VINHETA DE COMPREENSÃO DE DEUS

Vivian May Williams

Os indivíduos não estão demonstrando sua pura Cristo-Consciência, ou espiritualidade, por acreditarem em mente humana e corpo humano. Esse conceito de “dois” é um “reino dividido que é conduzido à desolação”. Enquanto alguém acreditar no bem e no mal irá ter confusão em suas experiências diárias.

AUTO-ESTIMA

José Hermógenes

A auto-estima que defende e promove o ego pessoal é mais um fascinante embuste, pois, quanto mais estimado o ego se sente, maior a decepção que lhe está reservada. Não esqueçamos que ele é um grande impostor com pés de barro. A auto-estima na direção do SER que eternamente somos, é a única que nos convém defender e promover, pois se ampara na eternidade.

DEUS: REALIDADE ÚNICA e LEI ÚNICA

Joel S. Goldsmith

A compreensão consciente de que Deus é o princípio dominador de tudo quanto existe como  a Realidade única e a lei única, dissolve todas as aparências que o mundo chama de doença. pecado, angústia e morte. Quando o homem vive do ponto de vista de conceitos e crenças, a sua experiência é a manifestação dessas crenças. Mas a atividade da Verdade na consciência é o Verbo de Deus que se faz carne numa vivência harmoniosa.

"VINHO NOVO EM ODRES VELHOS'

DÁRCIO

De nada adianta tentarmos expor a Verdade Absoluta da existência única de Deus à suposta mente humana, bitolada, endurecida e condicionada. Ela passaria a comparar o sentido do “novo” com seus padrões “velhos”. “E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte o vinho novo romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão; mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos, e ambos juntamente se conservarão (Lucas 5; 37-38).”

O enfoque radical, que descarta ou desconsidera por completo a chamada mente humana e seus “poderes”, para admitir unicamente a “mente de Cristo”, corresponde a se abandonar os odres velhos para nos novos se entornar o Vinho (Revelação). O discernimento espiritual revela a UNIDADE, isto é, o Vinho (Revelação) e Odre (Consciência crística) já são UM, e assim, “juntos se conservarão”.

A sua Consciência é a Verdade; a Verdade é a sua Consciência. Portanto, o abandono natural da “mente humana”, e seus conceitos de bem e de mal, permite que haja a percepção do que realmente É, ou seja, a PERCEPÇÃO da Perfeição Absoluta Onipresente.

“E ninguém, tendo bebido o velho, quer logo o novo, porque diz: Melhor é o velho”. (Lucas 5; 39) Quando afirmamos que a mente humana não existe, que é uma ilusão, as pessoas dizem: “Então não existe nada? Você acha que não devemos usar a inteligência que Deus nos deu?” Para elas, a mente humana corresponde ao seu próprio ser, e chegam a acreditar que, sem ela, sequer teriam noção de existir. Desse modo, tentam preservar o conceito de existência que julgam possuir, repelindo o “vinho novo”. Aqui está sendo revelada, primeiramente, a inexistência do “odre velho”  O “Odre” existe, e Se constitui do próprio Vinho. Se a pessoa admitir a ausência de “mente humana”, perceberá a Revelação da Consciência iluminada como já sendo a Sua  Consciência atual e única.

Todos os acontecimentos registrados pela “mente humana” são fictícios. Esta é a Verdade Absoluta! Naturalmente, se a “mente humana” é inexistente, como poderiam ser reais os “acontecimentos” supostamente mostrados por ela? A “contemplação” desta Verdade mostra a nulidade de todos os chamados problemas desta aparência de mundo. As cenas contendo nascimento de pessoas, o seu desenvolvimento mediante boas e más experiências, e que culminam em morte, são todas INEXISTÊNCIAS. Em outras palavras, este suposto “mundo material” é NADA! A Consciência divina é a Liberdade em Si. Ao percebermos a inexistência da mente humana e seus conceitos mutáveis, teremos discernido a nossa legítima Consciência, iluminada ou crística, que é sempre livre e isenta de problemas.

A Verdade é uma só: DEUS É TUDO. A intenção de  transmitir a Verdade ao suposto estágio de cada leitor ou ouvinte, tentando adequá-la, seria “deitar vinho novo em odres velhos”. A Verdade É!  Assim, a Consciência da Verdade é a sua, a minha e a de todos. A suposta “mente humana” não É; logo, nunca poderia receber Verdade alguma!

A Consciência é Harmonia constante e eterna; a “mente humana”, por inexistir, não pode emitir conceituação legítima a respeito do que possa ser harmonia ou ordem.Os padrões de ética e moral são válidos para os que crêem na existência da mente humana. Eles nada mais são do que uma ilusão, que regulamenta e organiza o sonho da inexistência. Quando alguém percebe que sua Consciência já é iluminada, a Harmonia que já é, aparece aos olhos do mundo naturalmente, e nunca ocorrerá de ser algo meramente aparente ou de fachada, no sentido de camuflar os verdadeiros sentimentos íntimos das pessoas. Exemplificando, o mundo aparente pode mostrar uma sociedade, ou um casamento, que aos olhos do mundo se revele como harmônico ou bem-sucedido. No entanto, se tal harmonia for apenas uma farsa, a percepção da Consciência divina como sendo a Harmonia legítima que rege o TODO fará com que as coisas visivelmente mudem de rumo, indo em direção à representação que de fato corresponda à Realidade. O visível continuará sendo uma “aparência”, só que livre de pressões e artimanhas da “mente humana”. Assim, quem estuda a Verdade não deve se prender às mudanças visíveis, após ter reconhecido a Presença única de Deus como a sua Consciência. A antiga “harmonia humana” é o “vinho velho”, e, se aquele que o tiver bebido disser: “Melhor é o velho”, como poderá provar e desfrutar do novo?

A Consciência única revela a Harmonia geral, e esta inclui necessariamente a individual. Sejam quais forem as alterações visíveis, todas elas são inexistências, sonhos ou aparências; e, que rumo elas parecerão tomar ? Para a  visão do mundo, “o que é tortuoso se endireitará e os caminhos escabrosos se aplanarão” (Lucas 3; 5).

"FAÇA-SE LOUCO PARA SER SÁBIO"

Dárcio

Quanto mais a humanidade confia na “sabedoria deste mundo”, mais padece! A mente humana,  agindo livre e solta, faz de filhos e filhas de Deus verdadeiras marionetes sob seus barbantes.

Como a vida na matéria não é real, mas a mente humana leva a maioria a acreditar nessa ilusão, vez por outra encontramos revoltados contra Deus! “Por que Deus não acaba com a fome na África ou em outra parte qualquer? Por que tanto sofrimento no mundo?” Perguntas que nutrem a idéia de que Deus estaria ausente, e permitindo aberrações, existem aos montes! Há, inclusive, ensinamentos que “justificam”  sofrimentos e  dores, “explicando” que tudo faz o homem evoluir, crescer espiritualmente, etc. Uma lástima!

Este suposto “mundo material” é uma ILUSÃO! Não tem realidade! É simples “miragem”.
Em contrapartida, DEUS, a Perfeição, é TUDO!

Estas Verdades, se levadas a sério em reconhecimento, acabam com a ilusão, com os “sofrimentos” e com os supostos ensinamentos que lhes dão crédito, sob quaisquer circunstâncias!

“Mas que loucura!” — diz a mente humana!– “Dizer que este mundo é nada!!??

Por causa dessa análise “lógica”, fica a “loucura libertadora” jogada às traças, enquanto a “sábia” mente humana segue livre, apoiada pela lógica de sua “sanidade” para gerar mais e mais pesadelos ilusórios!

“Ninguém se engane a si mesmo; se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos. Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso.
I Coríntios 3; 18, 21.

“Fazer-se louco” é desprezar todas as aparências “deste mundo”, enquanto nos redescobrimos sendo a magna expressão de Deus!

“Fazer-se louco” é desprezar o “tempo”, para repetirmos exatamente as falas de Jesus: “Aquele que me vê, vê o Pai”.

“Fazer-se louco” é fecharmos os olhos para a ILUSÃO, convictos de que MIRAGEM ALGUMA existe ou tem poder para disputar espaço com a Onipresença divina perfeita!

