A Consciência Inseparável-1

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Que faz com que tudo pareça estar separado ou dividido? É a forma com que parecemos ver, ouvir, tocar, cheirar e provar. Sim, isto pode estar inclusive em nossa maneira de parecer experienciar as coisas. Um assim chamado corpo separado pode parecer sentir uma dor separada, pertencente só a ele, ou um assim chamado ser humano separado pode parecer experienciar o seu sofrimento, problema ou seu aparente desafio de qualquer natureza, visto separadamente. Frequentemente ouvimos falar sobre os cinco sentidos físicos. Realmente, se existisse algum sentido físico, teríamos de aceitar a falácia de muitos aspectos destes sentidos não existentes. Com muita frequência temos reiterado que unicamente um Sentido existe, e este é a Consciência. Há inúmeros aspectos deste Sentido único – Consciência – , mas, todo aspecto da Consciência é Consciência.

Quem é que aparenta ver, ouvir, tocar, provar ou cheirar coisas que parecem ser matéria? Qual mente sabe algo sobre elas? Se alguém realmente estivesse consciente destes assim chamados sentidos físicos, Deus – o Todo Infinito – teria de estar consciente deles. Se Deus pudesse estar consciente de tais ilusões como a materialidade mostra, Deus teria de ser a ilusão bem como a mente que se deixou iludir. Se o homem estivesse consciente de nascimento, doença, envelhecimento, deterioração ou morte, então Deus deveria estar consciente de ser um Deus temporal, sempre começando, mudando de aspecto, tornando-se imperfeito, envelhecendo e morrendo, somente para que tudo voltasse a se repetir.

A Mente infinita, que é Deus, simplesmente nada sabe de todas estas ilusões. E como a Consciência Total as desconhece, nós também realmente as desconhecemos. Como poderíamos conhecer algo que Deus desconhece?

Passemos a observar quem, ou o quê, parece possuir estes chamados sentidos físicos. É MERAMENTE UMA CONSCIÊNCIA OU MENTE HIPOTÉTICA, QUE SE APRESENTA COMO UM SUBSTITUTO FRAUDULENTO DA MENTE VERDADEIRA. Ela é constituída de pura ilusão, em vez de ser a Mente sempre consciente e perfeita que nós somos. É como se um “vapor”  universal, ou “miragem”, se superpusesse sobre todo o nosso Universo, fazendo-o aparentar ser diferente do Universo imutável, perfeito, eterno que existe, ou fazendo-o aparentar ser outro Universo além do único.

Quem aparenta ser vítima desta fraude universal? O suposto homem nascido, que não passa de uma simulação da Mente viva, consciente e eterna, que o Homem realmente é,  o Homem Crístico. Um homem nascido não é Substância, não é Inteligência, não é Consciência, Vida nem Amor. Assim, não existe nenhum homem nascido consciente, amoroso, vivo ou inteligente. Um homem supostamente nascido, constituído de ilusão, somente pode ver, ouvir, tocar, provar, cheirar ou experienciar suas próprias ilusões. Mas este homem supostamente nascido não é VOCÊ. Ele não é o “Eu” que você é. Ele não é o “Eu” que EU SOU.

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“Cinco Árvores No Paraíso”

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No Evangelho de Tomé, assim diz Jesus: “Vocês dispõem de cinco árvores no Paraíso, que não se movem no verão (ou) no inverno, e suas folhas não caem. Quem as conhecer não provará a morte”.

As cinco árvores citadas por Jesus estão simbolizando os cinco sentidos físicos. Aqui, mais uma vez, ele  diz que, no lugar destes sentidos – que traduzem quadros de todo tipo para nós, falsos como eles são -, existe um Sentido único, o Sentido espiritual, que é a própria Consciência de Deus. Ele está nos dizendo que, quando estamos iluminados (ou em iluminação), vemos as coisas como são realmente, em vez de vê-las como aparentam ser, vistas através do sentido chamado “visão humana”.

Esta capacidade de ver as coisas como elas realmente são, é uma função espiritual. É esta Consciência única, a Consciência espiritual, funcionando como aquele aspecto de Si mesma, que nós estávamos a interpretar, erroneamente, como sendo visão humana.

Jesus estava consciente disso; sabia ser esta uma faculdade espiritual, presente em e como cada um de nós. Foi isto que lhe possibilitou ver a mão perfeita, que não requeria cura nenhuma, no lugar exato em que a mão mirrada parecia estar. A mão não precisava sofrer qualquer mudança para ser a perfeição que já estava sendo.

A Consciência espiritual – funcionando como Visão, ou Percepção – é a faculdade inata que nos possibilita ver a perfeição no lugar da aparente imperfeição à nossa frente. Aquilo que é chamado “matéria” não pode se interpor entre esta Consciência e o que estiver por Ela sendo visto. Na conscientização de que o que vemos é o nosso próprio Ser, é de fato a nossa própria Consciência , nada chamado “matéria” poderá existir para surgir e nos separar da Percepção correta e clara daquilo que estiver sendo visto.

Com frequência a experiência de Iluminação é encarada como algo muito misterioso, que muito pouca gente é capaz de vivenciar. Nada pode ser mais falso! A Consciência única que existe, é, realmente, Consciência iluminada. A Iluminação é a Consciência de todos e de cada um de nós. Trata-se de uma faculdade espiritual. É a Cristo Consciência, e Ela é tanto a sua Consciência como a minha, ou a de quem quer que seja.

Se acreditarmos na falácia de que alguém é dotado desta Consciência, mas que nós próprios não a temos, estaremos nos limitando e negando nossa própria Consciência espiritual. Em vez disso, passemos a afirmar esta Consciência, pois, Ela é o nosso Eu. Passemos a afirmar nossa própria faculdade espiritual de sermos capazes de ver, exatamente aqui e agora, as coisas da forma como elas realmente são, e não como  aparentam ser.

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Verdade-4 (Final)

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O mundo, assim como aparenta ser, encontra-se permanentemente sofrendo mudanças; tudo e todos aparentemente se encontram numa condição temporária. Uma não existência é supostamente transformada em existência, a Vida; por outro lado, a Existência, ou Vida, é supostamente transformada em não existência, a morte. Até mesmo as substâncias da terra parecem estar constantemente se transformando em algo diferente do que vinham sendo. A falsa evidência consiste de uma constante aceitação de criação, transformação, desenvolvimento, dissolução, deterioração e destruição. No universo da aparência, nada se estabelece como eterno. Há uma constante ação de se atingir alguma condição, ou de se conseguir sair dela. Realmente, neste falso conceito de universo, somente uma coisa parece ser permanente: a transformação.

A própria natureza da transformação, nesta visão falsa da Realidade, é prova de não ser ela verdadeira. O motivo é este: A Verdade não se modifica. Deus é a Verdade, e Deus é eternamente imutável. Algo que possa parecer ter começo, mudança ou fim, não é a Verdade, e, portanto, não é um Fato estabelecido. Nascimento, desenvolvimento, mudança e morte são, todos, aspectos desta ilusória distorção DAQUILO QUE REALMENTE EXISTE.

Repetindo, a Verdade permanece estabelecida assim como Ela é, e sempre tem sido. Você tem notado que, quando alguma condição errônea do corpo aparenta ser curada, o corpo permanece? Tudo que desaparece é o quadro desarmônico. Qual o sentido disto? Somente este: algo na natureza da desarmonia, que se acrescente ou se modifique, é falsidade. Se unicamente conscientizássemos a total importância desta Verdade, estaríamos cônscios da eternidade do Corpo, e também da Mente, da Vida e do Espírito.

