ALTITUDES CELESTIAIS

 

ALTITUDES CELESTIAIS

Lillian DeWaters

 

 

O Espírito é a Substância de todas as coisas viventes, o Espírito é a Vida em Si. É o Espírito que é Mente e pensar divinos; o Espírito é que é Amor divino e amoroso; o Espírito é que compõe, compreende e inclui toda Vida e Existência reais.

 

Quando a Vida é descoberta como sendo Espírito e, em vista disso, encarada como incorruptível e eterna, assim Ela se torna para nós. Quando o Amor é descoberto como sendo Espírito, e visto como eternamente puro e imutável, assim ele se torna para nós. Quando Mente e pensar são descobertos como sendo Espírito, eles se tornam nossa única Mente e nosso pensar, e somos mantidos num estado ininterrupto de felicidade, harmonia e paz.

 

A palavra “humano” pertence a um tipo de ser ou existência além de Deus; ela designa o impuro, imperfeito e incompleto. Nem melhoria, nem desenvolvimento e nem progresso humanos são requeridos para que experienciemos a perfeição; pelo contrário, a grande necessidade está num despertar para o Espírito, para que possamos deixar de lutar com a concepção equivocada de uma existência separada do Um, e aprendermos que tudo que há, é o “EU SOU” Auto-existente.

 

A ideia de tornar puro o impuro, de trazer o espiritual para o material, a princípio pode parecer a alguém ser um degrau capaz de conduzi-lo a coisas e condições melhores; porém, se ele se estagnar nessa aceitação, ela lhe será uma verdadeira armadilha, um lugar em que terá que se esforçar e trabalhar incessantemente.

 

Nossa Vida, Mente, Corpo e Existência são eternamente estabelecidos nO Espírito – perfeito, completo, presente. A necessidade única reside num despertar para este fato sublime, para que alguém possa se identificar somente com o Espírito, o divino. Assim fazendo, ele tomará posse da plenitude de todo bem e coisa perfeita.

 

Como nossa natureza é Espírito, e não matéria, é impossível que alguém se livre da imperfeição e limitação antes que este fato supremo lhe seja revelado. Tampouco esta Revelação divina será por ele recebida, caso não esteja desejoso de deixar o imperfeito pelo Perfeito, o intelecto pelo Coração e os meios e formas do eu pessoal pela identificação com aquele “EU” que é o Eu perfeito todo-abrangente.

 

A Revelação de que somos Espírito cumpre a totalidade de nossos desejos. Ela vem àqueles que estão espiritualmente preparados para recebê-la, àqueles de pensamentos simples cujos corações são receptivos ao conhecimento mais pleno do Real. A Revelação é compreensão e liberdade imediatas.

 

É imperativo que nos voltemos dos remédios paliativos para percebermos aquilo que é supremo, não por ser mais elevado, mas por ser o Todo, a Única natureza da Vida e existência. Quando suficiente Verdade for revelada a alguém, ele deixará de tentar purificar sua mente e pensamentos; saberá que quantidade alguma de trabalho mental poderá trazer-lhe o Conhecimento de que a Mente única não tem oposto.

 

A regeneração pessoal deixará de ser praticada, quando alguém aceitar o Espírito como sendo agora o seu “Eu perfeito” . O “sétimo dia” está presente quando deixamos de pensar que somos seres humanos ou humanidade, destinados a dominar o mal e demonstrar o bem numa existência humana. “Quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá” (João 11: 25). Quem é este “Mim”? Não é um Deus externo, ou uma Mente divina externa. Conforme registros, Jesus disse aquelas palavras; contudo, ele não as estava pronunciando como um homem, como um ser humano, como um mestre ou curador: ele as proferiu como o “EU ÚNICO EM SI”.

"UM DIA EU CHEGO LÁ!"

“UM DIA EU CHEGO LÁ?”

DÁRCIO

 

A Verdade que estudamos não será verdadeira num suposto futuro em que “chegaremos lá!”. A Verdade é verdadeira exatamente AGORA! Isso nunca pode dar espaço à ilusão que diz o contrário! Rebele-se contra a ilusão! Faça-o mentalmente e espiritualmente! Expulse a crença em futuro! Expulse a crença que o leve a crer ser um ser humano padecendo de problemas e preocupações! Assuma agora o seu domínio em Deus! Afirme a Verdade e negue a ilusão! Não se preocupe em associar afirmações da Verdade e negações do erro com as contemplações da Verdade absoluta! Há autores que ficam discutindo sobre isso! Estas discussões não nos interessam! Interessa-nos VIVENCIAR A VERDADE EXATAMENTE AGORA!

 

Não se veja como um ser nascido neste mundo! Isso é uma ILUSÃO! Desde que a Vida existe, ela é VOCÊ! E a Vida é sem começo, sem mudança e sem fim! Rebele-se contra esta crença material fajuta! Mesmo que um bilhão de pessoas creia numa inexistência, ela jamais irá existir por causa disso! Saia do mesmerismo coletivo, honrando o poder ou a presença que DEUS É, SENDO VOCÊ AGORA! Confirme isto para você mesmo! Expulse as crenças em passado, em presente e em futuro! Expulse as crenças em problemas, doenças e limitações! Rebele-se realmente contra estes argumentos ilusórios do mundo! Em seguida, veja-se como Deus! Veja-se vivendo AGORA a Vida que é Deus! Mentalize e contemple esta Verdade!Contemple a suave ação divina fluindo como a sua Consciência iluminada! Associe os conhecimentos mentais às revelações contemplativas! Trabalhe para deixar em sua mente unicamente a crença em perfeição!

 

Confirme a você esta decisão:

 

SOMENTE A PERFEIÇÃO É REALIDADE! VEJO-A MENTALMENTE E ESPIRITUALMENTE!

AQUI E AGORA!

 

Não caia no trote de achar que “UM DIA CHEGARÁ LÁ”! Este “dia” é AGORA! VOCÊ JÁ “ESTÁ LÁ”; VOCÊ é um ser desperto! “SOIS DEUSES”, confirmou Jesus Cristo! Um desses “deuses” é VOCÊ! Assuma isso! Não acredite em mais nada, senão na totalidade de Deus e na SUA totalidade dentro desse Deus! Não fique apenas acumulando leituras e teorias! Parta para a ação! Estar “em ação” é a atitude de se ver em Oniação! Uma frase iluminada da Seicho-no-Ie diz: “O Universo se move quando eu me movo”! A propósito, falando em Seicho-no-Ie, não perca tempo em “cultuar antepassados”! Isso é o oposto da Verdade! Um “culto à ilusão”. Viva, de cada ensinamento, unicamente as Verdades contidas nele! Não perca tempo com as inverdades! O ser que somos é a expressão perfeita de Deus que vive AGORA em Deus! Não temos antepassados! O tempo não existe! E não vivemos na matéria! A matéria não existe! Uma decisão radical precisa ser tomada, se pretendemos ser a Verdade que estudamos!

 

Expulse as crenças falsas de uma só vez! Firme-se nos princípios absolutos! DEUS É TUDO! Atitude! Ação! Decisão! ONIAÇÃO! DEUS É VOCÊ AGORA! Deus não será você “um dia”! Deus não será VOCÊ quando supostamente “você chegar lá”! Lembre-se: VOCÊ “JÁ ESTÁ LÁ!”

 

MANIFESTANDO A VIDA INFINITA – 10

MANIFESTANDO A

VIDA INFINITA

Masaharu Taniguchi

10

Exemplificando, se temos consciência de que “podemos andar”, nunca seremos escravos da ideia de que “não podemos andar”. Não haveria espaço, em nossa mente, para que o pensamento, “não podemos andar”, pudesse ocupar. Analogamente, se nossos corpos estiverem saturados com a ideia de absoluta saúde, não poderemos mais ser escravos de doenças. Quando percebemos que temos o poder de fazer o que desejamos, a força infinita realizadora não pode deixar de se manifestar do interior. Quando sabemos que “algo existe”, torna-se impossível acreditarmos em ideia contrária. Assim, ficamos impossibilitados de pensar a nosso respeito como sendo imperfeitos e doentios, quando conscientizamos que nossa Imagem Verdadeira vem de Deus, e que é o próprio Deus, possuidora da divindade plena, exatamente como Deus. Enquanto não admitirmos a existência de alguma coisa má em nossa vida fenomênica, nada de mau poderá existir para nós. Portanto, ver corretamente a perfeita Imagem Verdadeira da Existência significa fazer manifestar a perfeita forma verdadeira das coisas no mundo fenomênico. Quando a Imagem Verdadeira se projeta em nossas vidas, deixa de haver espaço para as condições distorcidas, e nos tornamos perfeitos em todos os aspectos.

