JÁ VEJO!

JÁ VEJO!
Noel D. Bryan Jones – El Heraldo de la Ciência Cristiana – Janeiro 1949

Em seu livro texto Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, Descobridora e Fundadora da Christian Science, relaciona a cura com a luz. Estas duas palavras, luz e cura, são virtualmente sinônimos, porque a Sra. Eddy, nesse caso não se refere à luz solar mas à percepção, ou entendimento, espiritual. Quando se fala de ver a luz, isto geralmente implica em que a verdade a respeito de alguma situação tenha sido revelada. E, quando a verdade acerca de uma condição discordante se faz evidente, à luz da Christian Science, ocorre a cura. Estudando esta Ciência descobrimos que o entendimento espiritual traz consigo a cura – a cura que resulta ao se perceber a verdade espiritual referente a qualquer situação. Isto está de acordo com a definição de luz que fez Paulo ao dizer (Efésios.5:13) … “porque tudo que se manifesta é luz.” E quando a luz nos esclarece tudo, dizemos: “Já vejo!”

O estudante de óptica tem que tomar, como base de seus estudos, um curso de física sobre a luz, já que a luz forma a base da solução de todo problema que se pode apresentar em óptica. A luz é em efeito uma parte essencial de cada problema no estudo da óptica. O estudo do livro-texto da Christian Science demonstra que sua autora estava muito bem inteirada das teorias da óptica, pois em vários casos ela emprega o fenômeno da ótica para ilustrar alguma verdade espiritual. Isto se pode verificar fazendo um estudo de suas obras, buscando por meio das Concordâncias, tudo o que versa sobre as palavras “câmara escura” (câmera), “distância focal” (focal distance), “imagem invertida” (inverted image), “cristalino” (lens), “retina” (retina), e outras muitas.

É interessante notar que, apesar dos conhecimentos de óptica que ela possuía, nossa Guia não concedia finalidade nem realidade às tais chamadas leis de óptica. Se nos volvermos a seu livro Ciência e Saúde (p.503-511),veremos que ela descobriu que a natureza e a origem verdadeiras da luz são inteiramente espirituais,e que suas conclusões referentes à óptica se baseiam no ponto de vista de que essa luz, conforme explica na p. 510: “é um símbolo da Mente, da Vida, da Verdade e do Amor,e não uma propriedade vitalizante da matéria.”

Ao tratar do que se conhece como problemas de óptica, ou enfermidades da vista, a única conclusão a que podemos chegar, à luz da Christian Science, é que os órgãos visuais chamados “olhos” têm muito pouco a ver com o problema. Jesus, que possuía mais conhecimentos verdadeiramente científicos do que qualquer outro homem que já pisou nesta terra, nos deu a entender que, em realidade, não vemos com os olhos físicos, ao dizer: “Tendo olhos, não vês?”(Marcos 8:18) A Sra. Eddy esclarece este ponto, em um artigo intitulado “A matéria não existe”, que aparece na p.31 de sua obra Unity of Good . No que se refere à visão , ela assinala que a crença da humanidade é que se vê a matéria por meio da matéria, mas isso é impossível porque a matéria por si só é incapaz de ver. Aquilo que parece capacitar a matéria para ver é o que a Christian Science denomina mente mortal, isto é, a mente humana ou carnal, que Paulo classificou como “inimizade contra Deus”; em outras palavras, uma contradição da Mente divina. Que contraditórias são as teorias mortais que declaram que mesmo que a assim chamada mente humana seja superior à matéria, não obstante depende de um terceiro elemento material chamado luz!

Não temos pois razão para descartar esta teoria contraditória acerca da visão, e buscar a base inalterável ou indestrutível da verdadeira visão? A crença mortal nos defeitos da vista ou as enfermidades dos olhos, em nada afeta a verdadeira visão do homem, porque a verdade é que o homem é imagem, reflexo, sempre unido à sua fonte divina, Deus. A luz e seus raios podem ser comparados com a Mente e suas idéias. Portanto, em realidade não necessitamos dos raios da luz solar para ver; tampouco a verdadeira visão depende do enfoque correto desses raios pelo cristalino, nem das diferentes ações musculares do olho humano, porque “os raios da Verdade infinita, quando se concentram no foco das idéias, produzem instantaneamente luz, enquanto mil anos de doutrinas, hipóteses e vagas conjeturas humanas não emitem tal fulgor.” (Ciência e Saúde, p.504)

A Mente é Tudo, portanto nada existe fora da Mente que pode perceber ou ser percebido. Fora da Mente infinita não existe nada que possa se projetar ou expressar. Como o expressou a Sra. Eddy: (Ciência e Saúde, p.126) “O pensamento humano nunca projetou a mínima parcela do ser verdadeiro.””O homem, a idéia da Mente, é a representação de todas as idéias corretas. Inclui a visão, a percepção e o poder para expressá-las. O homem é a idéia composta da Mente infinita e expressa a infinita plenitude de Deus. Portanto, qualquer crença de desordens físicas, ação defeituosa, pecado ou enfermidade é falsa, porque alega que existe algo aparte da expressão do Princípio infinito e que, devido a Mente ver tudo, tem, necessariamente, de ver a imperfeição. Mas, como a Mente só vê o que ela expressa dentro de si mesma, é evidente que a enfermidade, ou as discordâncias de qualquer índole são inexistentes, incapazes de serem vistas ou expressadas. É uma sugestão falsa a que diz que a visão pode ser material ou defeituosa.

É a Mente que vê e o homem é a expressão da Mente que tudo vê, a manifestação individualizada da percepção dessa Mente. O homem, como idéia composta, inclui dentro de si mesmo a faculdade de ver. Esta jamais ele a recebe de fora. Como Cientistas Cristãos, estamos aprendendo a ver e a reivindicar nossa verdadeira identidade. Paulo declarou: (2 Cor. 5:7): “Andamos por fé, e não pelo que vemos”. O homem vê, em sua qualidade de reflexo da Mente, da Vida, da Verdade e do Amor. Com este conceito de visão, cuidemos que nossas imagens sejam imagens perfeitas e claras da Verdade, deixando de ver as imperfeições, que jamais foram criadas pelo Amor. Isso é o que devemos fazer quando dependemos do sentido material da vista e nos vemos rodeados de gente que parece ter alguma imperfeição – coxos, enfermos, depravados, displicentes e outros. Era o conceito correto que Jesus tinha do homem o que curava o enfermo. Mantenhamos esse conceito correto, considerando todas as coisas do ponto de vista espiritual, em lugar do material; então nossos olhos não nos poderão informar acerca do que estamos vendo ou do que não estamos vendo.

Uma vez conheci uma menina que para o sentido material parecia apresentar uma condição de embotamento mental sumamente grave, junto com uma imperfeição óptica que insinuava que lhe era impossível ver. Alguns anos mais tarde, esta mesma menina, depois de estar sob o cuidado de uns Cientistas Cristãos, apresentava um quadro completamente diferente. Era muito ativa, encantadora, excepcionalmente inteligente e podia ver claramente, mesmo de longe e ainda destacava-se no desenho, na pintura e em outros trabalhos delicados. Mas, nesse momento, seus olhos estavam nas mesmas condições em que a havia visto anteriormente, sem dar nenhum sinal de funcionar de maneira natural. Literalmente estava vendo sem o uso dos olhos. O natural teria sido que os olhos também voltassem ao estado normal e, efetivamente, alguns meses depois se pôde verificar que os olhos desta menina estavam funcionando cada vez mais normalmente. Comprovou-se que os órgãos físicos cumpriam suas funções naturais, como conseqüência da percepção espiritual da menina acerca da verdadeira visão.

