DEUS É AMOR!

Joel S. Goldsmith

Deus é Amor. Que podemos, eu e você, fazer para mudar a natureza amorosa de
Deus? Poderíamos mudar nosso amor pelos filhos, casos nos fizessem algo
desagradável? Claro que não. Se humanamente somos capazes de amar nossos
filhos, mesmo quando não merecem, QUANTO MAIS AMOR o Pai Celestial está
emanando constantemente para nós!

Pode você aceitar a Verdade de que DEUS É AMOR, não apenas quando você é digno,
mas também quando se comporta inadequadamente ? Pode admitir que DEUS É AMOR,
e que Sua chuva cai igualmente sobre justos e injustos? Jesus
alguma vez negou conceder o bem ou a  cura a alguém, pelo fato de ser um pecador? Porventura perguntou alguma vez, às multidões, se eram pessoas boas? Ou se esbanjavam ou
economizavam o seu dinheiro? Quando ressuscitou o filho da viúva, teria
perguntado se o moço havia sido moral ou imoral, honesto ou desonesto? Ou
simplesmente o ressuscitou, destruindo a crença coletiva na morte? Todos
conhecemos a resposta. Em nenhuma ocasião Jesus recusou cura, suprimento,
perdão, reforma ou restauração a alguém, por temporária crença no mal.

O princípio é este:  uma vez que DEUS É AMOR, nosso bem deve ser infinito,
sem nenhum “SE” ou “MAS”, porque a Graça de Deus não depende de algo que você ou
eu façamos ou deixamos de fazer. A Graça de Deus não pode ser retida. Embora
possamos ligar ou desligar a eletricidade, abrir ou fechar a torneira, não
podemos abrir ou fechar o fluxo de Deus. DEUS É, e DEUS É AMOR em toda
plenitude.

"LIVRAR-SE DE ILUSÃO" É ILUSÃO

Joel S. Goldsmith

Sempre houve, sobre a face da terra, pessoas espiritualmente iluminadas que perceberam a inexistência da morte;  algumas perceberam inclusive que não existe nascimento. Há aquelas que viram que não existe doença sobre a terra, nem realidade em quaisquer destas aparências negativas. No início, Gautama, o Buda, fundamentou toda a sua revelação não sobre o que Deus é, mas sobre a base de que o erro não é. A revelação que lhe veio, quando meditava, foi de que a totalidade destas aparências é ilusão, não é realidade, algo não se dando no tempo ou espaço, mas ocorrendo somente num conceito mortal universal.

Jesus teve esta percepção, pois, olhando para Pilatos,  disse: “Não terias poder algum”, mesmo com todas as aparências testificando o “fato” de ser ele o legislador e  o poderoso naquela região. Jesus era capaz de olhar toda doença e dizer à pessoa: “Qual é o teu impedimento? Levanta-te, toma teu leito e anda”. Era capaz de olhar para o pecador e dizer: “Nem eu te condeno”. Eu não penso que Jesus tenha condenado o pecado. Ele reconhecia que o pecado, como pecado, era inexistência.

Muito pouco deste princípio veio à luz nos anos seguintes, embora alguns místicos maravilhosos tivessem passado pela terra, e  atingido a consciente realização de Deus, a unicidade consciente com Deus, a união consciente com Deus; porém, em suas revelações, não notaram que atribuir a Deus a causa daqueles erros era tornar Deus responsável por eles, era fazer deles realidade. Assim, tivemos muito pouco sobre o assunto, até que surgiu o livro Ciência e Saúde original. Na obra original, tornou-se claro, outra vez, e pela primeira vez em séculos, que Deus é o único Poder e que estas aparências de discórdia não têm realidade. A Sra. Eddy reuniu todas as discórdias que, juntas, receberam o nome de mente mortal; depois, disse que a mente mortal não era uma coisa, mas apenas um termo para designar o “nada”. Alguns de seus primeiros alunos, dois deles inclusive eu pude conhecer em Boston, foram maravilhosos sanadores, sem mesmo terem profundo conhecimento de religião ou de Ciência Cristã. Foram, porém, sanadores grandiosos por terem captado bem este ponto único; assim, fossem quais fossem os problemas a eles trazidos, apenas sorriam e reconheciam: “Mente mortal, o nada”. Conseguiam se voltar daquilo sem reagir, sem temer, sem se proteger, apenas devido à percepção de que tudo que se lhes apresentasse como pessoa ou condição malignas poderia ser englobado naquela terminologia: mente mortal. E então, a expressão mente mortal passou a ser vista como um nome, não como alguma condição ou  pessoa, não como uma coisa, mas como um nome, utilizado somente para designar o “nada”.

Assim como este ensinamento ficou perdido, após a geração de Gautama Buda, também teve sua metade provavelmente perdida na Ciência Cristã. Alguns ainda existem que captaram este ponto, porém, não muitos. Nos dias de Buda, o erro era este: aqueles não próximos ao mestre original tomaram a palavra ilusão e a externaram. Diziam que pecado, doença e morte eram uma ilusão; porém, que era preciso se livrar da ilusão. O sentido original era outro: tudo já era  mera ilusão, uma imagem mental do nada. Uma ilusão no pensamento, uma imagem mental, sem substância, sem realidade, não passando de uma crença infundada sobre algo, um boato.

Porém, os hindus passaram a chamar este mundo de maya, de ilusão, e o descartaram, ora tentando escapar dele pela morte, ora ignorando-o. Bem, a Índia não é um bom modelo de uma fé verdadeira em continuidade. Contudo, os Cientistas Cristãos, muitos deles, fizeram o mesmo erro. Deixaram o hábito de dizer “estou com resfriado, estou com gripe”, para dizer “Eu tenho uma ilusão; você me ajuda a  ficar livre dela?” Ou, ainda, “Você me protegerá ou me fará um trabalho de proteção da ilusão?” Ora, um praticista poderia estar tão ocupado em Boston, às quartas e domingos, que  não teria nada a fazer, senão sentar-se dia e noite e fazer trabalho de proteção do inimigo.

Tudo isso volta à natureza inata, humana, que realmente acredita em dois poderes (o poder do bem e o poder do mal, chamado o poder de Deus e o poder de Satanás, ou, em filosofia, bem e mal, ou, na metafísica, imortal e mortal: sempre um par de opostos), em vez de se encarar um como tudo e  outro como  nada, uma “ilusão”, maya, um falso conceito de algo, uma ignorância de algo.

NATAL

Joel S. Goldsmith

Uma mensagem de Natal deve ser uma mensagem de paz, em que nossos pensamentos se voltam do conceito de paz que o mundo busca, para a realização da verdadeira paz, “a minha paz”, que vem assim que os homens se encontram prontos a recebê-la.

O mundo busca uma paz que jamais pode ser encontrada, enquanto o senso de paz estiver baseado na cessação de guerra. Esta paz, ainda quando esteja realizada, é temporária, pois está baseada somente em conferências e relacionamentos entre homens e nações. A verdadeira paz é consumada, exclusivamente, quando nos despimos da armadura da carne, no momento em que deixamos de erguer a espada em defesa dos temores e ódios do mundo e cessamos de guerrear com as condições terrenas.

A paz duradoura reina somente quando os relacionamentos entre os homens estão alicerçados na conexão de cada um com Deus. A paz é realizada quando nos encontramos unidos com nossos companheiros através da experiência da vivência de Deus. A paz é alcançada quando contemplamos antes o Filho de Deus governando nossa vida e, em seguida, também a de nosso irmão.

O mundo está procurando a paz “lá fora”, mas ela deve ser encontrada dentro do nosso próprio ser individual, na medida em que hospedamos o Príncipe da Paz. Portanto, deixemos de procurar a paz que “o mundo está buscando” e empenhemo-nos em encontrar “A paz de Deus que ultrapassa todo entendimento humano”. “A Minha Paz vos deixo, a Minha Paz vos dou: não como o mundo vos dá. Que não se turvem vossos corações e nem se receiem”. (Ler Isaías 42: 1-9, em seguida, Isaías 61-62: 1-4 e 62: 12).

As advertências, e as promessas do Velho Testamento, são muitas vezes mal interpretadas, como se fossem dirigidas a algum homem em particular ou a uma determinada raça. Os amigos Hebreus consideravam-se filhos de Deus, distintos e favorecidos por Ele; tal má interpretação levou à adoração de certas pessoas chamadas de salvadores, como se fossem, por si mesmas, o Cristo. Isto gerou o sectarismo em determinadas religiões, com limitadas diferenças e inimizades.

Deus não ungiu especificamente um homem ou um povo: Deus tem ungido o Seu Bem-amado, o Cristo. O Cristo é uma entidade espiritual, um impulso espiritual – Um espírito que está no homem. É Ele que, em nós, é abençoado, ungido e sustentado pelo Pai.

