: por Virtude da Identidade. Somente um Ser, um “Eu”, existe; e não pode existir outro ser, ou eu, para poder refleti-lo.
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“Confia no Senhor (a única Mente) de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio (pessoal) entendimento”.(Provérbios 3:5)
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“Firme está o meu coração ó Deus, o meu coração está firme, cantarei e entoarei louvores”.(Salmo 57:7) Quando alguém considera o coração como o caminho à Luz e à Revelação espiritual — abandonando radicalmente as crenças e ensinamentos que nos identificam com um tipo pessoal ou humano de mente – logo passa a experienciar uma paz e um repouso que constituem plena satisfação.  Começa a notar a ausência do desejo de sempre continuar buscando mais e de ficar se empenhando em lutar mais, deixando de lado inclusive o objetivo de querer aplicar ou demonstrar a Verdade.
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Ele passa a observar que os pensamentos conturbados são, agora, coisas do passado, por já existir adorável paz e sossego dentro do coração. Isto se dá sem trabalho ou esforço. Como se sobre ele subitamente se derramassem um enorme prazer ou uma graça maravilhosa.
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No coração há uma jubilosa atividade, semelhante ao zunido rítmico das abelhas, ao trinar dos pássaros ou ao som de crianças sorridentes. Um repentino ímpeto de alegria e de contentamento poderá ser sentido, pelo conhecimento de que o Todo é uma unidade, de que o próprio Todo, em Si, é a parte indivisível.
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Como homem, ninguém é capaz de ser uma lei de perfeição e imunidade para si mesmo, pois sua lei estaria necessariamente de acordo com a sua crença de possuir mente humana e pensamento imperfeito. Somente como a própria Mente Única, alguém poderá seguir em liberdade e imunidade. O Ser, a Percepção e a Manifestação são um — o próprio Um.
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OS VERDADEIROS ADORADORES

OS
VERDADEIROS
ADORADORES
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Lillian DeWaters
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TAL COMO É
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No campo da prática mental, muitos estão percebendo atualmente, para seu desânimo, que as crenças que mantinham sobre a Verdade, das quais dependiam total e absolutamente, não os estão mais apoiando como anteriormente. Os trabalhos de cura não estão se sucedendo como nos tempos passados, e o motivo é o seguinte: a antiga ordem está deixando o cenário, enquanto simultaneamente está ocorrendo o influxo de uma Nova Luz.

As práticas de cura ficaram limitadas, para que seja reconhecido que nem a mente humana e nem a existência humana poderão jamais ser espiritualizadas. “O Meu reino não é deste mundo (mundo equivocadamente visto como matéria)” (João 18:36). “O mundo (conceito falso) passa.” (1 João 2:17). Os ensinamentos e crenças imperfeitos terão de abrir caminho para o Real e o Perfeito. A hora é aqui, quando aqueles prontos a abandonar o antigo e aceitar o Novo descobrirão que o Reino de Deus  esteve sempre dentro de nós; e aprendendo o sentido disso, poderemos avançar rumo à Luz e Glória de natureza máxima.

No dia histórico em que o querosene foi substituído pela lâmpada elétrica, muitos custaram a aceitar a mudança, assim como muitos escravos, apesar de libertados, preferiram permanecer na escravidão. Sempre que nova ordem surge, a antiga deve ser abandonada; e chegou a hora em que a cura se fundamentará inteiramente numa nova visão. Nós constataremos que nossa Integralidade, Harmonia e Perfeição já são completas e invioláveis no Espírito—dentro de nós.

A crença de que somos um homem ou criatura, um corpo ou uma imagem, não é a Verdade. A crença de que cada um é uma consciência individual, e que seu bem é criado por seu pensamento, e que ele é dotado de mente, vontade e corpo próprios, a serem redimidos e purificados, não é a Verdade. O esforço crescente para aplicar a Verdade à mente, pensamento ou condição chegou ao fim: e por este motivo: a Verdade é aquilo que SOMOS, e não o que poderíamos pretender nos tornar.