Sim, o que é Verdade, o que é Realidade, — e irrealidade alguma existe – é o Fato imutável daquilo que existe. A Verdade nunca começa a ser verdadeira. A Verdade nunca deixa de ser a Verdade. Jamais algo Lhe é acrescentado nem subtraído. A Verdade nunca se coloca numa posição de “se tornar algo”, ou num estado de desaparecimento. Ela é eterna, é Fato imutável, uma Existência eterna.

Com qual Mente você conhece a Verdade? Deus é a Mente única; logo, qual Mente poderia desconhecer a Verdade? Deus, Mente, é eternamente consciente da natureza de Sua Existência como sendo sem começo, sem mudança e sem fim. Você não pode ter nenhuma outra Mente, além da Mente de Deus, pois, não existe qualquer outra. A Mente que está consciente de ser para sempre imutavelmente perfeita, identificada como Você, é a sua Mente. Não há interrupções nem vazios no conhecimento, na percepção consciente desta Mente. Deus, Mente, sendo consciente da Verdade de Sua perfeição eterna, está neste momento identificado como a sua Mente sendo consciente de sua perfeição imutável. Em outras palavras, Você é a CONSCIENTE PERFEIÇÃO ESTANDO CONSCIENTEMENTE PERFEITO.

Esta é a Verdade sobre Você. Esta é a Verdade como Você. E foi o que Jesus quis dizer, quando declarou: “Eu sou a Verdade”. Uma declaração verdadeira da imutável e permanentemente contínua natureza perfeita de todo o seu Ser, e de todo mundo que existe.

De que forma você percebe ser isto verdadeiro a seu respeito? Do seguinte modo: aceite-o; reconheça-o; proclame que sua Identidade é a Verdade. Saiba que a Verdade que o torna livre é a Verdade de que VOCÊ É LIVRE. Calmamente, e persistentemente, contemple a Verdade estabelecida de seu Ser. Assim, já agora, estará descobrindo que esta Verdade está estabelecida como o seu Ser. É ESTE O CAMINHO. “TRILHAI-O”.

F  I  M

 

Verdade-3

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Outro aspecto da Verdade é o fato de Ela nunca ter tido começo, mudança ou fim. Às vezes, adiamos nossa aceitação da perfeição atual por nos esforçarmos para que algo se torne verdadeiro. A Verdade jamais se torna verdadeira. E também a falsidade jamais se torna falsa. A Verdade tem sido sempre verdadeira, e a falsidade tem sido sempre falsa, não existente. Isto é assim tão simples!

O habitar na Onipresença da Perfeição, constitui a própria realização desta Perfeição. É este o modo pelo qual a Verdade verdadeira sobre você se torna evidente como a Verdade que é verdadeira COMO VOCÊ. É desse modo que obtemos a Autopercepção, ou Autoconsciência. Existe somente um Eu, e este Eu único é Deus, o Eu que abrange tudo. Não importa a quantidade numérica de Identidades distintas que este Eu inclui: o fato de que Deus é a totalidade de cada identidade é permanente. Deve ter ficado claro ser impossível que haja algo verdadeiro, ou fato real a seu respeito, que não esteja incluso na Verdade que Deus é.

Realmente, Deus é Tudo eternamente, e é incondicionalmente perfeito. Um Fato incondicionado é completo como sua própria Verdade. VOCÊ É A VERDADE. O UM ETERNAMENTE PERFEITO, INCONDICIONADO, IDENTIFICADO COMO VOCÊ. Esta declaração é o Ultimato Absoluto da Verdade de sua inteira Existência, inclusive de sua Vida, Mente, Corpo e Ser.

Esta Verdade, como você, transcende todo tipo de qualificação, oposição ou condição. Você não é dual; não há dois de “você”. Não existe algo como Você, que é esta Verdade, ao lado de “outro você” caminhando em direção oposta ao UM PERFEITO, que sempre você tem sido, e que sempre VOCÊ será.

Talvez você pergunte: “E quanto a este corpo? Como poderei conciliar esta Verdade da Perfeição com este corpo sujeito a sofrimento, doença e senilidade?” Não poderá fazê-lo! E não o fará! Jamais conseguirá conciliar a Verdade com a mentira. Todavia, esteja certo do seguinte: você possui um corpo. Não é seu corpo que o está levando a um falso juízo, mas sim o tipo de corpo que você vem encarando, erroneamente, como sendo o seu corpo.

Esta questão do “corpo” é de tremenda importância, mas por ora, basta-lhe o seguinte conhecimento: como Você inclui o seu corpo, toda Verdade, ou Fato, descoberto a seu respeito, constitui também a Verdade estabelecida com relação ao seu corpo.

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Verdade-2

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A percepção da natureza exata da Verdade é de vital importância para todos nós. Por quê? Porque a Verdade é o Fato estabelecido, a Realidade de tudo que existe. Conhecer a Verdade é estar consciente da Perfeição imutável que constitui a totalidade do Universo, e esta totalidade inclui a mim, a você e a todos. Quando conhecermos a Verdade com convicção idêntica àquela que possuímos, de que um mais um é igual a dois, sem maiores esforços, realmente estaremos conhecendo a Verdade.

Com frequência vínhamos pensando que conhecíamos a Verdade, quando, o que fazíamos, era nos entregar aos pensamentos de querer algo. Conhecer realmente alguma coisa significa estar consciente de sua existência estabelecida e imutável; incluir em tal grau em nossa Consciência aquele conhecimento, que permaneceríamos impossibilitados de aceitar que a coisa conhecida fosse diferente daquilo que ela realmente é.

O fato estabelecido, de um mais um ser igual a dois, não inclui nenhuma condição ou Verdade parcial. De igual modo, a Verdade básica de que o todo imutável, eterno e perfeito Deus único abrange a totalidade da existência, jamais poderia incluir uma parcela, uma condição ou uma oposição.

Frequentemente, vínhamos conhecendo a Verdade de uma forma que Ela estivesse se opondo a algo, como se existissem certas forças contrárias à Verdade que estávamos a conhecer. O caminho das afirmações e negações nos leva a esse engano. Se pudesse haver algo que se contrapusesse à Verdade, isto indicaria que a Verdade não seria o Fato total e completo da Realidade, ou daquilo que possui existência. Uma negação do erro jamais revela a Verdade. Tampouco faz com que a Verdade Se torne mais verdadeira do que Ela já é neste exato instante. Jamais nos preocupamos com o que não é verdadeiro, pois, trata-se de algo não existente. Para que nos ater àquilo que é nada? Pelo contrário, nós contemplamos o Fato básico da existência: a Totalidade, a Unicidade, a Presença onipresente, onipotente, inabalável e ininterrupta da Perfeição que existe.

Amado leitor, parece-lhe que nos alongamos demais nesta questão da Verdade? Nesse caso, tenha um pouco de paciência, pois agora irá descobrir que VOCÊ é a própria Verdade que está sendo apresentada aqui, e, é este mesmo Autorreconhecimento que está agora se passando com VOCÊ.

Talvez estivesse pensando: “Mas isso tudo me parece tão impalpável! Como posso ser eu esta Verdade?” Não se lembra do que estabelecemos logo no início desta mensagem? Que o Universo em que você vive, se move e tem o seu ser é o Universo real, o único Universo? VOCÊ, este você que está existindo aqui e agora, é o VOCÊ real, o único VOCÊ em existência. Deus é a Inteireza, o Todo do Universo; e esta Inteireza, esta Totalidade, inclui VOCÊ.

Aquilo que for verdadeiro para Deus, como o Universo, é verdadeiro para VOCÊ, pois VOCÊ se encontra incluso nesta Totalidade ou Unicidade de Deus. O Fato básico, ou a Verdade da PERFEIÇÃO ONIPOTENTE E ONIPRESENTE, É A VERDADE ESTABELECIDA DE SUA PERFEIÇÃO.

