O QUE SIGNIFICA O NATAL PARA MIM

Mary Baker Eddy

Para mim, o Natal envolve
um segredo em aberto,
compreendido por poucos, ou
por ninguém, e inefável, exceto
na Ciência Cristã.
Cristo não nasceu da
carne. Cristo é a Verdade
e a Vida,
nascido de Deus,
nascido do Espírito e
não da matéria.
Jesus, o Profeta da Galiléia,
nasceu dos pensamentos
espirituais da Virgem Maria
sobre a
Vida e sua manifestação.

Deus cria o homem perfeito
e eterno, à Sua própria imagem.
Portanto, o homem
é a imagem, a idéia, ou semelhança,
da perfeição, ideal esse que não pode
decair de sua união inata com
o Amor divino, de sua imaculada pureza e
perfeição original.

Visto com os sentidos materiais,
o Natal comemora o nascimento de um bebê
humano, material, mortal,
um bebê nascido em uma manjedoura, em meio aos
rebanhos e manadas de uma vila da Judéia.

Essa origem simples do
menino Jesus está muito
aquém de meu senso do eterno
Cristo, a Verdade, que nunca
nasceu e
jamais morre.
Eu celebro o Natal com
minha alma, meu sentido espiritual,
e assim comemoro a entrada, na
compreensão humana,
do Cristo concebido no Espírito,
em Deus e não em uma
mulher, como sendo
o nascimento da Verdade,
o alvorecer do Amor divino,
irrompendo sobre as trevas
da matéria e do mal,
com a glória do ser
infinito.

As doutrinas e hipóteses
humanas ou a vaga filosofia
dos homens conferem
pouco resplendor divino,
pouca presença ou poder deíficos.
O Natal, para
mim, é aquilo que
faz lembrar o grande dom
de Deus, Sua idéia espiritual, o
homem e o universo,
dom esse que de tal
forma transcende o ato mortal,
material, sensual, de dar,
que a alegria ruidosa,
a ambição desmedida, a
rivalidade e o ritual
de nosso Natal costumeiro
parecem um escárnio humano,
um arremedo da
verdadeira adoração
que comemora a vinda do Cristo.

Eu gosto de observar o Natal
em quietude, humildade,
benevolência, caridade,
deixando que a boa vontade
para com o homem,
o silêncio eloqüente, a oração e o louvor expressem
minha concepção
do aparecimento da Verdade.

O esplendor dessa
natividade do Cristo
revela significados infinitos e
proporciona múltiplas bênçãos.
Os presentes
materiais e os passatempos
tendem a obliterar,
na consciência, a idéia espiritual,
deixando o indivíduo
sozinho e sem a glória de Deus.

(De O Arauto da Ciência Cristã – Dez.1995)

A MÃO DE DEUS

H. Emilie Cady

Há apenas  u`a mão no universo. É a mão de Deus. Sempre que V. tenha sentido que sua mão estava vazia, foi porque V. creu que, de alguma forma V. estava separado de Deus. V. não tem sentido, por vezes, um grande desejo de dar a alguém algo de que tenha necessidade, mas sem ser capaz de fazê-lo? “Oh, se ao menos tivesse dinheiro, como eu aliviaria a ansiedade e o infortúnio! Se estivesse em meu poder, como eu daria rapidamente uma posição lucrativa a este que precisa de trabalho, libertação para aquele que quer libertação de todos liames materiais”, e assim por diante? V. não tem freqüentemente dito: “Se eu pudesse fazê-lo, daria presenteiramente o meu tempo e os meus serviços para os outros sem qualquer pensamento de retribuição?”

De onde pensa V. que lhe vem esse desejo de dar? Da parte mortal que existe em V.? Não, não, é a voz do Dador de todas as dádivas que grita através de V. É o desejo de Deus para dar que se manifesta através de V. Ele, então, não pode dar sempre e em qualquer lugar que o deseje, sem com isso se tornar mais pobre, e, ao contrário, tornando-se mais rico? A sua mão é a mão de Deus. O nosso Pai estende suas mãos dessa maneira, Suas únicas mãos, para distribuir as suas dádivas. Nada temos a fazer com o suprimento. A nossa parte consiste apenas em transmitir a boa dádiva, livremente e sem interrupção. Isso só podemos fazer mediante uma completa consagração (até onde diz respeito à nossa consciência) de nossas mãos, de todo o nosso ser, para o serviço de Deus, o BEM-TOTAL. Quando tivermos dado alguma coisa aos outros, não mais a consideraremos como nossa, mas reconheceremos que ela lhes pertencerá. Assim, essa consciente consagração de nossas mãos a Deus ajuda a reconhecê-las como as mãos de Deus nas quais estão (e não mais “estarão”) a plenitude de todas as coisas.

Quando, pela primeira vez, o total reconhecimento da existência de uma só mão foi dado a uma certa mulher, isso foi tão real que durante horas sempre que ela olhava para a sua mão direita, parecia incapaz de fechá-la, ao que parece, por estar tão cheia, para distribuição, de todas as boas coisas. Ela disse consigo mesma: “Então se isso é verdade, eu tenho, em minha mão, saúde para dar aos doentes, alegria para dar aos enlutados, liberdade para aqueles que estão presos a cadeias, dinheiro para dar aos que dele precisam; apenas será necessário que eu mantenha a mão aberta para que todas as boas dádivas fluam para fora. Para todos os que se acercavam dela naquele dia, em necessidade de alguma coisa, ela dizia: “Aqui está justamente o que V. quer; tome-o,  regozige-se. Todas as dádivas estão em minha mão para serem dadas, — é a mão de Deus”.

E o resultado daquele dia de trabalho foi quase espantoso para ela, com tão maravilhosa presteza as exteriores manifestações dos desejos do coração chegavam a todos a quem ela dava sua palavra. Um homem idoso, que durante cinco anos tinha estado em escravidão exterior e exilado numa terra estranha, lá mantido pelas maquinações de outro, e para cujo caso nenhuma lei externa pôde ser de algum auxílio, foi posto em perfeita liberdade, com a mais completa reparação da sua reputação e conseqüente contentamento público, e isso apenas pela palavra da liberdade proferida em seu proveito por aquela mulher naquele dia. Reconhecendo a sua mão como a mão de Deus, ela disse: “Então, nesta mão, estão os papéis de libertação daquele homem”, e, mentalmente estendendo a mão para aquele homem, ela disse: “Aqui está a sua liberdade. É a dádiva de Deus, levante-se e tome-a; levante-se e caminhe; você está livre Depois disso ela deixou tudo com Ele, que invariavelmente concretiza a palavra proferida com fé, e Ele fez com que a visão daquela libertação fosse levada até o plano físico.

“Vós abristes vossa mão e satisfizestes o desejo de todas as criaturas vivas”. V. gostaria de ser capaz de fazer isso? Então mantenha sua mão aberta. Recuse-se a ser embaraçado pelo temor ou pela pobreza, pelo medo da necessidade, pelo medo de que você não será apreciado ou tratado com justiça. Caminhe distribuindo auxílio para todos os que dele precisarem. “Fale apenas a palavra” de dádiva. Será a palavra de Deus proferida pelos seus lábios, e Ele não disse: “Minha palavra não voltará para mim vazia, mas terá realizado aquilo para o qual ela foi enviada?”

Não podemos nos furtar a dar o nosso tempo, o nosso intelecto, o nosso amor, o nosso dinheiro, para aquele que deles precisar, pois a lei é que a retenção faz o homem mais pobre.