A libertação permanente dos males e discórdias está presente, quando nos voltamos para o Reino do Espírito para contemplar as coisas como realmente elas são, e sempre estiveram sendo. Em vez de um esforço cada vez maior para mudar o pensamento ou a consciência, o que nos será requerido é o abandono total dessa crença; Tornar-se-á conhecido que a Mente única, a Consciência única, reina sozinha. As Realidades da Existência não podem ficar conhecidas enquanto estivermos nos envolvendo com a prática da mente sobre a matéria, a Verdade sobre a ilusão, os pensamentos certos sobre os errôneos; ou enquanto mantivermos a crença de que precisamos nos defender de “outras” mentes, ou de alguma entidade chamada “mal” e seus variados aliados.

O Espírito é a Mente que nunca está em estados ou estágios de consciência. O Espírito é Consciência pura. O Espírito é Vida eterna—sem doença, pecado ou morte. A Perfeição existe para todos que abandonarem todos os demais caminhos para abraçar este Caminho da Identificação. Somente em iluminação podemos ver as coisas como elas são, pois é o Espírito que consegue enxergar Espírito.

Todo ser ou coisa vivente é esta Substância única—Espírito–, e nunca alguma outra. Não há mente que seja temporal e outra Mente que seja eterna. Não existe um tempo presente, de preparação, e outro tempo futuro, de paz e bem-aventurança. O tempo terá fim quando percebermos o Um destituído de opostos ou adversários. O Agora Eterno está aqui, e se quisermos poderemos acreditar nisto e aceitar o fato, pois ele é verdadeiro.

Jamais haverá qualquer tempo para nós, senão o agora, nem qualquer lugar, senão o aqui. Descarte os ensinamentos que falem em lugar e tempo futuros, e substitua-os pela Realidade a ser conhecida e experienciada. Tudo aquilo que É, deve estar presente sempre. Deus não conhece nenhum futuro, nem estados ou estágios de Existência; e Deus é o único Ser.

Onde está nosso Mundo perfeito, nossa Experiência perfeita, nossa Harmonia e Paz? A Realidade é a nossa Consciência—nada mais. Como viveremos esta experiência maravilhosa? É preciso que acreditemos no Deus único como Espírito, deixando de crer em qualquer outra existência. Precisamos expandir além dos limites das crenças e ensinamentos religiosos.

A Verdade não é conhecida através de um sistema de ideias ligadas a causa-e-efeito, mudança e aplicação, regeneração e domínio. O Espírito é a própria Verdade—imaculada, imutável, perene. À Luz da Verdade, vemos as coisas tal como elas são verdadeiramente. As coisas materiais não têm materialidade. Identificados como Espírito, não seremos aquele “eu” que parecíamos ser, mas Aquele que é o Um único. Somos Aquele a quem dirigíamos preces. Somos Aquele que eternamente tem sido o Único.

Sempre que há o surgimento de Nova Luz, as coisas antigas devem passar. A cura, agora, está em se dar espaço a um conceito totalmente novo, isto é, descobriremos nosso Eu, Mente, Consciência, Corpo e Mundo como sendo ESPÍRITO; e saberemos que nO Espírito não pode haver doença, guerra nem discórdia.

O Entendimento está rapidamente se esparramando, de que o Espírito é Tudo, e Tudo é Espírito; de que existe apenas a Identidade, ou o Único “eu”—que é Vida, Mente e Ser inseparáveis. Nossa harmonia, felicidade e abundância são, assim, fundamentadas no Princípio eterno de nossa Perfeição como presente exatamente aqui e agora: e não na “prática de cura” de algo ou alguém como paliativo, até que ele passe futuramente a “outro plano”.

A expectativa não é a de resultados melhores e mais rápidos, uma vez que o próprio conceito de cura é substituído pelo Conhecimento puro do Ser Único, Consciência única, Existência única— existindo sem qualquer começo.

O Reino da Perfeição está AGORA dentro de nós. Ele jamais esteve apartado de nós, nem nós dEle. Ninguém poderá conhecer as realidades da existência enquanto não acreditar que já somos o Ser perfeito agora,  mas que, antes, alguma transformação ainda precisará ocorrer.

“Aquele que não nascer… do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”.(João 3:5). Descarte toda ligação com a dualidade—um outro ser, mente e consciência a serem mudados, corrigidos ou purificados. Nunca pode haver mais do que o Um. Ninguém poderá escapar deste pré-requisito espiritual. Verdade é Realidade AGORA!