Pôde, agora, perceber a vital importância de possuirmos um conceito bem definido de TUDO quanto compreende a Verdade?

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Verdade-1

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Que é a Verdade? Há cerca de dois mil anos, Pôncio Pilatos fez a Jesus esta importante pergunta. Não temos nenhum registro de que Jesus a tenha respondido a Pilatos. Por que não o fez? Provavelmente por saber que a sua resposta não seria compreendida nem digna de crédito. E a busca por essa resposta continuou existindo, perdurando até os dias atuais. Entretanto, Jesus deu a resposta. Clara e simplesmente ele declarou: “Eu sou a Verdade”. Mas por que ela não foi compreendida? Tão simples! Ele poderia também ter dito a Pilatos: “Você é a Verdade, se ao menos o soubesse”.

Uma percepção clara dos ensinamentos do Mestre nos revela que jamais ele alegava possuir o privilégio ou o direito exclusivo de ser a Verdade. Tampouco limitava esta prerrogativa aos seus discípulos imediatos. Em João 14; 12, podemos ler: “Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas.” O certo é que Jesus não falava de si mesmo como pessoa. Pois não havia, já,  se referido a si próprio como sendo a Vida, a Verdade e o Caminho, mas de forma impessoal?

Na prece que vamos citar, uma das mais maravilhosas já registradas, encontramos Jesus orando para que todos nós pudéssemos reconhecer a Verdade, o único Deus, como o “Eu” de cada um de nós. “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós, para que eles sejam perfeitos em unidade” (João 17: 21, 22,23).

A prova de que esta prece inclui a todos está no seguinte versículo: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim” (João 17; 20). Isto soa como se Jesus falasse de si mesmo como a Verdade, com a exclusão de todos os demais? Que seria, ou quem seria o “Eu” citado nestas passagens? Quem seria este “Mim”, em quem somos convidados a crer? Há somente um “Eu”, o “Eu” existente como a sua “Identidade”, como a minha e como a de todos nós. E é neste “Eu”, neste “Mim”, que somos exortados a acreditar. Sim, amados, somos exortados a aceitar e reconhecer o “Eu” que é a Verdade impessoal, o “Eu” que EU SOU, como a “Identidade” de cada um de nós.

Seguidamente temos tido garantias de que, “se conhecêssemos a Verdade, estaríamos livres”. Porém, de que forma poderíamos conhecer algo, senão pelo discernimento da natureza do objeto de nosso estudo? Quando conhecemos algo, um conhecimento realmente efetivo de algo, aquilo permanece conosco para sempre, em e como nossa própria Consciência, ou Mente. E descobrimos que realmente contemos e somos aquilo que conhecemos.

Em outras palavras, é impossível conhecer totalmente a Verdade sem que, antes, conscientizemos que somos a própria Verdade que estivermos conhecendo.

Repetindo a pergunta, QUE É A VERDADE? A Verdade relativa a algo é o fato estabelecido daquilo que constitui a sua existência. O dicionário a define incluindo a seguinte interpretação: “Aquilo que é verdadeiro; um estado real de coisas; fato; realidade”. Sim, a Verdade é o Fato daquilo que existe como o Universo, como o Mundo, e como Você e Eu. A Verdade é eterna, sem começo, sem mudança e sem fim. Sendo infinita e eterna, a Verdade é harmoniosa e perfeita para todo o sempre.

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Oniação-4 (Final)

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Para exemplificar, consideremos Deus como Amor. Sabemos, naturalmente, que Deus é Amor. Mas, estaríamos plenamente convictos de que o Amor é onipotentemente ativo? Estaríamos conscientes de que o Amor é Oniação? Acredite-me, amado Leitor, quando eu lhe afirmo inexistir realização espiritual mais carregada de poder do que a percepção de que o Amor é Oniação onipresente e onipotente.

A maioria dos praticistas poderá lhe confirmar que muitas das chamadas curas instantâneas ocorrem mediante a inundação da Consciência por este Amor impessoal, ativo e glorioso. Não há palavras capazes de descrever esta experiência. Mas uma coisa é certa: esta realização apresenta sempre uma manifestação tremenda de atividade. É impossível conhecer o Amor antes que se experiencie o fato de ser este glorioso Amor impessoal em ação. Aqueles que já tiveram esta revelação, sabem que o Amor é Oniação.

Isto aparenta ser absoluto demais para você? Estaria se questionando sobre a praticabilidade desta revelação em seu viver diário? Estaria se perguntando: “Esta conscientização da Oniação irá resolver meus problemas de negócios? Irá solucionar meus problemas sociais, ou ajudar-me em meu trabalho,  em meu relacionamento com os demais? Irá  capacitar-me a enxergar além de minhas dificuldades físicas?”.

Caro Leitor: esta revelação não é um “resolvedor de problemas”. Um problema resolvido somente pode conduzir a algum outro por resolver. Esta conscientização revela que não há nenhum problema que necessite de solução. Não importa qual situação possa parecer existir, não importa quão séria, quão confusa ela se mostre, não importa há quanto tempo ela o venha importunando, esta conscientização de que Você é inteligência onipotente, Amor, Vida, Deus, constante, jubilosa e livremente ativo, irá revelar a Perfeição completa que você é.

Você irá discernir esta Verdade como um Fato ativo em todas as experiências cotidianas, em seus relacionamentos, e naquilo que costuma ser chamado de atividade corporal. Por exemplo: suponhamos que pareça existir alguma dificuldade em alguma função do corpo. A Verdade revelada por Deus nestas páginas é suficiente para dissipar aquela ilusão completa e imediatamente. A classe médica vem atribuindo quase todos os chamados males físicos a alguma atividade defeituosa. Ela alega que esta ou aquela célula, este ou aquele órgão ou elemento do corpo está hipoativo ou hiperativo. Quanto de inteligência existiria naquele tipo de atividade? Quanto de poder? Quanto de Amor? Quanto de Deus? Nós sabemos que não existe nenhum corpo de matéria. Nós sabemos que a Vida, o Amor, a Inteligência onipresente, é a única atividade em existência, exatamente aqui e agora. E este conhecimento é Oniação inteligente sendo tudo o que constitui a atividade do Universo, das experiências e tarefas diárias, e do corpo.

Oh, esta é uma Verdade ativa! Não poderíamos paralisá-la nem interferir em sua ação, caso o tentássemos. Ela simplesmente é. Ademais, nós somos esta Verdade em plena, completa e livre ação. Passemos a ser ativamente conscientes dela. Passemos a olhar através das aparências ilusórias do que é chamado de matéria, e observemos realmente Deus em ação. Isto é Autorrevelação. Isto é a sua Identidade divina revelada.

F  I  M

Oniação-3

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A Inteligência em ação não se empenha em fazer algo. Antes, ela ativamente está sendo Algo, Algo que é Ela própria. A Inteligência não atua em, através ou como alguma pessoa. A Inteligência atua como Ela própria. A Inteligência em ação deve agir inteligentemente. Não seria inteligente que a Mente agisse de algum modo que fosse prejudicial, adversa ou autodestrutiva. A Inteligência em ação é Automantida, Autossustida e Autoexistente.

A Inteligência em ação está evidente como atividade perfeita, porque a Inteligência em ação é atividade inteligente. Ela é uma atividade perfeitamente controlada, porque é Sua própria Essência inteligente em ação ininterrupta. A Oniação é sempre atividade perfeita, porque Ela é a Perfeição em Si em ação.

Oniação não é algo que Deus faz; antes, ela é Deus no ato de ser.