“Fazer-se louco” é receber, como “criancinhas”, a revelação de Jesus, “Naquele dia conhecereis que eu estou no Pai, vós em mim e eu em vós”, cientes de que este “dia”, aqui citado, é exatamente
HOJE!

A IMPORTÂNCIA DO SILÊNCIO

Dárcio

É na “Prática do Silêncio” que contemplamos a Verdade e damos testemunho de que Deus é a nossa Vida, Mente e Corpo.

Feche os olhos; veja-se como um ser puramente espiritual, assuma que VOCÊ tem a Mente de Cristo, e se solte nas “mãos do Espírito Todo-amoroso”. Pela Graça, sua condição de Unidade com a Fonte da Vida é revelada!

“Prática do Silêncio”

Onde quer que esteja, entre no Silêncio conosco:

3as: 20,30-21,00H – 5as: 21,30-22,00H

PERSONA É MÁSCARA

Dárcio

A palavra “personalidade” vem de “persona”, que significa “máscara”. Como temos individualidade em Deus, na Realidade infinita em que já vivemos, mas que a mente humana não vê, gera-se, nesta mente cega, a imagem humana a que se atribui o nome de “personalidade”. Se olharmos as pessoas segundo esta “máscara”, estaremos lidando com todas as crenças falsas sobre ela, que o mundo da ILUSÃO aceita, e que ela própria, por se deixar levar, também acaba aceitando!

Que devemos fazer? Entender que todo serjá  é o Cristo, que a Bíblia diz estar “oculto em Deus”. Por que oculto? Por estarmos vendo sobre ele a “máscara” da personalidade, em vez de darmos testemunho da presença da Luz, tanto em nós mesmos como nos demais!! Enquanto esse conhecimento não sair do papel para a vida prática, estaremos apenas “lendo” sobre a Verdade. Por outro lado, ao nos decidirmos por não mais sermos ludibriados pelas aparências, veremos, em nós e em cada ser, a Luz crística que brilhando! Esta sim, agora e eternamente, é a Verdade de nossa individualidade.

“Assim que, daqui por diante, a ninguém conheceremos segundo a carne,e, ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora, já não o conhecemos desse modo” (2-Cor; 5-16).

QUE ENSINAMENTO É ESSE?

Dárcio
Que ensinamento é esse, que  afirma ter você perdido sua originária natureza à imagem e semelhança de Deus?

Que ensinamento é esse, que busca lhe convencer de que as “obras de Deus”, que incluem VOCÊ, não são boas e permanentes como nos revelam as Escrituras?

Que ensinamento é esse, que o faz crer ser doentio, carente ou sofredor, quando é revelado que “sois co-herdeiros de todas as riquezas celestiais”?

Que ensinamento é esse, que faz de sua vida uma batalha para evoluir, como se  Filho de Deus fosse néscio nascido para adquirir aprendizado, em vez de “semente divina” Se desdobrando em bem-aventuranças contínuas?

Que ensinamento é esse, que  coloca você separado de Deus, como se na Onipresença pudesse haver  “espaço” para personalidades   imperfeitas coexistirem?

Das crenças falsas, note bem, as mais difíceis de serem erradicadas são justamente as “religiosas”!

CONHEÇA A VERDADE!
DEUS É TUDO, TUDO É DEUS!

Rejeite todas as crenças ou ensinamentos contrários à Verdade de que
SOMENTE DEUS, ESPÍRITO, É REALIDADE! 

Receba, com “coração de menino”, a revelação de que VOCÊ, exatamente AQUI e AGORA, é Emanação perfeita do próprio Deus!
Desse modo, estará “colocando sua Luz bem no alto do alqueire”!
Ninguém é treva em mutação!

“VÓS SOIS
A LUZ DO MUNDO!” 

A CURA METAFÍSICA

JOEL S. GOLDSMITH

As curas sempre ocorrem na medida de nossa compreensão da verdade sobre Deus, sobre o homem, a idéia e o corpo. A cura nada tem a ver com alguém “externo” chamado de paciente. Quando alguém pede uma ajuda ou cura espiritual, termina aí o papel que desempenhava, até que nos alerte de sua chamada “cura”. Nós não nos preocupamos com o assim chamado “paciente”, com sua solicitação, com a causa da doença ou com sua natureza, nem com seus pecados ou medos. Estamos apenas interessados na verdade do ser — a verdade de Deus, do homem, da idéia e do corpo. A atividade desta verdade em nossa consciência é o Cristo, o Salvador, ou a influência curadora.

O fracasso na cura resulta de grande falta de compreensão da verdade sobre Deus, o homem, a idéia e o corpo, e estas noções erradas têm sua origem principalmente nas crenças religiosas ortodoxas, ainda arraigadas em nosso pensamento. Só poucos se apercebem de quanto foram cegos pela ortodoxia supersticiosa.

Só há uma resposta à pergunta crucial “Que é Deus?”, e a resposta é: “EU SOU”. Deus é a mente e a vida do indivíduo. Qualquer defesa mental ou reserva íntima do indivíduo resultará certamente em fracasso. Existe apenas um EU universal, quer seja dito por Jesus Cristo ou por um João qualquer.

Quando Jesus disse “Aquele que vê a mim, vê Aquele que me enviou”, revelou uma verdade ou princípio universal. E isto é insofismável. Ou entendemos esta verdade ou não a entendemos — e se você não a entendeu, não precisa nem procurar outras razões para o fracasso na cura. A revelação de Jesus Cristo é clara. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Se você não puder aceitar isso como um princípio e, por isso, como a verdade sobre você mesmo e sobre os demais indivíduos, não terá o alicerce sobre o qual se apoiar. A verdade é que Deus é a mente e a vida do indivíduo. Deus é o único EU.

A seguir surge a questão, “Que é o homem?”, e a resposta é que o homem é idéia, corpo, manifestação. Meu corpo é idéia, ou manifestação. E assim também meu negócio, meu lar e minhas posses, existem como idéia, como manifestação ou expressão. Por essa, e não por outra razão, meu corpo é a exata imagem e semelhança de minha consciência e reflete, ou exprime, as qualidades, o caráter e a natureza de minha própria consciência de ser.

Chegados pois a este ponto, entendemos que Eu sou Deus, que Deus é a mente e a vida do indivíduo, que o corpo existe como idéia de Deus. Deus, ou o EU SOU, é universal, infinito, onipotente e onipresente; por isso, a idéia de corpo é igualmente indestrutível, imperecível e eterna. Nunca nasceu e nunca morrerá. Nunca serei privado da percepção consciente de meu corpo e, por isso, nunca estarei sem meu corpo.

Quando olhamos para o mundo com nossos olhos, não vemos nosso corpo, não vemos esta idéia divina e infinita chamada corpo: o que vemos é um conceito, mais ou menos universal, desta idéia. Quando vemos um corpo saudável, uma bela flor ou árvore, estamos vendo um conceito bom da idéia de corpo, árvore ou flor. Quando vemos um corpo envelhecido e adoentado, uma flor murcha ou uma árvore seca, estamos vendo um conceito errôneo da idéia divina. Quando melhoramos nosso conceito de idéia, de corpo ou manifestação, chamamos esta concepção melhorada de cura. Na realidade, nada aconteceu ao tal paciente, ou ao seu corpo — a mudança ocorreu apenas na consciência do indivíduo, e se tornou visível como crença melhorada, ou cura. Por esta razão, apenas o curador deve aceitar sozinho a responsabilidade da cura e nunca tentar repassar a culpa do fracasso para a pessoa que lhe pediu ajuda. Pois todo indivíduo é EU SOU, Vida, Verdade e Amor, e seu corpo existe como idéia eterna, espiritual e harmoniosa, sujeita apenas às leis do Princípio, da Alma, do Espírito, e é nosso privilégio, dever e responsabilidade conhecer esta verdade, e a verdade libertará todos aqueles que se voltam para nós.