Quando conscientizamos que nossa Imagem Verdadeira é perfeita e possuidora de todos os atributos do próprio Deus, nosso corpo e nossa mente começam a refletir natural e perfeitamente aquela Imagem original verdadeira. Nossa posição com relação ao mundo exterior fica sintonizada com a Imagem Verdadeira absoluta. Entramos num estado de total sintonia, fisica, mental e espiritualmente com a ordem verdadeira do mundo de Deus; em decorrência, começamos a demonstrar a perfeição divina em todos os setores de nossas vidas. Como agarramos a Fonte da luz, podemos controlar à vontade a quantidade de luminosidade a ser fornecida, dependendo do tempo e do lugar. Além disso, podemos receber da Imagem Verdadeira interior o quanto de luz desejarmos, e podemos manifestar todas as condições desejadas, controlando totalmente as nossas forças externas. Nessa condição, todos os obstáculos se dissiparão diante de nossos olhos.

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VERDADE – Parte 2

VERDADE

Marie S. Watts

Parte 2

Amado leitor, parece-lhe que nos alongamos demais nesta questão da Verdade? Nesse caso, tenha um pouco de paciência, pois agora irá descobrir que VOCÊ é a própria Verdade que está sendo apresentada aqui, e, é este mesmo Autorreconhecimento que está agora se passando com VOCÊ.

Talvez esteja pensando: “Mas isso tudo me parece tão impalpável! Como posso ser eu esta Verdade?” Não se lembra do que estabelecemos logo no início desta mensagem? Que o universo em que você vive, se move e tem o seu ser é o universo real, o único universo? VOCÊ, este você que está existindo aqui e agora, é o VOCÊ real, o único VOCÊ em existência. Deus é a Inteireza, o Todo do Universo; e esta Inteireza, esta Totalidade, inclui VOCÊ. Aquilo que for verdadeiro para Deus, como o Universo, é verdadeiro para VOCÊ, pois VOCÊ se encontra incluso nesta Totalidade ou Unicidade de Deus. O Fato básico, ou a Verdade da PERFEIÇÃO ONIPOTENTE E ONIPRESENTE, É A VERDADE ESTABELECIDA DE SUA PERFEIÇÃO. Pôde, agora, perceber a vital importância de possuirmos um conceito bem definido de TUDO quanto compreende a Verdade?

Outro aspecto da Verdade é o fato de Ela nunca ter tido começo, mudança ou fim. Às vezes, adiamos nossa aceitação da perfeição atual por nos esforçarmos para que algo se torne verdadeiro. A Verdade jamais se torna verdadeira. E também a falsidade jamais se torna falsa. A Verdade tem sido sempre verdadeira, e a falsidade tem sido sempre falsa, não-existente. Isto é assim tão simples! O habitar na Onipresença da Perfeição, constitui a própria realização desta Perfeição. É este o modo pelo qual a Verdade verdadeira sobre você se torna evidente como a Verdade que é verdadeira COMO VOCÊ. É desse modo que obtemos a Autopercepção, ou Autoconsciência. Existe somente um Eu, e este Eu único é Deus, o Eu que abrange tudo. Não importa a quantidade numérica de Identidades distintas que este Eu inclui: o fato de que Deus é a totalidade de cada identidade é permanente. Deve ter ficado claro ser impossível que haja algo verdadeiro, ou fato real a seu respeito, que não esteja incluso na Verdade que Deus é.

Realmente, Deus é Tudo eternamente, e é incondicionalmente perfeito. Um Fato incondicionado é completo como sua própria Verdade. VOCÊ É A VERDADE. O UM ETERNAMENTE PERFEITO, INCONDICIONADO, IDENTIFICADO COMO VOCÊ. Esta declaração é o Ultimato Absoluto da Verdade de sua inteira Existência, inclusive de sua Vida, Mente, Corpo e Ser. Esta Verdade, como você, transcende todo tipo de qualificação, oposição ou condição. Você não é dual; não há dois de “você”. Não existe algo como Você, que é esta Verdade, ao lado de “outro você” caminhando em direção oposta ao UM PERFEITO, que sempre você tem sido, e que sempre VOCÊ será.

Continua…

A CIÊNCIA CRISTÃ…Parte 3

A CIÊNCIA CRISTÃ:

Sua Revelação Divina e Aplicação Humana

 

JULES CERN

Parte 03

Simplicidade de aplicação

Não há coisa alguma misteriosa ou complicada na prática da Ciência Cristã; até uma criança pode demonstrá-la. De fato, quanto mais inocentes somos em nossa aplicação da Ciência Cristã, tanto mais nos aproximamos do Cristo ideal em nossas demonstrações. Vejamos como uma criança provou o poder de cura da Ciência Cristã.

Uma menina de cerca de dez anos tinha na face uma mancha horrível,que parecia tornar-se cada dia pior. Seus pais, que eram Cientistas Cristãos, procuravam ajudá-la, mas seus esforços pareciam não dar resultado. A criança vinha contando com os pais para curá-la, mas havia sido indiferente quanto à necessidade de,ela mesma, pôr-se a revigorar seu próprio pensamento com a verdade relativa ao ser. Certa manhã, quando tomava a primeira refeição do dia, começou a lamuriar o estado de seu rosto. Mas o pai, que até aquele momento havia compartilhado de seus pesares, foi subitamente impelido a incitar a menina a que voltasse o pensamento a Deus, e não ao problema. E disse a ela: “Vá para o seu quarto e estude a Bíblia e livros da Ciência Cristã. E não saia de lá enquanto não souber que você é a ideia de Deus, espiritual e perfeita.”Docilmente, a criança foi para o quarto. Sabia que, longe de ser por falta de amor, a insistência do pai era para que ela abrisse seu espírito àquilo que lhe prestaria o maior de todos os auxílios. A piedade e o amor humanos tinham-na confortado, mas não haviam conseguido despertá-la de sua falsa crença sobre identidade. O amor humano só havia ampliado a falsa crença de que a identidade era corpórea. Entretanto, só o Amor divino poderia libertar desse conceito errôneo o seu pensamento.

Cerca de uma hora depois, a menina saiu do quarto, radiante e feliz. O defeito de sua face não se modificara, mas seu pensamento já não era assediado ou enganado pela falsa crença. Mais tarde, naquele dia, a mancha começou a desvanecer-se e, dentro de muito pouco tempo, seu rosto ficou claro e livre de qualquer vestígio da referida moléstia. Interrogada pelos pais sobre qual a revelação específica que lhe tinha iluminado o espírito, ela indicou este trecho da Bíblia: “Se lançares para longe a iniqüidade da tua mão, e não permitires habitar na tua tenda a injustiça, então levantarás o teu rosto sem mácula…” (Jó 11:14, 15). A menina tinha vislumbrado a mensagem fundamental contida nessa passagem bíblica, a saber: a advertência de que devemos esvaziar nosso pensamento de todas as crenças em coisas que diferem da natureza de Deus, a Vida perfeita. Foi magnífica a maneira com que a menina demonstrou a verdade destas palavras da Sra. Eddy, contidas em Ciência e Saúde (p. 463): “Uma ideia espiritual não contém um só elemento de erro, e essa verdade remove convenientemente tudo quanto é nocivo.”

Talvez seja bom atentar-se em duas outras coisas importantes que aconteceram. Em primeiro lugar, a menina foi obediente quando aconselhada a voltar-se unicamente para Deus em sua necessidade. Em segundo lugar, ela sentiu-se feliz antes que se operasse a cura, e não por causa da cura. Ela havia deslocado seu pensamento da posição neutra de indiferença—de quem crê na existência de dois poderes, um finito e outro infinito—para a atitude de aceitação imediata de um só poder, o único poder, o onipotente, a Vida perfeita. Quando nosso pensamento não tem máculas, então aquilo que se julga ser um corpo físico também não apresenta máculas.