Ocasionalmente, este divino Impulso Espiritual, o Cristo, se manifesta de uma forma mais pronunciada num indivíduo aqui, noutro acolá; porém, Ele existe na consciência de cada um, na face do globo terrestre. Chega um período específico. na vida de cada indivíduo, em que ele recebe a anunciação espiritual e então o Cristo é concebido, nutrido e desenvolvido. Num dia de Natal, o Cristo nasce; em outras palavras, a presença do Cristo é realizada dentro do nosso ser.

O nascimento de Cristo não ocorre cronologicamente no dia 25 de dezembro  nem em lugares de terras santas, mas ocorre, sim, na consciência elevada do indivíduo. Este estado de consciência elevado é a Cidade Santa – a cidade cuja busca foi esquecida, o lugar de nascimento e o lugar onde habita o Cristo. Onde quer que o Espírito de Deus apareça na consciência humana, todas as bênçãos e profecias em relação aos ricos frutos do Cristo se evidenciam.

Na luz do Cristo, o cenário humano se revela como algo fantástico. É somente depois da realização do Cristo em consciência, que o sentido profundo da verdadeira humildade é compreendido. Antes desse acontecimento, sempre haverá um sentido pessoal do ego; mas, com o nascimento do Cristo, todo sentido de exibição pessoal, todo desejo de algo ou de alguém, e toda a espécie de ambição humana são perdidos. A partir desse ponto de transição em consciência, onde havia necessidades, desejos pessoais ou uma vida incompleta, passa-se a não mais ter uma vida própria para ser plenificada com seus apegos e suas necessidades de êxitos e sucessos. Neste estado de consciência não existe nem mais um senso de necessidade de Deus, porque há a realização de se contemplar Deus agindo através de si. Esta atividade nunca é para benefício pessoal, mas se torna uma bênção para aqueles que ainda não experienciaram a concepção e o nascimento de Cristo dentro do seu próprio ser e, portanto, não realizaram a natureza universal de Cristo.

Elias revelou a natureza do Cristo como sendo a “pequenina e silenciosa voz” que está dentro e ao alcance de cada indivíduo que se torna receptivo a ouvir;  Daniel revelou o Cristo como uma “pedra cortada da montanha sem mãos”. Nas palavras de Isaías: (42; 2,3,4) “Não chamará, não se exaltará, nem fará ouvir sua voz na praça. A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; em verdade, produzirá o juízo”. Quando Cristo Jesus falava daqueles que “tinham olhos, mas não viam”,  referia-se a uma capacidade interna que contempla aquilo que jamais os olhos humanos seriam capazes de captar.

A natureza do Cristo é uma atividade espiritual, totalmente sem cumprimento físico, assim mesmo suficiente para destruir os quatro reinos temporais. As palavras e os pensamentos de Elias, de Daniel, Isaías e outras grandes personagens bíblicas, transitam no meu ser e se unem na revelação de uma Essência espiritual única, de uma Presença e de um Poder. Mesclados com estes pensamentos estão também os das crianças que vêm ao mundo com deficiências. Estas crianças, com seus clamores, indagam: “por que isto?, por que eu?, por que comigo?”, e suas vozes penetram a consciência da Terra, e esta não tem resposta aos seus problemas e às suas necessidades de cura. Um clamor semelhante se faz dos povos do mundo inteiro, ansiosos por uma cessação de guerras e esperançosos de uma paz mundial, e a Terra também não tem resposta para eles.

Mas há uma resposta! A resposta é o Cristo! Cristo é a influência espiritual dentro de você, de mim e de todas as almas e corações abertos para a anunciação, para a experiência da concepção e nascimento do Cristo. O Espírito do Senhor Deus Todo-poderoso está sobre o Cristo do seu ser individual e esta suave Presença é manifestada, não pela força e nem pelo poder, mas sim pela unção do próprio Espírito.

É este Cristo a resposta à paz mundial, assim como também é a resposta a todos aqueles pequeninos que clamam por suas heranças divinas de saúde, harmonia e plenitude.

A maior missão do Cristo é curar o mundo, portanto, se torna necessário, para aqueles que sentiram o toque do Cristo para servir, abrir  caminho para a atividade do Cristo, que é permear a consciência humana com o conhecimento e o amor do Cristo. A prece é o canal ativo em nossa consciência, que traz a Presença e o Poder de Deus aos afazeres humanos.

Eventualmente você poderá receber pedidos para uma ajuda específica; e, para estar preparado, é preciso aprender a manter a comunhão com o Príncipe da Paz, com nenhum outro propósito a não ser  o da própria comunhão com Ele. Você deve reservar períodos todos os dias para a meditação e nesses momentos se isentar de qualquer preocupação com os problemas relacionados com sua própria vida. Sua única razão para meditar deve ser experienciar em consciência a comunhão com Deus.

Nesta comunhão, a atividade de Cristo em você se torna o agente curador por todos aqueles que lhe solicitem ajuda.

Pensem acerca da consciência curadora que pode ser suscitada no mundo, quando cada estudante da verdade se conscientizar, em primeiro lugar, que “o único filho bem-amado, que está no âmago do Pai”, é o Cristo do seu ser individual.

Tudo que o Pai tem, está derramado sobre esta Centelha divina, vital, eterna e imortal, e o lugar onde Ele habita é dentro de você, em sua consciência!

Lembre-se sempre de que “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles”.

A atividade amorosa do Cristo, em você, é suficiente para derrubar os reinos temporais. Mas, uma coisa é exigida: cada Cristo deve ter o seu Jesus. A criança espiritual deve ter o Seu representante na Terra, e Ela deve ser liberada ao mundo através da conscientização daquelas pessoas que chegaram a realizar o Cristo em si mesmas.

É nossa função recolhermo-nos, diariamente, sem nunca falhar, com o propósito de receber o Príncipe da Paz e, dessa forma, criar-Lhe a possibilidade de atuar em nossos negócios e relacionamentos humanos.

Não é necessário dirigi-Lo ou esclarecê-Lo; a nossa parte consiste em esperar, silenciosamente, sem esforço e sem poder, e deixá-Lo ocupar nossa consciência! Você pode vislumbrar o que acontece, quando o Cristo realmente realizado começa a tocar a consciência de todas as pessoas na Terra, removendo delas as causas e os efeitos do erro humano? O Cristo, ao nos tocar a consciência, liberta-nos dos ódios e dos medos do mundo, abençoando assim inúmeras pessoas.

A prece feita dessa forma nos abre à visitação e à comunhão com o Príncipe da Paz, fazendo de nossa consciência a Cidade Santa, onde o Cristo habita, e através da qual Ele acha o caminho de entrada em todas as consciências humanas.

Enquanto a videira recebe a sua substância pelo Pai, cada galho está sendo alimentado. O Santo de Israel, o Espírito de Deus no homem, o Cristo, está sempre presente, porém, disponível somente na medida em que nos abrimos para recebê-Lo, deixando-O em nós habitar. Nosso único propósito, ao entrarmos em comunhão com o Cristo, é o de Lhe propiciar uma entrada ao mundo, para que possam ser demolidas as crenças humanas cristalizadas e ser estabelecido o Reino de Deus sobre a Terra.

Saibamos que não nos cabe um trabalho pessoal, temos somente que nos aquietar e “deixar fluir”.

No verdadeiro sentido da humildade, não há um “eu” dirigindo esta atividade; ao contrario, há um sentimento profundo de paz e quietude, onde nos tornamos exclusivamente desejosos de deixar o Cristo se encarregar dos negócios do Pai.

Nunca você ou eu poderemos nos ocupar dos negócios do Pai – somente o Cristo pode executar as funções de Deus sobre a Terra, estabelecendo Seu reino nos corações de todos aqueles que são receptivos e responsivos à Sua presença curadora.

E assim, no dia de Natal, façamos votos de boa sorte ao Príncipe da Paz em Sua jornada de amor nas consciências humanas, de modo que cada indivíduo que tenha seu pensamento e mente, Espírito e Alma, abertos à concepção e nascimento de Cristo, possa conhecer essa Presença amorosa  capaz de lançar a paz na Terra e a boa vontade entre os homens.

ANO RENOVADO PELA PRESENÇA

Joel S. Goldsmith

Reconheça a Presença interna

Concordando com a necessidade de transformação de consciência, para tornar o ANO NOVO melhor em todos os sentidos, cabe-nos determinar: “Qual deve ser esse novo estado de consciência?”.

Nossos estudantes sabem que uma consciência imbuída da Verdade sempre expressará condições harmoniosas em sua vida. Sabem que nossa vida é um reflexo do grau de Verdade imbuída em nossa consciência, isto é, a qualidade da Verdade com que nossa consciência está construída.