Como consciência individual, espiritual e infinita, eu corporifico meu universo, corporifico ou incluo a idéia de corpo, de casa, de atividade, de rendimento, saúde, riqueza e amizade, e estas estão sujeitas apenas às leis espirituais e à vida. O corpo não age sozinho: ele é governado harmoniosamente pelo poder espiritual. Quando o corpo parecer discordante, inativo, superativo, instável ou aflito por dores, sempre há a idéia subjacente a isso de que ele possa agir sozinho, que tenha o poder, por si, de se mover ou não, de sofrer, de doer, de adoecer ou de morrer. E isto não é verdade. Ele não dispõe de atividade ou inteligência próprias. Toda ação é espiritual, portanto, ação boa e onipotente. Quando reconhecemos esta verdade, o corpo responde ao conhecimento ou compreensão da verdade. Nenhuma mudança ocorre no corpo, pois o erro nunca esteve nele. O que muda completamente é o conceito de verdade que é, que foi e que sempre será. Lembremos aqui de que não há nenhum “paciente externo”, nenhum corpo fora daqui a ser curado, melhorado ou corrigido. Trata-se sempre de uma falsa idéia ou crença no pensamento do indivíduo que deve ser corrigida.

Quando começamos a compreender que o corpo não age sozinho, que ele apenas responde aos estímulos da mente, podemos desconsiderar as chamadas condições físicas desarmônicas e nos fixar apenas na verdade de que a Vida sempre se expressa harmoniosamente, perfeitamente e eternamente como a divina idéia de corpo.

A compreensão de que EU SOU consciência espiritual, individual e infinita, que corporifica toda idéia correta e a governa com harmonia, nos trará saúde, harmonia, lar, emprego, reconhecimento, paz, alegria e domínio. Compreender que isto é verdade para todos os indivíduos, desfaz a ilusão de ódio, inimizade e hostilidade. E isto também faz de você um praticante, um curador ou um mestre, mesmo que não faça desse trabalho uma profissão.

Passemos agora a encarar nossas superstições ortodoxas, para delas nos livrarmos. Jesus foi enviado ao mundo para livrá-lo do pecado, da doença ou da escravidão? Não, Deus, o Princípio infinito, a Vida, a Verdade e o Amor não conhece o erro, o mal, o pecado nem o pecador. Jesus viu tão claramente esta verdade que tal visão fez d’Ele o Salvador, o curador, o mestre; e o mesmo poderá ocorrer conosco. A ação da Verdade na consciência individual é o único Cristo. O Cristo nunca é uma pessoa. A ação da Verdade na consciência individual constitui o único Cristo, sempre presente, aquele que era “antes de Abraão”. Esta atividade da Verdade dentro de você é o seu Cristo. A ação da Verdade na consciência de Buda revelou a natureza do pecado, da doença e da morte como sendo ilusões ou miragem. Esta mesma ação de verdade na consciência de Jesus Cristo revelou a nulidade da matéria; desdobrou-se como consciência curadora, diante da qual desapareciam o pecado e a doença, e a própria morte era vencida. Todo conceito errôneo, quer do corpo, do negócio, da saúde ou da igreja, deve desaparecer na medida em que a idéia correta sobre isso se instala na consciência individual e coletiva.

E que dizer da imaculada concepção, ou nascimento espiritual? A imaculada concepção ou nascimento espiritual é o alvorecer da ação da Verdade na consciência individual, ou a Cristo-Idéia. Apareceu em Jesus como a revelação de que “Eu sou o caminho, a verdade e a vida… eu sou a ressurreição e a vida… Aquele que me vê, vê Aquele que me enviou”. A ação da Verdade na minha consciência, o Cristo de meu ser, está revelando que eu sou consciência espiritual individual, infinita, que corporifica meu universo, incluindo meu corpo, minha saúde, prosperidade, meu lar, minhas amizades, a eternidade e a imortalidade.

Deixemos que a ação da Verdade em nossa consciência seja o primeiro e único objetivo, e nosso Cristo se nos revelará, em seu modo individualizado.

Não existe o mal. Por isso, paremos de resistir a uma discórdia específica, ou a uma desarmonia da existência humana que se nos depara agora. Tal aparente discórdia desaparecerá assim que formos capazes de abandonar a resistência contra ela. E nossa capacidade de fazer isso está na proporção de nossa percepção da natureza espiritual do Universo. E uma vez que isso é verdade, é evidente que nem o céu nem a terra podem conter o erro de qualquer natureza; assim, o pensamento humano não iluminado vê o erro bem ali onde Deus brilha, a discórdia ali onde há harmonia, o ódio onde transborda amor e o medo onde de fato está a confiança.

O trabalho em que nos envolvemos é a conscientização de que somos consciência espiritual, infinita e individual, que incorpora dentro de nós mesmos todo o bem. Este é o cântico que cantamos, o sermão que pregamos, a lição que ensinamos e, até que nos venha a realização, será nosso tema, nosso leitmotiv. É o fio prateado da verdade que une todas as mensagens.

Nada pode vir de fora de nós; nada pode nos ser acrescentado. Já somos o vertedouro da consciência de onde jorra o Infinito. Aquilo que recebe o nome de humano em nós deve ser aquietado, para se tornar uma clara transparência através da qual nosso infinito Ser individual possa aparecer, se expressar ou revelar.

Quando olhamos as cataratas do Niágara, podemos até imaginar que, com tanta água a correr continuamente, venha a secar; mas, se olharmos para além do quadro próximo, veremos o Lago Erie e perceberemos que se trata de fato não de cataratas de Niágara, mas que este é o nome dado ao Lago Erie no lugar onde se derrama no precipício formando a cascata. A inesgotabilidade da cascata de Niágara é garantida pelo fato de que sua origem, aquilo que constitui o Niágara, é na realidade o Lago Erie.

E assim é conosco. Nós somos o ponto onde Deus se torna visível. Nós somos Deus-sendo o Verbo feito carne. Nossa fonte, aquilo que nos constitui, é Deus — o Ser divino e infinito. Nós somos Deus-sendo, Deus-aparecendo, Deus-se manifestando.

Conta a história que Marconi, quando ainda bem jovem, estava seguro que seria aquele que daria ao mundo a comunicação sem fio, e não os muitos cientistas mais velhos que o vinham tentando havia anos. Após cumprir sua promessa, foi-lhe perguntado porque tinha tanta certeza de que seria bem-sucedido. Ele respondeu que os demais cientistas estavam buscando primeiramente um meio de vencer a resistência do ar às mensagens enviadas através dele, enquanto ele já havia descoberto que não havia resistência alguma.

O mundo combate uma força do mal, porém nós descobrimos que não há tal força. Enquanto a matéria medica busca vencer ou curar as doenças e a teologia luta para superar o pecado, nós aprendemos que não há realidade na doença e no pecado, e as nossas assim chamadas curas se efetuam por causa desta compreensão.

Sabemos que existem estas aparências humanas chamadas pecado e doença, mas também sabemos que por causa da natureza espiritual infinita do nosso ser, pecado e doença não são realidades; não são o poder do mal; elas não têm um princípio de sustentação; por isso, elas existem apenas como irrealidades aceitas por reais, ilusões aceitas como fatos, a interpretação errônea daquilo que de fato é.

Nós nos amarramos com a crença de que haja um poder fora de nós mesmos — o poder do bem e do mal. Todo o poder foi dado a nós. E este poder é sempre bom, por causa da Fonte infinita de onde emana. O reconhecimento deste grande fato nos traz uma paz e uma alegria indizíveis, mas sentidas por todos aqueles que entram na esfera de nosso pensamento. Isto nos torna amados. Traz o reconhecimento e a recompensa. Garante-nos um lugar no coração dos homens e se torna a base de infindável boa vontade.

Sempre que se defrontar com um problema, independentemente de sua natureza, busque a solução dentro de sua própria consciência. Em vez de correr de um lado para outro, de buscar uma resposta com esta ou aquela pessoa, em vez de buscar a solução fora de si mesmo, volte-se para dentro. Na quietude e no silêncio de sua própria mente, deixe que a resposta para o problema brote por si mesma. Se fracassar uma, duas ou três vezes, tendo se voltado para a paz de seu reino interior, em perceber a resposta como um todo, tente de novo. Nunca será tarde demais, nem a solução aparecerá tarde demais. Quando aprendemos a nos tornar dependentes deste meio para lidar com nossos problemas e nossas experiências, nos tornamos cada vez mais hábeis em reconhecer rapidamente a revelação da harmonia por parte de nossa mente.