Os mortais às vezes crêem que a idade produz certas dificuldades no foco do olho, devido a uma mudança sofrida no sistema muscular. Se fizermos frente a essa crença sem temor, veremos o quanto é ridícula. A visão verdadeira não depende dos músculos nem de nenhum outro elemento material; tampouco depende de quanto tempo acreditamos na existência material, quer dizer, em um mundo material. O que se crê referente à deterioração da vista é exatamente o contrário do que logicamente devíamos esperar. Seria mais racional afirmar que, à medida que os homens e as mulheres progridem no entendimento espiritual, sua visão deveria aguçar-se, e assim de fato sucede.

Falando a respeito, a tal vista defeituosa nada tem a ver com a “idade” do indivíduo, mas mais com a crença geral sobre o decorrer do tempo. O problema dos óculos para ler não começa em certa idade avançada; começa no dia do nascimento. Todos nossos problemas humanos se baseiam na crença de que nascemos em certa data, que vivemos em um mundo material durante certo tempo e que depois morremos. Conta-se que Jesus uma vez disse: “Vim para destruir as obras do nascimento.”

Quando compreendemos claramente que o homem jamais nasceu, mas que sempre é a manifestação da Vida e que, por conseguinte, não está sujeito a crença do transcurso do tempo, podemos vencer natural e reconhecidamente, como Jesus o fez, as diversas crenças que argumentam que o homem tem que morrer. Só o que pode morrer é a crença de que o homem vive na matéria e que está sujeito a qualquer de suas pretensões. Jamais houve um momento em que uma maçã não caiu ao solo se foi deixada cair. Mas foi só dentro de um tempo relativamente curto na história do mundo que este fato levou Newton a descobrir a lei da gravidade, porém as maçãs sempre estiveram sujeitas a esta lei.

Assim acontece com a verdadeira faculdade da visão. Nunca houve um momento em que o homem não esteve na posse da perfeita e ininterrupta faculdade da vista. Que o homem pode ser míope, ou que não lhe seja possível perceber a gloriosa infinitude do universo espiritual em que ele habita, nunca foi certo e nunca o será. Tampouco é certo, nem jamais o foi, que o homem tenha de deixar de ser velho para poder perceber as glórias da Alma que estão tão próximas. A percepção deste fato espiritualiza o pensamento e deixa entrar a luz da Verdade.

Se algumas pessoas crêem que podem encontrar uma ajuda temporal com o uso de óculos, podemos sentir-nos agradecidos de que tal uso, no máximo, não é mais do que uma forma de crença humana acompanhando outra; uma crença no uso das lentes para ajudar a crença da vista material. Os olhos físicos e as lentes de vidro nada tem a ver com a verdadeira visão, que é eternamente espiritual, e os óculos não fazem maior dano, nem servem de maior benefício do que a crença de alguém o permita. A verdadeira visão não depende do uso dos olhos, tampouco depende do uso dos óculos, dos colírios, nem de outros auxílios materiais; nem podem essas coisas estorvar a visão. Qualquer ação que se supõe resultar do uso de auxílios materiais só pode ocorrer no reino das crenças, jamais na Verdade.

Com quanta autoridade e calma podemos reivindicar que agora mesmo o homem está livre de todo defeito da vista ou da falta de visão! A verdadeira visão consiste em expressar as qualidades da Mente – amor, alegria, equanimidade, veracidade, gratidão obediência e outras semelhantes. Contra tais não há leis ópticas que valham. Como o expressa o Mestre (Mateus 5:8): “Bem aventurados os limpos de coração porque verão a Deus” –ficarão identificados com as imagens formadas pela Mente infinita, o Amor.


– O autor deste texto era um médico oftalmologista, que depois passou a dedicar-se à Christian Science

TUDO E NADA


TUDO E NADA

Dárcio

Certa notícia dizia: “Projetaram-se imagens holográficas de pessoas em um auditório, como se fossem elas seres reais na plateia, e aqueles que foram depois chegando, crendo que os acentos estivessem realmente ocupados, pediam licença para passar, procurando alcançar as poltronas seguintes”. Projeção holográfica é uma projeção tridimensional, capaz de iludir as pessoas tal como se deu com esta experiência noticiada pelo jornal.

Imaginemos a cena: uma série de poltronas VAZIAS, e várias pessoas chegando e pedindo licença às “projeções de seres” para que lhes permitissem a passagem até às poltronas desocupadas. Quem já soubesse da projeção daria risada! Entretanto, para o intelecto dos iludidos, tudo seria lógico e natural. Quando iriam perceber o ridículo? Quando fossem informados da experiência com a holografia.

Este “mundo visível” é uma espécie de imagem holográfica, ou seja, é sem substância real, é NADA! Os ensinamentos espirituais empregam diversos termos para transmitir esta Verdade: ilusão, miragem, hipnotismo, aparência, sonho, etc. O objetivo único é: revelar que somente existe o Universo do Absoluto, e que a mente humana é NADA.

O Absoluto É! Isto significa que o Absoluto é TUDO e, consequentemente, TUDO é o Absoluto. Portanto, quaisquer considerações feitas a partir de “outra” suposta existência, são ilusórias. Exemplificando, como o Absoluto é ESPÍRITO, a chamada “matéria” é NADA. Assim, o “corpo físico” jamais existiu verdadeiramente: nunca passou de uma “imagem holográfica” que, para a mente humana iludida, parece real e dotado de substância. Que existe no lugar da “imagem holográfica” do corpo? EXISTE O ABSOLUTO, MANIFESTO COMO CORPO IMUTÁVEL, PERFEITO E ETERNO, QUE É ESPÍRITO.

Sempre temos frisado que uma “sugestão” não tem o seu equivalente como “acontecimento externo”. Na experiência citada, por mais que as pessoas iludidas cressem na presença de ocupantes das poltronas, esta sugestão jamais esteve exteriorizada como acontecimento. Qual era a sugestão? A de que as poltronas estavam ocupadas. Qual era o acontecimento externo? O de que as poltronas estavam livres. Eis como a ilusão atua hipnoticamente sobre as pessoas. Se ali projetássemos um doente, um mendigo, um ladrão, etc, QUAL SERIA O ACONTECIMENTO EXTERNO? O mesmo de sempre: as poltronas VAZIAS.

Esta analogia ilustra bem o enfoque de nosso estudo. Deus, o Absoluto, é TUDO! Nada há além de Deus; nada há além da Perfeição Absoluta. SOMOS O ABSOLUTO, UNO E INDIVISÍVEL. Melhor dizendo, O ABSOLUTO ESTÁ SENDO TODOS NÓS! Não existem “acontecimentos externos” para serem melhorados. Conservemos esta ilustração das imagens holográficas em mente, para não nos deixarmos iludir pelas sugestões ilusórias da aparência, que são o “vazio”, puro NADA!

A Chave de Ouro, de Emmet Fox, conhecida mundialmente, diz para “deixarmos de pensar no problema, seja ele qual for, para reconhecermos a Presença de Deus já ocupando exatamente o lugar do problema”. Este procedimento tem tudo a ver com o que acabamos de expor. Coloque-o em prática!

"VESTINDO A CAMISA DA VERDADE"

“VESTINDO A CAMISA DA VERDADE”

DArcio

A primeira coisa que alguém que estuda a Verdade deve saber é que estas revelações são verdadeiras. Não são teorias a serem testadas! Quem “veste a camisa da Verdade” vive em seus princípios e neles se conserva destemidamente, de modo radical e inabalável. Se notar algum problema físico, saberá que este “corpo físico” não é ele! Saberá que este corpo físico é uma ilusão na forma de imagem de corpo! Saberá que esta imagem é falsa, uma imagem hipnótica de corpo, mais nada! Imagem hipnótica não pensa! Se há “algo pensante”, no sentido de admitir: “Há uma imperfeição aqui”, podemos sabemos que esta ideia não é de Deus, não é nossa, e é a ILUSÃO! Sim, pois uma ideia que não vem de Deus é ilusória! Precisa ser desconsiderada como tal!