Inteligência em ação é Onipotência em ação. Portanto, a Oniação é o único Poder que está ativo no Universo, ou como o Universo. Realmente, não há nada em existência que esteja dotado de poder para agir, exceto a Oniação inteligente e onipotente. Não há nada em existência que tenha poder para agir de alguma forma que pudesse obstruir, restringir, limitar, alterar ou se opor à Onipotência em ação. Não há nada em existência que tenha poder para atrasar, frustrar ou interromper Deus em ação. Não há nada que tenha poder para acelerar ou retardar a onipotente Inteligência imutável em ação.

Lembre-se constantemente: Oniação onipotente é também ação Onipresente. Ela é atividade onipresente, pois, é a Onipresença em Si em ação. Não há uma só fração de segundo, no eterno agora, nem um minúsculo ponto no Infinito, que é aqui, que não sejam plenos de Deus. Isto significa que tudo que existe exatamente aqui e agora como você, como alguém ou como alguma coisa, é a Onipresença onipotente, sendo inteligentemente ativa.

Há vários sinônimos utilizados para se falar ou escrever sobre Deus. Mas Deus não pode ser retratado por nenhum deles. De fato, todos os sinônimos existentes sequer começam a expressar a Inteireza, a Totalidade, que é Deus. Para alguns, a palavra Vida é bem mais significativa do que os demais sinônimos para Deus. Outros preferem a palavra Amor,  Princípio, ou algum outro. Pouco importa qual venha a ser o aspecto de Deus que esteja sendo contemplado: o imperativo é que Deus, como Oniação, seja conscientizado.

Em nossa conscientização de Deus como toda a Vida, é fácil perceber que a Vida é eterna e infinitamente ativa. Assim, estaremos conscientes de que Deus, a Vida, é Oniação. Esta conscientização de Deus como Oniação talvez não seja tão prontamente percebida quando contemplamos o que é Deus como Amor, como Princípio, como Verdade, ou como qualquer outro aspecto de sua Totalidade. É de vital importância que Deus, como Oniação, seja conscientizado assim que cada aspecto de Sua inteireza for percebido.

 

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Oniação-2

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Temos visto que a Oniação é a Vida em Si. Vida é Mente. Mente é Inteligência. Assim, a Oniação é atividade inteligente, porque a Oniação é a Inteligência em ação. Isto significa que não há absolutamente nenhuma atividade pessoal que seja genuína. Ademais, não há pessoa alguma em ação.

Toda dificuldade que parecemos ter, surge de um falso senso pessoal de existência. É a ilusão da ilusão, assumindo um aspecto de existência que é separado e apartado do Todo Infinito. Por exemplo, se alguém encontra dificuldade nos negócios, a sua primeira reação é a de seguir um impulso pessoal de agir, procurar fazer alguma coisa como pessoa. Isso é a ilusão de que existe uma inteligência pessoal, de que existe uma pessoa dotada de poder, capaz de pensar ou de agir por si mesma. A Inteligência Todo atuante nada sabe de uma ilusão, nem tem conhecimento de alguém que aparente estar iludido. O suposto iludido é a ilusão em si, aparecendo como pessoa. De modo oposto, o iludido, ou a ilusão, nada sabe da Inteligência que é toda a existência e toda a ação. Desse modo, a Oniação inteligente não pode aparentar estar operando como a experiência do iludido.

De qualquer maneira, no instante em que todo o falso senso é apagado, naquele exato momento, a Oniação será percebida e evidenciada.

Esta não é uma experiência inativa. Antes, é a mais intensa e satisfatória atividade possível de ser experienciada por alguém. Mas ela é a Inteligência em ação, e é livre de esforço ou luta. Nem erros nem obstáculos são encontrados nesta experiência. Você simplesmente elimina todo o falso senso pessoal de existência, e segue adiante com seus afazeres, agindo como Oniação inteligente. Há alguns anos, alguém escreveu um livro intitulado: DEIXE DEUS AGIR. Esta é uma boa forma de dizê-lo. Mas você precisa saber que Deus, Oniação, está agindo; e que Deus está agindo como a sua atividade.

Suponhamos que a dificuldade aparente ser de natureza física; naturalmente, não existe nenhuma dificuldade física, pois não existe corpo físico algum passível de experienciar perfeição ou imperfeição. Porém, a ilusão pode parecer se manifestar como quase qualquer coisa. Se a desarmonia aparenta ser funcional, ou ter algo a ver com a atividade corpórea, ela precisa ter a sua base na falácia de que existe uma pessoa com um corpo pessoal, e uma atividade pessoal. Aqui, novamente, a ilusão aparentaria anular a Oniação onipresente e onipotente, que é tudo que está acontecendo o tempo todo. É vitalmente importante a anulação total do falso senso de ser uma pessoa com um corpo pessoal, um corpo capaz de agir de si mesmo, ou por  vontade própria. É essencial recordar que, “de mim mesmo, eu nada posso fazer, nada posso saber, nada posso ter nem ser, pois, de mim mesmo, nada sou”.

E, então, virá a gloriosa conscientização: “Eu sou somente o que Deus é, aparecendo como o meu Ser, e nada mais. A única atividade que está operando como a minha atividade é Deus, inteligência, Onipotência, em perfeita e constante ação ininterrupta”. É nesta realização que Deus, como Oniação, é conhecido como tudo que está ativo em sua experiência, e que a atividade perfeita, como atividade perfeita, é percebida e manifestada.

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Oniação-1

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Você tem notado que a palavra “Oniação” raramente é empregada no vocabulário de autores e instrutores da Verdade? Isto é peculiar, também, por ser uma palavra das mais importantes de todo o vocabulário do estudante.
 
Deus é Oniação, Deus é toda a atividade. Sem Deus, não poderia haver atividade alguma. Sem atividade, não poderia existir nenhum Deus. Sem atividade, não poderia existir Vida alguma. Sem Vida, sem Atividade, não poderia haver nenhuma existência.
 
Como se sabe, a palavra “oni” quer dizer “tudo”. Assim, Oniação significa “toda atividade”. Oniação significa “Deus, o EU SOU, em ação”. Porém, é essencial sabermos que Deus em ação é a única atividade. Somente um curtíssimo passo separa esta conscientização da revelação de que Deus é o único Um agindo. Deus é o único Um em ação.
 
Quem já experienciou a iluminação, conhece a jubilosa e intensa consciência de atividade que acompanha esta experiência gloriosa. Não se trata do senso comum de estar ativo, ou de fazer alguma coisa; antes, é a percepção de ser a atividade em si. Esta experiência nos dá um vislumbre da natureza impessoal de toda atividade.
 
Passemos a perceber a natureza completamente impessoal da Oniação. É um fato bem conhecido que não há nada em existência que seja inativo. Os princípios físicos da atualidade poderão lhe afirmar que há uma intensa atividade se desenvolvendo naquilo que eles chamam de matéria. Mesmo um pedaço de madeira, uma poltrona, mesa, ou partícula de poeira, são reconhecidos como estando constante e intensamente ativos.
 
Obviamente, sabemos que não existe algo como matéria pesada densa. Assim, não existe nenhuma atividade se desenvolvendo na matéria ou como matéria. Como poderia haver matéria ativa, sendo Deus toda a Existência, e sendo Deus Oniação? Deus, Oniação, é atividade infinita, e não há nenhum vazio na infinitude, a totalidade, desta atividade onipresente infinita. A Oniação é onipresente, porque a Oniação é Onipresença.
 
Davi, o salmista, captou um lampejo da natureza impessoal da Oniação. No Salmo 114 (5-7), podemos vê-lo em gloriosa iluminação, cantando: “Que tens, ó mar, que assim foges? (…)Montes, por que saltais como carneiros? E vós, colinas, como cordeiros do rebanho? Estremece, ó terra, na presença do senhor”.
 