Se bem que seja verdade que Deus constitui a nossa consciência e, portanto já possuamos a plena, completa e perfeita consciência espiritual, devemos compreender que essa perfeição é potencial, disponível, demonstrável. Cabe a cada um de nós revelar aos poucos essa perfeição, por um trabalho individual na Verdade; pelo empenho em nossos deveres, até que a Presença seja realizada em plenitude, à nossa consciência.

Sem um contínuo reconhecimento desta Presença Interna, ficamos hipnotizados pela consciência de massa e sujeitos a ela. Ficamos sob a lei de acidente: se coincidir de ser um novo ano progressista, de boa saúde, talvez partilhemos disso. Mas se acontecer um ano economicamente depressivo, de epidemia, também disso partilharemos.

O modo de evitar fazer parte da consciência de massa — esse viver robotizado, movido pelas crenças mundanas — é começar e terminar nosso dia em estado de oração. É manter-nos vigilantes na consciência de nossa real identidade, como filhos de Deus, vivendo uma própria vida e não a vida dos outros, assim como não buscamos que os outros vivam nossa vida. Deus é que deve viver em ou como nós.

“Deus, no meio de mim, é poderoso”. Há uma Presença divina que vai diante de mim “para endireitar os caminhos tortuosos” (Is.45:2). Há um Poder e uma Presença espirituais dentro de mim, que é a lei de ressurreição sobre toda a experiência humana; sobre os meus negócios e meu corpo; sobre minha profissão e minha saúde. Há uma influência espiritual que restaura até mesmo “os anos perdidos do gafanhoto”.

Devemos aprender a conscientizar a Presença divina em nós, muitas vezes ao dia, até que se torne uma constante. É isto que nos sobreleva a consciência da massa e nos capacita a viver sob a orientação de Deus, pela Graça. A Lei, a substância, o poder de Deus nos suprem, quando O reconhecemos em todos os nossos caminhos e conservamos nossas mentes focadas nEle. Só isto nos separa da influência da massa e salva-nos da experiência coletiva, capacitando-nos a ser uma Lei em nós mesmos.

Portanto, Sede Vós Perfeitos

Vimos a ser uma Lei sobre nós mesmos a partir do momento em que conscientizamos Deus em nosso intimo e aceitamos que Ele nos dirija; do momento em que reconhecemos nosso relacionamento como Filhos e Herdeiros dEle, em usufruto de todas as riquezas celestiais. Só pela consciente e compreensiva aceitação desta Verdade é que nos colocamos sob a Lei de Deus. Estamos sob às leis da humanidade, sob a Lei do Karma, sob a Lei de Causa e Efeito. Todas as leis que operam sobre a consciência humana, produzem seus efeitos sobre nós, individualmente, enquanto não atingirmos a realização espiritual e não demonstrarmos a plenitude da harmonia pela Graça.

O mandamento é: “Portanto, sede vós perfeitos como é perfeito a vosso Pai celestial”. Elevando-nos gradualmente à perfeição é que nos separamos das leis e crenças que governam o mundo. Não há meio de um ser humano chegar a ser perfeito enquanto não reconhecer a perfeição potencial de Deus em seu íntimo, como possibilidade de alçar-se de “gloria em glória”, sob a orientação divina, sob Seu Reino e Sua Lei. Só podemos ser perfeitos pela realização da perfeição divina que já está em nós. Este reconhecimento é importante para estímulo e esforço consciente de superação da influencia de massa.

Como dissemos, esta perfeição não se ganha num instante. Devemos começar no ponto em que nós estamos, sem reclamar essa perfeição a nós mesmos, mas “esquecendo-nos das coisas que ficam para trás” e conscientizando que “Eu e o meu Pai somos Um”. Esta unidade governa nossa vida com harmonia. É uma benção, mesmo na pequena medida inicial de nossa capacidade. Ninguém, neste momento, está exprimindo a plenitude de Deus. Mas podemos regozijar-nos se, em alguma medida, já podemos demonstrar a capacidade de separar-no da consciência de massa; se, em alguma proporção podemos apartar-nos dos erros, doenças e limitações a que estaríamos sujeitos num viver comum.

Não caiamos no mesmo erro de alguns estudantes metafísicos que desanimaram e desistiram do esforço, por não haverem demonstrado harmonia e liberdade interior completas. Ao contrário, alegremo-nos a cada pequeno avanço neste sentido, em nossa experiência, pois é prova de que estamos nos aproximando da mais alta realização, que será seguramente alcançada, se persistirmos neste caminho.

De nada nos vale saber, ler, pensar, que a sintonia com o Divino interno é benéfico. É preciso praticar! É indispensável buscar essa sintonia, para conquistá-la aos poucos. Se não a buscamos, quando a realizaremos?

Nossa vida, neste ano, pode ficar sob a orientação e governo amorosos de Deus, na medida em que aceitarmos e praticarmos esta verdade e nela persistirmos. Não há meio de a Lei ou a Verdade espiritual tocar-nos com a Graça, se não as aceitamos e não as buscamos conscientemente. Depende só de nós: é algo intransferível; ninguém pode fazer por nós, por mais que nos ame e por mais estreitos que sejam os laços que nos unam.

Lembremos: mesmo depois de três anos de intimo convívio com o Mestre, Judas O traiu; os demais discípulos (com exceção de João) O abandonaram, quando Ele mais precisava deles. Isso mostra do quão convictos devemos estar da Verdade, para abraçá-la e demonstrá-la em todas as circunstâncias.

PRINCÍPIO DO SUPRIMENTO

Joel S. Goldsmith

Por nenhum momento iríamos pensar em construir uma casa sem termos compreendido as leis de projeto, escavação, edificação, etc., bem como as leis locais de zoneamento e de saúde. Não tentaríamos ganhar uma causa no tribunal, a menos que conhecêssemos a lei que a regula; e, tampouco iríamos tentar navegar sem o conhecimento das leis de navegação. Entretanto, tentamos resolver nossos problemas de suprimento individual; tentamos demonstrar a disponibilidade e abundância de suprimento sem o devido reconhecimento das leis que o governam.

Muitos ignoram a existência dessas leis e crêem que uma cega fé em algum Deus ou Poder é suficiente para manifestar a operação do bem na experiência individual. No plano do Absoluto não há nenhuma necessidade de se resolver o problema do suprimento. Nele nada é requerido, pois a substância espiritual é onipresente e inexistem tempo e espaço em que o suprimento esteja ausente. Enquanto não atingirmos esta Consciência, a Consciência crística, teremos de preparar o nosso destino em conformidade com a lei das escrituras, encontrada nos textos sagrados de todos os povos. Nosso primeiro passo é o reconhecimento de nosso ser verdadeiro-nosso relacionamento com Deus.

Compreendendo Deus como a Consciência divina única universal, e o homem como a expressão individual desta Consciência, descobrimos que TUDO QUE É DO PAI É MEU, isto é, tudo o que está incorporado à Consciência universal está incorporado à consciência individual, por elas serem uma. Assim, quaisquer coisas ou idéias de que necessitemos já são partes integrantes de nossa consciência, e se desdobrarão à percepção humana tão logo nos familiarizemos com a lei e passemos a aplicá-la. “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” desta ilusão de que o que você busca encontra-se separado e apartado de você. Deverá haver o entendimento de que o universo inteiro está incorporado à Mente divina; e, em vista de esta ser a nossa única mente, todas as coisas já estão dentro de nós. Em conseqüência, jamais somos dependentes de alguma pessoa, lugar ou condição para coisa alguma! Portanto, nosso passo seguinte é abandonar toda dependência a pessoas, posições ou investimentos para o nosso suprimento.

A princípio, isto parece ser um disparate, já que as coisas do Espírito são loucuras para os homens. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” ( I Cor. 2:14. ).

Um negócio ou uma posição podem parecer constituir o presente canal de nosso suprimento. Nossos alunos ou pacientes podem aparentar ser nossos únicos canais. Donas-de-casa podem acreditar que seus maridos ou filhos sejam seus canais de suprimento. MAS NADA DISSO É VERDADEIRO. Como Deus, a Consciência divina, é a FONTE, então esta exata Consciência é o canal de suprimento; e, de fato, é o SUPRIMENTO em si. Procure sempre se afastar de suas noções pré-concebidas sobre este assunto, Reconheça que todas as coisas estão incorporadas à infinita Consciência eterna; e então, SAIBA QUE ESTA CONSCIÊNCIA É A SUA!