O Corpo que temos é espiritual, “feito” com a única matéria-prima real e substancial que existe: O VERBO DIVINO! Separar conscientemente o CORPO da ILUSÃO (em meditação) é o que deve ser feito! Jamais o CORPO tem qualquer problema! Jamais o CORPO nasce, muda ou morre! É preciso “vestir a camisa da Verdade”, ou seja, fazer uma identificação plena com este eterno Corpo-Templo que somos, sem mais nos identificarmos com suas sombras projetadas no “chão da ilusão”. “Glorificai a Deus no vosso corpo”, disse Paulo.

Se notar algum problema financeiro, o que fará? Já postei um artigo sobre isso, dias atrás, intitulado “OLHOS AO CÉU”! A pessoa vive em Deus, mergulhada na Essência Autossuprida! E“formando” esta Essência de infinita abundância! Ela já é herdeira do Infinito inteiro! Irá cair no “trote” da carência? Assim não dá! É preciso “vestir a camisa da Verdade”, isto é, parar de olhar “miragens” de carência humana para se ver como Jesus, que dizia: “TUDO QUE É MEU É TEU, e TODAS AS TUAS COISAS SÃO MINHAS! Não é possível que um estudante da Verdade ainda perca tempo olhando se há suprimento em bolsos da matéria! Somos a expressão da Riqueza Infinita! Formamos o Autossuprimento absoluto! É preciso fazer a identificação plena com esta Verdade!

Se notar algum problema de relacionamento, solidão, depressão, tristeza, ou qualquer outro “tipo de nada”, a pessoa irá endossar esta farsa? Nem teria cabimento! Deverá “vestir a camisa da Verdade”,isto é, saber que “EU E O PAI SOMOS UM”, e sair confiante, ALEGRE e plena, consciente de que no VERBO que ELA É, não há mudanças e muito menos mudanças para pior!

Em suma, DEUS É TUDO! TUDO É DEUS! DEUS VIVE! DEUS É A NOSSA VIDA! Esta Verdade não será discernida por alguém que perca tempo dando atenção á mente humana e suas mentiras! “Vista a camisa da Verdade!” VOCÊ É A VERDADE!

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IMERSO NO OCEANO DE LUZ VIVA

IMERSO NO

OCEANO DE LUZ VIVA

Dárcio

Quanto mais profunda e direta for uma mensagem inspiradora, mais lhe exigirá uma “Imersão Contemplativa” no Oceano de Luz Divina.

Quem não avança além das leituras, palestras e conversas consecutivas sobre Deus e espiritualidade, assemelha-se a alguém que passa um tempo enorme lendo e se informando continuamente sobre “como nadar” sem, porém, jamais entrar na água.

Joel S. Goldsmith disse o seguinte: a maioria já conhece além do necessário sobre a “letra da Verdade”; deve, agora. “deixar-se embeber do Espírito!” Isto é importantíssimo! Há pessoas que leem livros e mais livros sobre a Verdade, sem que percebam que o mesmerismo atua nelas justamente por aí: nas incessantes leituras e conversas que as desviam da percepção direta da Realidade espiritual.

DEUS É TUDO! Esta é a Revelação. E, como diz a Bíblia, “a palavra mata, mas o espírito vivifica”. Utilize pequena porcentagem de seu tempo às leituras inspiradoras para, imediatamente, “entrar em Contemplação Silenciosa” das Verdades lidas, numa consciente IMERSÃO NO OCEANO DE LUZ VIVA!

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O GERENTE JÁ TEM DOIS METROS…

O GERENTE

JÁ TEM

DOIS METROS DE ALTURA!

Dárcio

Quando Jesus disse: “Vós, deste mundo, não sois”, estaria considerando dois mundos? Não! Não há dois mundos! Assim como não existe Verdade e mentira! Que é a mentira? Uma crença falsa que não condiz com a Verdade, por não ser verdadeira. Suponha que o gerente de uma loja tenha dois metros de altura; e suponha, também, que um cliente chegue a esta loja desejando falar com o gerente. – “Em que andar fica o gerente? Como ele é, para que eu o possa reconhecer?”, pergunta ele. Se alguém lhe der uma informação errada, de que o gerente é uma pessoa de um metro e meio de altura, esta mentira criará “corpo” na mente desse cliente, e ele passará a procurar externamente, na loja, uma ILUSÃO SEM FATO CORRESPONDENTE. A mentira que ele ouviu sobre a verdade é nada! Não existe tal gerente em parte alguma da loja!

Passemos, agora, ao nosso estudo. Deus, Espírito, é TUDO! Portanto, JÁ SOMOS realmente Emanações do Espírito, “seres à Sua imagem e semelhança”, como diz a Bíblia. Que é a mentira? A crença de que somos algo além de Deus e diferentes dEle. Esta ilusão poderia estar exteriorizada? Poderia gerar fato real no mundo? Alguém poderia “estar no mundo” dando testemunho desta mentira? Claro que não! Ela corresponde ao “gerente de um metro e meio”. Só “existe” como ILUSÃO! Por isso a frase de Jesus: “Vós, deste mundo, não sois”, que citamos logo no início. Portanto, quando alguém se vê como um mortal cheio de problemas, vivendo na matéria, em vez de se contemplar como o Eu único e Perfeito, está “vendo” a mentira, a ILUSÃO, e não a Verdade. Jamais existiu sequer um único mortal em qualquer parte do Universo! Aquele seria o “gerente de um metro e meio”, figura ilusória que apenas fica retida temporariamente como crença falsa na mente do iludido cliente mal informado! Indo o cliente até o gerente verdadeiro, de dois metros de altura, de início até poderá não reconhecê-lo! Esperava ver alguém com um metro e meio! Mas, tão logo ele próprio se apresente como tal, o erro NA HORA se esvairá. Era “erro”; jamais chegou realmente a existir! Jamais esteve sendo verdade! Jamais esteve exteriorizado como fato!

DEUS É VOCÊ! Este é o Fato eterno! Aplique já o que acabou de ler, e pare de ser ludibriado pelas informações falsas da mente humana! Assim como aquele “gerente de um metro e meio” JÁ TEM “dois metros de altura”, VOCÊ JÁ É O CRISTO! Não caia na arapuca de aceitar que esta Verdade será verdadeira “quando” o gerente de um metro e meio “crescer” e alcançar dois metros! É nesse “trote” que caem os adeptos da “evolução”. DEUS É TUDO JÁ! INCLUSIVE VOCÊ! E UNICAMENTE EXISTE “ESTE” AGORA! Feche os olhos e contemple diretamente esta Verdade!

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CULTO DA IDENTIFICAÇÃO

CULTO

DA IDENTIFICAÇÃO

Dárcio

Quantos já não leram, em I Coríntios 6: 20, que devemos “glorificar a Deus em nosso corpo e em nosso espírito, os quais pertencem a Deus”! Se o corpo é “nosso”, se o espírito é “nosso”, e pertencem “a Deus”, que está realmente nos dizendo a citação? Que Deus é o nosso Ser!

É chegado o momento de você colocar um ponto final aos “cultos dualistas”, aqueles que o veem como alguém “cultuando” a um Deus separado”! Você deve pôr fim, inclusive, às ideias de “receptividade a Deus”, como se houvesse um Revelador e outro a “ter a Revelação”. Esta questão da “receptividade” foi muito empregada nos estudos; ela cumpriu um propósito momentâneo, mas, convenhamos, ela precisa desaparecer! O verdadeiro “Culto” é a sua Identificação total com a Verdade: “Este Corpo, que é meu, é o Corpo de Deus; este Espírito, que é meu, é o Espírito de Deus; isto porque “Eu e o Pai somos um e o mesmo!”