Por tempo demais buscamos nossa saúde, nossa paz e prosperidade fora de nós mesmos. Voltemo-nos agora para dentro e aprendamos que aqui, no reino de nossa consciência, nunca há fracasso ou desapontamento; nem tampouco nos depararemos com delongas ou traições, sempre que encontrarmos a calma de nossa própria Alma e a presença do Princípio que guia, que protege e governa, e ampara cada passo de nossa jornada.

Não nos surpreendamos, pois, quando se nos revelar a grande verdade de que nossa consciência é todo-poderosa e é o único poder que atua nos nossos negócios, que controla e mantém nossa saúde, que nos dá a percepção e a orientação necessárias ao nosso sucesso em todos os caminhos da vida. Isso o espanta? Não é de admirar! Até agora acreditávamos que houvesse, algures, um Poder deífico, uma Presença suprema que, se pudesse ser encontrada, nos ajudaria, e até curaria nossos corpos de seus males.

Torna-se agora claro para nós que a Deus-consciência é a própria consciência do indivíduo; é a onipotência e onipresença que nunca nos deixará e nunca nos abandonará, mais próxima que nosso próprio alento. Não precisamos dirigir-lhe preces, fazer-lhe pedidos ou buscar de algum modo o seu favor: basta-nos este reconhecimento, que leva à completa percepção desta verdade. A partir de agora, podemos relaxar e sentir a segurança desta presença constante e o poder desta consciência iluminada. Agora podemos dizer: “Não temerei aquilo que um homem possa me fazer”. Não mais recearemos condições ou circunstâncias aparentemente externas ou fora do nosso controle. Sabemos agora que tudo o que possa se tornar conhecido em nossa vida, ocorre de fato dentro de nossa consciência e, por isso, sujeito a sua direção e controle.

Tampouco esqueceremos a profundidade do sentimento que acompanha esta revelação dentro de nós, assim como o sentido de confiança e coragem que imediatamente lhe vem a seguir. A vida já não é uma seqüência de eventos problemáticos, mas uma jubilosa sucessão de fatos agradáveis. O fracasso é visto como o resultado da crença universal em um poder externo a nós mesmos; enquanto o sucesso seria a conseqüência natural de nossa percepção do infinito poder interior.

O alívio do medo, das preocupações, da dúvida, deixa-nos livres para atuarmos normalmente, de modo saudável e confiante. O corpo reage imediatamente ao estímulo vindo do interior. Uma nova vitalidade, resistência e harmonia física se seguem tão naturalmente como o repouso segue ao sono. Bem pouco sabemos da vastidão de nossa riqueza interior até conhecermos o reino de nossa própria consciência, o reino da Alma.

Quando, em silêncio, nos adentramos ao templo de nosso ser para obter resposta a alguma pergunta importante ou a solução de um problema vital, será melhor não formularmos nenhuma idéia por nós mesmos, não traçarmos nenhum projeto nem permitir que nossa vontade sobre o assunto gere nossos pensamentos. No lugar disso, aquietemos o mais possível nossa mente “tagarela” e adotemos uma atitude de escuta. Não será nossa mente pessoal ou mente consciente que nos dará uma resposta, nem a mente educada e formada pelo nosso meio ambiente e nossa vivência, e sim a Mente de Deus, a nossa Realidade, a Consciência criativa. E esta é melhor ouvida quando os sentidos e a mente intelectual estão calados.

Esta divina Consciência não só nos mostra a solução de todo e qualquer problema e a direção correta a seguir em qualquer situação mas, sendo infinita, é a consciência de todo indivíduo e faz convergir todas as pessoas e circunstâncias para o bem de todos.

Obviamente não podemos esperar que esta consciência universal atue em nosso favor e provoque perdas ou destruição para outros. O que é conseguido dentro e através do reino de nossa mente é sempre construtivo, quer individual, como coletivamente. Por isso nunca pode ser um meio de prejuízo, perda ou injúria para os outros. E nós nem dirigimos nosso pensamento para os outros, ou projetamo-lo para fora de nós em qualquer direção. O que nossa mente estiver desdobrando para nós, estará, ao mesmo tempo, operando como consciência de todos os envolvidos na ocasião. Nós nunca precisamos nos preocupar em “encontrar” alguma outra mente ou influenciar alguma pessoa. Lembremos de que a atividade da Consciência da qual somos uma manifestação exerce sua influência sobre todos aqueles que podem estar afetados ou envolvidos na situação ou no problema.

Não há problemas sem solução na Consciência, e esta mesma Consciência, que é nossa consciência individual, é o único poder necessário para estabelecer e manter a harmonia de tudo o que nos diz respeito. É o nosso voltar para dentro que traz à luz as respostas que já existem. Nossa atitude de escuta nos torna receptivos à presença e ao poder dentro de nós. Nossos períodos de silente contemplação revelam a força infinita e a energia construtiva, a direção inteligente que sempre habita em nós. Descobrimos, pois, em nosso reino mental, nossa Lâmpada de Aladim. Em vez de esfregá-la e exprimir um desejo, nos voltamos para nosso interior em silêncio e ouvimos — e tudo o que for necessário para o sucesso e a harmonia da vida, flui em abundância; nós aprendemos a viver com alegria, saúde e sucesso —, não em função de qualquer pessoa ou circunstância externa, mas por causa da influência e da graça internas de nosso ser.

Já não há necessidade de tentar dominar nossos sócios ou membros de nossa família. A lei interior mantém nossos direitos e privilégios. Todo desejo bom de nosso coração é agora satisfeito sem conflitos, sem medos ou dúvida. Quanto mais aprendermos a relaxar e observar ligeiramente nossos desejos, mais rapidamente e facilmente serão satisfeitos. Não nos é solicitado que andemos sofrendo pela vida ou que lutemos sem descanso por algum bem desejado — embora tenhamos falhado em perceber a presença de uma lei interior capaz de determinar e manter nosso bem-estar material.

De início, pode nos parecer estranho perceber que leis interiores governem eventos materiais — e pode parecer difícil, de início, alcançar o estado de consciência em que tais leis do nosso ser profundo se tornam expressões tangíveis. Nós o alcançamos, contudo, na medida de nossa habilidade para relaxar mentalmente, para atingir uma paz e uma calma interiores, e a partir disso contemplar silenciosamente as revelações que nos vêm do nosso íntimo. A quietude e a confiança logo nos trazem à presença da realidade e das verdadeiras leis que nos governam.

Para que não surja em seu coração a pergunta de como uma lei atuante em sua consciência, sem esforço volitivo ou direção, possa afetar pessoas e circunstâncias externas, peço-lhe que observe o resultado do reconhecimento das leis interiores e que verifique isto pela observação.

Ainda teremos clara a percepção do fato de que abarcamos nosso mundo dentro de nós mesmos; que tudo o que existe, pessoas, lugares e coisas, vive apenas dentro de nossa própria consciência. Nunca poderíamos ter consciência de algo fora do reino de nossa própria mente. E tudo o que está dentro do nosso reino mental é alegre e harmoniosamente regido e mantido pelas leis interiores. Nós não dirigimos ou forçamos estas leis: elas operam eternamente dentro de nós e governam o mundo exterior.

A paz interior se torna harmonia exterior. Assim que nosso pensamento assumir a natureza da liberdade interior, perderá o sentimento de medo, de dúvida e de desencorajamento. Quando a percepção de nosso domínio se fixa no pensamento, tornam-se evidentes uma certeza maior, uma grande confiança e firmeza. Tornamo-nos um novo ser, e o mundo reflete para nós este novo e mais alto conceito que temos dele. Aos poucos, desenvolve-se dentro de nós uma nova compreensão de nossos companheiros de jornada e de seus problemas, e brota de nós mais amor, mais tolerância, mais cooperação, mais ajuda e compaixão. Notamos que o mundo responde a este novo conceito que temos dele, e então todo o Universo vem a nós e deposita seus tesouros em nossas mãos.