Quando alguém percebe a futilidade de todo esforço para aplicar a verdade em alguém ou alguma coisa, vem a percepção interna de que a Perfeição é o Fato estabelecido; e que tudo lhe ser requerido é acreditar nela, amá-la, confiar nela e a ela se firmar com intensa devoção espiritual. Tolice é achar que as doenças devam ser curadas mais rapidamente, e que as demonstrações ocorrer com certeza cada vez maior; a real necessidade não é esta. Devemos experienciar aquela Consciência que é Espírito, e entender a Mente em Si sendo todas as coisas – de modo perfeito e eterno. A crença em mente, pensamento, corpo ou condição “curados”  irá passar; e o Conhecimento perfeito de que nossa Mente, Consciência e Corpo são agora  Espírito – sem terem jamais sido outra coisa—se tornará conhecido e aceito.

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A  CRISTO-LUZ

A época dos mentalizadores veio e já passou; o tempo é agora aqui, quando os “verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espírito e em realidade”.(João 4:23) Ao longo de vários meios de adoração, finalmente chegamos à experiência conhecida como “interior”, onde todas as coisas são eternas.

Ninguém pode levar estas coisas vistas como externas Àquele que está no interior. Devemos nos desvincular de igreja, livro, mestre, amigo ou parente como pessoas e coisas pessoais. Vamos somente a Deus. O preço é alto; mas, que glória teremos! Nada perderemos, mas ganharemos a totalidade! Saber como viver na Consciência espiritual, e estar livre de medo, preocupação, dúvida e infelicidade é Existência absoluta. Descobrimos a Realidade como estando sempre conosco—como o nosso próprio Ser.

Nossa Vida é Espírito, nosso Ser é Espírito, somos Espírito. Aqui terminam nossa fome e sede por Conhecimento. Até que alguém prove da Realidade, sua compreensão da Vida é necessariamente intelectual. O espiritualmente interessado pode conhecer o Espírito.

Se alguém pretender experienciar a Revelação, deverá isolar-se de tudo quanto o mantém dela afastado. Quanto maior for nossa devoção ou nosso amor pelo nosso Eu Perfeito como já sendo o nosso próprio Ser, maior será a freqüência de vezes com que viveremos em Iluminação. Alguém poderia fazer quantas mudanças quisesse em sua consciência, que nenhuma lhe traria a Luz divina direta, porque a Verdade é conhecida pela verdade, não por mudanças mentais.

O Cristo, ou Luz espiritual, e a revelação
constituem sua própria igreja, seu próprio poder real e glória; seu próprio entendimento, serenidade e bênção. Em parábolas dramáticas e profusas, Jesus indicou que o Paraíso. A Realidade existe agora como Fato estabelecido. Ele afirmou que inexiste outro acesso, senão o de abandonarmos tudo por ele; assim, sem trabalho ou esforço, devemos dentro de nós encontrá-lo; e a nós dentro dele. Enfatizou que o Caminho do Espírito é simples e fácil, sem esforço ou trabalho.

Nosso Corpo espiritual perfeito será manifestado não por qualquer mudança de corpos. Se agora esse Corpo perfeito não existir, por certo não existirá jamais. Uma simples Iluminação do Espírito basta para nos convencer de que não existe nenhum corpo material. Aceite seu corpo como ele é agora no Espírito, e dispensará toda necessidade de pensar em curá-lo. Você perceberá que o Corpo perfeito que você agora possui na Realidade é o único Corpo que existe ou que sempre poderá existir.

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O EVANGELHO PERENE
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Na Bíblia, centenas há de referências ao “Espírito” ou ao “espiritual”. O significado de Espírito somente pode ser realmente conhecido pela experiência dEle. Todas as descrições juntas não conseguirão jamais explicá-Lo. Alguns acham difícil caminhar dos pontos de vista mentais ou intelectuais através de grandes passadas; não existe, porém, outra maneira de se experienciar Deus, a não ser pelo Espírito.

O livro do Apocalipse fala do “evangelho eterno”, que será pregado em toda parte. (Apoc. 14:6). A chave desse evangelho é o Espírito. Paraíso, Espírito, Mundo espiritual são idênticos. O Eu é o Ser do Espírito, o Corpo é o Corpo do Espírito, o Mundo ou Universo é o Universo do Espírito.