Os profetas da Antigüidade, mesmo tendo tido fortes vislumbres da Verdade, deixaram-nos passagens de colocações dualistas; na maioria das vezes, a expressão “Disse o Senhor…” constava de suas frases reveladas! A questão é a seguinte: “Disse o Senhor A QUEM?” Nosso Corpo e nosso Espírito não são de Deus?

Enquanto for aceito “ALGUÉM”, ao lado de MIM, não haverá Verdade Absoluta conhecida!

Faça o “Culto da Identificação”:

“Este Corpo, que é o Meu Corpo, pertence a Deus;

este Espírito, que é o Meu Espírito, pertence a Deus!” Isto porque ao lado de MIM, inexiste “outro”; isto porque: “Quem me vê a Mim, vê o Pai”.

PENSE EM SUA CONSCIÊNCIA

!

PENSE EM

SUA CONSCIÊNCIA

Dárcio

Assim como “você” pode pensar em alguma coisa, em um carro, por exemplo, pense em sua consciência. Sim, pense nela como algo que você possui. Sua Consciência, é claro, está consciente de ser VOCÊ! Pense nela dessa forma:

“Eu, neste instante, penso unicamente

na Consciência que eu possuo

e que está consciente de ser meu Eu”.

Agora, prossiga pensando que esta Consciência que você possui, e que é consciente de ser VOCÊ, está consciente de ser VOCÊ sem incluir a mente que vinha até agora pensando nela. Continue se identificando com esta Consciência, que é SUA, que tem consciência de ser VOCÊ, mas que não inclui a “mente” que até aqui vinha pensando nela. Dedicando-se a este treinamento, você discernirá a Verdade: a SUA Consciência é VOCÊ! Consciente de ser VOCÊ! E sem jamais ter tido noção alguma de “mente humana”.

Nunca houve a suposta “mente que pensava em sua Consciência”. E, sem ela, não há ilusão!

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MANIFESTANDO A VIDA INFINITA – 19 – Final

MANIFESTANDO A

VIDA INFINITA

Masaharu Taniguchi

19

Quando aprendemos a experimentar a “vida” do Infinito dentro de nossas próprias “vidas”, nunca mais veremos doenças,  não ouviremos sobre doenças e nem pensaremos mais nelas. Até a palavra doença começa a desaparecer do nosso mundo. Mesmo que alguma desarmonia ou dor ainda apareçam em nosso corpo físico, saberemos que eles são irreais; teremos já atingido o estágio de não mais pensar em doenças; e assim, não mais nos referiremos a tais experiências como se fossem doenças. O nome da doença não deverá mais ser pronunciado; deverá ser banido do reino da existência. Como Deus é o Todo, a perfeição de Deus aparece na atualidade, e nós desfrutamos de paz e boa saúde. Quando nos acostumarmos com este estado mental alcançado, seremos capazes de entrar profundamente na Meditação Shinsokan simplesmente com a repetição de “Deus é o todo de tudo”, ou, “Somente Deus existe”.

Praticar a Meditação Shinsokan significa focalizar nossa consciência na Imagem Verdadeira do nosso ser. Quando a consciência fica totalmente concentrada no reino de Deus, nossas mentes são absorvidas pela aparência original da realidade. Unicamente a perfeição da Imagem Verdadeira fica retida em nossa consciência e passamos a não mais tomar conhecimento de algo além daquela Imagem Verdadeira. Quando nossas mentes permanecem continuamente no Mundo da Realidade, logicamente não deixamos de tomar consciência de toda condição imperfeita pertencente ao mundo fenomênico. Nossas mentes não conseguirão mais experimentar qualquer doença, dor ou fracasso. Todo o mal seria expulso da mente. Pode ser que isto soe estranho, mas quando nossas mentes entram no Reino de Deus, os nossos corpos físicos entram juntamente com elas. A explicação é a seguinte: o corpo é apenas uma sombra da mente. Não podemos viver em mundos diferentes e opostos ao mesmo tempo, e se entrarmos no Reino de Deus, o corpo também entrará simultaneamente. As falsas condições imperfeitas são expulsas do reino da consciência, e nós atingimos uma consciência da mais elevada e absoluta boa saúde.

A Meditação Shinsokan é uma forma de prece, mas não do tipo em que pedimos algo que ainda não possuamos. É uma prece em que afirmamos já sermos possuidores da coisa em questão. Sendo assim, não deveremos pedir por boa saúde, quando quisermos possuí-la. Se ficarmos pedindo por boa saúde, seremos levados a acreditar que alguém não esteja bem. O homem é filho de Deus; portanto, ele já está desfrutando da saúde perfeita; não há necessidade de ele ficar buscando pela boa saúde. Basta apenas que  acredite já estar agora em plena saúde como filho de Deus, e penetrar na consciência da Imagem Verdadeira. Ele deverá saber que a perfeição da Imagem Verdadeira é a “Verdade”, que Deus é o Todo de Tudo, e saber, com a totalidade de seu ser, que ele é “um com Deus”. Precisará afirmar profundamente, do fundo de sua alma, que todos os seus desejos já foram atendidos.

F  I  M

A ILUSÃO COMO NADA

A ILUSÃO

COMO NADA

Joel S. Goldsmith

Tivemos, sobre a face da terra, pessoas espiritualmente iluminadas que perceberam que não existe morte; algumas perceberam inclusive que não há nascimento. Há aquelas que discerniram a inexistência da doença sobre a terra, e que não há realidade alguma em quaisquer destas aparências negativas. No início, Buda fundamentou a sua revelação inteira não sobre aquilo que Deus é, mas sobre aquilo que o erro não é. A revelação que lhe veio quando meditava, foi que a totalidade destas aparências eram ilusão, e não realidade; que não estavam se dando no tempo ou espaço, mas ocorrendo somente num conceito mortal universal. Jesus teve a mesma percepção, pois olhando para Pilatos, disse: “Não terias poder algum”, embora todas as aparências testificassem o fato de ser ele o legislador e, portanto, alguém dotado de todo poder naquela região. Jesus foi capaz de olhar toda doença e dizer: “Qual é o teu impedimento? Levanta-te, toma teu leito e anda”. E foi capaz de olhar para o pecador e dizer: “Nem eu te condeno”. Eu não penso que Jesus tivesse condenado o pecado. Ele reconhecia que o pecado, como pecado, não existia.

Muito pouco deste princípio veio à luz nos anos seguintes, embora alguns místicos maravilhosos tivessem estado na terra, atingindo a consciente realização de Deus, a unicidade consciente com Deus, a união consciente com Deus; porém, em suas revelações, não perceberam que acusar a Deus por causa daqueles erros era tornar Deus responsável por eles, era fazer deles realidade. Assim, tivemos muito pouco sobre o assunto, até surgir a obra Ciência e Saúde original. Nela, tornou-se claro outra vez, e pela primeira vez em séculos, que Deus é o único Poder e que estas aparências de discórdia não têm realidade.

A Sra. Eddy reuniu todas as discórdias que, juntas, recebeu o nome de “mente mortal”; depois, explicou que “mente mortal” não era alguma coisa, mas tão-somente um termo para designar o “nada”. Alguns de seus primeiros alunos, e eu pude conhecer dois deles em Boston, foram maravilhosos sanadores, sem mesmo possuir profundo conhecimento de religião ou da Ciência Cristã. Foram, porém, sanadores grandiosos pelo fato de terem captado este ponto único; assim, fossem quais fossem os problemas a eles trazidos, apenas sorriam e reconheciam: “Mente mortal”, significando, para eles, o “nada”. Conseguiam se voltar daquilo sem reagir, sem temer, sem se proteger, apenas devido à percepção de que tudo que se lhes apresentasse como pessoa ou condição malignas poderia ser englobado naquela terminologia: ”mente mortal”. E a expressão “mente mortal” era apenas um nome, não uma condição, uma pessoa, ou uma coisa, mas meramente um nome, utilizado para designar o “nada”.