“Alguns há que espalham e, apesar disso, se lhes acrescenta mais; e outros que retém mais do que é justo, mas é para sua perda”, disse Salomão.

O suprimento é inexaurível. Seu fluxo, apenas, pode ser limitado pela procura. Nada pode embaraçar a mão que é conscientemente reconhecida como a mão de Deus em seu processo de reabastecimento, com exceção como foi o caso ocorrido com o óleo da viúva, multiplicado por Elias, quando “não houve um vaso para recebê-lo”. Que a aparente vacuidade de sua mão, em alguns momentos, não perturbe a sua fé em nenhuma ocasião. Ela está tão cheia quando V. não vê como quando V. Vê. Continue reconhecendo-a como a mão direita de Deus, na qual todas as boas dádivas, agora, se encontram. Dessa forma V. dará testemunho dEle, que disse: “Provai-me agora e aqui, disse o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, vertendo sobre vós uma bênção, de modo que não haverá lugar bastante para recebê-la”.

Certamente que Deus está nos conclamando a “elevarmo-nos ainda mais”. Para todos aqueles que diligentemente estão procurando a verdade pela própria verdade, e não pelos “pães e peixes”, nem tampouco para que possam “dar sinais” àqueles que procuram sinais, Ele está dizendo alto: “Não pensai no que haveis de comer, no que haveis de beber ou naquilo com que haveis de vos vestir. O vosso Pai sabe que tendes necessidade dessas coisas. “Buscai primeiro o Reino de Deus, e as demais coisas serão acrescentadas”. De graça tendes recebido, de graça haveis de dar. Fazei o bem e dai, nada esperando em troca, e dessa forma sereis os filhos do Altíssimo”. Deus está sempre dando, dando, dando, sem qualquer pensamento de retribuição. A doação de Deus é um perfeito fluxo do perfeito amor. Quanto mais alto nos elevamos, tanto mais seguramente pensaremos em dar e não em receber.

Sabemos agora que o dinheiro, casas, terras e todas as coisas materiais, podem chegar até nós, desde que as mantenhamos em nossos pensamentos como nossas; mas isto não é o mais elevado que Deus nos reservou. “Os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem entrou no coração do homem o pensamento das coisas que Ele preparou para aqueles que O amam” —  o quê? o “eu”? Não, apenas o amar a Ele — àquele Bem mais do que a si próprio. Jesus disse: “Aquele que tiver repudiado casa…ou terras, em meu nome, receberá cem vezes mais, agora neste momento, aquelas mesmas casas…e terras! Aqueles que tiverem repudiado, terão repudiado o eu, aqueles que ousarem deixar as suas mãos sempre abertas para seus irmãos, “fazendo o bem e emprestando, sem nada esperar em retribuição, para eles será a promessa de cem vezes mais
nesta vida.

Deus chamou-nos para sermos seus mordomos. Ele nos escolheu para que fôssemos vasos capazes de carregar o bem para outrem, e é apenas carregando para outros que nós mesmos poderemos ser preenchidos. A lei é “dai e dar-se-vos-á boa medida; recalcada, sacudida e transbordando”. Dê sem pensamento de retorno.

“Mas”, dirá alguém, “deverei dar o meu tempo, meu dinheiro e meus melhores pensamentos para os outros, sem pedir-lhes algo em retribuição? Não é justo!” Dê como Deus dá. Ele não conhece o meu e o teu. Ele diz: “Tudo o que tenho é seu”.

Procure apenas em Deus o abastecimento. Se algo lhe for retribuído, através daquele a quem V. dá alguma coisa, dê graças que assim tenha sido. Mas se nada de visível for dado em retribuição, dê graças, da mesma forma, sabendo que nenhum homem pode se interpor entre V. e o suprimento inextinguível, que é aquele que retém que é empobrecido com isso, e não aquele de quem algo é retido.

“Familiarizai-vos com Deus e ficai em paz: dessa forma o bem chegará até vós. Se devolverdes ao Todo-Poderoso, vós sereis providos, vós haveis de afastar a iniqüidade de vossos tabernáculos. Então haveis de desprezar o ouro como se fosse pó, e o ouro de Ophir como as pedras dos riachos. Sim, o Todo-Poderoso será a vossa defesa e vós tereis abundância de prata”.

Quando tivermos compreendido que Deus é o nosso suprimento e que é dEle que vem todo o nosso auxílio, não mais nos incomodaremos se o “pagamento” será dado por nossos serviços ou não. Saberemos, simplesmente, que todas as coisas agora são nossas, e da plenitude do amor haveremos de dar livremente. A mão de Deus é segura. Sua mão é a mão de Deus agora — hoje. Dê com ela, mentalmente, a todos os que o procurarem, qualquer que seja a sua necessidade. “Confiai nEle e Ele tornará isso realidade”.

"EU SOU A VIDA"

Dárcio

Enquanto cientistas no mundo despendem anos a fio pesquisando se há vida aqui ou acolá, sabemos, por revelação, que a Vida é ONIPRESENTE! A Vida que somos é DEUS! Não há um ponto em que a “Vida de “um” acaba e começa a “Vida de outro”. E não há ponto em que a Vida esteja ausente! Somos todos uma Vida ÚNICA! A Vida é impessoal, é Deus, é eterna e é espiritual! “Eu Sou a Vida”, “Eu Sou o Pão da Vida”, disse Jesus! Mas falava tendo em vista o Cristo em SI MESMO, um com o Pai,  e um conosco!

Medite! Feche os olhos para o mundo da ilusão, que pensa ver “vida aqui” e não “vida acolá”. Esta ilusão separatista é a causa do egoísmo, das contendas, dos atritos e problemas! Contemple a Vida divina ONIPRESENTE! E, como uma gota que em auto-percepção se”vê” sendo a gota e sendo o oceano, veja-se como esta Vida impessoal e infinita, o Cristo em VOCÊ! E então, jubilosamente, diga pausadamente:

EU…SOU…A…VIDA! EU…SOU…O PÃO…DA…VIDA!

Perceba-se sendo DEUS VIVENDO! Perceba que Deus vivendo é VOCÊ!

NATAL: O HOMEM-DEUS RECONHECIDO

Dárcio

Que Natal poderíamos imaginar que Jesus gostaria que comemorássemos? Um Natal a ver com presépios, participações em solenidades, cultos ou festividades humanas, somente trazendo recordações de seu nascimento em Belém? Suas palavras foram:

“Vim para que todos tenham vida com abundância!”

Se alguém não estiver “com vida em abundância”, nele não se cumpriu ainda o objetivo de sua vinda! E tal objetivo somente  pode ser alcançado com a descoberta do Reino de Deus dentro de cada um. Em resumo, esta foi a missão de Jesus: despertar a raça humana do “sonho de Adão”, revelando este  Reino magnífico que,  já presente em nós, constitui nossa própria Vida, a Eterna Vida com abundância!.

O Natal espiritual, além das comemorações costumeiras deste mundo de aparências, é um estímulo  ao seu próprio Natal, ou seja, ao seu “Renascer consciente em Deus”. Comemora-se primordialmente a compreensão da Verdade de que o homem não é matéria, nunca esteve na matéria, e nem dela  sairá um dia! Comemora-se o Fato de que VOCÊ é um HOMEM-ESPÍRITO, aqui e agora! Perfeito! Imortal! Iluminado! Eis por que Jesus endossa  “serem deuses” aqueles a quem a Palavra divina é dirigida!