Em Iluminação, podemos prontamente entender o sentido espiritual da iluminação de Davi. Não estava ele vendo montanhas e colinas de matéria inanimada, pesada e densa. Ele estava realmente vendo como Deus vê. Estava espiritualmente percebendo Deus em ação, ou Deus como Oniação. Lembre-se constantemente: Davi teve de estar consciente de ser a própria Onipresença. Exige-se a Consciência que é Deus para que se perceba a Verdade que é Deus.
 
Quão pessoal é a atividade do Universo? Haveria algo de pessoal relativo ao movimento dos corpos das estrelas e planetas? Quão pessoal é a atividade de uma flor, de um grão de areia, de um pedaço de madeira? Quão pessoal é a atividade do pássaro, do peixe, do animal, ou de algum outro aspecto da Vida? Acima de tudo, quão pessoal é a sua atividade ou a minha? Uma atividade pessoal teria de ser uma atividade que fosse separada do Global ou do Todo, que é Deus. Se isto fosse verdade, Deus não seria Tudo. Inexiste algo como um Deus dividido. Você não é um canal pelo qual Deus opera. Você não é um fantoche, cuja atividade é controlada por uma fonte ou poder exterior, ou além de seu próprio Eu divino. De fato, como Consciência iluminada, você está ciente de que não existe qualquer atividade pessoal, por não haver pessoa alguma para estar ativa ou para ter atividade. Existe Deus identificado. Existe Oniação identificada, mas não há nenhuma pessoa separada. Tampouco existe uma atividade pessoal separada. Portanto, agora está bem claro que a Oniação é completamente impessoal.

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“Eu Vos Escolhi A Vós” -2 (Final)

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Sim, Deus, identificado como Jesus, realizou as obras. E Deus, identificado como Você ou Eu, realiza hoje as Suas obras. Mas que obras são estas? São a perfeita Onipresença, Oniação e Onipotência divinas, manifestas como a realidade de Tudo quanto existe. A perfeita Substância divina está sendo manifesta como a Substância de toda a forma. A Beleza, que é Deus, está sendo manifesta como a Beleza de toda Forma e Substância. Deus, como Perfeita Oniação, está sendo revelado como a atividade de cada Identidade. Deus, Onipotência, está sendo percebido como o único Poder presente ou em operação. A Perfeição Onipresente está sendo manifesta, identificada como a única Presença naquele que aparentemente esteja necessitado de ajuda ou de cura. São estas as obras que se realizam hoje, e que foram também realizadas quando Jesus caminhava e trabalhava às margens do Mar da Galileia.

Em que consiste a nossa participação em tudo isso? Consiste em aceitarmos, reconhecermos Deus como sendo Tudo que possa estar identificado como todos NÓS. Consiste em proclamarmos nossa Identidade como sendo Deus, revelando, manifestando, individualizando e identificando a Si mesmo como a inteireza de nossa Vida, Mente, Corpo, Ser e de toda nossa atividade.

Pela recusa em reconhecermos, aceitarmos ou proclamarmos uma falsa identidade, descobrimos que ela não possui nenhuma presença ou poder para nos afirmar coisa alguma. Recusando a nos identificar com algo que não Deus, constatamos, jubilosamente, que não existe nada além de Deus, identificado como cada um de NÓS. Recusando a honrar ou dar crédito a algo além de Deus, percebemos que nada, além de Deus, tem existência como o nosso Ser, ou como algo relacionado conosco.

Não importa qual venha a ser o nome que você possa ter aplicado à identificação equivocada do seu Ser. Seja Maria, João, ou outro qualquer, o fato é que Você possui um único nome, que é “EU SOU”. É a este Nome que Se atribuem as Obras realizadas.

Este é o nome que Você sempre teve, e que terá para todo o sempre. Verdadeiramente, “A dádiva de Deus” Se constitui d’Ele próprio; Sua Vida identificada como Sua Vida, Sua Mente identificada como Sua Mente, Sua Onipotente Onipresença, identificada como Seu Poder e como Sua única Presença. Esta é Você. Esta é a Sua Identidade, assim como está revelado na definição de “Absoluto”.

Aceite-A, assuma-A, pois, é Ela o Seu EU.

FIM

O Carma Não Existe!-4 (Final)

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O Absoluto não considera nenhum tipo de “lei” que estipule: “Quem faz, recebe”. Aqui não existe nenhum tipo de expiação ou de pessoas sentenciadas a expiar por algo. Não existe a intenção de exercermos domínio sobre alguma condição, ou de nos tornarmos diferentes do que já somos, Tudo É, e tudo é gloriosamente bom e perfeito no AGORA. Aqui sabemos que nunca iremos nos tornar aquilo que já somos. Nem iremos pretender dominar aquilo que não somos. Inexiste qualquer consciência de que algo devesse ser dominado ou melhorado.  Há somente uma percepção da Perfeição, eterna e imutavelmente perfeita. Aqui o nosso Ser Consciente é  completo, assim como também é completa a exclusão de toda ilusão ligada à existência de algum delito ou pessoa má. Este Ser Todo consciente, que é Único, está plenamente cônscio da natureza imutável da Beleza, Pureza e Perfeição, não somente de Si, mas da totalidade da Existência.

Caro leitor, você agora deve ter percebido com clareza que não existe nenhuma “lei do carma”. O passado remoto ou recente, em que você pudesse ter pecado, não existe. Não é possível que haja lembrança de algo que jamais ocorreu. Não há qualquer expiação a ser cumprida, seja no presente, seja no futuro. Existe unicamente AQUI E AGORA. E você está habitando sempre este AQUI E AGORA, consciente de perene alegria, paz, pureza, beleza, totalidade, sacralidade e perfeição presentes. Eis Você. Eis a sua Identidade. Eis o Ser divino, Deus sendo Você.

“Portanto, agora  nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8: 1),

Não. Não há condenação;  nem condenação do próximo nem autocondenação. Ninguém para condenar, e ninguém para ser condenado. Você está em Espírito como o Espírito. Você não está  condenado: VOCÊ ESTÁ LIVRE AGORA!

 F  I  M

O Carma Não Existe!-3

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Há pessoas que receberam a revelação total numa experiência instantânea, apesar de estarem até então imersas na mais grosseira materialidade. Puderam, subitamente, constatar a manifestação da Luz gloriosa, reveladora do Ser maravilhoso, puro e perfeito. Na maioria dos casos, porém, isso não ocorre desta maneira, dando-nos a impressão de que a busca pelo Ser deve se dar passo a passo. O paradoxal é que este  Ser  é o único Ser que sempre ali esteve, o único que vinha existindo como o suposto buscador.

Em outras palavras, nós somos aquele que parecemos buscar. Na realidade, não é que nós O buscássemos; Ele é que vinha insistindo em Ser Ele próprio como o nosso Ser. E quanto a isso, não temos escolha nem escapatória Não poderíamos  escapar de nós próprios. Mesmo que desejássemos e tentássemos suprimir este “Eu”, não o conseguiríamos. É da natureza de Deus o fato de Ele Se expressar, e nada O iria impedir de fazê-lo como o “Eu” de cada um de nós.

Inclusive a vontade de sermos humanamente bons insinua a irrepreensível natureza de nosso Ser. Que vem a ser o que interpretamos como vontade de sermos melhores? E a vontade que possuímos de eliminar o tempo e o espaço? Isso tudo indica que dentro de nós já se encontra a Consciência inerente de que JÁ SOMOS INTEGRALMENTE BONS. O mal não somente deixa de exercer atração sobre nós, como também é considerado antinatural , desconhecido e inexistente. Antinatural, por não ser inerente à Natureza de Deus; desconhecido, por Deus ser a Mente única e o desconhecer; inexistente, por Deus ser o TODO, e Deus ser inteiramente o Bem.