Assim como este ensinamento ficou perdido, após a geração de Buda, também se perdeu provavelmente pela metade, na Ciência Cristã. Alguns ainda há, que captaram este ponto, porém, não muitos. Nos dias de Buda, o erro foi este, que aqueles não próximos ao mestre original tomaram a palavra ilusão e a externaram. Diziam que pecado, doença e morte eram ilusão; porém, que deveriam “se livrar da ilusão”. No sentido original, revelava-se que tudo era ilusão, uma imagem mental do nada. Tudo era uma ilusão no pensamento, uma imagem mental, sem substância, sem realidade. Não passava de uma crença infundada sobre algo; um simples boato. Porém, os hindus passaram a chamar este mundo de maya, de ilusão, e o descartaram; ora tentando escapar dele pela morte, ora ignorando-o. Bem, a Índia não é um bom exemplo de uma fé verdadeira, de uma fé em continuidade. Contudo, os Cientistas Cristãos, muitos deles, cometeram o mesmo erro. Deixaram o hábito de dizer, “estou com resfriado, estou com gripe”, para dizer, “Eu tenho uma ilusão; você ajuda-me a ficar livre dela?” Ou, ainda, “Você me protegerá ou me fará um trabalho de proteção da ilusão?” Ora, um praticista poderia estar tão ocupado em Boston, às quartas e domingos, que ele não teria nada a fazer, senão sentar-se dia e noite e fazer trabalho de proteção do inimigo.

Tudo isso retorna à natureza inata, humana, que realmente acredita em dois poderes, o poder do bem e o poder do mal, chamado o poder de Deus e o poder de Satanás, ou, em filosofia, bem e mal, ou, na metafísica, imortal e mortal: sempre um par de opostos), em vez de se encarar um deles como “tudo”, e o outro como” nada”, uma ilusão, maya, um falso conceito de algo, uma ignorância de algo.

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NUNCA PEÇA PARA O DIA DE AMANHÃ

NUNCA PEÇA

PARA O DIA DE AMANHÃ

Irene S. Bowker

Os haitianos têm o seguinte provérbio: “Atrás de uma montanha está outra montanha.” Talvez esse dito indique uma maneira prática de encarar os obstáculos que necessitam ser suplantados no futuro. No entanto, há muita gente que sente uma certa preocupação de encarar os obstáculos e até mesmo medo de nunca ser capaz de se libertar deles e não conseguir progredir. Quando nos sentimos assoberbados, às vezes temos a tentação de adiar as questões, dizendo para nós mesmos: “Tratarei disso amanhã”, com a vaga esperança de que a passagem do tempo facilite de algum modo a resolução dum determinado problema.

São atitudes como essas que pretendem impedir-nos de reconhecer o bem sempre presente. Na minha vida muitas vezes fui movida a mudar de perspectiva, adotando uma visão espiritual que me ajuda a ver mais facilmente a incessante e invariável continuidade do bem.

Poderemos ter certa dificuldade em compreender esse conceito, se nos consideramos mortais isolados, automotivados e à mercê do acaso. Essa maneira de encarar as coisas debilita nossas possibilidades de resolver problemas e torna quase impossível fazê-lo. Contudo, ao compreendermos um pouco melhor nossa relação com Deus, ao nos apercebermos de que somos as Suas ideias espirituais, divinamente criadas, orientadas e eternamente sustentadas por um Pai que estima o Seu Filho com ternura maternal, bem como com força paternal, será natural esperar um dia pleno de bênçãos. Então, tal como o Salmista, declaremos: “Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.” Tenho vindo a sentir-me reconfortada e alegre à medida que vou tomando consciência do que é possível, ao enfrentar o dia sob esse ponto de vista.

No entanto, o que dizer quando nos sentimos tentados a protelar o tratamento dum determinado problema para mais tarde, para quando tivermos mais tempo, nos sentirmos mais aptos ou, simplesmente, quando já não tivermos mais desculpas? Poderá, então, ser útil fazer uma pausa nesse mesmo momento e reconsiderar mais profundamente a proximidade imediata do cuidado de Deus. Deus, que é Amor infinito, mantém e sustenta o Seu filho agora e para sempre. É essa a razão pela qual não temos de esperar que o tempo passe para encontrar soluções para os nossos problemas. Em vez disso, podemos confiar em que neste preciso momento, hoje, as nossas necessidades estão sendo supridas, mesmo quando ainda não estejamos vendo a evidência desse fato espiritual.

Poderá ser tentador pensarmos que assuntos de menor importância, tais como tarefas diárias ou dissabores passageiros com amigos ou colegas de trabalho, não se encontram sob a jurisdição de Deus. Ou talvez estejamos enfrentando um problema aparentemente grave, físico ou financeiro, e já não temos esperança de poder corrigi-lo. Ainda assim, cada vez mais que ganharmos um claro vislumbre da verdadeira natureza de Deus como Amor infinito e do homem como a ideia do Amor, veremos maior evidência do controle amoroso e total que Deus tem do nosso dia. Perceberemos também que não há nada a recear pelo dia de amanhã, uma vez que esse dia pertence a Deus também.

Certa vez, vivi uma situação que me ajudou a libertar-me da tendência de me preocupar acerca de qualquer problema que o dia de amanhã me pudesse trazer. Quando estávamos de mudança para outro estado, minha família e eu pernoitamos num hotel. Acordei muito cedo, antes do resto da família, amedrontada e preocupada com o que nos esperava. Naquela altura, ainda nem sequer sabíamos onde iríamos viver nem trabalhar. Procurei dentro de uma gaveta a Bíblia, que é normalmente fornecida pelos hotéis, abri-a ao acaso e li a reconfortante declaração de Cristo Jesus: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” Essas palavras gritaram-me: “Confia!” O confiar passou a ter um significado muito profundo para mim. Confiar já não significava apenas a esperança de que um Deus longínquo quisesse me auxiliar. Eu me apercebi de que a verdadeira confiança engloba a compreensão da bondade todo-poderosa de Deus, bem como da relação inseparável do homem com Deus. Nessa manhã, ao me recordar dessa relação inviolável, o medo que tinha vindo a sentir foi expulso e eu me encontrei pronta a confiar em Deus. Pouco tempo depois as nossas necessidades de alojamento e emprego foram satisfeitas.

À luz das frequentes previsões assoladoras em relação à economia, é reconfortante compreender a totalidade de Deus. Muita gente tem se apercebido de que a Ciência Cristã lhes tem ensinado uma maneira prática e sensata de confiar nEle ao procurar orientação, quando confrontados com alguma dificuldade. Assim, examinemos cuidadosamente as bênçãos deste dia, em vez de tentar resolver hoje os problemas do dia de amanhã. O confiar na invariável e inesgotável bondade de Deus concede-nos uma base segura, a partir da qual poderemos combater qualquer previsão sombria sobre o dia de amanhã. Numa de suas obras, a Sra. Eddy aconselha: “Nunca peçais para o dia de amanhã; é suficiente que o Amor divino seja socorro bem presente; e se esperardes, sem jamais duvidar, tereis a todo o momento tudo o que necessitais.”

Por mais sombrias que as circunstâncias que se nos apresentam possam parecer, Deus está cuidando de nós a todo momento. Assim, tal como eu fiz há muito tempo naquele quarto de hotel, torna-se essencial ganhar uma profunda apreciação pelas possibilidades que o dia de hoje nos dá e reafirmar que um Deus, que Ele cuida de nós, e que, uma vez que Ele já está conosco, podemos ver provas da Sua presença hoje mesmo.