Natal, portanto, não é um dia no tempo, mas “o dia” em que percebemos que o tempo não existe!

O Cristo é nascido! Nascido em VOCÊ! Ou melhor, VOCÊ é “renascido” em Cristo! Natal é a conscientização de que VOCÊ já é um Ser de natureza infinita! O “Cristo”, um Homem-Deus reconhecido!

Ao se IDENTIFICAR com este Ser Divino a que estamos aqui nos referindo,  VOCÊ estará  comemorando o SEU Natal!

FELIZ NATAL!

QUEM SOU EU, PARA DIZER: "EU SOU DEUS"?

Dárcio

É comum encontrarmos esta reação: “Quem sou eu, para ser Deus?”, quando os princípios espirituais são revelados. A dificuldade de aceitação se deve ao seguinte: a revelação não se dirige à mente humana, mas à Essência de nossa Vida, que é a Vida infinita, onipresente, indivisível e impessoal: DEUS!

A mente humana nada tem de Deus; tampouco tem algo de Deus a aparência humana de nosso ser. Esta última é ilusão gerada pela primeira, que é também ilusória. É como no hipnotismo: se a pessoa for hipnotizada para engatinhar como bebê, apesar de ser adulta, fará a ação correspondente à sugestão hipnótica apresentada. Uma ilusão estaria “criando” a ilusão seguinte!

Cristo revelou a natureza divina de nós todos. Não somente Cristo, mas todos os iluminados! A maioria permanece desconfiando ou desacreditando da Verdade. Mas a Verdade É! Aceita ou não, Ela É!

Cristo disse que “o conhecimento da Verdade nos torna livres”. Significa que ele sabia que tudo o que as pessoas vinham aceitando era uma MENTIRA! E a aceitação da mentira precisa ser trocada pela Verdade, é óbvio! É o que ele chamou de “nascer de novo”.

A profusão de profecias que circulam por este mundo são uma prova de que “a matéria é aceita como realidade”. Não existem profecias em Deus! Não existem profecias de Deus referentes a um mundo que Deus desconhece! “O Meu reino não é deste mundo”, disse Cristo! Enquanto as pessoas não se dedicarem a “buscar o reino real” dentro delas, continuarão à mercê de todo tipo de crendice ilusória! O processo de conhecimento da Verdade é radical, puro e simples, mas exige tomada de decisão e dedicação.

Observemos as elevadas palavras de Vivian May Williams, no trecho abaixo transcrito. Que sejam analisadas com a profundidade que merecem! Deus é TUDO, e não “quase-TUDO”.

“Não podemos mais declarar que “Tudo é Espírito” e deixar  fora a manifestação chamada “matéria”. Declarar que “Espírito é Verdade imortal; matéria é erro mortal”, não constitui a ciência do ser. Uma coisa, para ser científica, deve estar baseada em fatos. Aceitar o Espírito como a substância invisível ou essência de todas as formas, e então declarar que as formas são “materiais” e errôneas” é certamente uma crença de que o Espírito Se manifesta em “matéria”; tais crenças falsas prendem os indivíduos e lhes dão um senso de dualidade, em vez de um entendimento da Unicidade.

A menos que encaremos céu e terra juntos, em Consciência, para assim tê-los como uma unidade, a metafísica não será nem mais nem menos do que uma teoria. A única prova, ou demonstração, que dispomos, é através das manifestações ou formas.

Muitos instrutores e praticistas ignoram as manifestações como “erro mortal” e, ao mesmo tempo, dão tratamento a seus pacientes para criar dinheiro, casas, terras, e toda forma visível de manifestação. Se for errado ter um “corpo físico”, então é igualmente errôneo, para um praticista, tratar ou orar para que alguém apresente um corpo saudável. Todo praticista que acredita na “matéria” é uma “casa dividida contra si mesmo”, se estiver orando para melhorar “matéria”.

Se a “matéria” é nada, como poderia ser melhorada? Porém, se não existe matéria e tudo é Espírito, prontamente ficará entendido que alguém terá suas preces atendidas tão rapidamente quanto lhe seria possível resolver um problema de matemática. Assim como a resposta a cada problema de aritmética está estabelecida no princípio da matemática, antes que você comece a utilizar os números, também cada problema da existência humana tem sua resposta estabelecida no Princípio, antes mesmo que você comece a orar. “Antes que clamem, responderei”.

Se Deus é a Vida única onipresente, e se VOCÊ está vivo, VOCÊ É O QUÊ?

"SEM O VERBO NADA DO QUE FOI FEITO SE FEZ"

Dárcio

Há séculos que o mundo religioso vem declarando: “Teu é o Reino, o Poder e a Glória para sempre”, referindo-se a Deus. Mas, na prática, a vida parece contradizer a Verdade tão repetida. Tudo porque a idéia de que algo além do Verbo, chamado “matéria”, está realmente existindo. Alguns ensinamentos chegam a dizer que “a matéria existe”, mas é irreal no âmbito de Deus. Entretanto, esta meia-verdade acaba dando ênfase àquilo que é ilusório. Que é “ilusório”? Tudo que não for “Verbo”; tudo que aparentar ser algo “além de Deus”.


“Todas as coisas foram feitas por Ele (Verbo), e sem Ele nada do que foi feito se fez.”
(João 1;3).

Que maravilha, quando esta revelação é aceita sem reservas!

Alguns estudam a Verdade com a intenção de dominar males físicos. Outros pensan em construir um “paraíso terrestre”. A real necessidade é CONHECER A VERDADE! O conhecimento nada melhora e nada constrói! Mas revela o Reino verdadeiro do Espírito, perfeito, perene, imutável, que aparenta ser oculto simplesmente por fugir do alcance da mente humana.

Despertar para a Verdade, portanto, é perceber a existência única da Mente de Cristo emVOCÊ, como disse o apóstolo Paulo. Esta Mente divina, em expressão, é o Verbo, é Deus aparecendo como Sua própria “idèia”, numa perfeita UNIDADE de variedades infinitas de formas espirituais.

Bem e mal relativos são irrealidades, inexistências, jamais “criados”, sendo, portanto, sem VERBO! Isto porque “sem o Verbo nada do que foi feito se fez”. A errônea admissão da existência de algo além de Deus, bom ou mau, gera a ilusão de que a “mente humana” pode melhorar o mundo, acabar com os males, pecados, doenças,  mortes etc…

A PERCEPÇÃO DE QUE A MENTE É DEUS, DE QUE TUDO É DEUS, REVELA A VERDADE:
TUDO JÁ É PERFEIÇÃO ABSOLUTA!

Suponhamos que alguém queira curar uma doença. Se partir da crença de ser ela  real, e que Deus irá curá-la, este enfoque poderá se mostrar frustrante! Que diz a Revelação? DEUS, VERBO, É TUDO! Portanto, não somente a doença é irreal, mas todo o “quadro da humanidade” é irreal! Eis  porque a Bíblia diz que “todo que é nascido de Deus vence o mundo”.

“Nascido de Deus” é o ser reconhecidamente dotado da Mente de Cristo! Estas Verdades chocam o intelecto; desse modo, muitos autores procuram “amenizá-las” usando textos ou linguajar mais leves. Porém, ao afirmar,  “o meu reino não é deste mundo”, Jesus revelou a Verdade de que o universo único,  aqui presente, é uma Realidade divina!