O mal não consegue atrair, por não ter existência nem poder de atração. Tudo isso é do conhecimento do Ser, e este conhecimento inato é o que nos induz a resistir à sua aparente imposição.

O desejo de sermos melhores moralmente, e o esforço para consegui-lo, são coisas boas e naturais. Mas o Absoluto revela algo muito mais grandioso do que isto. O Absoluto revela aquilo que existe, em vez de se preocupar com o que não existe. Revela que nunca houve um passado em que pecamos, e que também nunca haverá um futuro em que nos tornaremos imaculados.

No Absoluto, sabemos que jamais existiu o mal que pudesse atrair alguém, bem como não existe pessoa alguma para ser atraída pelo “nada” que ele é. Além disso, sabemos da inexistência de qualquer época em que o mal pudesse ter existido.

Continua..>

O Carma Não Existe!-2

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-2-

Que era você, quando chegou a pecar? Algo ou alguém diferente daquele que você é AGORA? E Deus? Onde estava, nisso tudo? Não é Deus o Todo manifesto como Tudo? Certamente que sim. Portanto, quem seria o pecador? Que seria o pecado? TANTO O MAL QUANTO O PRATICANTE DO MAL NÃO EXISTEM.  O pecado não existe, e jamais existiu alguém que pecasse ou que fosse capaz de pecar. Não existe nenhuma Mente com a consciência de ter sido má, ou voltada para propósitos malignos. Haveria a necessidade de expiação de algo jamais acontecido? Existe alguma pessoa consciente de ser, ou de ter sido má? Não. Pessoa assim não existe. Na verdade, pelos nossos conhecimentos espirituais, sabemos que NENHUMA PESSOA EXISTE.

Amado, estes conhecimentos não excluem a necessidade de autodisciplina e esforços de aprimoramento moral;  são eles  essenciais para aqueles que ainda se consideram como personalidades humanas.

Há vezes  em que o esforço para dominar um falso desejo faz com que esta falsidade dê ares ainda maiores de realidade e de persistência. Conhecemos também o caso de pessoas que se tornaram humanamente boas, mas que se acomodaram àquela retidão de natureza meramente humana. Tal retidão constitui uma treva das mais densas e profundas, caso a pessoa pense  que com ela já atingiu o seu objetivo, pare e se estagne neste ponto. Mas isto não anula o fato de estes passos serem desejáveis e essenciais,  rumo  à revelação máxima final.

Continua..>

O Carma Não Existe!-1

 

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A maioria das religiões tradicionais falam de uma “Lei do Carma”, em geral ligada à  doutrina da reencarnação. Segundo esta crença, o resultado dos pecados cometidos numa encarnação aparece nas encarnações seguintes. Esta crença em carma existe também no ocidente, conhecida como Lei do Retorno. Isto está enraizado de tal maneira em certas igrejas, que muitos são levados a crer que o Cristianismo  realmente se fundamenta nesta falsa lei.

Há também pessoas se sujeitando a essa crença, chamando-a de  “lei de causa e efeito”. Mas aquele que possuir o discernimento para aceitar a Revelação Absoluta, obviamente, saberá que esta “Lei de cause e e efeito”  simplesmente não existe. Assim, é desnecessário dedicarmos qualquer atenção a este assunto. Mas é espantoso como uma falsa crença como esta consegue iludir alguém no sentido de fazer com que ele creia nas aparentes limitações. E enquanto esta crença não for desmascarada, a ilusão persistirá.

Já presenciamos diversos casos de manifestação instantânea da perfeição, quando pessoas necessitadas de auxílio despertaram subitamente para estes fatos: o pecado não existe; o passado em que o pecado pudesse ter sido cometido não existe; não existe ninguém, no passado, presente ou futuro, que pudesse ser um pecador.

O menos importante é saber se esta crença  errônea vem sendo relacionada com alguma encarnação anterior ou com a vida atual; se supostamente ocorreu há milhares de anos, há um ano, há uma semana ou horas atrás. O que importa é que ela JAMAIS OCORREU. Você não estava nela, nem ela em você.

Onde você estaria, enquanto pecava? Onde mais, senão AQUI, onde você  AGORA se encontra? O AGORA eterno e o AQUI Onipresente são a totalidade do que se conhece e do que existe para ser conhecido. Como o tempo não existe, você teria pecado quando? Você está vivendo, se movendo e tendo todo o seu Ser no eterno AGORA. A Consciência de seu “Eu”, sendo a própria Presença do UM Imaculado, é a ÚNICA Consciência  que você possui de Ser. Somente o que for eterno e infinitamente verdadeiro como este UM, será verdadeiro para Você.

O UM, que você AGORA é, constitui o mesmo UM que sempre você foi e será.

Continua..>

Suprimento Em Termos De Dinheiro

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O Suprimento divino é manifestado sob vários aspectos de Si mesmo; porém, falaremos aqui acerca do Suprimento em termos de dinheiro.

Que vem a ser o Suprimento chamado dinheiro? Olhamos um pedaço de papel, chamado cheque ou cédula, pegamos alguns fragmentos de prata ou cobre, e  lhes damos o nome de dinheiro. O ensinamento absoluto diz que nada existe que seja sólido ou denso. Assim, a Substância por nós chamada de “dinheiro” não é o que aparenta ser. Apesar disso, sabemos da existência de algo aqui, e Algo na Forma. Ele é Substância em várias Formas, e  tem sido chamada de “dinheiro”.

Perguntamos: “Qual é a natureza de TODA Substância?”  A Consciência é a única Substância em existência. A Consciência existe na forma do que se denomina dinheiro. Como sabemos, há uma só Consciência, e VOCÊ está consciente de existir como esta Consciência. Portanto, o Suprimento, chamado dinheiro, é a Consciência que você é, pondo-Se em evidência como este determinado aspecto de si mesma.

Estritamente falando, você não pode possuir dinheiro. Você não diz que “possui” a Consciência divina que você é. Apenas sabe ser você esta Consciência divina. Do mesmo modo,  pode também saber que você é esta mesma Consciência manifestada como a Substância na Forma chamada dinheiro. A Consciência  que você é, é ilimitada. Esta Consciência que você é, sendo o Suprimento—em qualquer aspecto de Si mesma—é ilimitada.

Amado, você percebe integralmente que, sempre que pronunciamos “Deus”, estamos realmente nos referindo ao DEUS-EU-SOU que VOCÊ É? Quando falamos que Deus é a única Substância na Forma de todo Suprimento, estamos realmente dizendo que a Consciência divina, que você é, é a Substância na Forma de todo Suprimento. O fato de você estar consciente da existência de algo, como o dinheiro, significa que você tem consciência do dinheiro. Sua Consciência da própria existência do dinheiro é a exata Substância que existe na Forma de cheques, notas, prata, cobre, ou qualquer outra.

O Suprimento, no aspecto de Si mesmo como dinheiro, está sempre presente, por consistir de sua Consciência, a qual está sempre presente. Sempre que  houver uma aparente necessidade de dinheiro, isto só indica que sua atenção está focalizada nesse aspecto da Consciência que você é, e que se torna importante para algum cumprimento de objetivo. Jamais negue a Presença de algo que seja necessário à sua inteireza, sua alegria, paz, ou ao seu cumprimento de objetivo. Por isso, é bom que perceba a Verdade absoluta de que o Suprimento—inclusive  dinheiro—está sempre presente em e como a Consciência que você é. Assim, ao surgir alguma aparente necessidade, não focalize sobre ela a sua atenção; antes, faça com que sua atenção permaneça no Suprimento sempre presente, que consiste de sua própria Consciência divina.