(De O ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ)

AFIRME DEUS, EM SUA INTERIORIZAÇÃO

AFIRME DEUS, EM SUA INTERIORIZAÇÃO

Dárcio

“É do agrado do Pai dar-nos o Reino”, disse Jesus. Ao dar início às contemplações da Verdade, afirme Deus como TUDO! Sinta-se interiorizando e, ao mesmo tempo, se soltando na “Paz que ultrapassa o humano entendimento”. Afirme e se interiorize ao mesmo tempo! Não deixe a mente vazia! Não desgrude a atenção de seu objetivo! Deus está sendo o seu Ser real e único!

Suas contemplações são no sentido de você somente discernir fatos já acontecendo! Tudo está acontecendo agora! No Reino do Espírito! Não existe outra ação, senão a Oniação! Afirme isso, e se interiorize! Em outras palavras, afirme e já sinta ser esta a Verdade eterna sobre você e sobre o Universo. Você irá, silenciosamente, constatando a grandiosa revelação de Jesus de que, realmente,

o Reino lhe é dado com agrado

pelo Pai!

*

"OLHOS AO CÉU" -(II) Final

“OLHOS AO CÉU”

Dárcio

(II)

Um ponto importante deve ser também notado: A Lei Divina atua igualmente em benefício de todos nós, que somos filhos espirituais de Deus. Jesus não orou somente por si mesmo: “ergueu os olhos ao céu” e pôde constatar o farto suprimento do Pai celestial para todos os presentes. A oração correta é de abrangência universal: “Erguemos os olhos ao céu” e contemplamos a amorosa Lei Divina atuando em favor da humanidade inteira.

A oração de Jesus era universal: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim” (João 17: 20). Que significa esta passagem? Significa que Jesus orou em prol de CADA UM DE NÓS. Quando aceitamos a Palavra de Deus, a oração de Jesus atua a nosso favor, e “os pães e peixes” necessários à nossa subsistência surgem naturalmente.

Jesus fez também a oração: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste (…) para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviastes a mim, e que os tem amado a eles como me tens amado a mim” (João 17: 21-23). Esta Visão iluminada deve ser nosso ponto de partida, para que realmente nos vejamos não como humanos almejando perfeição, mas sim como a “perfeição em unidade” já presente, que é Deus sendo todos nós.

Somos “deuses”, seres puramente espirituais. Ao reconhecermos esta Verdade, estaremos aptos a repetir a frase bíblica: “Posso todas as coisas nAquele que me fortalece” (Fil. 4: 13). “Adorar a Deus em espírito e em verdade” é reconhecer Sua onipresença; é reconhecer a nossa UNIDADE ou COMUNHÃO com o Único, com o Infinito, com o próprio Deus. Este conhecimento faz com que as crenças de limitação se evaporem! A Verdade nos torna livres!

Para encerrar, registramos mais uma vez a passagem da multiplicação de pães e peixes, símbolo da “Lei Divina de Suprimento”; ela nos faz recordar que toda coisa limitada da aparência deve ser vista como “sombra finita” da opulência infinita da Essência:

“TOMANDO

OS CINCO PÃES E OS DOIS PEIXES,

ERGUEU OS OLHOS AO CÉU E OS ABENÇOOU.

TODOS COMERAM E SE FARTARAM

E AINDA SOBEJOU”.

*

NO SEIO DE DEUS

*

NO SEIO DE DEUS

Masaharu Taniguchi

Voltado para o Sol que desponta, com os olhos fechados e mãos em posição de prece, recite de modo ritmado vinte vezes cada estrofe, em voz baixa, audível apenas aos seus ouvidos. Você atingirá um estado espiritual de êxtase como se estivesse no seio de Deus.

Deus é o todo de tudo.

Deus é Vida perfeita.

Eu sou a Vida de Deus,

Eu sou aquele que é saudável,

Eu sou aquele que é inadoecível,

Eu sou aquele que é imortal,

Eu sou aquele que possui força infinita.

Deus é o todo de tudo.

Deus está presente em tudo e me orienta.

Deus é a sabedoria que traz prosperidade.

Deus me conduz pelo caminho da harmonia.

Deus me conduz pelo caminho da prosperidade.

Deus é o todo de tudo.

Deus está presente em todas as coisas e me protege.

Deus é o Amor sublime e perfeito.

Estando Deus a proteger-me sempre,

Estou livre de temores,

Estou repleto de felicidade.

*

"OLHOS AO CÉU"

“OLHOS AO CÉU”

Dárcio

( I )

“Tomando os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e os abençoou. Todos comeram e se fartaram e ainda sobejou”

(Mateus 14: 19,20).

A multiplicação de pães e peixes, feita por Jesus, ilustra a grandiosa “Lei Divina de Suprimento” em ação. Nosso papel é o de nos enquadrarmos nesta Lei de modo pleno, através de uma sintonia perfeita e comunhão interna com Deus, e nos abrirmos à sua ação de modo a sermos por ela beneficiados.

Jesus não se deixou levar pela limitação visível: “ergueu os olhos ao céu”, ou seja, voltou-se ao Reino de Deus, que em seu conhecimento estava dentro dele próprio, e o suprimento invisível se tornou visível diante de todos. Que mecanismo há nesse processo? Podemos chamá-lo de oração correta.

Orar corretamente é “adorar o Pai”, é “buscar o Reino em primeiro lugar”, é buscá-lo “dentro de nós”. Este é o sentido de “erguer os olhos ao céu”. Esta “adoração a Deus” nos é ensinada pelo próprio Jesus: “Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4: 21-24).

Oração nada tem a ver com o mundo visível ou material. Nada tem a ver com religiões, seitas ou entidades religiosas deste mundo. Os verdadeiros adoradores, segundo Jesus, “adorarão o Pai em espírito e em verdade”.

Diante dessa explicação de Jesus, disse-lhe a mulher: “Eu sei que o Messias vem; quando ele vier, nos anunciará tudo”. E Jesus disse-lhe: “EU O SOU, EU QUE FALO CONTIGO” (João 4: 25-26). O Espírito de Deus é onipresente! Jesus ensina que o Cristo é, portanto, o Espírito de Deus já presente “dentro” de todos nós. Esta velha crença, “quando ele vier”, é refutada na hora por Jesus: “EU O SOU, EU QUE FALO CONTIGO”, isto é, O CRISTO JÁ É VOCÊ! Por isso a Bíblia registra que “Cristo é tudo em todos” (Colossenses 3-11), e que “Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” (Atos 17:28).

A “Lei Divina de Suprimento” é sempre atuante, e damos provas dela quando “erguemos os olhos ao céu”. Em outros termos, quando deixamos de dar crédito à aparência visível, abençoando aquilo que de pronto tivermos à nossa frente, com a atitude interna de reconhecer a abundância infinita já presente no Reino invisível do Espírito de Deus, todas as coisas necessárias visivelmente nos “virão por acréscimo”. Este é o mecanismo de atuação da “Lei de Suprimento”; este é, portanto, o mecanismo da “oração correta”.

Continua…

OS PROBLEMAS SÃO OS PROBLEMAS?

OS PROBLEMAS

SÃO OS PROBLEMAS?

Dárcio

Diante da revelação de que “Deus viu tudo quanto fizera e achou muito bom”, quem estuda a Verdade deve confiar nesta regra sem se deixar enredar por opiniões contrárias. A mente humana dá o testemunho dos homens, vendo imperfeições, defeitos e problemas por toda parte. E a maioria continua crendo mais nestas mentiras do que na Verdade do testemunho divino. Os problemas não são os problemas! Os problemas se reduzem a um só, e que está fora de todos eles! O problema único está em se dar crédito ao testemunho dos sentidos humanos, em vez de se dar crédito à perfeição onipresente que é real e aparenta estar oculta!