Se nada foi feito “sem o Verbo”, não há males a serem combatidos, mas sim uma gloriosa Perfeição a ser contemplada e reconhecida como onipresente.   Esta é a visão do “Olho Simples”, citada por Cristo. E este é o objetivo das meditações contemplativas! Fazer com que as aceitações humanas cedam às Verdade divinas reveladas! Fazer com que VOCÊ perceba O VERBO sendo a “sua” TOTALIDADE!

O Universo é real: é Bem absoluto, uma Autoexpressão do Verbo. Você precisa, nesta percepção, incluir especificamente a sua identidade global: Espírito, Mente e Corpo, isto é,  admitir que a natureza  universal de Deus é a natureza integral do seu Eu individual.

A Mente divina é a sua Mente, a natureza do Verbo é a Substância do seu Corpo. Conhecer a Verdade significa perceber com clareza esta Onipresença de Deus, em que VOCÊ, agora, é  INCLUSO.

QUE É A METAFÍSICA ABSOLUTA – Cap. 6

Dárcio

Capítulo VI
COMO ESTUDAR O ABSOLUTO

O Universo infinito é Deus. A premissa básica de nosso estudo diz que Deus é Tudo. Assim, nada há em existência que seja dessemelhante de Deus. A natureza de Deus é a natureza de toda a existência. Quando estudamos, fazemos primeiramente este reconhecimento, que deverá ser acompanhado de nossa total e incondicional identificação com esse Infinito Perfeito, a que é dado o nome de Absoluto, Deus, etc.

Algo imperceptível à mente humana está infinitamente presente e expresso. O Universo é a evidência dessa expressão. Seria esta explanação uma teoria? Outra pergunta: esse enfoque traria melhorias visíveis à nossa vida? A Verdade –diferente de uma teoria –não é idéia engendrada pela mente humana. A Verdade é o FATO ESPIRITUAL incontestável. Mudam as teorias, o FATO ESPIRITUAL permanece incólume, onipresente. Que FATO? O de que Deus, o Espírito, o Absoluto, é TUDO! Se o TUDO é imperceptível à mente humana –mas EXISTE, é REAL e é TUDO –, cabe-nos abrir mão de tudo que a mente humana nos mostra, para “percebermos o imperceptível”. Tal percepção não é feita pela mente humana, mas uma Auto-percepção divina, que é por nós reconhecida como presente, aqui e agora, como o Universo real e como nossa Identidade real, que é Deus. Nesta visão, “Eu e o Pai somos um”, e esta deve ser a nossa visão permanente.

Se tudo é Espírito, cada um de nós é esse Uno SENDO. Desse modo, nossa Visão é reconhecidamente espiritual, é Auto-contemplativa.

O Tudo vê o Tudo; o Espírito infinito vê a Si mesmo aqui e agora, consciente de que TUDO é AQUI e TUDO é AGORA. Temos assim o AGORA da ETERNIDADE, objeto único de atenção para quem a este estudo se dedica.

As melhorias visíveis, decorrentes de nossa dedicação às meditações contemplativas, são chamadas por Cristo de “bens vindos por acréscimo”. Quem os estaria vendo? Todo aquele preso à ilusória mente humana e seu conceito material de mundo! Na verdade, os “bens vindos de acréscimo” não existem e nunca existirão como realidades. Como poderia Deus, o Espírito infinito em expressão, ceder parte de Si mesmo, de Sua Infinitude, para que um “bem material” pudesse “vir por acréscimo”? Impossível!

Entendamos com clareza em que consiste este estudo: com o reconhecimento de que nossa Visão é espiritual, contemplamos, com os “Olhos da Alma”, o Agora atemporal perfeito e completo. Contemplamos o Agora da Eternidade, e esta Visão correta, traduzida pela mente humana, “surge” como melhorias visíveis àqueles que não se identificaram por completo com a Mente do Absoluto. Em outras palavras, o nosso reconhecimento da IMUTABILIDADE da Perfeição produz, na crença humana coletiva, uma “miragem de suprimento”. O que para a Mente absoluta sempre esteve presente, para a finita “mente humana” surge como aparência de algo ausente que se tornou presente. Jesus, para explicar este fenômeno, disse que “as coisas nos são acrescentadas”. Precisamos manter a Visão espiritual, para não sermos iludidos por tais “efeitos” hipnóticos enganadores. O mesmo se dá conosco: pela permanente Visão correta de que Deus já é nosso Ser perfeito, exatamente agora, a “mente humana” passa a traduzir esta Verdade através da“miragem” chamada evolução.

NÃO ATRIBUA PODER AO "TEMPO"

Allen White

Através dos anos, você provavelmente deve ter repetido incontáveis vezes: “Deus é a única Presença e Poder”. Se levar as palavras à risca, terá eliminado a possibilidade de haver qualquer outra presença ou poder, inclusive a presença do tempo e o poder do tempo. Que  está impedindo-o de atuar plenamente como sua Identidade Crística? Não seria por você atribuir presença e poder ao tempo-inexistente, pensando: “Preciso me elevar à minha Identidade do Cristo”, “Preciso evoluir mais”? Meu caro, progresso e evolução se baseiam no tempo, e o tempo não existe como Presença ou Poder.

DEUS É A ÚNICA PRESENÇA E O ÚNICO PODER! Deus, sendo a única Presença e o único Poder deste EU SOU que VOCÊ É, é o Cristo. Você não percebe que  já É o Cristo exatamente AGORA? Não vê que  INEXISTE qualquer poder ou presença impedindo-o de atuar como o Cristo exatamente AGORA? Não vê que Deus, sendo VOCÊ, é a totalidade de seu ser exatamente AGORA? Saiba, neste instante, que não existe poder algum causando-lhe impedimento. DEUS É TUDO.

A INTELIGÊNCIA INFINITA SENDO TUDO

( Ponto de Partida do “tratamento espiritual”)

Alfred Aiken

Não, a Infinita Inteligência nunca “pensa” em Si mesma como sendo humana; mas, creia-me, se você começar por assumir que você é humano, terá naturalmente que  assumir também que o  corpo é  inteligente, que ele pode pensar, que o nariz pode cheirar, que seus olhos podem ver, que sua língua pode degustar, e que suas mãos podem tocar e sentir. Isto não é Verdade, não é verdadeiro.

Sua língua, de si mesma, nunca degustou, seus olhos nunca viram, seu nariz nunca cheirou, e seus dedos nunca tiveram sensação. Somente a Consciência é percepção; somente a Consciência pode perceber. Quando você “inicia” unicamente com a Consciência, não estará olhando para órgãos, para o corpo, como se eles pudessem lhe dizer alguma coisa, ou fazer algo por você, assim como você não olharia para uma folha branca de papel esperando que ela lhe dissesse como é o perfume de uma rosa.

Se sua vista parecer estar ruim, e você  “estiver” com “olhos com problema”, tentando curá-los, não terá sucesso. Porém, se você começar admitindo a Inteligência Infinita como Tudo, a única Eu-Presença, poderá, subitamente, verificar que seus olhos estão vendo melhor do que nunca. Isto funciona em qualquer tipo de caso. Jamais lide com problemas ou em problemas, mas “inicie” com Tudo como Tudo, o Único; e então,  não haverá nenhum espaço, nem identidade para ter um “problema”.