Tendo se libertado de toda dependência a fontes e recursos materiais e humanos, você perceberá o bem continuamente se desdobrando em sua experiência humana, na forma de bem que a cada momento lhe estiver sendo requerido. Enquanto caminha rumo a esta Consciência superior, obedeça a duas recomendações importantes dadas pelas Escrituras: “Levarás à casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos frutos da tua terra.” ( Exodus 23:19.) A forma disso ser feito deverá ser como nos ensinou o Profeta Hebreu: “E esta pedra, que erigi em padrão, será chamada casa de Deus; e de todas as coisas que me deres te oferecerei ( ó Senhor ) o dízimo.” ( Gen. 28:22.) Após reconhecermos que tudo que existe pertence a Deus, a Mente universal, pomos de lado uma pequena mas definida parte de tudo recebido individualmente, recirculando-a no Universal, ou seja, fazemos uso desta parcela sem a vincularmos com as despesas usuais ou pessoais. Podemos doá-la a alguma causa comunitária ou de caridade, podemos exprimir gratidão a um instrutor ou praticista espiritual, mas, seja como for, esta parcela deverá ser dedicada a serviço de Deus, o bem, independente da manutenção própria ou familiar. E ela deverá se constituir das “primícias” dos frutos-e não uma parte daquilo que sobrou de nossa receita. Deverá ser tirada da mesma tão logo a recebamos, de modo que possamos, nós mesmos, fazer o equilíbrio e confiar que “Deus dará o aumento”.

Nossa obediência a estes princípios nos dará condição de provar que “quando todas as fontes materiais estão secas, Tua plenitude permanece a mesma.” Quando relaxamos a mente consciente das tensões e lutas, e permitimos que o bem flua através de nossa consciência espiritual, descobrimos que não precisamos temer o que o homem mortal possa nos dar ou sonegar. Repousamos na firme convicção de que “Do Senhor é a terra e a sua plenitude”, e de que TUDO que é do Pai é MEU; tudo o que existe no Universal está se desdobrando para o individual. Chegamos agora àquela que talvez seja a suprema lei espiritual da Bíblia, a nós revelada por Jesus Cristo. Na Oração do Senhor, podemos ler: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.” Eis o ponto em que você pode pôr suas próprias limitações em suas demonstrações do bem. Na proporção em que você perdoa, receberá as bênçãos do Infinito. Podemos perdoar aos que nos devem somas de dinheiro, e àqueles que têm para conosco dívidas de amor, gratidão, reconhecimento, ou mesmo dívidas de cortesia de família ou amigos. Mas devemos perdoar. Devemos viver num constante estado de bênçãos. Este é o perdão verdadeiro que nos liberta das obrigações mortais e materiais.

Há algum tempo, fui procurado por um homem muito necessitado de dinheiro, sem emprego e sem fonte de renda Contou-me que um de seus amigos lhe devia uma soma de dinheiro que o tiraria da dificuldade, e perguntou-me: “Como fará para que eu possa receber esta dívida?” Disse-lhe que perdoasse tanto o homem como a dívida. Não que lhe escrevesse cancelando a dívida, já que esta era problema de seu amigo, mas que o perdoasse mentalmente, e caso ela nunca fosse paga, que não pensasse mais nela, nem pensasse maldosamente a respeito do chamado devedor. “Tire-o de seu pensamento como se ele não existisse, e deixe o Princípio divino abrir seus canais de suprimento.” Ele percebeu o ponto e se voltou deste único canal visível possível de suprimento para o Não-visto infinito. Exatamente na semana seguinte, ele recebeu dinheiro suficiente para mantê-lo por duas semanas, e, ao término da segunda semana, foi novamente chamado ao seu próprio emprego, de que havia sido desligado por vários anos.

ORAÇÃO

Joel S. Goldsmith

A oração deve ser feita com os ouvidos e não com a boca, pensamentos ou
com a mente. Deixe que a prece seja uma atitude de “escuta”, um estado
receptivo de consciência, e com o desejo de que o que for ouvido o
transforme e o renove.

Somos o “templo do Deus-Vivo” quando deixamos que Deus assuma e viva nossas
vidas, quando nossa prece é de “ouvir”, quando nossa atitude é de
receptividade, quando nossa vontade está em sermos purificados, limpos, para
fazermos a vontade do Pai.

Neste “vazio interior”, criado a partir de nossas reflexões sobre a natureza
de Deus e da oração, tornamo-nos instrumentos, tornamo-nos templos, e,
então, sabedoria e amor jorram em nossa consciência. Não estavam ausentes!
Nunca estiveram! Ocorre somente que, enquanto estivermos com o vaso lotado,
cheio de expectativas e desejos e esperanças e ambições, não estaremos
vazios o suficiente para recebermos a Graça de Deus.

FALANDO DE CASAMENTO

Joel S. Goldsmith

Os casamentos, como estão sendo vistos atualmente, não estão dando certo. Nem é para menos! Da forma com que são interpretados, cada cônjuge acaba ficando sem identidade e individualidade, com a mulher muitas vezes perdendo até o sobrenome!
 
Dois seres se tornarem um não deve implicar a perda da individualidade, coisa impossível de realmente ocorrer! Sempre, de antes do nascimento até a eternidade, o indivíduo se mantém como indivíduo: jamais perdemos a qualidade de ser únicos. O casamento humano, com seu sistema de submissão um ao outro, tenta anular o que de mais precioso cada um possui aos olhos de Deus: a sua individualidade espiritual, ou seja, a manifestação do próprio Deus como homem e como mulher. Temos todos qualidades e dons que não se destinam a ficar anulados simplesmente porque alguém se casou.
 
No casamento espiritual, pelo contrário, em vez de submissão existe liberdade. Um cede ao outro total liberdade, reconhecendo este ponto logo que se casam. Depois de trinta anos de experiência, concluí que somente darão certo os casamentos em que houver a mútua concessão de liberdade. Cada um vivendo a própria individualidade e, ao mesmo tempo, sem exigências, compartilhando a vida a dois.
 
Se no casamento humano homem e mulher têm direitos legais, no casamento espiritual a coisa é diferente: ambos têm somente o privilégio de amar e compartilhar, sem direito algum de fazer exigências. Não cumpriremos nossa experiência humana enquanto não pararmos de aprisionar alguém como  vítima de nossos direitos.
 
Geralmente, no casamento humano, o marido assume a função de sustentar a mulher. Espiritualmente, jamais ela fica nessa dependência, pois estaria negando sua divina herança de se manter autosuprida graças à sua comunhão com Deus. Quando esta herança é reconhecida, o marido é liberto para compartilhar, liberto das obrigações legais que o forçariam a fazer alguma coisa. Ninguém gosta de agir por obrigação! Nem legal nem moralmente! Porém, quando fazemos as coisas espontaneamente, de livre vontade, sentimos enorme prazer. São feitas de coração, e não movidas por alguma lei de tribunal humano.
 
A volta ao lar do “filho pródigo” é o casamento místico. Quando o indivíduo, que se via separado de Deus, descobre sua unidade consciente com Ele, temos o casamento místico. Separado de sua Fonte, jamais o homem será completo!
 
O indivíduo, quando está consciente de sua unidade com Deus, encontra sua unidade com todo ser e idéia espiritual— e isto inclui todo tipo de relacionamento no céu e na terra. O casamento humano, portanto, é a expressão visível do casamento místico, da unidade consciente com Deus. Sem esta base real de fortalecimento espiritual, casamento algum poderá resistir. Quando cada um, homem ou mulher, fizer o contato consciente com Deus, estará em contato consciente com seu par, com os filhos, vizinhos, nação e resto do mundo. Jamais haverá esta “união fortalecida” sem que haja, antes, o relacionamento de união com Deus. Aí, sim, teremos uniões fortalecidas em todas as esferas humanas.
 
Não devemos crer no casamento como instituição permanente, a menos que ele tenha sido fruto da conscientização de unidade com Deus por parte do casal. Então, sim, haverá a união impossível de ser rompida. Ouve-se muito, em cerimônias de casamento, a frase “o que Deus uniu não se pode separar”. De fato, o que Deus une ninguém conseguirá separar! Será um relacionamento indestrutível, mas se for consolidado realmente por Deus. Inexiste unificação, inexiste união, exceto na consciente união com Deus.
 
De minha própria experiência, posso adiantar que as desarmonias não têm acesso ao lar ou casamento em que o casal com freqüência se une em meditação. Se algo pude aprender em minha vivência espiritual, tal aprendizado foi o seguinte: onde quer que nos unamos em meditação, ocorre o desdobrar do amor.
 
Para que um casamento não se restrinja ao mundo visível, e seja uma união do Reino de Deus, para que ele tenha, não a “paz do mundo”, mas a “Paz celestial”, deverá existir não somente por um vínculo espiritual, mas também ser mantido por constante meditação, em que nos unimos a Deus e nos unimos mutuamente.
 