Quando dizemos que somente devemos ir a Deus, não queremos afirmar que não possamos receber ajuda de alguém que já esteja neste Caminho do Espírito, pois com certeza isto é possível. Entretanto, assim como realizamos nossa própria respiração, comemos e bebemos, também nos dirigiremos somente ao nosso Eu.

Nossos momentos despendidos com o Espírito são os mais maravilhosos  possíveis de serem conhecidos. Somos ensinados sobre as profundas coisas de Deus. Talvez o leitor possa recordar que, em certa ocasião, eu comentei que um de meus dedos estivera dolorido em virtude de um espinho de rosa ter-se fincado nele com profundidade. Naquela noite, quando a dor foi sentida, comecei a me questionar do seguinte modo: Estarei acreditando possuir um dedo material, em que um espinho tenha se cravado, e que  precisará ser removido? Ou estarei vendo que possuo um dedo espiritual e perfeito, em que espinho algum poderia estar presente, dispensando, portanto, qualquer tipo de remoção? Imediatamente vi a Realidade, tal como Ela é, é a dor parou no mesmo instante. Nenhuma descoloração ou inchaço se fizeram notar—e espinho algum era sentido ou visto estando presente.

A própria Natureza de nosso Ser é Iluminação e Conhecimento, assim como o sol é sua própria luz e calor. Nosso Eu e nossa Luz não estão distantes de nós: nós e nosso Eu somos o mesmo Um. Conhecer nossa Natureza real como sendo nossa Natureza única, e amá-La de forma suprema, garante-nos o Conhecimento instantâneo – satisfatório e suficiente.

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"RESSUSCITAI OS MORTOS"

“RESSUSCITAI OS MORTOS”
Lillian DeWaters
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Sendo o Eu perfeito, devo falar como Eu perfeito, devo ver como Eu perfeito, devo ouvir como Eu perfeito, e não como qualquer outro.

Falando como Eu perfeito, DIREI O QUÊ? Direi que sou perfeito, que sou completo, que sou integral, que sou criativo, que sou próspero, que sou bem-sucedido. Eu sou feliz, destemido e alegre. Eu sou a Verdade, o entendimento, a realização. Eu sou Vida, Eu sou Luz, Eu sou Amor.

Vendo como Ser infinito, a Mente única imaculada, VEJO O QUÊ? Vejo minha identidade como inteireza, como harmonia, como imortalidade: como beleza, encanto e graça. Vejo atividades jubilosas, alegrias espontâneas e ilimitada plenitude por toda parte.

Ouvindo como o Um perfeito, o Ser infinito, OUÇO O QUÊ? Ouço minha própria voz dizer: Eu sou Tudo: sou livre, triunfante, supremo.

Pela aceitação de Deus, o Eu infinito, a Identidade infinita, como o Todo Universal único, ressuscitamos da morte para a experiência da Vida, eterna e imortal. Quem são os mortos? Aqueles que saíram de nosso campo visual ou auditivo? Não! “Mortos” são os que permanecem nas trevas, assumindo identidade de indivíduos pensantes e separados do Todo!

Quando disse: “Eu sou a Verdade; todo o poder me é dado no Céu e na terra”, Jesus falou como o Ser Único, e não como algum ser humano ou pensador pessoal. Ele refutou a espectralidade chamada pecado, doença ou morte. Com o Poder do Ser Único, aparecendo como a Verdade e a Luz, deu provas contrárias de tudo aquilo.

No instante em que esclarecia o assunto da treva mental, disse: “Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se”.(Mt. 13.25). Os chamados pensadores individuais, enquanto não abrirem mão dessa posição, estarão sujeitos a todo tipo de experiência ou sonho calamitosos.

Paulo, partindo do referencial do Cristo, declarou: “Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef. 5:14).

A Ciência do Ser (Ontologia) inevitavelmente virá agora. Ela apresenta a grande realidade—o Ser ou Eu infinito, uno e indivisível: O Ser e o Eu em UNIDADE!

Como somos enriquecidos! Exaltados! Glorificados! Ficamos realmente plenificados!

Quando alguém distingue claramente o que é puramente espiritual do que é físico ou mental, começa a experienciar a paz que até então lhe era desconhecida. Logo toma consciência de que as idéias confusas, medos e preocupações se tornaram coisas do passado. De posse consciente da Luz Divina e da Revelação, pode caminhar em liberdade, na saúde e na felicidade.