FIM DE ANO

Mr.LopesLima

O fim de ano está ai. É praticamente impossível não notá-lo, pois num contexto moderno que vivemos, estamos expostos a todo tipo de informação, tais como: TV, Rádio, Internet, Outdoors e carros por todo o lado, com aqueles gritantes-falantes anunciando promoções sem fim.

O que pude observar ainda é o movimento familiar das tradições de fim de ano; já inventaram uma doença chamada “stress de natal”, que pode ser notada em indivíduos que com a chegada de dezembro, começam a sentir o “stress preocupacional”, devido ao que será feito no fim de ano: compra de presentes, pagamentos de carnês atrasados, negociações, financiamentos novos, preparo da ceia, a quem convidar , etc. Tudo meramente humano e “normal” para a sociedade humana.

O que não percebemos, devido ao grande número de distrações dessa época natalina, é a real necessidade de tudo isso. Porque é muito comum esquecermos que a vida humana continuará do mesmo jeito, com festas ou não. Este momento de fim de ano tem um valor importantíssimo, que nós mesmos deturpamos com nossas comemorações.

É um excelente momento para nos interiorizarmos e  nos conhecermos melhor, pois, isto é o que nos interessa. Através desta procura interna, podemos nos tornar melhores, nos elevarmos e vencermos essa barreira mental, que insiste em nos tornar menores com as disputas sobre quem vai fazer a melhor festa, quem vai enfeitar melhor a casa, quem vai dar o melhor presente… A lista é interminável, mas a nossa possibilidade de melhorar é maior.

Somos seres criados por Uma e Única Verdadeira Força ou Poder; uns chamam-no de Pai Celeste, outros de Deus, Jeová, Yaveh, Energia Suprema, enfim, na metafísica absoluta só existe Deus e só Deus É… E esta Onipresença está em todos, principalmente em nós, que muitas vezes nos julgamos separados de Deus, nada mais impossível.

Então, neste fim de ano, que tal aproveitarmos as festas e brindarmos a felicidade de todos, exaltar a alegria da reunião com a família e com os amigos e pedir a esse Pai Onipresente, que está no meio de nós, que nos dê a oportunidade de perceber a Sua Presença dentro de nós, de nossa família, de nossos amigos, da nossa natureza. Pedir que possamos amar e perdoar a todos sem distinção, vencendo nosso orgulho e timidez., cumprindo assim o grande mandamento: “Amarás a teu Deus de toda a tua alma e de todo o teu coração”.Porque assim, percebendo a presença divina em cada um daqueles que nos rodeiam, estaremos cumprindo esse mandamento, que é o maior de todos.

Feliz Natal!

ESTAMOS ONDE DEUS ESTÁ

Lillian DeWaters

Auto-Conhecimento tem sido sempre o tema dos Iluminados, que sabem e ensinam  “Deus e o Eu” como sendo Um. Enquanto alguém acreditar estar separado de Deus, irá permanecer um mortal para si mesmo. Mais cedo ou mais tarde, cada um terá de se livrar da hipotética mente própria sua, e se volver incondicionalmente a Deus — identificando-se unicamente com Deus.

Deus é Mente. A Mente jamais pode estar destituída de Si mesma. Deus é Amor. O Amor não pode estar divorciado de Si mesmo. O lugar onde estamos é o lugar onde Deus está. Deus é Sua própria segurança, Sua própria paz. Tudo em Si mesmo é integralmente sustentado por Ele. Seu inteiro Universo de Perfeição e “Completeza” está nEle, e Ele no Universo. Deus é Sua própria Iluminação, Sua própria Revelação, Seu próprio Céu!.

HARMONIA NO CÉU, HARMONIA NA TERRA


Dárcio

Numa conta que fizemos errada, o erro some assim que é descoberto e o resultado certo posto em seu lugar. A Ciência Mental trabalha lado a lado com a Ciência Espiritual. Somos o ser perfeito, eterno e imutável, gerado do Verbo e , portanto, à Imagem do próprio Deus. As obras divinas são permanentes! Se, no contato do dia-a-dia, nos vemos usando a mente humana, por estarem nela os conceitos do bem e mal, numa crença que não é sua nem minha, mas sim coletiva, isso pode fazer surgir  situações ilusórias de desavenças, e que são todas imagens FALSAS! Portanto, atenha-se profundamente à sua identidade real, que é ser o Cristo, enquanto, ao mesmo tempo, utiliza os artifícios da terapia mental, ou seja, a gratidão, o perdão ou a reconciliação com todos os seres de seu contato. Desse modo, estará reconhecendo a harmonia no “cèu da essência”, e também,  a harmonia na “terra da aparência”…

O importante é saber que  VOCÊ jamais deixou, realmente, de estar na condição eterna de absoluta perfeição! Isto o fará enxergar claramente que também o “outro”, com quem supostamente pareceu ter havido algum atrito,  é tão perfeito como VOCÊ! Esta conclusão desarticula o QUADRO ILUSÓRIO da crença coletiva! Por isso, Jesus disse: “Sede perfeitos como perfeito é o Pai celestial”. Ele sabia, e sabe, que a PERFEIÇÃO é o estado permanente de nosso ser. Do SEU ser e do ser de TODOS com quem VOCÊ possa estar convivendo em qualquer tempo ou lugar!

NÃO HÁ OUTRO, SENÃO DEUS

UNIDADE

A afirmação do título é repetidamente mencionada na Bíblia. Se é, pois, verdadeira, podemos afirmar com toda a convicção:

Não há outro, senão Deus, seja em mim, seja em meu mundo. Portanto, existe somente o bem, somente a luz, somente a vida, somente a sabedoria e inteligência, somente a segurança, a alegria, a paz e a beleza, em mim e em meu mundo.

Não há outro senão Deus em meu lar. Portanto, aqui em casa há somente beleza e paz e calor e fartura e amor.

Não há outro senão Deus em meus entes queridos. Por conseqüência, neles há somente beleza, saúde e fortaleza. Neles há somente inteligência e sabedoria, somente alegria e paz. Há somente proteção para eles.

“Pois assim como o homem pensa (acredita) em seu coração, assim ele é”. Logo, quando acreditamos que não há outro senão Deus, então vivemos plena e livremente, cheios de alegria e livres de temores!

“Certamente Deus está em ti, e não há outro deus”.

ISAÍAS, 45: 14.

O NOVO HORIZONTE

Joel S. Goldsmith

O sentido que apresenta quadros de discórdia e desarmonia, doença e morte, é o mesmerismo universal que cria todo o sonho da existência humana. É preciso haver um entendimento de que, tanto uma harmoniosa existência humana como a mais discordante das condições do mundo, ambas são igualmente irrealidades. Deve ser percebido que todo o cenário humano é uma sugestão mesmérica, e que devemos nos elevar acima do desejo de vivenciar inclusive as boas condições humanas.

Compreendamos, integralmente, que uma sugestão, crença ou hipnotismo é a substância ou alicerce de todo o universo mortal, e que as condições humanas, boas ou más, são quadros semelhantes aos de um sonho, sem qualquer realidade ou permanência. Fiquemos desejosos de que desapareçam de nossa experiência tanto as condições harmônicas como as desarmônicas, a fim de que a Realidade possa ser conhecida, desfrutada e vivenciada.

Acima deste conceito de vida, existe o Universo do Espírito, governado pelo Amor, povoado pelos filhos de Deus que vivem no templo da Verdade. Este mundo é real e permanente: Sua substância é Consciência eterna. Nele não há percepção alguma de discórdia e nem mesmo de bem material ou temporário.