Este é o segredo da meditação. Com ela, unimo-nos a Deus e nos descobrimos em unidade com toda a humanidade sensível à espiritualidade. Isto se torna ainda mais real no casamento. Na união com Deus, principalmente quando homem e mulher se unem para meditar, ambos descobrem entre si um elo indissolúvel, uma vez que o relacionamento que daí emerge, é algo muito além daquele meramente pessoal. Ele transcende inclusive o bom relacionamento humano. Dissolve todo o mal entre os casamentos comuns, dissolve toda a sensualidade, todo ciúme, toda malícia, toda exigência, e se torna a livre doação de Deus a nós, e a cada um, reciprocamente.
 
Não há questão alguma, num lar, que não se resolva pela meditação conjunta, desde que ambos abram mão de querer fazer prevalecer a sua vontade ou desejo pessoal, para que a Vontade de Deus possa ser feita. Este é o segredo, e não há outro. Todos os tipos de relacionamentos humanos podem ser mantidos em harmonia; porém, esta possibilidade somente existe pela submissão de nossa vontade a Deus, e nunca pela submissão mútua de nossa individualidade.
 
Sempre devemos honrar e respeitar a individualidade do outro. Recordemos que, da infância à fase madura, temos em cada casal duas pessoas trazendo traços individuais de caráter, de hábito e de vida; assim, não nos iludamos: tudo aquilo não ficará passível de resignação somente por ter ocorrido um casamento! Portanto, mesmo quando nossos meios, modos ou maneiras diferirem por completo dos praticados por nosso parceiro, os fatos que acabamos de expor deverão ser lembrados. Enquanto cada um tiver a liberdade para ser “ele mesmo”, enquanto os dois estiverem sendo “eles mesmos” em união consciente com Deus, o casamento será uma relação indissolúvel, assim na terra como é no céu.

DEUS NÃO TEM RELIGIÃO

Joel S. Goldsmith

 

Deus não tem religião, seita ou credo. Esqueçamos religião e diferenças sectárias. Não nos preocupemos com rótulos quanto ao que é ou não é a religião de uma pessoa. Deus não pertence exclusivamente a qualquer denominação ou igreja.

Pensemos, portanto, em nossa relação com Deus em sua real essência, aquela da unicidade, e depois que for estabelecida nossa unicidade através da meditação, o Verbo se tornará carne.

TRATAMENTO ESPIRITUAL

Joel S. Goldsmith

Embora as declarações da verdade não sejam de tão grande valia, é muito importante, porém, haver um correto conhecimento da letra da verdade. Tudo que é preciso que conheça, em termos de teoria da verdade, e  também  requerido, para  você poder usar no “tratamento”, pode ser resumido assim:

1. DEUS: Nós sempre iniciamos com Deus. Qual é a natureza e a característica de Deus? Deus é infinita inteligência. Deus é vida, e a vida é imortal e eterna. Deus é Espírito, incorpóreo, e portanto o universo todo é incorpóreo e espiritual, formado da divina substância do ser. Deus é princípio ou lei; portanto, tudo que existe no mundo está sujeito à lei divina e sob o governo da lei divina. Deus é a vida do indivíduo, a mente e a Alma do indivíduo, o princípio ou lei do indivíduo, e Deus é a substância do indivíduo. Deus é inclusive a substância do corpo do indivíduo, uma vez que “o corpo é o templo do Deus Vivo” (I Cor. 3;16).

2. A NATUREZA DO SER INDIVIDUAL: Tudo que Deus é, o ser individual é, seja eu, você, ou qualquer outro indivíduo. Tudo que Deus possui, eu possuo. “Filho, todas as minhas coisas são tuas” (Lucas 15; 31). Você não é apenas um pedacinho de Deus: toda a inteligência de Deus é a sua inteligência individual; toda a vida eterna e imortal de Deus é seu ser e vida eterna e imortal. Todo o Espírito e substância de Deus é a substância espiritual de seu corpo, seu negócio e seu lar. Tudo que Deus é, você é. Tudo que Deus tem, você tem. Como “eu e o Pai somos um”, e não dois, este “um” inclui Deus e eu — Deus e você. Tudo se acha incluso neste “um”. E, nessa “unidade”, tudo que Deus é — tudo que Deus tem — está manifestado neste “um”, que eu sou e que você é.

3. A NATUREZA DA ILUSÃO: A ilusão não passa de uma sugestão universal vinda ao seu pensamento. É a crença do mundo numa egoidade apartada de Deus. É uma sugestão mesmérica, uma sugestão tão freqüentemente repetida, que age hipnoticamente em sua consciência, fazendo com que creia existir alguém ou alguma condição apartada de Deus. Isso é tudo sobre a ilusão, mesmo que apareça na forma de pecado, doença, morte, ou de pessoa. Tudo que constitui a ilusão é uma crença mesmérica, poderosa, universal, impelindo a si mesma — impondo a si mesma — sobre a sua consciência. Se ela conseguir que sua consciência diga: “Estou passando mal”, ela ganha o dia e você se mostrará doente. Se, em vez disso, você instantaneamente reconhecer: “Nenhuma destas sugestões pode atingir-me. Não aceito nenhuma delas em minha consciência como poder; portanto, eu não tenho de expulsá-las”, você terá dado um “tratamento”.

Se você incluir estes três fatores em seu tratamento — a) a natureza de Deus, b) a natureza do ser individual como Deus manifestado , e c) a natureza da ilusão como sugestão — isto será tudo a fazer diante de qualquer discórdia que lhe possa aparecer. Estes três pontos constituem o todo da mensagem da Verdade, embora ela possa ser estabelecida de várias maneiras diferentes. E, é tudo que você precisa incluir em seu “tratamento”.

Se apenas a mensagem correta da Verdade fosse tudo o necessário para curar o mundo, poderíamos dispensar todos os livros e escritos de natureza metafísica, pois, nos poucos parágrafos anteriores, estabelecemos breve e completamente toda a Verdade do ser, não sendo necessário mais nada a esse respeito. Porém, uma coisa mais é necessária! E esta coisa a mais é a sua convicção da verdade — não a sua declaração, mas a sua convicção dela, sua resposta interior a ela, sua consciência real dela.

CRENÇA versus REALIDADE

Joel S. Goldsmith

Não faça da crença uma realidade, pensando sobre ela, condenando-se ou aos demais; não lute como se ela fosse uma realidade. Lembre-se: aquilo é ilusão. Não se trata de uma crença sua, mas da aceitação coletiva de um mito. Assim, não lute contra; não o enfrente. Sente-se tranqüilamente e volte seu pensamento ao Amor divino. Perceba que este espírito do Amor divino está agora atendendo a cada necessidade humana. Sempre que dispuser de alguns minutos, volte-se interiormente ao Cristo, o divino ideal, e sinta Sua proximidade.

Não pense em ilusão, pecado, doença ou outra desarmonia qualquer: apenas preencha seu pensamento com a Presença de Deus; isso fará com que a ilusão “se dissolva”.

LIÇÃO PARA SAMMY

(Carta de Joel S. Goldsmith para seu filho Sammy)

Ofereço-te aqui, Sammy, uma lição importante, não só para um dia, mas suficiente para toda tua existência; se a praticares fielmente-ainda que não recebesses nenhuma outra de mim ou de qualquer instrutor espiritual, se a gravares no íntimo, ainda que ficasses só num deserto ou num barquinho, no meio do oceano, sem qualquer pessoa ou livro por perto, poderias sobreviver, encontrando salvação e segurança, alimento e vestuário, paz e tudo o mais que te fosse necessário. Quero revelar-te o segredo de minha felicidade, alegria , êxito, prosperidade e capacidade de servir a crianças e adultos ao redor do mundo inteiro, como sabes. Desejo que conheças este segredo, para que possas agir como eu. Em primeiro lugar, quando defrontares algum problema, seja de saúde, estudos, desentendimentos com os colegas ou mestres, retira-te a um lugar tranqüilo, senta-te com os pés no chão e mãos descansando nas coxas, fecha os olhos e lembra-te de que Deus está mais perto do que tua respiração: mais próximo do que teus pés e mãos. Ele está exatamente onde estiveres. Aquieta-te por um momento e Deus resolverá teu problema. Pode parecer estranho que não tenhas, pelo menos mentalmente, de expor teu caso a Deus, de não pedir-Lhe nada e nem fazeres qualquer afirmação. No entanto, basta fechar os olhos, aquietar-te por um momento e saber que Deus está bem perto de ti: no centro de teu ser. Depois, sem ansiedade ou pressa, espera alguns minutos. O Espírito, Ele mesmo, se incumbirá de tudo. Se for um problema ou fórmula que não entendes, Ele te esclarecerá, como sucedeu uma vez aqui em casa, em que pediste ajuda em matemática: sentamo-nos e meditamos e quando voltaste ao livro, encontraste a resposta plena, como se a tivessem escrito ali para ti.