É preciso levar a sério as revelações! É preciso parar conscientemente de se dar crédito às aparências! Não significa fingir que não as vemos! Pelo contrário, elas devem ser reconhecidas como “vistas”, mas IRREAIS, assim como os trilhos de trem são “vistos” se juntando à distância, numa irrealidade total! Este treinamento constitui o estudo da Verdade. Cada quadro de aparente imperfeição deve ser imediatamente traduzido internamente:

“Isso não é como está sendo visto! Isto, que é visto como imperfeito, é a PERFEIÇÃO que a mente humana não consegue ver”.

Isto não deve somente ser afirmado! Deve ser afirmado até que sintamos uma convicção interna! Precisamos nos dedicar a esta visão correta, senão o estudo ficará somente na teoria! Lembre-se: o “testemunho de Deus” é sempre o real! Toda vez que você aceitar o “testemunho” da mente que vê imperfeições, estará endossando algo que é NADA! “Trilhos que se juntam”! ILUSÃO!

QUE É DEUS – III (Final)

QUE É DEUS?

(A VIDA E O ENSINAMENTO DOS

MESTRES DO ORIENTE)

Baird Spalding

(III Final)

“Por mais de cinquenta anos, depois daquele dia na cruz, ensinei e vivi com meus discípulos, muitos dos quais eu amava muitíssimo. Naqueles dias, nós nos reuníamos num lugar tranquilo fora da Judéia. Ali estávamos livres dos olhares indiscretos da superstição. Muitos adquiriram ali os grandes dotes e levaram a cabo um grande trabalho. Vendo, então, que, se eu me ausentasse por algum tempo, eu seria capaz de ensinar e ajudar a todos, ausentei-me. Além disso, eles estavam dependendo de mim em lugar de depender de si mesmos; e, no intuito de tomá-los autoconfiantes, era mister que eu me afastasse. Se eles tinham vivido em íntima associação comigo, não teriam podido encontrar-me de novo se o quisessem?

“A cruz foi, no princípio, o símbolo da maior alegria que o mundo jamais conheceu. O fundamento da cruz é o lugar em que o homem pisou na terra pela primeira vez e, portanto, a marca que simboliza a aurora de um dia celestial aqui na terra. Se vocês quiserem rastreá-la constatarão que a cruz desaparece de todo e que ela é o homem em atitude de devoção, de pé no espaço com os braços erguidos num gesto de bênção, mandando seus dotes a humanidade, derramando suas dádivas livremente em todas as direções.

“Quando vocês souberem que o Cristo é a vida apropriada dentro da forma, a energia crescente que o cientista vislumbra, mas não sabe de onde vem; quando sentirem com o Cristo que a vida é vivida de modo que pode ser dada livremente; quando aprenderem que o homem é obrigado a viver ao lado da constante dissolução das formas, e que o Cristo viveu para desistir do que o corpo dos sentidos ambicionava, pelo bem que ele não podia gozar naquele momento — vocês serão o Cristo. Quando se virem como parte da vida maior, mas dispostos a sacrificar-se pelo bem do todo; quando aprenderem a agir direito sem ser afetados pelo resultado da ajuda; quando aprenderem livremente a renunciar à vida física e a tudo o que o mundo tem para dar (isto não é nenhum sacrifício de si mesmo, pois quanto mais derem de Deus verificarão que têm mais para dar, embora, às vezes, o dever pareça exigir tudo o que a vida tem para dar. Vocês conhecerão também que aquele que quer salvar sua vida a perde) verão que o ouro puro está na parte mais profunda da fornalha, onde o fogo o purificou completamente. Vocês encontrarão grande alegria em saber que a vida que deram a outros é a vida que conquistaram. Saberão que receber é dar livremente; que, se abdicaram da forma mortal, uma vida mais elevada prevalecerá. Terão a alegre certeza de que uma vida assim conquistada é conquistada para todos.

“Vocês precisam saber que a Grande Alma de Cristo pode descer ao rio e que o andar sobre as águas só tipifica a simpatia que vocês sentem pela grande necessidade do mundo. Então vocês serão capazes de ajudar seus semelhantes sem se jactarem de virtuosos; podem passar o pão da vida às almas famintas que vieram procurá-los, mas esse pão nunca diminuirá pelo fato de ser dado; precisam continuar com energia e saber plenamente que são capazes de curar todos os que vieram procurá-los, doentes ou cansados ou pesadamente carregados, com a Palavra que deixa inteira a alma; vocês são capazes de abrir os olhos dos cegos por ignorância ou por opção. (Não importa quão baixo esteja a alma do cego, pois ele precisa sentir que a alma de Cristo está ao seu lado, e precisa descobrir que vocês pisam com pés humanos o próprio solo que ele pisa. Então conhecerão que a verdadeira Unidade do Pai e do Filho está dentro e não fora. Saberão que precisam permanecer serenos quando o Deus exterior é posto para fora e somente o Deus interior permanece. Precisam ser capazes de conter o grito de dor e de medo ao soarem as palavras ‘Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?’ Mesmo assim, nessa hora, não precisam sentir-se sozinhos, pois devem saber que estão com Deus; que estão mais próximos do coração do Pai amante do que nunca. Precisam saber que, na hora em que tocam a tristeza mais profunda, é a hora em que começa o seu maior triunfo. Com tudo isso, vocês precisam saber que a dor não pode tocá-los.

“A partir dessa hora, sua voz soará com um grande canto livre, pois saberão que vocês são o Cristo, a luz que brilhará entre os homens e para os homens. Conhecerão a treva que existe em toda a alma que não encontra uma mão auxiliadora para apertar enquanto caminha pela estrada acidentada antes de descobrir o Cristo no seu interior.

“Vocês precisam saber que são realmente divinos e, sendo divinos, precisarão ver que todos os homens são como vocês. Saberão que há lugares escuros que terão de trans­por com a luz que levarão para o mais alto, e a alma de vocês ressoará em louvor do fato de poderem prestar serviço a todos os homens. E então, com um grito alegre e livre, subirão ao seu ponto mais alto na união com Deus.

“Agora sabem que não há substituição de sua vida por outras vidas, nem de sua pureza pelos pecados dos outros; mas que todos são espíritos alegres e livres em si mesmos e em Deus. Sabem que poderão alcançá-los, ao passo que eles não podem alcançar-se uns aos outros; que não podem deixar de dar sua vida pela vida de cada alma, para que ela não pereça. Entretanto, precisam ser tão reverentes para com essa alma que não derramarão sobre ela uma torrente de vida, a menos que a vida dessa alma se abra para recebê-la. Mas derramarão livremente sobre ela uma torrente de amor, de vida e de luz, de modo que, quando ela abrir as janelas, a luz de Deus entrará por elas e a iluminará. Saberão que em cada Cristo que nasce, a humanidade sobe mais um degrau. E saberão muito bem que vocês têm tudo o que tem o Pai; e, tendo-o todos, é para todos usarem. Precisam saber que à medida que se elevam e são fiéis, elevam consigo o mundo inteiro; pois à medida que palmilham o caminho, este se torna mais plano para os seus semelhantes. Precisam ter fé em si mesmos, sabendo perfeitamente que essa fé é Deus dentro de vocês. Finalmente, precisam saber que são um templo de Deus, uma casa que não foi feita com as mãos, imortal assim na terra como no céu.

“E eles cantarão de vocês, ‘Salve todos, Salve todos, Aí vem o Rei. E, vejam, Ele está sempre com vocês. Vocês estão em Deus, e Ele está em vocês’.”

Jesus levantou-se, dizendo-se obrigado a deixar-nos, porque devia estar em casa de outro Irmão, na mesma aldeia, naquela noite. Todos os presentes se levantaram. Jesus abençoou a todos e, em companhia de dois participantes da reunião, saiu da sala.