Você tem aceito e discernido o fato espiritual de que seu Corpo consiste de sua própria Consciência de que ele existe. Assim, não lhe será difícil perceber agora que todo suprimento que lhe for necessário, sob qualquer forma, consiste desta sua Consciência de você estar existindo. Esta é a Verdade.

Como pode notar, sua Consciência é que lhe possibilita estar consciente de que você existe. Esta mesma Consciência é que é a Substância do seu Corpo; e Ela existe constantemente como o Suprimento essencial à sua Inteireza. Seria totalmente impossível que você estivesse inconsciente de algo   essencial à sua Inteireza. Você teria de estar somente parcialmente consciente, a fim de ter consciência de algo que fosse incompleto. Mas você está consciente de modo completo.

Há mais um fato relativo ao Suprimento que vale a pena discutirmos e considerarmos: assim como lhe é impossível estar separado da Consciência de que você existe, também lhe é impossível estar separado do Suprimento.

Frequentemente você vem conscientizando que a Sua Consciência de existir é a sua Substância. A partir de agora, tenha igual certeza de que sua Consciência de que você existe, é também a Substância na Forma de tudo aquilo que for necessário à sua Inteireza. E, naturalmente, o chamado “dinheiro” é algo necessário à sua Inteireza e   cumprimento de objetivo completo. Agora poderá observar como lhe é impossível estar separado do Suprimento, ou ser algum outro que não o próprio Suprimento. E este Suprimento pode ser evidenciado por completo a cada momento de focalização de sua atenção, não na aparente necessidade, mas em e como a própria Essência que constitui o Suprimento em Si.

O que  estamos colocando, é que a Consciência que você possui de uma coisa, É A COISA EM SI! Estar consciente do Suprimento, chamado dinheiro, significa ser a própria Substância na Forma que o dinheiro é. Não se preocupe com o dinheiro em si. Faça com que seu único interesse se volte para o Princípio—Suprimento—que está presente de forma permanente e irrestrita, do mesmo modo com que sua Consciência é ilimitada. Permanecer ligado à aparência do dinheiro é confundir uma “aparência” com a Substância na Forma que está aqui. A “aparência” pode dar a impressão de ir e vir. Pode parecer estar ora presente, ora ausente. Mas, a Substância legítima—a Consciência—que é o seu Suprimento, é constante, presente sempre, e vai além de toda limitação. A Consciência é toda Substância. Toda Substância é Consciência. E esta, Amado, é o seu Suprimento, exatamente aqui, exatamente agora, de forma constante e permanente.

O Suprimento nunca é limitado. Somos nós que aparentemente determinamos limites ou fronteiras em torno de toda Substância. E, esta limitação é procedente de nosso ilusório conceito de separatividade—ou dualidade. Um aspecto sutil desta limitação é a ilusão de que o Suprimento se restrinja unicamente a dinheiro! Mas, até mesmo o dinheiro é ilimitado. Talvez ficássemos surpresos, se avaliássemos a soma total de dinheiro que existe sobre a face da terra. Não obstante, muitas outras Formas de Substância e Atividade exercem exatamente o mesmo papel do dinheiro. Por exemplo: às vezes se permutam mercadorias e serviços, e tais permutas fazem a mesma função do dinheiro. Às vezes, animais como boi, ovelha e outros, são também utilizados como meios de transação. É bom considerarmos alguns desses aspectos ligados ao Suprimento. Assim, ampliamos o conceito do sentido verdadeiro e da natureza do Suprimento. Todos sabemos que, ocasionalmente,  a agradável sombra  de uma árvore, ou um pouco de água fresca de uma fonte, são verdadeiramente Suprimento. Onde estaria todo esse Suprimento ? Exatamente aqui, como a Consciência que você é, e que eu sou.

Você, estar separado do Suprimento, é uma total impossibilidade. Tal condição incompleta somente seria possível caso também lhe fosse possível se separar de sua própria Consciência. Reafirmando: SUA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA DE QUE VOCÊ EXISTE, É A PRESENÇA PERMANENTE DO SUPRIMENTO EM E COMO TODA FORMA QUE SE FAÇA NECESSÁRIA A CADA MOMENTO.

 

O “Nada” Que Parece Ser Matéria!

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Tudo que aparenta ser material, ou matéria na forma, acabará por ser visto como “nada”. E a chamada mente mortal (ou humana) se revelará, como já o vem fazendo, como não inteligência, em vez de inteligência. Assim, ela também passará, sumindo na própria nulidade que sempre esteve sendo.

O que parece ser um universo material, estrelas, planetas, etc., passará, tão logo percebamos que a matéria não existe. Há uma crença em leis materiais governando a matéria, bem como uma crença em inferno e em paraíso mentais. Tudo isso passará, pela conscientização de que cada um de nós é seu próprio céu, e que o inferno não existe.

Precisamos saber que tanto inexiste céu mental quanto inexiste céu material. Passamos a ver além disso tudo! Vemos que o Céu único que existe é nossa própria Consciência. E vemos também que esta é a mesma Consciência de tudo e de todos em existência.

O Evangelho de Tomé registra estas palavras de Jesus: “Este céu passará, e passará aquele acima dele. Os mortos não estão vivos e os vivos não morrerão. No dia em que vocês devoraram os mortos, tornaram-nos vivos; quando chegarem à luz, que irão fazer? No dia em que eram um, vocês tornaram-se dois. Mas, se têm-se tornado dois, que irão fazer?”

Jesus se refere à matéria como o “morto”. Está, de fato, nos dizendo: Nos dias em que vocês pareceram ter caído no sonho, quando a miragem apareceu como matéria, deram a ela a totalidade da vida, aceitando-a como real. A matéria jamais teve vida em si mesma! A única vida que ela usou, para parecer existir, foi a vida que vocês lhe deram, pela aceitação de sua presença! Fizeram, desse modo, com que o “nada” parecesse ser “alguma coisa”; então, vocês eram o um, ou aparentaram ser o um, no sonho a que deram vida. Porém, ao chegarem à Luz, quando a Luz, que é Deus for revelada como sendo a Consciência de todos, saberão que não existe matéria para ter vida ou para se tornar viva. Tampouco existe matéria para se tornar morta.

Você já era aquela Mente única, aquela Consciência única, mesmo quando pareceu ter nascido. No “nascimento”, pareceu ter-se tornado dois: Vida e corpo, Alma e corpo. E veio a aceitação de Deus e homem, o dualismo.

Ao parecer ter-se tornado dois, que fez você? A Identidade divina, eterna e gloriosa, que você sempre esteve sendo, que você relembrou existir, simplesmente insistiu em Se autorrevelar como seu próprio Ser. E é isto o que lhe está ocorrendo, exatamente agora. Isto é o que nós fazemos, mesmo quando parecemos ser dois.

*

Imunidade

imunidade

De várias maneiras a aparente desarmonia pode parecer invadir nossa Consciência, quando saímos para nossas atividades diárias. Estas aparências podem certamente parecer interromper nossa percepção da Verdade que conhecemos e que sabemos ser o nosso Eu ilimitado. Apenas alguns exemplos serão suficientes para ilustrar nosso ponto em questão. Talvez alguém em nosso serviço ou local de trabalho aparente ser muito hostil, irritante, agressivo, invejoso ou dominador. Às vezes parece ser quase impossível conservarmos nossa clara percepção de ser o Amor que nós somos. Talvez possa haver alguém no lar que aparentemente manifeste características de desamor e egoísmo. Poderá parecer que um membro da família seja um alcoólatra ou esteja preso a alguma outra forma do chamado cativeiro humano. Talvez pareça que todos os nossos esforços para ver a perfeição como a única Presença tenham se mostrado infrutíferos. E então nos perguntamos: “Que fazer?”