Sempre que tiveres alguma dificuldade, pára o que estavas fazendo e conscientiza Deus exatamente ali onde estás, em teu íntimo. Espera alguns minutos e verás que Ele é a Inteligência de teu ser e sabe porque O estás procurando. Não receies: de bom grado Ele sempre te responderá, se estiveres “ligado”. Se Lhe perderes a sintonia, não poderás receber ajuda. Isto é compreensível. Digamos que estivesses aqui perto de mim, recebendo instrução espiritual. Se te distraísses, pensando em outra coisa ou saísses a passear, como poderia receber a lição que eu tinha a oferecer-te gostosamente?  Como pai humano, bem gostaria de oferecer-te cada segredo espiritual que possuo, como dou dinheiro quando dele necessitas. Mas não lhos poderei dar, se não estiveres receptivo e atento.

A mesma coisa se dá em nossa relação com Deus: temos que dar-Lhe plena atenção, amor, obediência e gratidão. Não é propriamente amar um Deus que não vês, senão amá-Lo nos colegas e professores com quem convives. Ainda que Deus esteja em teu íntimo, só Lhe podes receber a graça se tiveres amor, júbilo e respeito em tua mente, em teu coração e em tua alma. Cada pessoa é responsável por si mesma. Não há um Deus sentado no céu a olhar e julgar os que estão aqui em baixo. A Consciência divina está em nosso íntimo e sabe tudo o que pensamos, sentimos, falamos e fazemos, atraindo imediatamente de fora tudo o que mandamos para lá. Portanto, o amor e respeito que exprimes aos outros, logo os recebes de volta.Mas, tudo isto ainda é pouco. Mesmo que sejas humanamente bom em todos os sentidos, estás simplesmente cumprindo os Dez Mandamentos. Agora te estou instruindo a cumprir o Sermão da Montanha, pois o Caminho espiritual é uma revelação mais alta: diz que não precisas de falar com Deus, senão apenas reservar pequenos períodos, durante o dia e à noite, para ouvi-Lo dentro de ti. Mesmo que não ouças literalmente uma voz, ao abrir os ouvidos a Deus e silenciar por um minuto ou dois, permitir-Lhe-ás encher o vácuo que formaste internamente.

Atenta bem para o que deves fazer, para formar este vazio expectante: logo ao acordar senta-te confortavelmente, pés no chão, braços apoiados relaxadamente nas coxas, olhos fechados, sintonizando o Cristo interno em silêncio, escutando o intimamente por alguns minutos. Em seguida, lembra-te de que o dia que se estende diante de ti será governado e protegido por Deus. Serás então mantido e inspirado por Ele, porque abriste, anelante e conscientemente, tua consciência à Presença e Direção de Deus. Mas se não fizeres a  cada manhã, fielmente, teu contato com Deus, o teu encontro com o mundo será como de um ser humano comum, sujeito a todas as surpresas e desencontros da vida, sem a assistência divina. Em tua idade atual, com o preparo que já recebeste aqui, estás apto a quatro pequenos exercícios diários: de manhã cedo, ao meio-dia, ao anoitecer e antes de dormir. Sentado, relaxado e quieto, podes dedicar dois minutos de cada vez a Deus. Inicialmente, para facilitar, podes mentalmente dizer: “Aqui estou, Pai. Fala que teu filho escuta. Desejo fazer a Tua vontade”. Em seguida, aquieta-te. Se fores fiel nesta prática, garanto que tua vida na universidade e de modo geral, será um sucesso e ainda, mais do que isso, uma bênção. Estarás preparando os fundamentos para uma vida inteiramente governada por Deus. Procure estar em harmonia com teus colegas em tudo que seja bom. Se te convidarem a cerimônias religiosas, sugiro que os acompanhes. Entra em cada templo com a mente aberta, agradecendo à oportunidade de aquietar e ouvir a “pequenina e silenciosa voz”.

Não te esqueças de que a sintonia com Deus é mais importante que o ritual. A união com os colegas no que seja construtivo suscita o bem, embora o verdadeiro bem te venha porque reconheces a graça e a glória de Deus em tudo e em todos. A coisa mais importante que desejo sublinhar-te é que, em qualquer instante do dia ou da noite, Deus é instantaneamente acessível. Basta que O sintonizes e ouças. Enfatizo este ponto para que compreendas que não precisas falar, de fazer afirmações ou lembrar a Deus tuas necessidades. O segredo que recebi é que Deus, como Inteligência infinita, já conhece tuas necessidades, antes mesmo de Lhas pedires. Ele vê nosso íntimo quando Lho abrimos em atitude receptiva e confiante. Não é por nosso falar ou pensar, pois o Mestre ensinou: “não vos preocupeis por vossa vida, pelo que tendes de comer: nem por vosso corpo, pelo que tendes de vestir. Vosso Pai sabe que necessitais destas coisas. É do bom agrado dEle dar-vos todas elas”. Compreendes, Sammy? É do agrado do Pai dar-te o Reino! Deus não te castiga quando te arrependes sinceramente do erro ou pecado que acaso cometas. No instante em que reconheces que não agiste bem, estás perdoado. Não carregarás a penalidade quando em teu coração vibra o reconhecimento do mal que fizeste e te arrependeres. Mas deves compreender que ao reconhecer as falhas, não deves repeti-las. Caso contrário, perderás a sintonia com a graça divina. Tu mesmo é que te cortas dela. Quando isto acontecer, procura reatar com a graça, reconhecendo verdadeiramente: “Sei que errei!” Ou talvez: “Não sei se agi erradamente, mas se o fiz, ajuda-me a compreender e limpa isto de mim, Pai. Não tive má intenção. Não quero fazer o mal. Ao contrário, desejo fazer aos outros o que gostaria que me fizessem”.

Dessa maneira te purificas. Tenho-me curado de diversas enfermidades, pedindo simplesmente a Deus perdão por meus pecados. É claro que meus pecados não são graves. Conheces nosso modo de viver. Mas sempre que cedemos à crítica e condenação, não estamos amando e perdoando suficientemente. Assim, é recomendável que nos voltemos de vez em quando e digamos: “Reconheço, Pai, que não estou agindo perfeitamente. Perdoa meus pecados. Limpa as minhas transgressões, para eu começar tudo de novo”. Grava bem, Sammy, a mais importante lição que me foi dada: “que o lugar em que estás é solo santo”, ou seja, Deus está exatamente onde estás, disponível, no instante em que páras de pensar, de falar e de te identificar com as coisas externas, e te voltas ao íntimo, reconhecendo-Lhe o Poder e a graça. Conscientiza o Espírito de Deus em ti e, em seguida, relaxa-te por um ou dois minutos, deixando que Ele Se manifeste. Isto é tudo. Todo o nosso propósito é de levar as pessoas à realização da onipresença de Deus e sua constante disponibilidade; de nos dirigir a Ele sem pensamento nem palavras: basta a humildade de sentar-nos (ou mesmo em pé ou deitado), fechar os olhos e reconhecer: “Eu, de mim mesmo, nada posso. O Pai, em mim, é Quem faz as obras. Fala, Senhor, que teu filho escuta”. Em seguida, aguardar um ou dois minutos em silêncio expectante, antes de levantar e prosseguir com as tarefas. Se aprenderes a praticar corretamente este exercício quatro vezes ao dia, como lhe estou sugerindo, não demorará muito para que o faças mais vezes ao dia, para teu inteiro benefício.

O AMOR NÃO BUSCA O PRÓPRIO INTERESSE

Joel S. Goldsmith

O amor não anseia por retorno ou recompensa; assim, se algo que porventura v. faça contiver qualquer desejo de recompensa, reconhecimento, gratidão, aquilo se torna um trato, nunca amor.
 
Quando duas pessoas  dizem se amar e assumem  atitude do tipo: “Você fará isto, enquanto eu farei aquilo”, saibamos que isso não é amor. É um acordo. Amor é o que uma pessoa sente e executa sem o mínimo sinal de expectativa ou desejo de recompensa.
 
A melhor forma de  ilustrar isso está em pensar no que fazemos por nossos filhos. Certamente não teríamos a intenção de fazer algo por eles na esperança de receber gratidão. Não. Faríamos por aquilo ser nossa função como pais.
 
Se você conseguir expandir a mesma atitude com relação a todos, poderá eliminar de seus relacionamentos humanos todo tipo de discórdia. Os conflitos não surgem exatamente por você aguardar algum retorno decorrente do que tenha feito? Ficando nessa expectativa, estará violando a lei espiritual.
 
Tudo  que deve lhe chegar na vida, deve provir de Deus e não de homens— tudo. Deve ser, para você, privilégio e alegria fazer todo o trabalho que lhe for dado com o máximo de sua capacidade, não por recompensa, reconhecimento, gratidão, mas porque ele deve ser feito, e a única forma de você se realizar será fazendo-o dando o máximo de si.
 