SOU VITALMENTE ANIMADO…

SOU VITALMENTE ANIMADO

PELA VIDA DE DEUS!

unidade

Hoje há flores e folhagens artificiais muito bem feitas. Mas, com um olhar atento, logo isso é notado. Quem, por mais sábio, pode infundir vida a uma simples folha de grama? Tempos atrás, lemos um artigo sobre a sabedoria que se nota nas folhas das árvores: como “pedem” mais ou menos água às raízes, conforme a temperatura; como fazem a fotossíntese, etc… E terminava dizendo: a ciência não conhece tudo sobre as folhas.

Já pensaram na maravilha da vida de Deus manifestada em Sua Criação? Essa vida não diminui, não cessa, não se altera. A diferença está em ela encontrar condições de expressão. Hoje sabemos que os estados psicológicos negativos formam barreiras à circulação da vida e limitam a sua perfeita irrigação e trabalho vitalizador. É o ser humano que ignorantemente limita a expressão da vida, não a vida que altera sua função.

Meditemos hoje sobre a vida de Deus, que permeia todas as coisas. Consumamos grata e reverentemente o alimento de cada dia; abramo-nos ao sol da vida. Pensemos na ação perfeita da vida em nós, e notaremos, como resultado, uma nova disposição, porque a vida divina se compraz em cumprir seu papel de manter-nos animados e fortes, no objetivo essencial de crescimento interno.

Como seres conscientes, temos a responsabilidade de exprimir a plenitude da vida, em harmonia e fortaleza, para uma atividade física útil; para uma atividade mental elevada e racional!

“E o testemunho é este: que Deus

nos deu a vida eterna”.

I João 5:11

ISAÍAS 33: 15-16

O que anda em justiça, e fala o que é reto; o que com um gesto de mãos recusa suborno; o que tapa os ouvidos para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos para não ver o mal, este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas

(Isaías 33: 15,16).

"CURAI OS ENFERMOS"

“CURAI OS ENFERMOS”

LILLIAN DEWATERS

Em vista de o Evangelho vir sendo pregado a partir da premissa de sermos humanidade e não Espírito, imperfeição e não Perfeição, muitos e não Um— como poderíamos escapar do mundo do pecado, da doença, da morte?

Como homem, inevitavelmente estamos sujeitos a vacilações, ilusões e erros de toda espécie; portanto, como homem, nunca nos livraremos disso tudo. Enquanto não despertarmos para a nossa identidade real, e operarmos segundo nossa natureza verdadeira, a experiência humana não terá fim.

Um enfoque verdadeiro corrige o falso, que, pela própria correção, desaparece. Analise a tremenda perda de tempo, o trabalho e esforço empreendidos atualmente para que se destruam as doenças, pecados, carências e limitações, em vez de a atenção ser voltada inteiramente ao “EU”, onde nada disso tem qualquer existência. Como homem, jamais você acabará com o mal; porém, se remontar à sua origem divina, o Eu Sou, sua posição humana se apagará por completo.

Querer promover melhoria ou cura em mentes ou corpos individuais veio provando ser um grande benefício à humanidade em toda parte; entretanto, a real necessidade é “ascendermos” ao estado espiritual, onde cura alguma é requerida. Definitivamente, o ponto de vista humano deve ser substituído pelo Divino; assim, a causa de toda discórdia será removida.

Guerra alguma poderia jamais existir de si mesma; nenhum pecado, doença ou morte poderiam aparecer, a não ser graças à inverdade de que somos homem e não Deus. Vejam! Ser Espírito, ser Mente, ser Vida eterna— eis a única solução universal e perfeita.

A declaração, “Eu sou Deus e não há outro ao lado de mim”, possui, por assim dizer, dois lados que levam ao mesmo sentido exato: (a)Eu sou Deus; (b) não há outro.

Na visão de que Deus, o Eu que Eu Sou, é Todo-Perfeição, Todo-Harmonia e Todo-Inteireza, temos um ponto de vista que inclui necessariamente a percepção e conhecimento de que não há outro. De igual forma, ao observarmos algum tipo de discórdia e limitação, compreenderemos a sua unidade na base de que Eu, o Eu-Sou-Vida e Inteligência, é Tudo que É. Com a total compreensão desta declaração, nós(EU) deveremos, então, “provar todas as coisas”.

Muitos gostariam de ouvir explicações sobre a causa do surgimento no mundo de doença, guerra, formas diversas de limitação, quando, na verdade, Deus enche o espaço por inteiro. Isso é impossível de ser compreendido ou elucidado sem que haja o supremo conhecimento de que Deus, o Eu Sou o que sou, é um todo; que inclui a identidade infinita.

O assim-chamado homem-genérico é o único responsável por cada guerra, doença, pecado, pobreza e limitação que temos hoje em dia. Somente ele traz tudo isso a uma quimérica existência, atribuindo nomes às formas apresentadas e fazendo com que elas se mantenham. Enquanto não despertar da morte para a vida (a exemplo do pródigo), não entenderá a inexistência plena de tudo aquilo, para se ver liberto.

De que modo é ele o causador de guerras e doenças? Julgando-se um homem, uma pessoa, um indivíduo; deixando de se considerar o Caminho, a Verdade e a Vida— o Eu sempre imaculado e perfeito.

Por causa dessa idéia imprópria, retida sobre si mesmo e os demais, ele parece se tornar um outro ser, chamado homem, de inteligência limitada e incompleta, cuja vida é mutável e insegura, e cujo mundo é finito e inconstante. Operando sob base falsa e pervertida, seus pensamentos são ilógicos e imperfeitos, ineficientes e incorretos, confusos e desordenados; assim, eles resultam em ilusórias formas de guerras ou desarmonias de todo tipo, sorte e natureza.

As expressões de seus pensamentos verdadeiramente representam seu suposto desvio do estado real. Exemplificando, muitas de suas invenções, em vez de se mostrarem como bênçãos eternas, acabam lhes retornando para destruí-los. Nenhuma de suas invenções chega a ser perfeita, sempre mostrando algum traço de imperfeição. Desse modo, há o sucessivo abandono do que ele próprio realiza, à espera sempre de algo novo que seja capaz de satisfazê-lo por completo.

Jamais ele irá conseguir produzi-lo num mundo de sua própria criação! Jamais ele encontrará sucesso permanente, segurança invulnerável, saúde perfeita ou integralidade – ENQUANTO permanecer, ele próprio, julgando-se um ser humano limitado, ou uma identidade individual separada.

Renegando sua real identidade como sendo a Mente criativa Todo-poderosa, com seu poder ilimitado para criar tudo bem e perfeito, ele se torna, segundo sua falsa crença, um mortal frágil e pecaminoso, sempre em busca de perfeição (perfeição que já existe disponível em seu próprio interior, em seu verdadeiro ser) e, em seu lugar, encontra sempre as incertezas, guerras, tribulações e morte.

Enquanto não se elevar e aceitar seu estado verdadeiro – o Todo ilimitado e livre –, jamais poderá experienciar aquilo que busca, ou seja, o Paraíso; isto porque o “Eu” e o “Paraíso” são um.

A grande realidade perdura eternamente: o Ego infinito e a identidade infinita são um todo indivisível; perfeito, absoluto e completo. Jamais estivemos sendo um homem ou alguém espiritual ou material. Jamais estivemos sujeitos a limitações de qualquer espécie. Agora, e sempre, Eu e meu Ser somos Um e idênticos.

Desperte! Renasça! Eleve-se! Manifeste-se! Que mais lhe resta fazer? Que mais restaria para ser dito? Inexiste outra direção a ser indicada, e que pudesse ter algum valor real para aquele que está em “terra distante”.