Toda e qualquer espécie de mortalidade é crença errônea

A aparência física do homem é sempre o reflexo da mentalidade que crê no físico. Daí por que, para se demonstrar harmonia, é tão necessário eliminar toda discórdia mental, todo pensamento de ódio, inveja, luxúria, malícia, desonestidade, ressentimento, vingança, egoísmo, malevolência, bisbilhotice e assim por diante. No entanto, alguém poderia exclamar: “Mas eu só tenho bons pensamentos. Sou amoroso e altruísta e tão bondoso quanto me é possível, e ainda assim tenho sofrimentos físicos.”A razão disso é evidente. O fato de alguém ter um conceito gentil sobre a matéria ou corporalidade não lhe confere domínio sobre a crença na existência da matéria ou corporalidade. A Ciência Cristã nos permite ser amáveis, bons e generosos graças ao conhecimento que nos proporciona da infinidade do Amor, a despeito da matéria ou corporalidade, e não por causa desta.

Não se podem eliminar radicalmente pensamentos desarmoniosos acerca dos mortais ou de pessoas enquanto não se elimina a crença de que existam mortais ou pessoas. Lemos, em Jô (13:10), segundo a versão bíblica inglesa: “Acerbadamente vos repreenderá, se em oculto considerardes pessoas.”Todas as distorções mentais se baseiam na falsa crença que identifica o homem como mortal, bom ou mau. Se não julgasse a si mesmo, ou a outrem, um mortal bom, o homem não julgaria a si próprio ou a outro, um mortal mau. Se não julgasse a si mesmo, ou a outrem, um mortal amável, não julgaria a si próprio, ou a outro, um mortal desagradável. Podemos amar verdadeiramente nosso próximo como a nós mesmos, quando o vemos como realmente somos, isto é, como ideia imortal de Deus, não-física, inteiramente espiritual, em vez de vê-lo como um mortal. Se nos recusarmos a ficar impressionados com as aparências materiais ou físicas, estas jamais nos causarão desalento.

A Ciência Cristã não se apóia na crença de que o homem é um mortal, um “mísero pecador”, que vive num universo material e precisa abrir seu caminho de saída para o céu, Essa Ciência é a revelação divina de que o homem é imortal, impecável e vive no universo do Espírito, já no reino do céu, na consciência de que Deus é Tudo.

Continua

 

INFINITA PROVISÃO

 

INFINITA PROVISÃO

Masaharu Taniguchi

Se pensarmos, ou seja, emitirmos a vibração mental de que Deus é um Ser mesquinho, que não nos dá nada em abundância, esse pensamento se concretizará, e a provisão que recebemos se manifestará de forma precária. Portanto, precisamos compreender, primeiramente, que Deus é Infinita Sabedoria, Infinito Amor, Infinita Vida e Infinita Provisão, e que basta sintonizar com Ele para recebermos tudo o que desejamos.

NÃO SEJA POÇO…

NÃO SEJA POÇO ESPERANDO

ÁGUA DE CHUVA

Dárcio

A natureza do seu ser é Deus! Logo, a Fonte que faz jorrar a sua plenitude se constitui da Água Viva que VOCÊ É! Esperar algo do ilusório mundo exterior é ser “poço esperando água de chuva”! Reconheça a Fonte infinita jorrando como o seu próprio ser! Ocupe-se em contemplá-La! “Rios de Água-Viva fluirão de SEU VENTRE”, garantiu Jesus! Tire toda a atenção do mundo exterior! Ele é pura MIRAGEM! Observe Deus sendo Deus como VOCÊ; perceba-se EXPRESSANDO DEUS! Não seja jamais um “poço esperando água de chuva”.

VERDADE – Parte 1

VERDADE

Marie S. Watts

Parte 1

Que é a Verdade? Há cerca de dois mil anos, Pôncio Pilatos fez a Jesus esta importante pergunta. Não temos nenhum registro de que Jesus a tenha respondido a Pilatos. Por que não o fez? Provavelmente por saber que a sua resposta não seria compreendida nem digna de crédito. E a busca por essa resposta continuou existindo, perdurando até os dias atuais. Entretanto, Jesus deu a resposta. Clara e simplesmente ele declarou: “Eu sou a Verdade”. Mas por que ela não foi compreendida? Tão simples! Ele poderia também ter dito a Pilatos: “Você é a Verdade, se ao menos o soubesse”.

Uma percepção clara dos ensinamentos do Mestre nos revela que jamais ele alegava possuir o privilégio ou o direito exclusivo de ser a Verdade. Tampouco limitava esta prerrogativa aos seus discípulos imediatos. Em João 14; 12, podemos ler: “Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas.” O certo é que Jesus não falava de si mesmo como pessoa. Pois não havia, já,  se referido a si próprio como sendo a Vida, a Verdade e o Caminho, mas de forma impessoal? Na prece que vamos citar, uma das mais maravilhosas já registradas, encontramos Jesus orando para que todos nós pudéssemos reconhecer a Verdade, o único Deus, como o “Eu” de cada um de nós. “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós, para que eles sejam perfeitos em unidade” (João 17: 21, 22,23). A prova de que esta prece inclui a todos está no seguinte versículo: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim” (João 17; 20). Isto soa como se Jesus falasse de si mesmo como a Verdade, com a exclusão de todos os demais? Que seria, ou quem seria o “Eu” citado nestas passagens? Quem seria este “Mim”, em quem somos convidados a crer? Há somente um “Eu”, o “Eu” existente como a sua “Identidade”, como a minha e como a de todos nós. E é neste “Eu”, neste “Mim”, que somos exortados a acreditar. Sim, amados, somos exortados a aceitar e reconhecer o “Eu” que é a Verdade impessoal, o “Eu” que EU SOU, como a “Identidade” de cada um de nós.

Seguidamente temos tido garantias de que, “se conhecêssemos a Verdade, estaríamos livres”. Porém, de que forma poderíamos conhecer algo, senão pelo discernimento da natureza do objeto de nosso estudo? Quando conhecemos algo, um conhecimento realmente efetivo de algo, aquilo permanece conosco para sempre, em e como nossa própria Consciência, ou Mente. E descobrimos que realmente contemos e somos aquilo que conhecemos.

Em outras palavras, é impossível conhecer totalmente a Verdade sem que, antes, conscientizemos que somos a própria Verdade que estivermos conhecendo.

Repetindo a pergunta, QUE É A VERDADE? A Verdade relativa a algo é o fato estabelecido daquilo que constitui a sua existência. O dicionário A define incluindo a seguinte interpretação: “Aquilo que é verdadeiro; um estado real de coisas; fato; realidade”. Sim, a Verdade é o Fato daquilo que existe como o Universo, como o Mundo, e como Você e Eu. A Verdade é eterna, sem começo, sem mudança e sem fim. Sendo infinita e eterna, a Verdade é harmoniosa e perfeita para todo o sempre.

A percepção da natureza exata da Verdade é de vital importância para todos nós. Por quê? Porque a Verdade é o Fato estabelecido, a Realidade de tudo que existe. Conhecer a Verdade é estar consciente da Perfeição imutável que constitui a totalidade do Universo, e esta totalidade inclui a mim, a você e a todos. Quando conhecermos a Verdade com convicção idêntica àquela que possuímos, de que um mais um é igual a dois, sem maiores esforços, realmente estaremos conhecendo a Verdade. Com frequência vínhamos pensando que conhecíamos a Verdade, quando, o que fazíamos, era nos entregar aos pensamentos de querer algo. Conhecer realmente alguma coisa significa estar consciente de sua existência estabelecida e imutável; incluir em tal grau em nossa Consciência aquele conhecimento, que permaneceríamos impossibilitados de aceitar que a coisa conhecida fosse diferente daquilo que ela realmente é.

O fato estabelecido, de um mais um ser igual a dois, não inclui nenhuma condição ou Verdade parcial. De igual modo, a Verdade básica de que o todo imutável, eterno e perfeito Deus único abrange a totalidade da existência, jamais poderia incluir uma parcela, uma condição ou uma oposição.

Frequentemente, vínhamos conhecendo a Verdade de uma forma que Ela estivesse se opondo a algo, como se existissem certas forças contrárias à Verdade que estávamos a conhecer. O caminho das afirmações e negações nos leva a esse engano. Se pudesse haver algo que se contrapusesse à Verdade, isto indicaria que a Verdade não seria o Fato total e completo da Realidade, ou daquilo que possui existência. Uma negação do erro jamais revela a Verdade. Tampouco faz com que a Verdade Se torne mais verdadeira do que Ela já é neste exato instante. Jamais nos preocupamos com o que não é verdadeiro, pois, trata-se de algo não-existente. Para quê nos ater àquilo que é nada? Pelo contrário, nós contemplamos o Fato básico da existência: a Totalidade, a Unicidade, a Presença onipresente, onipotente, inabalável e ininterrupta da Perfeição que existe.