Muitos tratados e convênios alentadores têm sido firmados entre homens e nações, e quase todos falharam, pois que nenhum documento pode ser mais valioso que o caráter de quem o assina. Quando estivermos envoltos pelo fogo de nosso ser interior, não precisaremos mais de contratos e acordos escritos, pois fará parte de nossa natureza básica o ser honesto, justo, inteligente e gentil — e estas qualidades são encontradas em todos que vêm compartilhar nossa experiência no lar, no escritório, nas lojas e em todos os caminhos da vida. O bem manifesto em nossa consciência volta a nós numa “medida sacudida, cheia e transbordante”.

Nesse novo estado de consciência, somos menos aborrecidos com as ações dos outros, menos impacientes com suas insuficiências, menos incomodados com seus erros. Do mesmo modo, em vez de sermos impedidos e limitados por condições externas, nós não as defrontamos, mas passamos por elas com quase nenhuma preocupação. Percebemos que algo dentro de nós rege nosso universo; uma Presença interior mantém a harmonia exterior. A paz e a quietude de nossa Alma são a lei da harmonia e do sucesso do nosso dia-a-dia.

Tudo o que nos ocorreu antes disso será uma nulidade, se não percebermos que, acima de todo conhecimento da verdade, devemos estar à sombra do Cristo.

Quando o Cristo penetra na consciência do indivíduo, o sentido pessoal de “eu” perde vigor. O Cristo se torna nosso ser verdadeiro. Não temos desejos, vontades ou poderes por nós mesmos. O Cristo estende sua sombra sobre nossa individualidade. Por vezes, ainda percebemos em nossa bagagem este sentido de finitude que tenta se reafirmar e mesmo dominar uma situação. “Pois o bem que quero, não faço; e o mal que não quero, este eu faço”, disse Paulo.

Deixemos, pois, claro que o “eu” pessoal não pode curar, ensinar ou dirigir com harmonia. Ele deve ser mantido sob controle para que o Cristo possa ter o completo domínio sobre nossa consciência.

O trabalho que é feito com a “letra da verdade”, com declarações e os chamados tratamentos, é insignificante se comparado com aquele conseguido quando rendemos nossa vontade e nosso agir ao Cristo.

O Cristo se torna mais claro à nossa consciência naqueles momentos em que nos deparamos com problemas para os quais não temos resposta, e não temos poder para superá-los; percebemos aí que “eu, por mim mesmo, nada posso fazer”. Nesses momentos de auto-anulação, o Cristo docemente estende sua sombra sobre nós, permeia nossa consciência e traz a “paz, sê quieto”, ó mente atribulada.

No Cristo encontramos o repouso, a paz, o conforto e a cura. O poder natural do sentido espiritual nos invade, e a discórdia e a desarmonia se esvaem, como a escuridão desaparece com a chegada da luz. De fato, isto só é comparável com o alvorecer; o influxo gradual de Luz divina clareia e dá cor à cena em nossa mente, e desfaz uma a uma as ilusões dos sentidos, os recantos mais escuros do pensamento humano.

A faina do dia-a-dia quer nos subtrair este grande Espírito, até que tenhamos o cuidado de nos recolher com freqüência ao santuário do nosso ser interior, e ali deixar que o Cristo seja nosso hóspede de honra.

Nunca permita que conceitos vãos ou crença em poder pessoal o afaste desta experiência sagrada. Esteja pronto. Fique receptivo. Aquiete-se.

RECONHECENDO A VERDADE

LILLIAN DEWATERS
Exatamente onde eu aparentemente expresso uma condição de limitação ou de discórdia de qualquer natureza, é exatamente o lugar em que passo a reconhecer e declarar a exata Verdade sobre mim como não sendo material, mas espiritual, como não sendo matéria, mas Espírito, em vista de Deus, Espírito, ser Tudoemtudo.
Não estou sonhando agora, mas sim desperto na Luz; assim,  compartilho da Realidade e da Perfeição. Verdadeira e jubilosamente, amo o fato de a minha Harmonia,  contínua e ininterrupta, ser eternamente minha por eu sempre existir no Cristo que é um com Deus. Sei que o meu remédio para toda e qualquer falsidade é a Verdade de que toda e qualquer discórdia é irreal, por não fazer parte de Deus.
Estou convicto de que é espiritualmente exigido de mim que, tanto quanto me for possível , devo empreender pronta e continuamente minha vida diária e contatar  pessoas e coisas consonantemente com minha Idéia espiritual e sentimentos reais, pois, tal atividade consistente é o modo de promover o meu despertar.
Eu agora entendo e aceito como verdadeiras as palavras escritas por uma grande luz espiritual: “O Corpo do Espírito é espiritual e não material(…) nós descobriremos Amor, Vida e Verdade por têlo compreendido.” Assim, dependo mais e mais da Realidade que EU SOU, com relação à minha saúde, riqueza e felicidade; e, cada vez menos, do homem pródigo e suas enganosas leis em uma “terra distante”.

REGRA DE OURO

Emmet Fox


“Tudo que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também vós a eles, porque esta é a Lei e os Profetas.”


Esse é o sublime processo que chamamos de “Regra de Ouro”. Aqui, Jesus reitera a Grande Lei por meio de um resumo conciso. Essa repetição segue a Sua extraordinária declaração da Paternidade de Deus. A explanação que sublinha a existência da Grande Lei é o fato metafísico de que todos somos, fundamentalmente, uma parte integrante da Grande Mente. Porque, em última análise, todos somos um, e ferir a alguém é, realmente, ferir-se a si mesmo, e ajudar a alguém é, realmente, ajudar-se a si mesmo. A Paternidade de Deus compele-nos a aceitar a fraternidade humana e, espiritualmente, fraternidade é unidade.

A compreensão dessa grande verdade inclui em seu íntimo todo o conhecimento religioso, e é, na antiga fraseologia, a lei e os profetas.

MENTE HIPNÓLOGA

Dárcio

A chamada mente humana é a “hipnóloga” que ilude até hoje a maioria das pessoas. Mesmo sendo cada pessoa um ser perfeito e que expressa unicamente as qualidades de Deus, esta “mente-hipnóloga” faz com que ela creia, erroneamente, ser a imagem hipnótica por ela sugerida; assim, ou sofre devido àquela sugestão, ou luta e até medita para “melhorá-la”. Que seria o certo? Meditar e discernir a Verdade! Jamais uma “imagem hipnótica” altera o ser que VOCÊ É! Jamais você necessita de aperfeiçoar o ser que VOCÊ É! A mente-hipnóloga em nada altera VOCÊ! Medite e reconheça: EU SOU O CRISTO! “QUEM ME VÊ A MIM, VÊ O PAI”, “EU SOU A LUZ DO MUNDO!”. Você é mantido PERFEITO por Deus!

Jamais VOCÊ sofre alterações! As “obras de Deus são permanentes”. Entenda que a “mente-hipnóloga” gera apenas uma ILUSÃO! Permaneça nesta suave “contemplação” até perceber se esvair a “sugestão”! Ela é puramente hipnótica! Puro NADA!

SEU ÚNICO "MESTRE"

Dárcio

“Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo”, disse Jesus. A associação de “Cristo” somente com Jesus faz com que muitos pensem, até hoje, que esta citação considera Jesus como o único “mestre” de todos. Mas, a palavra “Cristo”, na Bíblia, quer dizer “Vida”, não o conceito humano de vida, mas a Vida-Essência, o Absoluto vivendo como todos nós. Nesse sentido, disse Paulo: Quando CRISTO, que é a NOSSA VIDA, se manifestar, então também vos manifestareis com ele em glória” (Colossenses 3; 4).

O “NOSSO ÚNICO MESTRE” é o Cristo, a nossa própria Vida-Essência Se expressando livremente, aqui e agora! Sem que coloquemos “outros mestres”, “outros ensinamentos”, “outras crenças”, no caminho de suas espontâneas revelações! O Cristo é o nosso Mestre Absoluto! Nossa eterna identidade perfeita! A “Mente perfeita” consciente unicamente da Luz Onipresente!

Os “mestres do mundo” falam em seres encarnados ou reencarnados! Perdem-se em explicações de inexistências! E, muitos “seguidores” acabam sendo tapeados por supostos “conhecedores da Verdade”, que, por um ou outro motivo, puderam conquistar total confiança por parte deles, a ponto de serem aceitos, em suas palavras, como que plenamente capacitados a emitir parecer final a respeito de tudo que dizem ou que pregam.