A Revelação é a Voz de nosso próprio Ser, quem sem nenhum esforço, como o raiar do Sol, é resplendente como glória imperecível… “Então romperá a tua Luz como a aurora, e a tua saúde mais depressa nascerá”. (Isaías 58:8).

Mediante este despertar espiritual é que podemos bradar:”Eu era cego, mas agora vejo; eu tinha dúvidas, mas agora eu sei. Eu era coxo, doente, triste, mas agora posso andar, sou saudável, sou feliz”.

Quando aceitamos a nós mesmos como Espírito, como Consciência divina única, e não mais como seres dotados de mente humana pessoal, com naturalidade chegamos rapidamente à percepção nítida e clara de que a Vida não é um problema a ser resolvido, mas, sim, uma grande e gloriosa realidade a ser experienciada!

O CAMINHO DO CORAÇÃO

O

CAMINHO DO CORAÇÃO

Lillian DeWaters

Ame os caminhos de Deus, ame as coisas de Deus, ame a obediência a Deus, ame contemplar a Luz a Se revelar do seu próprio interior. Ame o fato absoluto de que, neste exato agora, sua perfeição e Inteireza já estão com você. Estão presentes exatamente onde você está. Sua felicidade está em viver à Luz do Ser Único. Sua alegria está em receber Autoiluminação. Cada necessidade sua é suprida espontaneamente, naturalmente, quando você vive na Luz e no Amor do Eterno. Volte-se do pensar para o amar, e grande será seu espanto, ao constatar sua Liberdade em Automanifestação.

Tudo do Espírito está ligado ao Coração. Nossa integralidade e Paz são naturais estados de Harmonia de nosso Ser. Nossa Realização Espiritual é nossa Autossuficiência. Nossa fé e confiança na Realidade em Si constantemente Se expande como Autorrevelação. Crendo na Mente Única, e somente nEla, paramos de querer mudar algo ou alguém. A Mente única não pratica nenhuma cura; não dá tratamentos mentais. Com Sua própria luminosidade, Ela simplesmente revela Sua própria Perfeição em toda parte.

O Espírito ama as coisas Espirituais. Nosso amor está associado com a Verdade, em palavras como Inspiração, Intuição, Iluminação, Luz. Glória. Revelação, Unidade, Totalidade, Unidade. Estas palavras são Pão Vivo para nós. A Substância em Si.

Bem-aventurados os que conhecem mediante a Mente Eterna, a Mente Real! Bem-aventurados os que amam com um Coração devotado e puro! Sem se preocuparem em demonstrar qualquer coisa. Estes, espontaneamente, naturalmente, experienciam o AGORA ETERNO – Amor eterno, Resplendor, Luz, Unicidade, Beleza. Alegria, Paz – por toda a Eternidade.

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"CURAI OS ENFERMOS"

“CURAI OS ENFERMOS”

LILLIAN DEWATERS

Em vista de o Evangelho vir sendo pregado a partir da premissa de sermos humanidade e não Espírito, imperfeição e não Perfeição, muitos e não Um— como poderíamos escapar do mundo do pecado, da doença, da morte?

Como homem, inevitavelmente estamos sujeitos a vacilações, ilusões e erros de toda espécie; portanto, como homem, nunca nos livraremos disso tudo. Enquanto não despertarmos para a nossa identidade real, e operarmos segundo nossa natureza verdadeira, a experiência humana não terá fim.

Um enfoque verdadeiro corrige o falso, que, pela própria correção, desaparece. Analise a tremenda perda de tempo, o trabalho e esforço empreendidos atualmente para que se destruam as doenças, pecados, carências e limitações, em vez de a atenção ser voltada inteiramente ao “EU”, onde nada disso tem qualquer existência. Como homem, jamais você acabará com o mal; porém, se remontar à sua origem divina, o Eu Sou, sua posição humana se apagará por completo.

Querer promover melhoria ou cura em mentes ou corpos individuais veio provando ser um grande benefício à humanidade em toda parte; entretanto, a real necessidade é “ascendermos” ao estado espiritual, onde cura alguma é requerida. Definitivamente, o ponto de vista humano deve ser substituído pelo Divino; assim, a causa de toda discórdia será removida.