Continua…

AS RIQUEZAS DA CONSCIÊNCIA CRÍSTICA

AS RIQUEZAS

DA CONSCIÊNCIA CRÍSTICA

Doris Defour Henty

A afirmação de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”, somente poderia ser feita no reconhecimento de sua Cristo-identificação.

A base da abundância de Cristo Jesus é o entendimento de que toda substância é Espírito e é sempre-presente na totalidade de sua plenitude inesgotável. As verdadeiras riquezas são inerentes à sua Cristo-identidade. Elas não serão encontradas no conceito humano de existência. Tivesse Jesus acreditado que a abundância fosse proveniente da matéria, da pessoa, não poderia nunca ter alimentado a multidão. Jesus conhecia a “completeza divina” como fato sempre-presente, e ele fez sua própria identificação com esta completeza: tanto com os pães e peixes como com o dinheiro do tributo. Em tal autopercepção infinita não poderia haver falta de nada.

Conheça-se estando identificado como abundância espiritual, ilimitada. Você é a total manifestação de Deus, abençoado com a substância da bênção que jamais tem fim. “Filho, tu estás sempre comigo, e tudo que eu tenho é teu.” Não existe coisa alguma na infinitude que chegue a se esgotar. Tudo se desdobra mais e mais em beleza e grandiosidade como seu próprio ser. Sua Cristo-natureza interna brilha como alegria, datividade, beleza, completeza infinitas, como a plenitude da harmonia em que não há nenhuma alternativa ou limite.

Seu Cristo-domínio é o “poderoso libertador” da crença de que a vida está à mercê de circunstâncias ou oportunidades. Ele liberta da “crença cruel” de que devemos nos submeter às incertezas e agruras do caminho mortal de vida. Você não tem qualquer afinidade com tal “escuridão”. O caminho mortal é ignorância. Ele ignora a glória e bênção, a grandeza e majestade, a liberdade e certeza, atributos tão naturais, tão inevitáveis, para a sua Cristo-consciência.

"ONDE ESTÁ A VOSSA FÉ?"

“ONDE ESTÁ A VOSSA FÉ?”

Lucas, 8: 25.

Dárcio

Após acalmar o vendaval e a fúria das águas de uma tempestade, fez Jesus esta pergunta aos discípulos: “Onde está a vossa fé?” Em outras palavras, perguntava: “Estão acreditando na Realidade perfeita imutável? Ou continuam vendo a ilusão de aparências mutáveis?” “Onde está a vossa fé?”

Há um Universo único, perfeito e onipresente! Este Universo é inteiramente Deus sendo! Por isso Cristo disse: “O meu reino não é deste mundo”. Além disso, por saber que a Verdade é universal, completou: “Vós, deste mundo, não sois!” Não poderíamos ser habitantes de uma “miragem”. Ver-se “na matéria”, portanto, é pura ilusão!

“Onde está a vossa fé?” Onde ela se localiza? Na mente humana? Não! Mente humana não combina com a Verdade! Mente humana vê aparências! Aparências boas e más! Que é a Verdade? O Reino de Deus, Único, perfeito; nEle não há bem nem mal, nem passado, presente ou futuro, mas tão somente este AGORA!

O Universo é Mente Onipresente consciente! VOCÊ é esta Mente individualizada, assim como cada ponto de uma reta é a “reta individualizada”. É preciso que VOCÊ se descubra “formando este Universo de Luz!” Somente com a “nossa” inclusão na Luz que somos, Deus pode ser Deus, completo e onipresente!

Faça este reconhecimento: de olhos fechados, perceba que a Luz, que VOCÊ É, está resplandecente em grau máximo de Sua potência! Perceba que esta Luz é Deus em VOCÊ, e é VOCÊ em Deus! Não existe “matéria” sendo o seu ser! “Deus é Luz e nEle não trevas nenhumas”. Portanto, a suposta “matéria” não passa de “ausência do reconhecimento da Presença da Luz!” Se assim fizer, poderá responder à questão levantada por Cristo: “Onde está a vossa fé?” Ela está na Realidade perfeita e harmônica! Está na contemplação da Luz Oniativa e Onipresente! Está na percepção de que não há tempestade nem bonança, mas que TUDO É!

Este discernimento exclui as “aparências”; exclui a “mente dividida” que espera vê-las “melhoradas”. Somente Deus existe! E Deus é Perfeição absoluta onipresente!

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A MÍSTICA DE "O CAMINHO INFINITO"

 

A MÍSTICA DE “O CAMINHO INFINITO”

Lorraine Sinkler

 

A essência de O Caminho Infinito, seu coração e sua alma, estão em sua mística. Neste caminho não temos que lutar  nem mentalizar para obter o que já temos, ou para ser o que  já somos. Nossa única necessidade é a de arranjarmos períodos suficientes de silêncio, de quietude interna, de tal forma que a Consciência que constitui a realidade de nosso ser, possa aflorar em expressão através de nosso consciente contato com Ela.

 

A consciência humana envolve sempre um conceito de separatividade, de dualismo, de muitas mentes, muitas pessoas, muitos poderes. Quão diferente é tudo isso  da Consciência mística, que é a consciência do Um, aquele Um-Eu-Sou! Esta é a Verdade sobre cada pessoa, e este conhecimento “nos torna um” com todos os demais seres.

 

Transcendendo o visível rumo ao invisível, ficamos no mundo mas vendo através dele. Sabemos que existe unicamente o Um, a despeito das aparências; sabemos que unicamente este Um está em operação. Somente Deus é, e Deus está sempre sendo, sempre aparecendo como Consciência espiritual individual, totalmente pleno e Auto-completo. A consciência humana está sempre  padecendo de um conceito de separatividade, e portanto, o foco está sempre em “se buscar algo”. Ela acredita ser dependente de alguma pessoa ou grupo, mesmo de um praticista ou mestre espiritual “exterior”. Isso não é verdade! A plenitude da vida, tudo de que necessitamos, já existe incorporado à nossa Consciência, e não precisamos lutar para obtê-lo. Todas as pessoas que devem fazer parte de nossa experiência já estão em nossa Consciência, onipresentes agora.

 

“Eu vim para que todos tenham vida, e que tenham vida com abundância”. Este “Eu”, o Espírito de Deus, está dentro de nós, de modo que podemos ser uma luz para aqueles que ainda não tem este conhecimento de que, também dentro deles, esta mesma Luz já está brilhando em sua plenitude. Estamos agora nos voltando deste buscar e lutar por conseguir, para podermos somente ser; ser esta Consciência divina que  já somos. Estamos agora despertando para a Consciência mística de que “Eu tenho alimento que o mundo desconhece”, a comida eterna que nos alimenta e  sustenta.

 

Perguntemo-nos:”O que eu possuo como aquela Consciência mística? Na quietude, escutamos a resposta: “Eu tenho amor, e eu posso irradiar amor ao mundo, em quantidades ilimitadas”. A Consciência que eu sou, tem o pão da vida para compartilhar, a percepção de que “nem só de pão vive o homem, mas da palavra espiritual da Unicidade.”A Consciência mística sabe que eu desconheço qualquer senso material, por ter conhecimento da integralidade do universo espiritual.

 

O Meu Reino é o centro da paz eterna, uma paz todo-abrangente, um amor todo-envolvente, em que ódio algum jamais pode penetrar. Não vejo nem bem nem mal, por habitar neste Reino interior. Não necessito de nada, não tenho desejo algum, porque tudo já me está disponível: como Deus, em Deus e através de Deus. Tudo já está cumprido. Nesta paz não há discórdia, não existe desarmonia. O Meu Reino é um estado de preenchimento divino, em que tudo o necessário à plenitude da vida se mostra disponível no exato momento em que for requerido.