Não importa que um “instrutor espiritual” seja renomado, líder de movimentos, fundador de religião, criador de doutrinas ou denominações: ELE NÃO É O SEU MESTRE! Este é o alerta dado por Jesus! Podemos e até devemos conhecer os variados ensinamentos, seus pontos de vista, seus enfoques da Verdade, etc. Tudo é muito natural e válido! Entretanto, nada é palavra final e nada capacita qualquer “mensageiro”, bem ou mal intencionado, a se intitular “mestre”.

“UM SÓ É O VOSSO MESTRE, QUE É O CRISTO”. Por isso, a “Prática do Silêncio” é o real “estudo da Verdade”. Nesses períodos, abra-se EXCLUSIVAMENTE à VOZ DO MESTRE, que é o Cristo de seu próprio ser! Sem idéias pré-concebidas, sem aceitação de “verdades vindas de homens”: unicamente aberto e receptivo á VOZ DO MESTRE, dedique-se à “escuta interna”. Assim fazendo, além de discernir o que é Verdade diretamente, você estará “anulando” a ilusória mente humana, com suas crenças em vida material e em supostos “mestres” deste mundo.

PONTO DE VISTA

LILLIAN DeWATERS
A cura nada tem a ver com as aparentes formas materiais; tampouco tem a ver com o Corpo espiritual. Em nada se relaciona com condições ou sintomas físicos, nem com desarmonias de qualquer espécie. Ela somente tem a ver como o nosso ponto de vista.

Com freqüência, a cura é simples como o é para alguém decidir se ele possui uma forma material desarmônica, e portanto, necessitada de cura, ou um Corpo Espiritual perfeito, em que desarmonia alguma possa surgir.

Descartando toda alegação referente à forma material e tomando posse espontânea do Corpo Espiritual, que é nosso de Eternidade a Eternidade, não podemos deixar de experienciar a glória e a saúde que lhes são inerentes.

Declarando posse do Corpo espiritual, que não necessita de cura por sempre ser imaculado, perfeito e completo, nós provamos que nosso Eu é o Ser único, e nenhum outro. Verdadeiramente, nosso corpo é maravilhoso como a estrela da manhã, e radiante como o sol. Contudo, apenas crer que ele seja espiritual, perfeito e sempre harmonioso, não nos basta. Precisamos dele tomar posse como sendo o nosso próprio corpo.

“Como?” —você perguntaria. Através do amor e da devoção, tal como chama flamejante. Assim como alguém declara fidelidade ao seu País, com todo ardor, adoração, lealdade e fervor de seu ser, proclame seu EU como Espírito, Verdade, Inteligência; e seu corpo como perfeito, integral e todo-harmonioso.

As formas são múltiplas, e são proclamadas por aqueles que chamam a si mesmos de “pessoas” ou “indivíduos”. O Corpo é um, e pertence a todos que dele tomam posse como o corpo da Perfeição…o corpo de Vida, Verdade e Amor.

Quando você vislumbra o real e verdadeiro estado do Ser, Corpo e Universo, não pense que poderá ficar quieto e descansado. Não! Este não é momento de letargia ou desleixo mental. Você terá de ser a chama viva, expressando cada vez mais as idéias e atividades divinas intrínsecas ao seu Ser; sempre recordando que o corpo expressa você, a Vida e o Ser perfeitos.

Uma aceitação intelectual desta nova Idéia, sem a atividade espiritualmente jubilosa de nela permanecer, adorando, amando e continuamente se elevando às altitudes máximas de luz, poder e ação, pouquíssimo benefício lhe trará…ou, talvez, até nenhum.

A crescente tendência de se abolir a idéia de tratamento mental ou metafísico, sem nada colocar em seu lugar, limita e compromete a atividade espiritualmente progressiva e a luz de alguém. Uma vez face a face com o “Eu”, teremos de “provar todas as coisas e permanecer firmes”.

Que nos ajudará em nosso desvínculo das desarmonias e limitações? Resposta: nossa aceitação e nossa dependência à Consciência espiritual que somos…a Consciência que conhece o Eu, o Universo e o Corpo como sendo o Integral espiritual perfeito. Com efeito, nossa visão inteira deve ser espiritual.

Se o Céu está à mão, onde é que Ele está? Nos Estados Unidos? Noutro país? Jesus deixou bem claro: “O Reino de Deus está dentro de vós”. Quão distante está “você”? Está exatamente à mão, não está? Assim, se você parece estar nos Estados Unidos, aí é o Céu! Ou, em outro local qualquer, aí é o Céu!

Como pode ver, o Céu está em você; não é preciso que “caminhe até Ele”. A Consciência é Vida, é Ser, é Corpo, é Universo, é Céu. Ela está exatamente à mão…dentro de você…você.

Quanto mais permanecermos no verdadeiro estado e natureza de nosso Eu, Corpo e Universo, mais garantidas serão nossa segurança, nossa paz e nossa prosperidade. O reconhecimento de nossas atividades como espirituais e perfeitas, sem limites de qualquer espécie, à mão, e dentro de nossa Consciência, propicia nossa emancipação de um mundo-espectral, chamado de “existência humana”.


HAJA EM VOCÊ A MENTE DE CRISTO

Joel S. Goldsmith

“De sorte que haja em vós a mente que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2; 5).

Como esta Mente já é a sua Mente, você não tem nenhuma necessidade de “estar apreensivo” quanto à sua saúde, riqueza, paz ou harmonia. Relaxe no fato  de que sua Mente é a Verdade, a Vida, o Princípio e a Alma de seu ser e corpo. Unicamente pelo repousar nesta consciência você estará “permitindo” que esta Mente, que é sua, seja todas as coisas para você.

NEM SÓ DE PÃO VIVERÁ O HOMEM

Dárcio

“Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. Você é a Consciência divina em expressão; assim, cada idéia iluminada, que lhe vem à mente, é a Palavra-Alimento que o supre. Os pensamentos da mente humana não são os seus pensamentos. Não se prenda a eles. Saiba que unicamente idéias iluminadas fluem através de VOCÊ , exatamente AGORA! Estas revelações são o “maná do dia”. Alimente-se com “revelações divinas amorosas” e jamais com “preocupações”! Deus é TUDO! Esta totalidade inclui VOCÊ! Faça silêncio! Perceba o jorrar interior da Palavra-Alimento! Contemple esta Verdade, e diga: “EU SOU O PÃO DA MINHA VIDA!

RIOS DE ÁGUA VIVA FLUEM DE VOCÊ

Dárcio

Você é o ponto do Universo pelo qual fluem “rios de água-viva”. Neste “ponto”, é sempre agora! Aquiete-se! Anule conscientemente a crença no tempo: você é um ser deste agora, sem passado e sem futuro!

Deus é Tudo! Onde Deus está, é exatamente onde VOCÊ está! Constate esta Verdade! Dê consciente testemunho dela! Rios de Água Viva fluem a partir de VOCÊ! Esta Substância, na verdade, é VOCÊ! É Deus, em Auto-suprimento perfeito, sendo VOCÊ!