Em tais situações, você nada pode fazer. Mesmo que lhe fosse possível reformar um suposto indivíduo imperfeito, tentando e se esforçando, ele ou ela acabaria por retornar à aparente dificuldade, de uma forma ou de outra. Entretanto, é desnecessário prosseguir encarando estas aparências de egoísmo, fraqueza ou algo semelhante. Passemos a perceber de que maneira ficaremos totalmente imunes a toda aparência dessa natureza, e como a aparência irá desaparecer em sua completa “nulidade”. Desta forma, alguém que parecia prejudicial poderá também ser ajudado, mesmo que ele ou ela nem desconfie de onde procedeu a ajuda.

A Consciência que você é – conhecendo o que você é, e sendo aquilo que você conhece – é sua imunidade relativa a qualquer aparência do mal. Vamos verificar como esta percepção se manifesta como a harmonia completa em e como o seu trabalho, seu local de serviço, seu lar, etc. Pergunte ao seu Eu: “Que sou eu? Estou eu consciente de egoísmo, egotismo, desonestidade, alcoolismo, ou de qualquer das chamadas características negativas da personalidade humana? Se eu estivesse consciente de tais falsidades, não deveria estar consciente de ser essas próprias aparências falaciosas?” Quando estas perguntas forem expostas, imediatamente você se conscientizará das seguintes Verdades: “EU SEI QUE A CONSCIÊNCIA QUE EU SOU NÃO É NENHUMA DESTAS FALÁCIAS. EU SEI O QUE SOU! SOMENTE AQUILO QUE EU CONHEÇO, EU SOU! SOMENTE AQUILO QUE EU SEI QUE MEU SER É, PODE EVENTUALMENTE EXISTIR EM E COMO MINHA EXPERIÊNCIA DIÁRIA. Isto não passa de um outro modo de dizer: “Minha Consciência é o meu Universo, e meu Universo é a minha Consciência”.

Você sabe que inexiste qualquer suposta identidade egoísta e manhosa presente como a Consciência que VOCÊ É. Portanto, nenhuma suposta mente com tal característica encontra-se presente em ou como o seu Universo ou sua experiência diária. Você sabe que inexiste uma pequena mente egotista se exibindo por aqui como a Mente que VOCÊ É; assim, não há mente alguma dessa natureza presente ou ativa em ou como a sua experiência cotidiana. Você sabe que a Consciência que VOCÊ É, não tem consciência de ser odiosa, avarenta, aversa, teimosa, ou alguma outra dessas falácias. Portanto, nenhuma dessas aparentes características poderia estar presente ou ativa em ou como sua Existência.

Como você pode saber que nenhuma destas falácias está presente em ou como a Consciência que VOCÊ É? Amado, mal algum pode estar presente em ou como a sua Consciência – que é o seu Universo – porque VOCÊ SABE O QUE VOCÊ É, E O QUE VOCÊ CONHECE, VOCÊ É. Você é o Amor irrestrito, vivo, onipresente e onipotente, e VOCÊ SABE O QUE VOCÊ É. Esta será a sua resposta a cada suposta aparência de algo que iria tentá-lo – caso pudesse – a aceitar e a parecer experienciar a desarmonia. O Amor irrestrito, vivo, onipresente, onipotente, é a sua imunidade, e VOCÊ É ESTE AMOR.

*

 

A mor É Luz -5

88– 5 –

É o Amor que a tudo mantém em perfeita harmonia pacífica. É o Amor que exclui a possibilidade de atrito, inadequação, usurpação ou desejos humanos discordantes. É o Amor que torna os acidentes uma impossibilidade. Este mesmo Amor está ativo como a atividade plena de cada estrela e planeta. O Amor é a atividade do corpo do Planeta Terra, e é a plena atividade da Essência do meu corpo e do seu.

Podemos observar que no Amor infinito nada há de natureza pessoal. Entretanto, não se deixe enganar. O Amor é uma Essência viva. Ele é vivo. Ele tem que ser vivo, pois é a própria Vida. O Amor não é pessoal, mas certamente opera em e como a experiência diária de cada um de nós. Não poderíamos viver, caso assim não fosse. Se o Amor pudesse se ausentar completamente, Vida alguma poderia estar existindo como este Universo. Tampouco existiria Inteligência ou Consciência. O Amor é a luminosidade da Luz; o Amor é a Luz radiante. Ele é a Inteligência ativa consciente, viva, intensa e dinâmica. E esta é Deus, oniativo.

“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Romanos 13:10).

O Amor jamais critica. Ele não reconhece nada passível de ser criticado. Ele é sempre suave; sempre fala e age com compaixão e compreensão. Ele é onipotente, mas isso apenas significa poder para ser o próprio Amor. Ele não permite acesso às ofensas, e é imune às críticas, ódios e invejas aparentes. O Amor tem conhecimento apenas de Si próprio, e Ele Se conhece sendo o Amor em Si. O poder do Amor é Todo-poderoso. A atividade do Amor é o Deus Todo-poderoso em ação. Nada existe que possa promover obstrução ou oferecer resistência frente ao Amor infinito impessoal. De fato, nada existe para interferir nesta Luz viva onipresente e onipotente, que é o Amor.

Iluminação alguma é tão plena de êxtase quanto esta que podemos ver, conhecer e experienciar a infinitude do Amor. Revelação alguma é tão plena do poder da Perfeição instantânea quanto esta, em que a Existência inteira se revela como Amor infinito vivo.

F  I  M

Amor É Luz -4

3013– 4 –

Recordemos: o objetivo do Amor universal é manter perfeita e eternamente a totalidade do que constitui o Universo. Para ilustrar esse fato, consideremos um relógio comum. Cada item do relógio é necessário à sua inteireza. Além disso, cada componente ocupa exatamente o lugar que lhe é destinado, executando somente aquela que deva ser a sua função. Parte alguma do relógio poderia funcionar por si mesma. Se esta parte não fosse imprescindível à inteireza do relógio, sua existência não teria finalidade alguma. A atividade de uma parte do relógio não substitui a de outra parte dele mesmo. A corda, por exemplo, não pode desempenhar a função do pêndulo. A atividade de um componente em nada interfere na atividade de outro. Se houvesse qualquer interferência ou atrito, a atividade perfeita do relógio todo ficaria comprometida, ou mesmo interrompida de vez. Desse modo, concluímos que o objetivo da atividade de cada componente do relógio é o funcionamento suave e perfeito dele por inteiro. Se uma determinada atividade falhar, o relógio todo deixará de cumprir o seu objetivo próprio.

 O relógio já existia em e como a Consciência de alguém, e muito antes do aparecimento do chamado relógio material. Realmente, podemos afirmar com certeza que o relógio sempre existiu, bem como o seu funcionamento perfeito. O suposto inventor simplesmente fez a sua descoberta. É certo que a Inteligência descobridora do princípio do relógio sempre existiu; e ele esteve sempre completo. Assim, a atividade do relógio tinha de ser uma Existência eterna.

 Como sabemos, toda ilustração é limitada. Mas esse exemplo do relógio serve para ressaltar que o Amor é um aspecto essencial, infinito e eterno de Deus. Ele é essencial à atividade harmoniosa do Universo, à atividade inteligente de cada estrela ou planeta. Ele é necessário para que haja o cumprimento perfeito de cada objetivo. É imprescindível para que o objetivo de Deus, que é o de ser Você, sua vida e seu corpo, seja cumprido. 

Continua..>