 

Eu volvo a atenção “deste mundo” àquele Reino interior.  Nada tenho a ver com problemas, pecados, doenças, carências, ódios e batalhas deste mundo, exceto não fazer julgamento algum, exceto orar, exceto perdoar e confortar, e deixar que jorre livremente, a este “vale de lágrimas”, o infinito amor e misericórdia de Deus que está dentro de mim. Assim fazendo, eu me aproprio de meu divino direito, que é  a bênção que o Pai faz jorrar sobre mim. Ele vê a Si mesmo como o meu ser, e diz: “Este é meu filho amado em quem me comprazo”. E eu, de minha parte, reconheço: “Eu e meu Pai somos um”, e “é do agrado do Pai dar-me o Reino”, agora, sempre e eternamente. Se não alcançarmos esta percepção, facilmente cairemos na armadilha de acreditar que o mundo conhecido através dos cinco sentidos é o único mundo real. Mas pelo contrário, ele é um mundo irreal, por estar sempre em mutação e flutuação, enquanto o Mundo da Realidade é um estado de ser eternamente completo, sempre Se desdobrando e Se revelando à nossa percepção. Nós temos uma tarefa a cumprir neste mundo, a tarefa de dissolver a consciência humana e ascender à dimensão superior da vida. Todos os problemas ficam resolvidos, não por serem enfrentados, mas sim, por nos deslocarmos dos problemas para viver no referencial da Consciência espiritual, que desconhece problemas. Todos os problemas se baseiam na consciência humana; contudo, todo assim-chamado poder deste mundo pôde ser desmascarado como sendo não-poder, por aqueles que se elevaram acima da consciência humana. Esta é a nossa missão final: dissolver a consciência humana, primeiro para nós mesmos, e depois, para o mundo.

 

Se aprendermos a ir para dentro de nós mesmos, sem lutas, sem desejos, tudo que nos for necessário se revelará e aparecerá externamente. Quão reconfortante é o pensamento: “Nada pode ser acrescentado e nada pode ser tirado da Consciência infinita que Eu Sou, pois, eu já sou realizado e Autocompleto em Deus”.

 

Repousemos, agora, na percepção de nossa própria Consciência infinita já completa. Esta Consciência desconhece desapontamentos, sem se importar  com o que possa estar acontecendo externamente. Nós habitamos na Verdade de que “Eu já sou completo”. Dediquemo-nos a esta conscientização,  por nos interiorizarmos, momento a momento, àquela conscientização para podermos vivenciá-la e praticá-la no mundo.

 

Conscientize sua Filiação divina, sua herança divina como um filho de Deus, ame supremamente esta divina Consciência; comungue com Ela, habite nEla; e então, deixe Sua luz brilhar através de você com toda a Sua plenitude e com toda a Sua glória. “Minha glória não será dada a outro”. Deus concede Sua glória somente a Si mesmo, aparecendo como nossa própria Consciência divina. No Silêncio e na Quietude, Deus Se glorifica como cada um de nós, para que possamos ser instrumentos de Sua paz,  Seu amor e Sua vida. Se Deus  tem feito a doação de Si mesmo como o ser que cada um de nós é, isto é para que possamos elevar a consciência de toda a humanidade. Assim,  abramos os portões do templo de nosso ser, para que o Rei da Glória interna possa irradiar todo o Seu esplendor.

A CIÊNCIA CRISTÃ…Parte 2

A CIÊNCIA CRISTÃ:

Sua Revelação e Aplicação Humana

 

JULES CERN

PARTE 2

A descoberta da Ciência Cristã

A esta altura, poderia alguém perguntar: “Mas não será o físico tão real e verdadeiro e não fará parte da criação tanto quanto o espiritual?” Vejamos.

Há muitos anos esta mesma pergunta se deparou a Mary Baker Eddy, antes de haver esta descoberto a Ciência Cristã. A Sra. Eddy fora criada por pais que amavam a Deus, e em seu lar a leitura da Bíblia constituía atividade diária. Contudo, como cada um dos demais, com sua fé convencional em Deus, acreditava também ela, àquele tempo, que a criação fosse uma mistura de bem e mal, de vida e morte, de espiritual e material. Embora tal ponto de vista indefinido não enfraquecesse sua fé em Deus, turvava, como em tantas outras pessoas, a sua compreensão acerca de Deus.

Durante muitos anos de adversidade e moléstias crônicas, a Sra. Eddy experimentou vários tratamentos médicos, sob os cuidados dos melhores facultativos de que se dispunha na época. Além disso, ela orava a Deus diariamente, muitas vezes. Nada, porém, parecia poder livrá-la de seu ordálio. Certo dia, ficou tão gravemente ferida, em conseqüência de uma queda, que os médicos declararam que ela não se salvaria. Após suportar quase três dias de sofrimento cruciante, a Sra. Eddy abriu sua Bíblia no nono capítulo do Evangelho segundo Mateus. Esse capítulo contém o relato da cura de um paralítico, efetuada por Jesus. Ela estava muito bem familiarizada com os pormenores dessa cura. Mas, dessa vez se voltou para o assunto com muita humildade, buscando antes a compreensão da causa divina que a do efeito humano. Já não estava tão interessada no que Jesus fizera, mas na maneira como o fizera.

As algemas mentais das teorias médicas e da teologia estéril foram postas de lado. Seu espírito achava-se bem aberto a tudo o que Deus queria que ela conhecesse. De súbito se lhe iluminou o pensamento com a percepção de Deus como Espírito infinito, onipresente, como a única Vida, incorpórea, imortal—Vida eternamente perfeita. Essa integralidade da Vida, completamente espiritual, foi vista como realmente é: livre de confusão, livre de obstáculos e isenta de antagonismo da matéria ou aparência física. Essa verdade espiritual do ser, simples e ilimitada, inundou-lhe o espírito. Essa iluminação, esta luz divina, significava a eliminação das trevas humanas. A Sra. Eddy foi curada instantaneamente. Quando a harmonia que provém da compreensão de que Deus é Tudo predominou em seu pensamento, prevaleceu também em sua vida.

Essa ocorrência sagrada estabeleceu o curso de sua grande missão. Depois de sua cura, a Sra Eddy retirou-se de todas as atividades sociais, e durante três anos dedicou todo o seu tempo ao estudo da Bíblia, em contemplação e oração diárias. Em Retrospecção e Introspecção, (p. 25) ela o relata dizendo: “A Bíblia foi meu livro de estudo. Respondeu às minhas perguntas acerca do modo como fora curada; porém, as Escrituras tiveram de mim um novo significado, falaram-me uma nova língua. Sua significação espiritual apareceu; e pela primeira vez apanhei em seu sentido espiritual os ensinamentos e as demonstrações de Jesus, bem como o Princípio e a regra da Ciência espiritual e da cura metafísica—numa expressão, a Ciência Cristã. Chamei-a Cristã porque nos move à compaixão, é benéfica e espiritual. A Deus denominei Mente imortal. (…) Ao Espírito chamei de realidade, e à matéria, de irrealidade.”

Portanto, através de sua cura, a Sra Eddy descobriu que a realidade, ou verdade do ser,é inteiramente espiritual e inclui o homem espiritual e o universo espiritual. Essa criação de Deus, absolutamente espiritual, foi vista como a única criação que existe, a qual não inclui matéria nem implica existência de condições físicas—foi vista como sendo Tudo, agora mesmo, aqui mesmo e em toda parte, em lugar de matéria e de corporalidade. De acordo com isso, foi a sra Eddy inspirada a escrever em seu livro Ciência e Saúde (p. 167): “Não é prudente assumir uma atitude vacilante e parar a meio do caminho, ou esperar agir igualmente com o Espírito e a matéria, com a Verdade e com o erro. Há um só caminho—a saber, Deus e Sua ideia—que conduz ao ser espiritual”.Certamente, esta advertência é bem precisa, não deixando lugar para uma posição neutra.

A cura, conseqüência da compreensão

de que Deus é Tudo

Compreensivelmente poderia alguém dizer: “Bem, se a Ciência Cristã revela não existir matéria e corpos físicos na integralidade de Deus, não compreendo como entra na prática da Ciência Cristã a cura da matéria ou de corpos físicos.”A resposta a essa objeção é muito simples.