O primeiro lampejo da Realidade – do Reino da Alma – surge com o reconhecimento e conscientização do fato de que todas as condições e experiências temporais são frutos de auto-hipnose. Pela conscientização de que o cenário humano inteiro, com seu bem e seu mal, é ilusão, surge o primeiro clarão e experiência do Mundo da criação de Deus e dos filhos de Deus que habitam o reino espiritual.

Agora, neste momento de elevada consciência, somos capazes, embora vagamente, de contemplar a nós mesmos como livres de leis humanas, mortais, materiais e legais. Vemo-nos separados e apartados da limitação dos sentidos, e em certa medida captamos as ilimitadas fronteiras da Vida eterna e da Consciência infinita. Os grilhões da consciência finita começam a cair; os rótulos começam a desaparecer.

Passamos a não mais ficar com o pensamento preso à felicidade ou prosperidade humanas; tampouco ficamos preocupados com saúde ou lar. A visão “maior, mais grandiosa” chega ao foco. A liberdade do ser divino se torna aparente.

A experiência, a princípio, assemelha-se a olharmos o mundo desaparecer no horizonte e desabar à nossa frente. Não há apego a este mundo, nem desejo de a ele nos agarrarmos, provavelmente porque, em grande extensão, a experiência não ocorre antes que dominemos grande parte dos desejos pelas coisas “deste mundo”. De início não podemos falar dela. Há uma sensação de “não me toques, porque ainda não subi para meu Pai” – ainda estou entre dois mundos; não me toque nem me faça falar sobre ele, pois poderei ser puxado de volta. Deixe-me ficar livre para a ascensão, e então, quando estiver completamente livre do mesmerismo e seus quadros, direi a você sobre muitas coisas que olhos não viram e ouvidos não ouviram.

Uma ilusão universal nos prende à terra , às condições temporais. Conscientize isto, compreenda isto, pois somente através dessa compreensão poderemos começar a soltar suas amarras sobre nós.

Quanto mais fascinados estivermos pelas condições humanas boas, e quanto mais desejos demonstrarmos pelas boas coisas da matéria, mais intensa será a ilusão. À medida que nosso pensamento habitar em Deus, nas coisas do Espírito, maior liberdade de limitação estaremos conquistando. Paremos de pensar tanto nas discórdias ou nas harmonias deste mundo. Paremos de temer o mal e de amar o bem da existência humana. Na proporção com que assim fizermos, estará a influência mesmérica deixando a nossa experiência. As amarras terrenas começarão a desaparecer; as algemas da limitação começarão a ruir; as condições errôneas darão lugar à harmonia espiritual; a morte abrirá caminho para a vida eterna.

Nosso primeiro lampejo de que o paraíso está aqui e agora marca o início de nossa ascensão. Esta ascensão é, então, entendida como uma escalada acima das condições e experiências “deste mundo”, e ficamos aptos a observar as “várias moradas” preparadas para nós na Consciência espiritual – na percepção da Realidade.

Não ficamos restritos à evidência dos sentidos físicos; não ficamos limitados ao suprimento visível; não ficamos circunscritos às fronteiras visíveis; não ficamos presos aos conceitos visíveis de tempo e espaço. Nosso bem estará fluindo do Reino invisível e infinito da Alma, do Espírito, para nossa imediata apreensão. Deixemos de julgar o nosso bem em função de quaisquer das chamadas evidências sensíveis. Dos mananciais tremendos de nossa Alma surge a percepção instantânea de tudo que podemos utilizar para termos uma vida com abundancia. Nada de bom fica-nos retido, quando olhamos acima da evidência física diretamente para o grandioso Invisível. Erga os olhos! Erga os olhos! O Reino dos céus está próximo!

Eu estou rompendo o senso de limitação para você, como uma evidência de Minha presença e de Minha influência em sua experiência. Eu, o seu Eu, estou em seu âmago, revelando a harmonia e a infinidade da Existência espiritual. Eu, o seu Eu, e nunca um conceito pessoal de “eu”; nunca uma personalidade –, mas o Eu de seu próprio ser, estou sempre com você. Erga os olhos!

DEUS É AMOR!

Joel S. Goldsmith

Deus é Amor. Que podemos, eu e você, fazer para mudar a natureza amorosa de
Deus? Poderíamos mudar nosso amor pelos filhos, casos nos fizessem algo
desagradável? Claro que não. Se humanamente somos capazes de amar nossos
filhos, mesmo quando não merecem, QUANTO MAIS AMOR o Pai Celestial está
emanando constantemente para nós!

Pode você aceitar a Verdade de que DEUS É AMOR, não apenas quando você é digno,
mas também quando se comporta inadequadamente ? Pode admitir que DEUS É AMOR,
e que Sua chuva cai igualmente sobre justos e injustos? Jesus
alguma vez negou conceder o bem ou a  cura a alguém, pelo fato de ser um pecador? Porventura perguntou alguma vez, às multidões, se eram pessoas boas? Ou se esbanjavam ou
economizavam o seu dinheiro? Quando ressuscitou o filho da viúva, teria
perguntado se o moço havia sido moral ou imoral, honesto ou desonesto? Ou
simplesmente o ressuscitou, destruindo a crença coletiva na morte? Todos
conhecemos a resposta. Em nenhuma ocasião Jesus recusou cura, suprimento,
perdão, reforma ou restauração a alguém, por temporária crença no mal.

O princípio é este:  uma vez que DEUS É AMOR, nosso bem deve ser infinito,
sem nenhum “SE” ou “MAS”, porque a Graça de Deus não depende de algo que você ou
eu façamos ou deixamos de fazer. A Graça de Deus não pode ser retida. Embora
possamos ligar ou desligar a eletricidade, abrir ou fechar a torneira, não
podemos abrir ou fechar o fluxo de Deus. DEUS É, e DEUS É AMOR em toda
plenitude.

ASCENSÃO E EVOLUÇÃO

Dárcio

Quem estuda a Verdade parte do Absoluto, da Essência imutável, de Deus, o Verbo, sendo aceito realmente como Tudo! Sempre falo que “Ascensão” é subir “de cima para baixo”, exatamente para frisar bem o ponto de que a suposta “queda do homem” é mera fantasia da mente ilusória; mero fruto ilusório do pai-da-mentira.

Quando João descobriu sua comunhão com Deus e com Jesus Cristo, segundo ele, descobriu “o que era desde o princípio”. Jamais havia deixado de ser! João prosseguiu, dizendo: O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também mantenhais comunhão conosco, e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (I João 1-3).

Descubra o mesmo VOCÊ,  e permaneça no “que era desde o principio”, ou seja, VEJA-SE AGORA em Unidade com Deus e VEJA-SE totalmente resplandecente com SUA  PRÓPRIA LUZ!

Esta “percepção” é sua ASCENSÃO! O discernimento do EU REAL que VOCÊ já era, é e será! Jamais este SER DIVINO sofre “queda”! Jamais sofre modificações! Jamais está na suposta “matéria”. Jamais nasce, jamais adoece, jamais morre!

Enquanto o Ensinamento Iluminado afirma esta sua posição eterna em Deus, descartando por inteiro a suposta “mente humana”, outros caminhos partem da “escuridão”, de sua cega visão da Existência! São estes caminhos que fazem a humanidade passar por tamanhos pesadelos ilusórios; são eles que pregam sempre o “eu serei”. Eles buscam convencê-lo a “evoluir” justamente a mente que é ILUSÓRIA! Entenda: todos os caminhos são vãos, exceto o únco! O “Eu Sou”.