Sua recompensa, sua compensação e a harmonia de sua vida devem vir de Deus, não de homens. Assim, se alguém retiver gratidão, reconhecimento ou recompensa, estará prejudicando a si mesmo, e não a você. A gratidão é um dos maiores atributos do amor, e uma pessoa que não estiver repleta de gratidão estará vazia de amor, que, na verdade, significa estar vazia de Deus. Uma pessoa que não é grata, que não colabora, que não compartilha nada, nunca está prejudicando a outra pessoa. Estará prejudicando somente a si própria.
 
No meu entender, tudo que fazemos deve ser feito pela realização de Deus como nosso próprio ser. Um funcionário que se dirigir ao local de trabalho, esquecido de patrão, esquecido do valor do salário, executando tudo com o máximo de sua habilidade, logo estará sendo considerado indispensável, e terá sua recompensa. Se ela não lhe chegar naquele emprego, virá em algum outro, porque caso o empregador atual não esteja apto para a notar este seu talento e bom desempenho,  outro surgirá para fazê-lo, e acabará por contratá-lo. O ponto principal é que ninguém deve, jamais, trabalhar meramente com a expectativa de ser recompensado, pois sua recompensa poderá vir de outra direção.
 
O mesmo é válido nos lares: ninguém deve fazer as coisas somente por reconhecimento ou gratidão, mas por aquilo ser o que lhe cabe fazer, e  deverá ser feito ao máximo de sua capacidade, na certeza de que a recompensa e reconhecimento vêm de Deus e não de homens.

Relacionamentos harmoniosos podem ser mantidos somente nessa base. Se você investir em cada relacionamento o que lhe é devido,  a harmonia é obrigada a vir acrescentada.

A NOVA JERUSALÉM

Joel S. Goldsmith

“As primeiras coisas passaram” adiante e “todas as coisas se tornaram novas… e embora eu fosse cego, agora eu vejo”, e não “através de um espelho em enigma”, mas “face a face”. Sim, mesmo em meu corpo de carne, eu vi Deus. As montanhas se afastaram, e já não há horizonte pois a luz do céu torna claras todas as coisas.

Por longo tempo te procurei, oh Jerusalém, mas só agora meus pés de peregrino tocaram o chão do paraíso. Não há mais lugares desertos. Diante de mim estão terras férteis, como jamais eu sonhei. Oh! Na verdade “lá nunca haverá noite”. Sua glória brilha como o sol do meio-dia, e lá não precisa de luz, pois o próprio Deus é a luz.

Sento para descansar. À sombra das árvores eu descanso, e encontro a minha paz em Ti. Na Tua graça está a paz, ó Senhor! Eu andava exausto pelo mundo — em Ti encontrei o repouso.

Eu estava perdido na densa floresta das palavras; na letra da verdade havia cansaço e medo, e só no Teu Espírito há sombra, água e repouso.

Quão longe estive vagando do Teu Espírito, ó Terno e Real, quão longe, quão longe! Como estive profundamente perdido no emaranhado de palavras, palavras, palavras! Mas agora voltei, e em Teu Espírito encontrarei minha vida, minha paz, meu vigor. Teu Espírito é o pão da vida, e encontrando-o, nunca mais terei fome. Teu Espírito é uma nascente de água, e dela bebendo, nunca mais terei sede.

Como um viajor cansado procurei por Ti, e agora meu cansaço se foi. Teu Espírito montou uma tenda para mim, e em sua fresca sombra me deixo ficar; a paz enche minha Alma. Tua presença me encheu de paz. Teu amor colocou diante de mim um banquete de Espírito. Sim, Teu Espírito é meu repouso, um oásis no deserto das palavras da verdade.

Em Ti quero me refugiar do ruído do mundo dos argumentos; em Tua consciência encontrar sossego da língua maligna dos homens. Eles repartem a Tua vestimenta, ó Senhor da Paz, eles se engalfinham por Tua Palavra — sim, até que se tornem apenas palavras, e não mais a Palavra.

Como mendigo busquei o novo céu e a nova terra, e Tu me fizestes herdeiro de tudo.

Como poderia eu estar diante de Ti, senão em silêncio? Como poderia eu Te honrar, senão na meditação do meu coração?

Graças e elogios não Te aprazem, mas recebes um coração compreensivo.

Quero ficar em silêncio diante de Ti. Minha Alma, meu Espírito e meu silêncio serão a Tua morada. Teu Espírito preenche minha meditação, me edifica e me preserva por inteiro. Ó Tu, Terno e Verdadeiro, meu lar está em Ti.

DIÁRIA CONSCIENTIZAÇÃO

Joel S. Goldsmith

Precisamos conscientemente nos livrar das leis humanas, para nos colocarmos sob a Graça. Isto é necessário cuidarmos diariamente. Não há ninguém que possa se dizer suficientemente avançado ao ponto de poder omitir este  consciente reconhecimento diário:

Como eu sou “Eu”, não me acho sob a lei, mas sob a Graça. Como eu sou “Eu”, não há leis externas a mim e que possam atuar sobre mim. Eu sou a lei, e Eu sou o domínio, com relação a “este mundo”. 

DEUS: REALIDADE ÚNICA e LEI ÚNICA

Joel S. Goldsmith

A compreensão consciente de que Deus é o princípio dominador de tudo quanto existe como  a Realidade única e a lei única, dissolve todas as aparências que o mundo chama de doença. pecado, angústia e morte. Quando o homem vive do ponto de vista de conceitos e crenças, a sua experiência é a manifestação dessas crenças. Mas a atividade da Verdade na consciência é o Verbo de Deus que se faz carne numa vivência harmoniosa.

A CURA METAFÍSICA

JOEL S. GOLDSMITH

As curas sempre ocorrem na medida de nossa compreensão da verdade sobre Deus, sobre o homem, a idéia e o corpo. A cura nada tem a ver com alguém “externo” chamado de paciente. Quando alguém pede uma ajuda ou cura espiritual, termina aí o papel que desempenhava, até que nos alerte de sua chamada “cura”. Nós não nos preocupamos com o assim chamado “paciente”, com sua solicitação, com a causa da doença ou com sua natureza, nem com seus pecados ou medos. Estamos apenas interessados na verdade do ser — a verdade de Deus, do homem, da idéia e do corpo. A atividade desta verdade em nossa consciência é o Cristo, o Salvador, ou a influência curadora.

O fracasso na cura resulta de grande falta de compreensão da verdade sobre Deus, o homem, a idéia e o corpo, e estas noções erradas têm sua origem principalmente nas crenças religiosas ortodoxas, ainda arraigadas em nosso pensamento. Só poucos se apercebem de quanto foram cegos pela ortodoxia supersticiosa.

Só há uma resposta à pergunta crucial “Que é Deus?”, e a resposta é: “EU SOU”. Deus é a mente e a vida do indivíduo. Qualquer defesa mental ou reserva íntima do indivíduo resultará certamente em fracasso. Existe apenas um EU universal, quer seja dito por Jesus Cristo ou por um João qualquer.

Quando Jesus disse “Aquele que vê a mim, vê Aquele que me enviou”, revelou uma verdade ou princípio universal. E isto é insofismável. Ou entendemos esta verdade ou não a entendemos — e se você não a entendeu, não precisa nem procurar outras razões para o fracasso na cura. A revelação de Jesus Cristo é clara. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Se você não puder aceitar isso como um princípio e, por isso, como a verdade sobre você mesmo e sobre os demais indivíduos, não terá o alicerce sobre o qual se apoiar. A verdade é que Deus é a mente e a vida do indivíduo. Deus é o único EU.

A seguir surge a questão, “Que é o homem?”, e a resposta é que o homem é idéia, corpo, manifestação. Meu corpo é idéia, ou manifestação. E assim também meu negócio, meu lar e minhas posses, existem como idéia, como manifestação ou expressão. Por essa, e não por outra razão, meu corpo é a exata imagem e semelhança de minha consciência e reflete, ou exprime, as qualidades, o caráter e a natureza de minha própria consciência de ser.

Chegados pois a este ponto, entendemos que Eu sou Deus, que Deus é a mente e a vida do indivíduo, que o corpo existe como idéia de Deus. Deus, ou o EU SOU, é universal, infinito, onipotente e onipresente; por isso, a idéia de corpo é igualmente indestrutível, imperecível e eterna. Nunca nasceu e nunca morrerá. Nunca serei privado da percepção consciente de meu corpo e, por isso, nunca estarei sem meu corpo.