Lembremo-nos de que tudo o que parece mortal ou físico é apenas uma falsa crença de que Deus, o Espírito, não é infinito, não é TUDO. Tal crença errada não faz parte da realidade espiritual, é uma ilusão mental. Logo, o que parece ser a cura de um mortal ou de um corpo físico, efetuada mediante a revelação divina de que tudo é Espírito e espiritual, é simplesmente a prova de que uma falsa crença cedeu à realidade divina. A Sra Eddy o afirma nitidamente nestas palavras, em Ciência e Saúde (p. 370). “O corpo melhora sob o mesmo regime que espiritualiza o pensamento.”Isso é muito natural. O que parece um corpo físico é apenas um pensamento físico, o pensamento de que existe alguma coisa física, o falso pensamento de que a identidade do homem não é semelhante a Deus, ao Espírito. Conseqüentemente, quando o pensamento está espiritualizado, isto é, imbuído da compreensão real acerca da integralidade e perfeição do Espírito e da identidade espiritual e perfeição do homem, então o pensamento se harmoniza. Porque quando nosso pensamento não corresponde à crença de que exista matéria, também não se deixa perturbar por essa crença. Portanto, quando o pensamento se acha espiritualmente harmonizado, então o que se julgava ser físico está humanamente harmonizado. A isso talvez chamemos de cura do corpo físico, mas, na realidade, é a cura do pensamento que acreditava na existência física.

Assim vemos que a cura e a harmonia acompanham a prática da Ciência Cristã com a mesma naturalidade com que borbulhões e ondas seguem na esteira do navio que avança. Contudo, talvez seja bom compreender-se que para manter o barco em sua rota ou determinar-lhe o curso, o comandante não volta sua atenção para a esteira deixada pelo barco. Se tiver muito combustível apropriado, evitar vazamento e aderir à ciência da navegação,seguirá firmemente sua rota, e seu avanço será certo. A esteira deixada, de ondas e borbulhões, é conseqüência natural do avanço do barco. Não obstante, os borbulhões e ondas não são a meta do barco em movimento. São apenas repercussões ou efeitos inseparáveis de sua marcha. Só não deixa esteira o navio que fica parado.

De igual modo o Cientista Cristão vigilante, para manter seu pensamento na direção errada ou determinar-lhe o progresso, não presta atenção às condições da matéria e do corpo físico. Quando seu pensamento está abastecido de conceitos certos acerca de Deus e do homem, ele evita todo vazamento que os pensamentos de natureza não-divina põem produzir. Adere aos preceitos de navegação divina, e então sua marcha é segura e seu progresso é certo. Quando o pensamento progride, seguindo a compreensão acerca da inteireza e perfeição do espírito infinito, e acerca da perfeita identidade espiritual do homem, a conseqüência natural é deixar atrás de si uma esteira de curas e de harmonia. Mas o pensamento que anda sempre em busca de cura, em vez de buscar a compreensão espiritual que efetua a cura, poderá verificar que é como o navio que se encontra parado. O pensamento que se acha parado, que permanece indiferente em relação à integralidade do Espírito e a crença na matéria, retarda o surgimento da esteira de curas e de harmonia. Com efeito, a cura e harmonização do que parece matéria e corpo físico não constituem a meta da Ciência Cristã. São apenas efeitos inseparáveis dessa ciência. Não obstante, sua aplicação é mui normal.

Continua…

 

"COM DEUS TODAS AS COISAS SÃO POSSÍVEIS"

“COM DEUS TODAS

AS COISAS SÃO POSSÍVEIS”

Mateus, 19: 26.

Dárcio

As revelações divinas são fatos espirituais eternos! Quando nelas nos firmamos, corporificando-as à nossa maneira de ser e de agir, as coisas passam a fluir também visivelmente em harmonia. Há uma Unidade ativa: Deus em ação, ou Oniação. Toda Atividade perfeita está acontecendo aqui e agora! Quando nos limitamos, acreditando em problemas ou situações difíceis ou irreversíveis, estamos, na verdade, negando estas revelações ou negando a onipresença eterna da Harmonia que É.

 

“Com Deus todas as coisas são possíveis”. Isto não quer dizer que todas as nossas vontades humanas irão ser prontamente atendidas! Tal aceitação seria uma infantilidade! Haveria um Deus trabalhando para atender a caprichos da mente carnal? Não! Por outro lado, o sentido é infinitamente mais grandioso! TUDO QUE É PERFEIÇÃO, HARMONIA, AMOR, REALIZAÇÃO, PLENITUDE, JÁ EXISTE! E NOS INCLUI! Por que parecemos não estar vivenciando este fato? Por não ficarmos “com Deus”, como diz a revelação. É “com Deus” que todas estas são possíveis, por já serem fatos espirituais!

 

Que é estar “com Deus?” É perceber Sua Presença sendo a sua! “Eu e o Pai somos um”. Esta é a chave! Ao fechar os olhos para este mundo, abrindo a mente à infinidade de sua Consciência gloriosa, o Universo é discernido sendo uno com você! A partir disso, os quadros visíveis também passam a refletir esta harmonia.

 

De olhos fechados, contemple a revelação de que TODAS AS COISAS SÃO POSSÍVEIS, por serem Fatos espirituais já feitos, eternos e mantidos por Deus! Conserve-se nesta “percepção silenciosa”, até sentir-se internamente pleno, num estado de paz que lhe comprove este discernimento.

CARNAVAL

 

CARNAVAL

Dárcio

Que são as imagens de “Carnaval”, vistas na mente humana? São a manifestação hipnótica da crença de que há prazer e alegria na matéria, ou fora de Deus. Estas imagens não têm pessoas! São imagens falsas, como sonhos, e enquanto alguém se identificar com elas, também poderá se identificar com alguma figura presente nas imagens, um suposto “ser humano”, quando, então, a ILUSÃO será total!

Não existe mundo humano! Estas imagens são meras representações ilusórias de crenças falsas! DEUS É TUDO! E somos expressões individuais de Deus. Aquele que se desvincular mentalmente das imagens “deste mundo”, para se identificar com o êxtase de ser glorificado por Deus, se livrará dos “Carnavais” da ILUSÃO, e sentirá a alegria verdadeira, que é ininterrupta e sem ressaca!

CIÊNCIA CRISTÃ- Parte 1

CIÊNCIA CRISTÃ

Sua Revelação Divina e Aplicação Humana

JULES CERN

Parte 01

Qualquer pessoa que dirige automóvel sabe que quando a engrenagem de mudança de velocidade está em ponto-morto, este só pode ficar imóvel ou rodar ladeira abaixo. Poderíamos ter um belíssimo carro com o tanque cheio da melhor gasolina e acelerar o motor a plena velocidade, mas não faria avanço substancial, a menos que deslocássemos do ponto- morto a engrenagem de mudança.

Parece que a humanidade, no curso de toda a sua História, vem tentando progredir na compreensão da existência enquanto se mantém em atitude neutra com relação a Deus e à matéria. O pensamento humano poderá afirmar reverentemente que Deus é infinito e que Deus é Tudo. Não obstante, se continuar a acreditar na existência de algo além de Deus, em algo mais, chamado matéria, ou mortalidade, ainda estará mentalmente em ponto-morto, quer se ache imóvel, quer rodando ladeira abaixo.

A Ciência Cristã nos permite deslocar o pensamento dessa posição neutra, desse marasmo mental, para a compreensão espiritual acerca da infinidade de Deus e da nulidade da matéria, isto é, para a senda do progresso ilimitado que acompanha essa compreensão. A Ciência Cristã não é a primeira religião a declarar que Deus é infinito, que Deus é Tudo. Mas é a única a explicar o pleno significado da Infinidade de Deus, o meio de, com compreensão, aplicarmos esse conceito na vida prática e demonstrá-lo de modo convincente. Tal demonstração baseia-se na cura e harmonização do que parece constituir os males e discórdias da humanidade.

Para se ter um vislumbre da verdadeira significação da infinidade de Deus, talvez seja útil considerarmos a definição da palavra “infinito”, dada no Novo Dicionário Internacional de Webster. Assim a define ele: “Sem limites de espécie alguma; ilimitado, imensurável, não confinado; sem fim.”De acordo com essa definição, a Ciência Cristã demonstra que o verdadeiro sentido da palavra “infinito” se refere exclusivamente a Deus e Sua manifestação. A revelação divina da Ciência Cristã mostra Deus como Espírito infinito, Mente infinita, Vida infinita, Amor infinito, Alma infinita, Verdade infinita, Princípio infinito. Todas essas expressões são sinônimas do termo Deus, ser único, perfeito e infinito. Se houvesse alguma coisa finita, mortal, corpórea ou material no infinito, este não seria “Sem limites de espécie alguma; ilimitado, imensurável, não confinado; sem fim.”