EU SOU O CAMINHO…disse Jesus! Não falava de sua pessoa, mas do Cristo presente em cada um!Do Cristo que é VOCÊ! Aquele que descartar o suposto “eu humano”, com a “crença no tempo, e toda a sua “farsa evolutiva”, poderá, aqui e agora, discernir o mesmo que João:

O EU que EU SOU, e que era DESDE O PRINCÍPIO, é o EU que EU SOU, aqui e agora, em comunhão com o Pai, com Jesus Cristo e com todos os “ramos iluminados” da VIDEIRA ETERNA!

Contemple esta Verdade em quietude e em silêncio! Permaneça “ascensionado” no TUDO, sem jamais pretender “evoluir” (evolver) no NADA!

MARIA EM SEU SIGNIFICADO ESPIRITUAL

Dárcio

“E no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré. A uma virgem desposada com um varão, cujo nome era José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é convosco; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe então o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço varão? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.”
Lucas 1: 26,35.

Em cada coração que ocorra a percepção da Onipresença de Deus, é notado o fato espiritual eterno de que “o Senhor é conosco”. O estado mental de pureza e entrega a Deus é o estado pré-requisito em que “achamos graça diante de Deus”. É a fase em que, sem que tomemos consciência, deixamos o campo interno da consciência preparado para a “descida do Espírito Santo”.

Quem é o Filho de Deus, o Santo, que haverá de “nascer” em  nós? Este “Filho de Deus” é  a real identidade crística de todos nós! Até então oculto pelas camadas de crenças materialistas e pelo intelecto humano! O aflorar do Cristo em nós, de início, nos assusta! Não parecemos estar acostumados com algo perfeito e divino Se manifestando em nós! Mas, onde quer que estejamos, “entra o anjo”, a idéia inspirada por Deus,  que  nos acalma: “Não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.”

Este momento sublime marca o início de nosso “despertar” em Cristo! Maria simboliza nosso “Ventre”,  o mais íntimo de nossa pura Consciência crística! Eis por que, em seu ensinamento, disse Jesus: “Quem crer em mim, RIOS DE ÁGUA VIVA fluirão do seu ventre!” Que significa “crer em mim”? Significa crer no Caminho, na Verdade e na Vida espirituais, na UNIDADE que somos e que formamos em Deus! ! Significa entender que o nome de Jesus é EU SOU! E que este EU SOU não é uma pessoa “nascida” neste mundo, mas sim Deus, sendo, portanto, o EU SOU que todos nós somos, na Unidade Celestial, gloriosa e eterna!

Este “renascimento” é o NATAL!

NATAL: MAIS DECISÃO, MENOS COMEMORAÇÃO

Dárcio

Claro está que Jesus Cristo não veio ao mundo para que isto fosse ser somente comemorado. Disse  ter  vindo para “destruir as obras do diabo”, para “dar testemunho da Verdade”, para que “tivéssemos vida com abundância”,  “ficássemos cegos (visão material) e pudéssemos ver (visão espiritual)”, etc.

A comemoração, com sentido verdadeiro, está em fazer cumprir em nós estas metas! Isso exige conhecimento e decisão! Conhecimento, para sabermos que todas as limitações ou problemas “vistos” são ILUSÓRIOS, frutos hipnóticos do “pai-da-mentira”; decisão, para nos rebelarmos com uma atitude sem-volta contra eles, munidos da confiança plena no Poder Único do Amor divino, até que tais “névoas ilusórias” desapareçam de nosso campo de percepção!

Unicamente o Bem absoluto deve ser reconhecido e vivenciado! Todos os supostos problemas, sejam físicos, morais, financeiros, etc., são “obras do diabo” a serem destruídas! Não sumirão por si mesmos com o “passar do tempo”. Não cáia em semelhante armadilha! As crenças devem ser encaradas de frente; e, o tempo para isso é sempre AGORA!

Seja “paralisia”, “cegueira”, “dificuldade financeira”, o que quer que seja, COMEMORE O NATAL COM A DECISÃO DE EXPULSAR ESTAS FALSIDADES DE SUA MENTE! De modo RESOLUTO, DEFINITIVO! Não são realidades! Eis por que o mundo acredita em “milagres”, quando constata o sumiço destas aparências: por  não saber que  não passavaM de CRENÇAS FALSAS! E isso é muito sério! Porque a maioria, infelizmente, passa a vida toda vivendo as “mentiras pregadas pela mente humana”!  Como um cego que, mesmo estando sob a resplandecente luz do sol, “vive em trevas”!

Este estudo da Verdade, tal como a “vinda de Cristo”, não está sendo propagado apenas para que dele tomemos ciência! Que cada um assuma sua PERFEIÇÃO, aqui e agora, expulsando da mente todas as crenças falsas , inclusive e principalmente  as religiosas, em imperfeição, pecado, lei do carma, doença, morte, etc, para poder honrar, exatamente neste AQUI e AGORA, a VINDA DE CRISTO! Como fazer isso? Pela oração contemplativa:

“Pai, revela-me como eu já sou,

segundo a Tua Visão Perfeita!

E que esta DECISÃO, mantida sem esmorecimento, seja a real COMEMORAÇÃO deste seu NATAL!

QUE É A METAFÍSICA ABSOLUTA – Cap. 5

Dárcio

Capítulo V
OBJETIVO DO ESTUDO

Dissemos anteriormente que, para nos dedicarmos a um estudo, primeiro deveremos compreender sua importância e seu objetivo. Qualquer um que perceber a importância deste estudo do Absoluto desejará a ele se dedicar ao máximo de sua capacidade e de seu tempo disponível. Não será um estudo feito nos minutos que lhe sobram de cada dia; antes, a atenção estará voltada quase que exclusivamente a ele. Por quê? Porque a pessoa terá percebido que esta dedicação lhe trará o conhecimento da Verdade, e que este conhecimento é a sua libertação completa.

De início, é comum as pessoas acharem que o estudo visa a eliminar problemas da vida humana, de saúde, finanças, relacionamentos, etc. Tão logo percebem alguma melhoria nesse sentido, ficam empolgadas, julgando que, aprofundando-se no estudo, a felicidade humana almejada acabará por se concretizar. Com efeito, a aplicação dos princípios metafísicos acaba mostrando a nulidade dos problemas deste mundo das aparências, e todo aquele que viver de acordo com eles poderá comprovar os seus efeitos positivos visíveis. Porém, esse aspecto da melhoria humana, muito abordado pela ciência mental, e que consideramos desejável e bem recebido a princípio, dista infinitamente do real propósito deste estudo: ver Deus face a face.

Os benefícios humanos decorrentes desse estudo, apesar de bem-vindos e bem-aceitos, devem ser entendidos pelo que são: ilusão! Se não houver um alerta quanto a isto, tão logo esse fenômeno secundário ocorra –ou seja, a pessoa se depare com uma aparência boa em substituição à má –a dedicação se afrouxará, a pessoa estagnará no bem do mundo, até que outra aparência de mal lhe surja, e o estudo não avançará além disso.

