O Absoluto, A Mística E A Ciência Mental-13

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Pela Ciência Mental, sabe-se que a suposta “mente humana” não consegue pensar ao mesmo tempo em duas ideias opostas, ou seja, ninguém consegue afirmar que está bem e que está mal ao mesmo tempo. Enquanto O Caminho Infinito diz que o homem é expressão individual de Deus, publica, em seus livros, pensamentos dualistas e contraditórios, o que bem comprova que Joel desconhecia o valor da Ciência Mental e que, de fato, não a empregava em seus ensinos. Vou somente dar um exemplo, um só, justamente para não repetir o erro dele,  de fazer inúmeras colocações dualistas que só  servem para comprometer o estudo da Verdade. Isto para que, ao lerem seus livros, fiquem atentos para não irem aceitando qualquer coisa  cegamente.

Em seu livro Palavras do Mestre, no capítulo 14, “A Consciência de Cristo”, encontramos:

“Não me dê saúde, para que eu possa mostrar quão forte e bem eu estou. Não me dê provisão abundante apenas para que eu possa dizer: “Veja o que o meu entendimento faz por mim.” Dê-me saúde e dê-me riqueza, não para mim ou para a minha glória ou para o meu entendimento, mas só como um testemunho para o mundo do que a glória infinita de Deus é, quando abro a minha consciência a ela. Glorifica-me junto de ti, concedendo a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse”.

Que encontramos aqui? Dois “eus”: um que “tinha glória com Deus antes que o mundo existisse”, e que, aqui, pede de novo para ser glorificado, e “outro”, pedindo para não lhe ser dado saúde nem provisão, porque só quer saúde e riqueza para dar testemunho ao mundo do que a glória de Deus é. Esta confusão absurda se encontra em todas as obras de Joel, e quem não as ler filtrando o que estiver sendo lido, usará a mente, em sua vida diária,  negativamente e completamente sem rumo! Por que não querer saúde para mostrar “quão forte e bem está”? O homem não é Deus como indivíduo? Não é este um dos princípios de O Caminho Infinito? Por que pedir para que não lhe seja dada provisão abundante? Para um suposto “eu humano” não se enaltecer?

Esse tipo de oração nada tem a ver com o Cristianismo! A oração de Jesus era assim: “Pai, todas as minhas coisas são tuas e as tuas coisas são minhas, e nisso sou glorificado!” (João, 17: 10). Toda oração correta é de unidade e jamais de dualidade. Além disso, de nada adiantará alguém entrar no silêncio, perceber sua UNIDADE COM DEUS, para, depois, fazer orações como se fosse um “eu separado”, recusando saúde ou riqueza de um lado, e as pedindo de outro, “só para glorificar a Deus”. Talvez isto possa parecer “humildade do ego”; mas, como já disse antes, esse tipo de “humildade” é pura dualidade, pura aceitação de “algo além de Mim”, claro reconhecimento que em nada glorifica a Deus, pois, aceita que DEUS NÂO SEJA TUDO! Ademais, não existe Deus nenhum ouvindo a “mente carnal” EXPLICANDO-LHE “COM QUE OBJETIVO ELE IRÁ NOS ATENDER”! “Tudo está feito!”  E, curiosamente,  o próprio Joel ensina também que “oração é feita com os ouvidos e não com a boca”!

VOCÊ É UM COM DEUS E TEM A MENTE DE CRISTO! Portanto, que suas orações sejam sempre baseadas nas orações de Jesus: “E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado!”. Não precisamos explicar nada a Deus, em nossas orações! Orar é discernir que “Eu e o Pai somos um”!

 

 

Continua..>

 

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