As implicações da Ciência Cristã

Não se podem excluir da Ciência Cristã as implicações de sua divina revelação. É como em matemática: a revelação de que um mais um é igual a dois implica necessariamente no conhecimento de que um mais um não pode ser diferente de dois. Qualquer crença de que um mais um seja mais que dois, é errônea, constitui equívoco inadmissível em matemática.

De maneira semelhante, a revelação divina de que Deus é o Espírito infinito, de que Ele é Tudo, implica necessariamente na revelação de que não pode existir coisa alguma além da infinidade do Espírito. Qualquer crença de que além do Espírito infinito exista algo chamado matéria é crença errada, constitui equívoco mental, o qual não tem lugar no reino absoluto do Espírito. A revelação divina de que Deus é a Mente infinita, TUDO, implica na impossibilidade de existir outra mente que não seja a infinita. Qualquer crença de que além da Mente infinita exista algo chamado mente mortal, ou muitas mentes, é crença errada, constitui equívoco, não tem lugar no reino absoluto da Mente. A revelação divina de que Deus é a Vida infinita, é TUDO, implica na impossibilidade de existir coisa alguma além da Vida infinita. Qualquer crença de existir além da Vida infinita algo chamado vida mortal, vida limitada, vida enferma, ou vida morta, é crença errada, constitui equívoco, e não tem lugar na infinidade da Vida.

O estado de perfeição do homem

A infinidade de Deus, exclusivamente espiritual, não exclui a existência do homem e o universo. Exclui, porém, a existência da matéria, do corpo físico ou da mente mortal. Deixa o homem onde sempre esteve e está, agora, na onipresença da Vida e do Amor divinos. Deixa o homem como sempre foi e é, agora, completamente espiritual, a idéia perfeita da Mente infinita, o reflexo todo harmonioso da Vida perfeita. Neste contexto, a palavra “homem” se refere a cada um de vós, significa o que realmente sois, mas não o corpo, o que não sois, o que ninguém é.

A Bíblia nos diz: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou” (Gn. 1: 27). Ora, se Deus é o Espírito infinito, Sua imagem tem de ser completamente espiritual, imortal, e não física. Não há nada físico no Espírito infinito, e por isso não pode existir coisa alguma física no homem, a imagem do Espírito. A revelação divina de que a identidade do homem é a imagem de Deus, ou seja, do Espírito, implica ma impossibilidade de existir outra identidade senão a espiritual. Qualquer crença de que a identidade do homem possa ser alguma coisa não espiritual, denominada corpo físico, é crença errada, constitui equívoco, e não tem lugar na infinidade do Espírito. Assim o declara o apóstolo Paulo: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito…” e acrescenta: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Rm 8:9, 16). Em outras palavras: o Espírito infinito testifica com a nossa identidade espiritual, nossa única identidade, que somos filhos de Deus. A identidade espiritual do homem não é modelada segundo o conceito físico, mas é formada à imagem de Deus. Não pode ser confinada no corpo físico, nem se pode defini-la pelo aspecto do corpo físico. O homem, a imagem do Espírito infinito, não pode ser fisicamente descrito, assim como não pode ser fisicamente delimitado.

A revelação divina da Ciência Cristã mostra que a palavra “homem” não é sinônimo de corpo físico.“Homem” é sinônimo de “ideia espiritual”, imagem ou expressão de Deus. Esse homem inteiramente espiritual sois vós; é a única e verdadeira identidade de cada um de nós. Essa verdadeira identidade não é algo que seremos, mas o que realmente somos neste momento. A identidade espiritual não é algo que esteja sendo mantido em reserva até que o homem se desembarace das limitações físicas. O homem é a identidade espiritual, e não a aparência física.

Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, o afirma mui claramente nestas palavras, em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p.428): “É preciso trazer à luz o grande fato espiritual de que o homem é, não será, perfeito e imortal.”

Continua…

 

 

MANIFESTANDO A VIDA INFINITA – 9

MANIFESTANDO A

VIDA INFINITA

Masaharu Taniguchi

9

Se considerarmos as moléculas, os átomos,  as partículas elementares, e assim por diante, até chegarmos à redução máxima da matéria, acabaremos por descobrir que o corpo físico, a despeito de sua aparência aos cinco sentidos -a olho nu-, não é uma existência sólida. Temos aquela impressão porque sua estrutura está numa vibração determinada, que é por nós traduzida como percepções sensoriais. Tais percepções têm sua utilidade em nosso cotidiano, porém não são a Imagem Verdadeira da coisa em si. Quando pensamos no corpo físico como um objeto sólido, inflexível, com qualidades próprias, somos forçados a crer que modificá-los através da mente seja algo extremamente difícil. Quando pensamos no corpo como sendo um pedaço fixo de “matéria”, com suas qualidades fixas, que não podem ser alteradas pela mente, implantamos em nossa mente uma visão restrita de que “o corpo é matéria”, que nos conduz à crença de que “ele não sofre influência da mente”. Esse tipo de visão é que traz as nódoas na superfície do espelho. Assim, esse espelho interfere no reflexo da Imagem Verdadeira perfeita, que é sem distorção, e apresenta a doença, erros, infelicidades e falhas em nossas vidas. Se, por outro lado, recusarmos a aceitação do corpo como matéria e pensarmos nele como um reflexo da Imagem Verdadeira, que pode ser percebido pelos cinco sentidos, nossas ideias sobre o nosso corpo se tornam, sem exceção, “pensamentos de um corpo físico numa base espiritual”, que trazem saúde, perfeição, força e vida a todos os aspectos de nossas vidas. Cristo disse a Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3: 5). O sentido destas palavras é que, se não mudarmos nossa visão materialista do corpo físico para uma base espiritual, não transformaremos este mundo no reino de Deus, nem transformaremos este corpo no corpo de Deus.

Quando conscientizamos que todas as condições físicas são reflexos das condições mentais, somos capazes de fazer os necessários esforços para ver corretamente nossa Imagem Verdadeira, e, ao seu tempo, elevar o nível de nossa mente para que ela tenha o controle completo, não somente do corpo, mas de todas as coisas relacionadas conosco. Se conscientizarmos verdadeiramente que somos os senhores de nossas vidas, obteremos o poder de controlá-las à nossa vontade. Quando conscientizarmos que todas as condições externas não passam de meros reflexos da mente interna, nunca mais seremos escravizados pelo mundo exterior. Ao contrário, passaremos a projetar aquilo que desejarmos no mundo exterior; aprenderemos a criar condições de nossa escolha no mundo que nos cerca. Esta Verdade faz com que nossa mente saia do estado de escravidão e penetre no reino da liberdade. Inclusive o corpo também é posto livre de seu estado de dependência aos objetos externos. Tudo aquilo que desejarmos, aparecerá refletido no mundo fenomênico, e nós atingiremos um estado de liberdade perfeita e absoluta.

Continua…>

O SUPRIMENTO – Parte 1

O SUPRIMENTO

JOEL S. GOLDSMITH

Parte I

O segredo do suprimento encontra-se no capítulo décimo segundo de Lucas:

E ele disse aos seus discípulos: “Portanto eu vos digo, não vos preocupeis com a vossa vida, com o que haveis de comer; nem com o vosso corpo, com o que o cobrireis.

A vida é mais que o alimento, e o corpo é mais que a vestimenta.

Considerai os corvos: eles não semeiam nem colhem; eles não têm dispensa nem celeiro; e Deus os alimenta: quanto mais valeis vós que as aves?

E qual de vocês, com toda solicitude, pode acrescentar um cúbito à sua estatura?

E se, pois, não sois capazes de fazer estas pequenas coisas, por que vos preocupais com as outras?

Considerai os lírios, como eles crescem: eles não fiam nem tecem; e na verdade vos digo que nem Salomão, em toda sua glória, jamais se vestiu como um deles.

E se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada ao forno, quanto mais vestirá a vós, homens de pouca fé?

Não pergunteis pois o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, nem andeis na dúvida.

Pois todas as gentes das nações do mundo buscam estas coisas: e vosso Pai sabe que delas haveis mister.

Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão dadas de acréscimo.

Não temais, pequeno rebanho, pois é do agrado do vosso Pai dar-vos o reino.”