Dizemos que o efeito positivo na vida humana é “ponto secundário”, não para lhe tirar o valor. Trata-se de um valor relativo, obviamente, mas deve ser reconhecido, uma vez que ele simboliza a veracidade do princípio aplicado. Por exemplo, se desafiarmos a aparência mediante a permanência no princípio absoluto de que DEUS É TUDO e, em função disso, percebermos a “melhoria visível”, esse efeito sinaliza o que realmente tem valor, ou seja: O PRINCÍPIO É VERDADEIRO!

Com a prática, descartaremos os anseios quanto aos resultados visíveis, por estarmos permanentemente “presos” ao princípio já provado como verdadeiro, e poderemos perceber a totalidade de Deus, a presença permanente da Realidade perfeita.

Vejamos o que diz Joel S. Goldsmith, em sua obra “A arte de curar pelo Espírito”: “Não te dirijas a Deus esperando emprego, segurança, proteção; vai ter com Deus na esperança de receber a experiência espiritual de Sua presença”. ESTE É O OBJETIVO REAL DESTE ESTUDO. A cegueira humana nos impele a não acreditar que aqui mesmo já é o Universo perfeito. Por darmos crédito a essa falsidade é que somos levados às preces de petições envolvendo “melhorias materiais”. É mentira que Deus não possa ser visto e percebido como sendo tudo, e como sendo nossa própria presença! Mas esta Verdade não é vista pela mente humana. A Metafísica Absoluta, com seus princípios revelados, permite-nos esta PERCEPÇÃO.

E continua Goldsmith: “E verás como então Deus Se manifesta em forma de harmonia nos acontecimentos, nas coisas ordinárias de cada dia”.

Esse mesmo princípio está registrado na Bíblia, onde lemos “buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”, (Mt. 6:33).

Assim, para que a Auto-revelação Se dê por completo, isto é, conscientemente, e para que o objetivo desse estudo se cumpra, devemos “ir ter com Deus esperando Deus”.

ORDEM DE CONTEMPLAÇÃO

Marie S. Watts

Em nosso estudo do Absoluto, não usamos visualizações nem damos tratamentos espirituais. Não há “receitas”; não podemos usar a Verdade. Que fazemos? Há algum meio de vermos a Verdade maravilhosa que contemplamos Se manifestar? Sim, e esse meio inclui uma ordem. Nada fazemos para que a ORDEM DIVINA exista: Ela simplesmente É! Nós apenas tomamos consciência desse fato. Melhor dizendo, focalizamos nossa atenção na perfeita ordem que constitui a Existência toda, em vez de “aplicarmos técnicas” para que algo passe a existir harmonicamente.

Há uma ORDEM nesta “contemplação”,  sem a inclusão de mentalizações ou processos racionais. Toda atenção é focalizada no perfeito Universo ordeiro, na perfeita identidade específica ordeira, e no perfeito Corpo ordeiro. Nada fazemos “de nós mesmos”; somente permanecemos conscientes de ser O PRINCÍPIO INTELIGENTE — ATIVIDADE — EM AÇÃO. Estamos ativos, mas nunca de nós mesmos. E esta atividade é Deus cumprindo seu próprio objetivo como a nossa atividade específica. Deus, sendo o Universo infinitamente ordeiro, age e cumpre Seu objetivo também de modo  ordeiro.

Isso não quer dizer que usamos tratamento ou fórmula. PORÉM, TODO ENSINAMENTO ABSOLUTO É INCOMPLETO,  SE NOS DEIXA FLUTUANDO NO ESPAÇO. Não importa quão verdadeiro e sincero possa ser,  ensinamento assim não é completo.  De fato, reconhecer o Universal Tudo como Tudo é de suma importância; mas, apenas este reconhecimento é insuficiente: ele constitui somente um aspecto da revelação Absoluta. Pouco nos adiantaria se ficássemos no desfrutar de um conceito separado de Universo e,  com qualquer ruído, descêssemos novamente ao encontro dos mesmíssimos antigos problemas. Contudo, se fizermos a trajetória completa, se percebermos a perfeita e eterna Natureza do Universo, da Identidade e do Corpo, estaremos “vendo” também completamente; e esta “contemplação” será manifestada como o nosso Universo, como nossos afazeres e como nossos Corpos.

É certo que Deus é Tudo. Deus realmente é a única identidade infinita; porém, Deus Se identifica especificamente como identidades distintas. Nenhuma identidade é um indivíduo ou pessoa separada; mas, cada uma é distinta: pode ser apontada como sendo esta ou aquela, e nenhuma outra identidade. Desse modo, em nossa “visão segundo uma ordem”, é essencial percebermos o “específico” (identidade individual) sendo o Tudo  identificado como “aquela identidade específica”, e, contudo, inseparável do Todo Universal que compreende toda identidade. Esta Verdade deve ser “vista” completamente. Isto quer dizer que é essencial percebermos que o Tudo é a inteireza da identidade específica e, também,  é necessário percebermos que a identidade específica é o TUDO, e nada mais.

Deus é específico em Sua Auto-expressão. Sendo específico, devemos ser também específicos em nossa percepção de Sua Expressão de Si mesmo. Por exemplo, se um chamado de ajuda lhe chega de Nova York, sua atenção se volta para a identidade específica que ligou. Mas, você sabe que tudo que se relaciona com tal identidade é o seguinte: ela é Deus identificado. Assim, de imediato você conscientiza que Deus é o Universo imutável, eterno, inteiro, a Vida perfeita, o Princípio, a Alma, Corpo e Ser que é o Universo. Você contempla estas Verdades durante alguns instantes. E então, a identidade específica aparece em sua Consciência. Você está consciente daquela identidade específica. Mas, antes de tudo, você está consciente de que aquela identidade é exatamente aquilo que você sabe que Deus é, e nada mais. Este é o sentido de “ser específico” em sua visão.

Nada há de metódico ou frio nesta revelação: pelo contrário, sentimos o Amor jorrar em todo o nosso ser, sentimos ser todo o Amor que existe em e como o Universo.

Lembre-se: NUNCA INCLUA A IDENTIDADE ESPECÍFICA EM SUA CONSCIÊNCIA ANTES QUE TENHA VISTO, SENTIDO E EXPERIENCIADO O TODO INFINITO, DEUS, AMOR, COMO O UNIVERSO INTEIRO. Este ponto é de importância máxima: primeiro, sinta e experiencie a Totalidade que é Deus; depois, perceba este Um total perfeito sendo a totalidade daquilo que existe referente ao ser específico que lhe solicitou ajuda.

Não damos “tratamento”; não focalizamos nossa atenção na identidade específica; não enviamos pensamentos nem projetamos tratamentos. Nada disso. Ocorre simplesmente que, repentinamente, a identidade específica surge exatamente aqui, em nossa Consciência, e nós, sem esforço algum, percebemos Deus sendo a totalidade desta identidade.

Por que é tão importante percebermos primeiro Deus como sendo a inteireza que compreende o Universo, ou primeiro percebermos a natureza do Universo como sendo Deus, antes de percebermos a natureza da identidade especifica? PORQUE É ABSOLUTAMENTE ESSENCIAL PERCEBERMOS O QUE DEUS É COMO O TODO, A INTEIREZA DE TODA A EXISTÊNCIA, ANTES QUE POSSAMOS PERCEBER O QUE DEUS É COMO A EXISTÊNCIA DA IDENTIDADE ESPECÍFICA. Além disso, isso impede que tentemos “dar tratamento” a alguma pessoa, iludidos pela crença de que existe alguém separado de Deus e necessitado, realmente, de nossa ajuda.