O ÚLTIMO INIMIGO

Joel S. Goldsmith
( I )
Todos demonstram interesse pelo assunto da imortalidade — imortalidade aqui e agora, neste corpo, e não imortalidade a ser alcançada após a morte. É neste próprio corpo que podemos experienciar a imortalidade, neste próprio corpo que ora utilizamos como instrumento. Não iremos perder nosso corpo, mas perderemos o conceito falso que dele fazíamos , pela conscientização de sua natureza verdadeira.
Com a perda das noções errôneas de doença, acidente e velhice, e com a conscientização do corpo perfeito, não ocorre a perda do corpo; ocorre, simplesmente, a perda do falso conceito do corpo. Em nossa meditação diária, vamos assim conscientizar a imortalidade, aqui e agora — a imortalidade deste corpo e deste universo –, para que possamos descartar todas as crenças falsas que o mundo retém em relação ao corpo e ao universo.
“Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte”. Para muitos, isto pode parecer bastante desencorajador. Mas, de uma coisa podemos ter certeza: seja ou não este, o último inimigo a ser aniquilado, ele não será vencido enquanto nós não começarmos a vencê-lo, enquanto nós não tomarmos alguma atitude quanto a ele. Passar de ano em ano somente repetindo: “Bem , a morte será o último inimigo a ser vencido”, não irá fazer com que ela seja adiada. Se desejarmos adiar a morte, e finalmente vencê-la, teremos de começar agora mesmo.
Que é a morte? A morte parece ser uma parada momentânea da consciência. Porém, a consciência não pode permanecer ou estar em estado inconsciente. De fato, a consciência jamais pode se tornar inconsciente. O que chamamos de morte não passa de um lapso aparente de profunda inconsciência, do qual nos tornamos conscientes novamente, de modo similar ao que ocorre quando dormimos.
O Corpo Expressa a
Atividade Da Consciência
O passo inicial para vencermos a morte está na conscientização de que o corpo não possui qualquer inteligência pela qual possa viver ou morrer. O corpo não tem inteligência para apanhar um resfriado, e para conseguirmos um resfriado para ele, teremos de permitir a atividade da mente carnal aceitando as crenças do pensamento humano; e teremos de agir de igual forma, para contrairmos para o corpo qualquer outro tipo de doença. A doença humana nunca é contraída pelo corpo nem através dele. O corpo não possui inteligência: ele não pode se mover; é inerte; e, como uma sombra, reflete o nosso próprio estado de consciência. Toda doença, portanto, que aparenta ser do corpo, é contraída através da atividade da mente humana, pela sua aceitação das crenças universais. O primeiro ponto, nesse caso, para que a morte seja vencida, está em se superar a crença de que o corpo possui, de si próprio, capacidade de viver ou morrer, e conscientizar que o corpo tem somente a capacidade de refletir ou expressar a atividade de nosso próprio estado de consciência.
Quando nós aceitamos, na consciência, o pensamento ou crença de morte, é que o corpo sucumbe a ela. Tem sido dito, várias e várias vezes, tanto por metafísicos como por médicos, que as pessoas morrem somente quando dão o seu consentimento. De uma maneira ou outra, isso é verdadeiro. Consciente ou inconscientemente, é dado o consentimento para que ocorra a morte. Se você compreender este ponto de modo suficientemente claro, não apenas poderá adiar, e provavelmente dominar a morte, mas ainda ficará de posse de uma verdade que lhe possibilitará dar atendimento aos chamados referentes a doenças e senilidade.
O fato de um indivíduo, no caminho espiritual, experienciar a morte ou “passagem”, não significa, necessariamente, que ele tenha morrido. Por favor, lembrem-se do seguinte: o que estou lhe dizendo não é produto de minhas suposições, nem algo que tenha lido em algum livro; tudo que tenho dito vem de experiência real em revelações interiores.

( II )

Progresso ou Retrocesso
Quando as pessoas na corrida normal da vida morrem, ocorre apenas momentâneo lapso de consciência, do qual elas despertam praticamente nesse mesmo grau de mortalidade ou sentido material. Não se tornam mais avançadas ou mais espiritualizadas por causa da “passagem”; sua materialidade não se converte em espiritualidade. Talvez possam se livrar de uma dor imediata, ou de uma doença imediata, mas tal libertação se assemelha à trazida pela medicina. A ajuda médica poderia livrá-las da dor ou da doença, mas nunca as faria avançar espiritualmente. Do mesmo modo, mesmo que o fenômeno da morte possa aliviá-las de alguma doença ou calamidade, isso não alterará o nível de consciência delas; e irão permanecer no mesmo nível material ou mortal, e com a mesma oportunidade de, em dado momento, avançar no caminho espiritual ou retroceder. A escolha é delas, tanto aqui como no depois. Isso tudo, naturalmente, se aplica àqueles que no nível comum da existência humana morrem por acidente, doença ou pela comumente chamada “morte natural”
Os que deixam este plano de existência enquanto estão nas baixas esferas da vida, ou seja, como um alcoólatra, um viciado em drogas, um criminoso ou qualquer outro estado grosseiro da materialidade, irão permanecer no mesmo nível após a sua “passagem”. A materialidade deles se tornará ainda mais densa, embora em alguma época, despertando para a verdadeira identidade, possam mudar o curso e iniciar a ascensão espiritual.
O estudante de religião ou metafísica, que experiencia a morte ou “passagem” quando em ascensão espiritual, enquanto se eleva em sua trajetória, não somente desperta bem avançado no caminho, mas, em muitos casos, se for ampla a sua proximidade com relação à verdade espiritual, sua “transição” poderá significar uma libertação completa da experiência física ou mortal. É esta a libertação contida na mente dos seguidores de certas religiões ocidentais que, ao lado de seus ensinamentos sobre a reencarnação, fazem referência ao estado que almejam atingir para se livrarem de voltar à terra. Em outras palavras, alguns indivíduos atingem tal nível de consciência espiritual, que têm pleno conhecimento de sua verdadeira identidade, e de que o chamado corpo físico não constitui o ser e não possui inteligência por si mesmo, mas é um veículo ou instrumento pelo qual eles aparecem como forma. A estes, a experiência da “passagem” pode encerrar o envolvimento com a consciência de sentido mortal ou material, fazendo com que eles passem à plenitude do viver espiritual.

( III )

Vencendo o Mundo
Temos a oportunidade de dominar a morte por completo, no sentido de permanecermos aqui na terra em nossa forma presente e nas contínuas e progressivas aparências que esta forma venha a assumir. Não sei se isso vem sendo feito ou não, mas há esta oportunidade. Contudo, o ponto importante não é este. Se iremos aqui permanecer por duzentos ou por dois mil anos, não tem maior importância do que se viajarmos para Nova York, para a Califórnia ou Europa. Não tem importância alguma o lugar em que iremos viver. O importante é como vivemos e porque vivemos. O ponto importante é em que nível de consciência estamos vivendo. Estamos vivendo de forma tal que, seja qual for o local ou plano de existência, dominamos os obstáculos da mortalidade e da materialidade?
Uma das últimas declarações de Jesus foi a seguinte: “Eu venci o mundo”. Mas era ainda Jesus que estava dizendo aquilo, enquanto estava no mesmo corpo. “Eu venci o mundo”. Também nós “vencemos o mundo”, à medida de nossa conscientização:
Este corpo não é um poder sobre mim. Eu sou a vida, a mente, a inteligência e o poder que governam este corpo. Não eu, um ser humano, mas Eu, a divina consciência do Ser, dirijo este corpo, este negócio, este lar, este ensinamento e este algo mais dentro da faixa da minha consciência.
O grau de nossa conscientização de que esta Consciência nos governa é o grau com que “vencemos o mundo”. E poderemos caminhar sobre as águas, caminhar entre os micróbios, caminhar entre campos de batalha ou catástrofes, sem que nenhuma dessas condições tenha grande efeito ou poder sobre nós, pois, dentro de cada um de nós, estou Eu, e Eu sou o poder que rege toda a nossa experiência. Onde quer que estejamos, seja qual for a condição ao nosso redor, iremos nos achar diariamente alimentados, vestidos e abrigados. Se preciso for, encontraremos o maná caindo do céu; se preciso for, acharemos ouro na boca de um peixe; se preciso for, veremos pães e peixes serem multiplicados. De uma forma ou outra, seremos supridos diariamente com tudo o que se fizer necessário, seja na forma de pessoa, lugar, coisa, circunstância ou condição. Mas esta nossa experiência ocorrerá somente quando vencermos o mundo.
O processo para vencer o mundo tem início com a nossa compreensão da unidade, da nossa união com Deus, com a nossa conscientização de que “eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma”, tudo que está fluindo através de mim é a vida, a saúde e a plenitude, que Deus é.
Isto disse o Senhor: Não se glorie o sábio no seu saber, nem se glorie a fonte na sua força, nem se glorie o rico nas suas riquezas; porém, aquele que se gloria, glorie-se em me conhecer, e em saber que eu sou o Senhor que exerce a misericórdia, a egoidade e a justiça sobre a terra.
MALAQUIAS 9; 23,24
No momento em que começamos a perceber que tudo que temos é do Pai, que é universal, impessoal, imparcial e, portanto, que não temos direitos nem patentes, estaremos abrindo nossa consciência ao fluxo; e, é quando aquele governo se responsabiliza por nosso corpo, nossos negócios, nosso lar, onde quer que estejamos.