Surge agora a questão: Como é possível “não nos preocupar” com o dinheiro quando as prementes obrigações devem ser satisfeitas? Como podemos confiar em Deus se ano após ano tais problemas financeiros nos afligem, geralmente não por falha nossa? Vimos na passagem de Lucas que o modo de resolver nossas dificuldades está em não nos preocuparmos com o suprimento, quer seja dinheiro, alimento, roupa ou qualquer outra forma. E o motivo pelo qual não precisamos estar ansiosos quanto a isso é que “é do agrado do vosso Pai dar-vos o reino”, uma vez que Ele “sabe que delas haveis mister”.

Para podermos entrar completamente no espírito de confiança desta passagem inspirada das Escrituras, temos de compreender que dinheiro não é suprimento, e sim o resultado ou efeito do suprimento. Não existe tal coisa como suprimento de dinheiro, de roupas, de casa, de automóvel ou alimento. Tudo isso constitui o efeito do suprimento, e se este suprimento infinito não estivesse presente dentro de nós, nunca haveria as “coisas dadas de acréscimo” em nossa vida. As coisas de acréscimo, naturalmente, são estas coisas práticas como dinheiro, alimento e roupas, que são tão necessárias neste estágio da existência.

E se dinheiro não é suprimento, que é este então? Façamos uma pequena divagação e observemos uma laranjeira carregada de frutos. Sabemos que as laranjas não constituem o suprimento, pois quando estas tiverem sido comidas, vendidas ou dadas, uma nova safra começará a brotar. As laranjas se foram, mas o suprimento continua, pois dentro da laranjeira existe uma lei em operação. Chame-a de lei de Deus, ou lei da natureza — o nome não é tão importante, mas o que importa é o reconhecimento da lei que atua na, através e como laranjeira. E esta lei opera internamente — através das raízes vêm os elementos minerais, nutrientes, água, elementos do ar; e mais a luz solar, que são então transformados em seiva. Esta, por sua vez, caminha tronco acima, é distribuída pelos ramos e finalmente toma expressão como flor. A seu tempo, esta lei transforma as flores em bolotas verdes e estas se tornam laranjas maduras. As laranjas são pois o resultado, ou o efeito da ação da lei na, através e como laranjeira. Enquanto esta lei estiver presente, teremos laranjas. A laranja, por si, não pode produzir outra laranja. E assim compreendemos que a lei é o suprimento e as laranjas seus frutos, os resultados, os efeitos da lei.

Dentro de mim e de você há também uma lei em operação — a lei da vida — e a conscientização da presença desta lei é o nosso suprimento. O dinheiro e as coisas necessárias à vida diária são os efeitos da conscientização da atividade da lei interior. Esta compreensão nos permite desligar o pensamento do mundo exterior para habitarmos na consciência da lei.

Que é esta lei, que é nosso suprimento? A Consciência divina ou universal, a sua consciência individual — isto é a lei. E ela é de fato a nossa consciência. Assim, nossa consciência se torna a lei do suprimento para nós, produzindo a sua imagem e semelhança na forma de coisas necessárias ao nosso bem-estar. E assim como não há limites para a nossa consciência, tampouco há limites para a percepção consciente da ação da lei e, por isso, não há limites para o nosso suprimento em todas as suas formas.

A Consciência divina ou universal, nossa consciência individual, é espiritual. A atividade desta lei interior é também espiritual e, por isso, nosso suprimento, em todas as suas formas, é espiritual, infinito, sempre presente. Aquilo que vemos como dinheiro, alimento, vestimenta, carros ou casas representa a nossa interpretação dessa idéia. Nossos conceitos são tão infinitos como nossa mente.

Convenhamos que, assim como não precisamos nos preocupar com as laranjas, enquanto tivermos a fonte ou suprimento que produz continuamente os frutos para nós, também não precisamos mais nos preocupar com o dinheiro. Aprendamos a olhar para o dinheiro como olhamos para as folhas ou para as laranjas, como um resultado natural e inevitável da lei que age interiormente. Não há, de fato, razão para nos preocuparmos, mesmo quando a árvore nos pareça desfolhada, enquanto mantivermos a consciência da verdade de que a lei continua assim operando internamente, para nos dar os frutos de sua própria espécie. Independentemente do estado de nossas finanças em dado momento, não fiquemos preocupados ou aborrecidos, pois agora sabemos que a lei atua dentro de nós, através e como nossa consciência e trabalha, quer estejamos dormindo ou despertos, para nos prover das coisas “de acréscimo”.

Aprendamos a olhar para os lírios e a nos regozijar com a prova da presença do amor de Deus por Sua criação. Observemos as andorinhas, quão completamente confiam na lei.

Regozijemo-nos ao ver as flores na primavera e no verão, que nos confirmam a divina Presença. Assim como aprendemos a nos alegrar com as belezas e generosidade da natureza sem o desejo de nos apoderar de qualquer coisa, sem o medo de que seu suprimento não seja infinito, assim também aprendamos a nos alegrar com o desfrute de nosso suprimento infinito — resultado do infinito repositório em nosso interior — sem nenhum medo de que alguma carência venha a nos perturbar.

Gozemos dessas coisas do mundo exterior sem, contudo, considerá-las como suprimento. Nossa conscientização da presença e da atividade da lei é nossa consciência de suprimento, e as coisas exteriores são as formas sob as quais nossa consciência se expressa. O suprimento interno se manifesta como as coisas externas de que necessitamos.

"TODA BOA DÁDIVA VEM DO ALTO…"

“TODA BOA DÁDIVA VEM

DO ALTO”

(Deus é a Fonte Única de Suprimento)

Dárcio

Quando lemos em Tiago, 1:17, que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do Alto, descendo do pai das Luzes, em Quem não pode haver variação ou sombra de mudança”, vemos uma confirmação de que tudo nos chega interiormente, e não externamente, como é aceito pela crença coletiva. A matéria não é realidade! Deus, Espírito, Consciência, é Suprimento!

O conhecimento desta Verdade fez com que Joel S. Goldsmith nos passasse o seguinte:

Tudo de que necessitarei, desde agora até o fim dos tempos, já está, agora mesmo, corporificado em minha consciência: a substância e a lei que a ampara. Esta consciência onipresente é a substância de todas as formas, e a lei para todas as formas. É infinita: infinita em essência, infinita em expressão, infinita em manifestação. Não é limitada por nenhuma crença humana; é a Consciência divina, que flui plena e livremente como minha consciência individual. E, para que assim seja, não é preciso que eu vá a parte alguma, nem que peça nada a ninguém, visto que o lugar onde já estou é “solo sagrado”.

Quando reconhecemos esta Verdade, em períodos de silêncio e quietude, “sentindo”  internamente o fluir da Substância divina em nós, externamente algo também começa a acontecer. As coisas visíveis necessárias vão aparecendo, através de inúmeros canais externos, e nós, conhecedores desta Verdade, reconheceremos serem todos eles meros “reflexos” da ação constante de nossa Fonte infinita interna: Deus, a Consciência espiritual, o “Pai em Mim”, como dizia Jesus Cristo.

"PRÁTICA DO SILÊNCIO"

“PRÁTICA DO SILÊNCIO”

Dárcio

NOSSO REFERENCIAL DE SER É DEUS, e nunca o mundo das aparências. Este mundo é mero desdobramento da Semente Divina que somos na tela hipnótica da mente humana. Nesta tela, o “tempo” parece existir! Por que? Por aparentar haver mudanças! Em Deus, tudo é perfeição permanente, mas, aos olhos do mundo, as imagens ora se mostram harmônicas, ora desarmônicas. Por isso, costumamos divulgar dois horários em que fazemos juntos a “Contemplação da Verdade”. Estes períodos, chamados de “A Prática do Silêncio”, visam a formar em cada um esta “disciplina” no que diz respeito a meditar e contemplar este REINO INFINITO em que vivemos, e que a mente humana busca nos ocultar.

Os horários são os seguintes:

3as: 20,30-21,00h

5as: 21,30-22,00h

Cada um, onde quer que esteja, poderá realizar estas “Contemplações Coletivas” da seguinte forma. De olhos cerrados, poderá ter em mente o seguinte pensamento:

“Pai, cria em mim silêncio para que eu possa discernir a Tua Presença sendo a minha!”.

Em seguida, aguardar uma resposta interior.