Guerra alguma poderia jamais existir de si mesma; nenhum pecado, doença ou morte poderiam aparecer, a não ser graças à inverdade de que somos homem e não Deus. Vejam! Ser Espírito, ser Mente, ser Vida eterna— eis a única solução universal e perfeita.

A declaração, “Eu sou Deus e não há outro ao lado de mim”, possui, por assim dizer, dois lados que levam ao mesmo sentido exato: (a)Eu sou Deus; (b) não há outro.

Na visão de que Deus, o Eu que Eu Sou, é Todo-Perfeição, Todo-Harmonia e Todo-Inteireza, temos um ponto de vista que inclui necessariamente a percepção e conhecimento de que não há outro. De igual forma, ao observarmos algum tipo de discórdia e limitação, compreenderemos a sua unidade na base de que Eu, o Eu-Sou-Vida e Inteligência, é Tudo que É. Com a total compreensão desta declaração, nós(EU) deveremos, então, “provar todas as coisas”.

Muitos gostariam de ouvir explicações sobre a causa do surgimento no mundo de doença, guerra, formas diversas de limitação, quando, na verdade, Deus enche o espaço por inteiro. Isso é impossível de ser compreendido ou elucidado sem que haja o supremo conhecimento de que Deus, o Eu Sou o que sou, é um todo; que inclui a identidade infinita.

O assim-chamado homem-genérico é o único responsável por cada guerra, doença, pecado, pobreza e limitação que temos hoje em dia. Somente ele traz tudo isso a uma quimérica existência, atribuindo nomes às formas apresentadas e fazendo com que elas se mantenham. Enquanto não despertar da morte para a vida (a exemplo do pródigo), não entenderá a inexistência plena de tudo aquilo, para se ver liberto.

De que modo é ele o causador de guerras e doenças? Julgando-se um homem, uma pessoa, um indivíduo; deixando de se considerar o Caminho, a Verdade e a Vida— o Eu sempre imaculado e perfeito.

Por causa dessa idéia imprópria, retida sobre si mesmo e os demais, ele parece se tornar um outro ser, chamado homem, de inteligência limitada e incompleta, cuja vida é mutável e insegura, e cujo mundo é finito e inconstante. Operando sob base falsa e pervertida, seus pensamentos são ilógicos e imperfeitos, ineficientes e incorretos, confusos e desordenados; assim, eles resultam em ilusórias formas de guerras ou desarmonias de todo tipo, sorte e natureza.

As expressões de seus pensamentos verdadeiramente representam seu suposto desvio do estado real. Exemplificando, muitas de suas invenções, em vez de se mostrarem como bênçãos eternas, acabam lhes retornando para destruí-los. Nenhuma de suas invenções chega a ser perfeita, sempre mostrando algum traço de imperfeição. Desse modo, há o sucessivo abandono do que ele próprio realiza, à espera sempre de algo novo que seja capaz de satisfazê-lo por completo.

Jamais ele irá conseguir produzi-lo num mundo de sua própria criação! Jamais ele encontrará sucesso permanente, segurança invulnerável, saúde perfeita ou integralidade – ENQUANTO permanecer, ele próprio, julgando-se um ser humano limitado, ou uma identidade individual separada.

Renegando sua real identidade como sendo a Mente criativa Todo-poderosa, com seu poder ilimitado para criar tudo bem e perfeito, ele se torna, segundo sua falsa crença, um mortal frágil e pecaminoso, sempre em busca de perfeição (perfeição que já existe disponível em seu próprio interior, em seu verdadeiro ser) e, em seu lugar, encontra sempre as incertezas, guerras, tribulações e morte.

Enquanto não se elevar e aceitar seu estado verdadeiro – o Todo ilimitado e livre –, jamais poderá experienciar aquilo que busca, ou seja, o Paraíso; isto porque o “Eu” e o “Paraíso” são um.

A grande realidade perdura eternamente: o Ego infinito e a identidade infinita são um todo indivisível; perfeito, absoluto e completo. Jamais estivemos sendo um homem ou alguém espiritual ou material. Jamais estivemos sujeitos a limitações de qualquer espécie. Agora, e sempre, Eu e meu Ser somos Um e idênticos.

Desperte! Renasça! Eleve-se! Manifeste-se! Que mais lhe resta fazer? Que mais restaria para ser dito? Inexiste outra direção a ser indicada, e que pudesse ter algum valor real para aquele que está em “terra distante”.

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