( IV )

(Final)
Ressurreição e Ascensão
Na consciência de Deus., não existe morte. Deus não pode morrer. Deus é vida eterna e a Consciência infinita não pode morrer ou ficar inconsciente. Deus, a divina Consciência, está sempre Se expandindo, Se revelando, manifestando e expressando a Si mesmo como consciência individual. Deus é a sua consciência individual e esta consciência não pode morrer. Se Deus pudesse morrer, ou ficar inconsciente, então, e somente então, poderia você morrer. Como Deus é a vida individual, poderia esta vida morrer? Poderia esta vida, que aparece como sua forma ou corpo, desaparecer da terra? Não; pode somente sair do campo de visão da mortalidade, através do processo da “ascensão”.
Quando nós, por nós mesmos, elevamos a nossa consciência acima da crença de que a vida está no corpo, e que o corpo controla a vida, experienciamos a ressurreição; obtemos a convicção de Jesus, ao dizer: “Derrubai este templo, e em três dias o levantarei” (corpo). Quando estamos imbuídos da compreensão de que a divina Consciência, que é a consciência individual, governa e controla nosso corpo, e quando percebemos individualmente a verdade de que a nossa própria consciência é o poder da ressurreição, de reconstrução, temos a nossa experiência da ressurreição. E então, virá a ascensão.
A ascensão vem da conscientização de que Deus está revelando a Si próprio como o nosso ser individual, e como o Espírito deve aparecer ou Se manifestar como forma, então este corpo é tão espiritual, imortal e eterno quanto a Espírito-substância com que é formado. Com a luz dessa conscientização, virá a nossa ascensão.
Existe um significado espiritual trazido a nós pelo nascimento, crucifixão e ascensão do Mestre: se existe uma progressiva expansão da consciência, até que o nascimento e a crucifixão se cumpram em nós e tenhamos atingido a ascensão, não mais no corpo, mas como uma lei sobre o corpo, nunca mais teremos de retornar àquelas experiências. A ascensão é o estado de consciência que sabe que o corpo não controla a vida, mas que a vida, sim, controla o corpo. O Mestre provou ter atingido este estado de consciência quando, referindo-se à sua vida, disse: “Eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la”, e disse também: “Derrubai este templo (corpo), e em três dias o levantarei”; ou, em outras palavras, “Eu, Consciência, controlo este corpo. A Consciência controla o corpo pelo deixar que a Consciência do Eu Sou forme, de Si mesma, as maravilhas e belezas que nós denominamos aqui e agora.
FIM

O PODER DADO AOS HOMENS

Dárcio

A crença em existência humana, em mundo material, em “outra” existência paralela à perfeição onipresente, é a ILUSÃO que, sem poder algum, aparenta tolher Filhos de Deus que se vêem sob esta condição puramente hipnótica. O Verbo, a Luz, é TUDO! Cada Emanação individual do Uno constitui o Filho de Deus que somos, unos com Deus, perfeitos em Deus.

A Visão límpida de Jesus contemplava este Filho de Deus exatamente onde uma “vítima” da ILUSÃO se via como paralítico. E disse-lhe: “Filho, tem bom ânimo: perdoados são os teus pecados”.

Os escribas, escandalizados,  não aceitaram! “Ele blasfema!”.  E foi quando Jesus demonstrou a autoridade do conhecimento, respondendo: “Qual é mais fácil? dizer: Perdoados são os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico): LEVANTA-TE, TOMA A TUA CAMA E VAI PARA TUA CASA. E, levantando-se, foi para sua casa. E a multidão, vendo isto, maravilhou-se e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens (Mateus 9; 2-6).

As crenças falsas são erradicadas pela Luz da Verdade! Por que é dito que Deus deu tal poder aos homens? É porque os “homens”, na verdade, são “deuses” já na Realidade presente! Quando assumimos o PODER que temos, mesmo nos julgando “homens”, o PODER Se manifesta, pois, a Onipotência é a única Verdade! Não existem “deuses” e “homens”! Não existem dois mundos nem dois “eus”. O Poder único é o Poder que nos foi dado como o SER que somos! Um Poder que  expulsa toda crença hipnótica em pecado, doença e morte!

Levanta-te, toma a tua cama e vai para TUA CASA”. A ordem não era para atitude externa, mas interna! Jesus estava dizendo àquele ser: ERGA-SE! Levante-se do sonho hipnótico da mente carnal! Sua  mente é a de  Cristo, igual à minha! E já está em você! Ela é sua “casa”, a sua “Consciência-Luz!”

Os pensamentos da suposta “mente humana” são os “escribas” a duvidar da Verdade de nossa perfeição presente e de nossa total imaculabilidade como Filhos de Deus! Tentam nos recriminar! Tentam achar realidade no que avaliam serem  “nossos erros” , que consideram como “causas” de  “paralisia”, seja em termos de saúde, finanças, relacionamentos, etc. Os “escribas” são os pensamentos ilusórios tentando nos convencer de que, apesar de termos sido feitos à imagem e semelhança de Deus, ALGO nos tirou esta perfeição originária! Este “algo” , agora sabemos, é ILUSÃO! Por isso, diga a si mesmo:

A MIM, FOI-ME DADO PODER DE ME ERGUER À MENTE DIVINA QUE CONSTITUI A “MINHA CASA”. DA ALTITUDE DESTA CONSCIÊNCIA, CONTEMPLO O UNIVERSO DE LUZ ONIPRESENTE! SEM PECADOS, SEM DOENÇAS, SEM PROBLEMAS!

Em seguida, permaneça por alguns intantes sob a Luz gloriosa do Cristo do seu próprio ser. ESTA LUZ É VOCÊ!

PROCURANDO…

Mr.lopeslima
 

Já reparou como passamos a vida procurando, não é mesmo? Procuramos por tudo: por pessoas, por conquistas, por amigos, por felicidade e, creio que com muita freqüência, procuramos por respostas. Quantas indagações fizemos para todo tipo de pessoas, de religiões, de culturas… Um verdadeiro livro grande com letras bem pequenas.
Não demorou muito para ouvirmos: “Todas as respostas estão dentro de você…”. Pensamos: “Como pode estar dentro de mim, se estou procurando por elas a minha vida toda?”. Olhamos para os lados e percebemos que existem pessoas felizes com tão pouco e que a vida atual nos cobra tanta atenção, tanta garra, tanta disputa, que quase não há mais tempo para procurar por nada.
Tornamo-nos quase autômatos, presos a rotinas estressantes e infelizes no corre-corre do dia a dia; até  sofrermos algum tipo de colapso e sermos obrigados a parar ou mesmo interromper nossa jornada aqui. Quando só paramos para uma pausa rápida, temos a oportunidade de pensar e começamos novamente a procurar os porquês disso e daquilo.
Sim, a verdade esta dentro de nós, mas não do nosso ser humano; ilude-se quem procura respostas em um ser humano, seja lá quem for. Esse “dentro de nós” significa o EU interior, o eu que não é humano, alma ou espírito e sim o EU desprovido de ego, o EU divino. Justamente aquele EU que Jesus nos lembrou, dizendo: “Vós sois deuses… está na lei e não pode ser mudada…”. Esse EU está sempre certo, pois é uma manifestação da perfeição de Deus.
Muitos pensam em Deus como sendo um homem muito bom, sábio e poderoso, que julga e decide e os caminhos dos homens. Nada mais infantil! Deus é perfeito e a perfeição dele está em tudo o que é Ele. Este mundo visível é perfeito? Claro que não, mas este mundo visível é sombra de uma realidade perfeita, que não é visível aos olhos humanos. Essa visão é espiritual e só pode ser percebida pelo espírito. Que espírito? O espírito de Deus. Onde, como e quem é Deus? Deus é Onipresente, Onipotente e Onisciente. Não há nada além de Deus! Nada! Então, as respostas que nós e toda a humanidade procuramos, realmente está dentro de cada um, pois cada um, verdadeiramente, é uma manifestação perfeita de Deus. Percebendo essa verdade, logo veremos que não há mais respostas a serem procuradas.