Quando olhamos para o mundo com nossos olhos, não vemos nosso corpo, não vemos esta idéia divina e infinita chamada corpo: o que vemos é um conceito, mais ou menos universal, desta idéia. Quando vemos um corpo saudável, uma bela flor ou árvore, estamos vendo um conceito bom da idéia de corpo, árvore ou flor. Quando vemos um corpo envelhecido e adoentado, uma flor murcha ou uma árvore seca, estamos vendo um conceito errôneo da idéia divina. Quando melhoramos nosso conceito de idéia, de corpo ou manifestação, chamamos esta concepção melhorada de cura. Na realidade, nada aconteceu ao tal paciente, ou ao seu corpo — a mudança ocorreu apenas na consciência do indivíduo, e se tornou visível como crença melhorada, ou cura. Por esta razão, apenas o curador deve aceitar sozinho a responsabilidade da cura e nunca tentar repassar a culpa do fracasso para a pessoa que lhe pediu ajuda. Pois todo indivíduo é EU SOU, Vida, Verdade e Amor, e seu corpo existe como idéia eterna, espiritual e harmoniosa, sujeita apenas às leis do Princípio, da Alma, do Espírito, e é nosso privilégio, dever e responsabilidade conhecer esta verdade, e a verdade libertará todos aqueles que se voltam para nós.

Como consciência individual, espiritual e infinita, eu corporifico meu universo, corporifico ou incluo a idéia de corpo, de casa, de atividade, de rendimento, saúde, riqueza e amizade, e estas estão sujeitas apenas às leis espirituais e à vida. O corpo não age sozinho: ele é governado harmoniosamente pelo poder espiritual. Quando o corpo parecer discordante, inativo, superativo, instável ou aflito por dores, sempre há a idéia subjacente a isso de que ele possa agir sozinho, que tenha o poder, por si, de se mover ou não, de sofrer, de doer, de adoecer ou de morrer. E isto não é verdade. Ele não dispõe de atividade ou inteligência próprias. Toda ação é espiritual, portanto, ação boa e onipotente. Quando reconhecemos esta verdade, o corpo responde ao conhecimento ou compreensão da verdade. Nenhuma mudança ocorre no corpo, pois o erro nunca esteve nele. O que muda completamente é o conceito de verdade que é, que foi e que sempre será. Lembremos aqui de que não há nenhum “paciente externo”, nenhum corpo fora daqui a ser curado, melhorado ou corrigido. Trata-se sempre de uma falsa idéia ou crença no pensamento do indivíduo que deve ser corrigida.

Quando começamos a compreender que o corpo não age sozinho, que ele apenas responde aos estímulos da mente, podemos desconsiderar as chamadas condições físicas desarmônicas e nos fixar apenas na verdade de que a Vida sempre se expressa harmoniosamente, perfeitamente e eternamente como a divina idéia de corpo.

A compreensão de que EU SOU consciência espiritual, individual e infinita, que corporifica toda idéia correta e a governa com harmonia, nos trará saúde, harmonia, lar, emprego, reconhecimento, paz, alegria e domínio. Compreender que isto é verdade para todos os indivíduos, desfaz a ilusão de ódio, inimizade e hostilidade. E isto também faz de você um praticante, um curador ou um mestre, mesmo que não faça desse trabalho uma profissão.

Passemos agora a encarar nossas superstições ortodoxas, para delas nos livrarmos. Jesus foi enviado ao mundo para livrá-lo do pecado, da doença ou da escravidão? Não, Deus, o Princípio infinito, a Vida, a Verdade e o Amor não conhece o erro, o mal, o pecado nem o pecador. Jesus viu tão claramente esta verdade que tal visão fez d’Ele o Salvador, o curador, o mestre; e o mesmo poderá ocorrer conosco. A ação da Verdade na consciência individual é o único Cristo. O Cristo nunca é uma pessoa. A ação da Verdade na consciência individual constitui o único Cristo, sempre presente, aquele que era “antes de Abraão”. Esta atividade da Verdade dentro de você é o seu Cristo. A ação da Verdade na consciência de Buda revelou a natureza do pecado, da doença e da morte como sendo ilusões ou miragem. Esta mesma ação de verdade na consciência de Jesus Cristo revelou a nulidade da matéria; desdobrou-se como consciência curadora, diante da qual desapareciam o pecado e a doença, e a própria morte era vencida. Todo conceito errôneo, quer do corpo, do negócio, da saúde ou da igreja, deve desaparecer na medida em que a idéia correta sobre isso se instala na consciência individual e coletiva.

E que dizer da imaculada concepção, ou nascimento espiritual? A imaculada concepção ou nascimento espiritual é o alvorecer da ação da Verdade na consciência individual, ou a Cristo-Idéia. Apareceu em Jesus como a revelação de que “Eu sou o caminho, a verdade e a vida… eu sou a ressurreição e a vida… Aquele que me vê, vê Aquele que me enviou”. A ação da Verdade na minha consciência, o Cristo de meu ser, está revelando que eu sou consciência espiritual individual, infinita, que corporifica meu universo, incluindo meu corpo, minha saúde, prosperidade, meu lar, minhas amizades, a eternidade e a imortalidade.

Deixemos que a ação da Verdade em nossa consciência seja o primeiro e único objetivo, e nosso Cristo se nos revelará, em seu modo individualizado.

Não existe o mal. Por isso, paremos de resistir a uma discórdia específica, ou a uma desarmonia da existência humana que se nos depara agora. Tal aparente discórdia desaparecerá assim que formos capazes de abandonar a resistência contra ela. E nossa capacidade de fazer isso está na proporção de nossa percepção da natureza espiritual do Universo. E uma vez que isso é verdade, é evidente que nem o céu nem a terra podem conter o erro de qualquer natureza; assim, o pensamento humano não iluminado vê o erro bem ali onde Deus brilha, a discórdia ali onde há harmonia, o ódio onde transborda amor e o medo onde de fato está a confiança.

O trabalho em que nos envolvemos é a conscientização de que somos consciência espiritual, infinita e individual, que incorpora dentro de nós mesmos todo o bem. Este é o cântico que cantamos, o sermão que pregamos, a lição que ensinamos e, até que nos venha a realização, será nosso tema, nosso leitmotiv. É o fio prateado da verdade que une todas as mensagens.

Nada pode vir de fora de nós; nada pode nos ser acrescentado. Já somos o vertedouro da consciência de onde jorra o Infinito. Aquilo que recebe o nome de humano em nós deve ser aquietado, para se tornar uma clara transparência através da qual nosso infinito Ser individual possa aparecer, se expressar ou revelar.

Quando olhamos as cataratas do Niágara, podemos até imaginar que, com tanta água a correr continuamente, venha a secar; mas, se olharmos para além do quadro próximo, veremos o Lago Erie e perceberemos que se trata de fato não de cataratas de Niágara, mas que este é o nome dado ao Lago Erie no lugar onde se derrama no precipício formando a cascata. A inesgotabilidade da cascata de Niágara é garantida pelo fato de que sua origem, aquilo que constitui o Niágara, é na realidade o Lago Erie.

E assim é conosco. Nós somos o ponto onde Deus se torna visível. Nós somos Deus-sendo o Verbo feito carne. Nossa fonte, aquilo que nos constitui, é Deus — o Ser divino e infinito. Nós somos Deus-sendo, Deus-aparecendo, Deus-se manifestando.

Conta a história que Marconi, quando ainda bem jovem, estava seguro que seria aquele que daria ao mundo a comunicação sem fio, e não os muitos cientistas mais velhos que o vinham tentando havia anos. Após cumprir sua promessa, foi-lhe perguntado porque tinha tanta certeza de que seria bem-sucedido. Ele respondeu que os demais cientistas estavam buscando primeiramente um meio de vencer a resistência do ar às mensagens enviadas através dele, enquanto ele já havia descoberto que não havia resistência alguma.

O mundo combate uma força do mal, porém nós descobrimos que não há tal força. Enquanto a matéria medica busca vencer ou curar as doenças e a teologia luta para superar o pecado, nós aprendemos que não há realidade na doença e no pecado, e as nossas assim chamadas curas se efetuam por causa desta compreensão.

Sabemos que existem estas aparências humanas chamadas pecado e doença, mas também sabemos que por causa da natureza espiritual infinita do nosso ser, pecado e doença não são realidades; não são o poder do mal; elas não têm um princípio de sustentação; por isso, elas existem apenas como irrealidades aceitas por reais, ilusões aceitas como fatos, a interpretação errônea daquilo que de fato é.

Nós nos amarramos com a crença de que haja um poder fora de nós mesmos — o poder do bem e do mal. Todo o poder foi dado a nós. E este poder é sempre bom, por causa da Fonte infinita de onde emana. O reconhecimento deste grande fato nos traz uma paz e uma alegria indizíveis, mas sentidas por todos aqueles que entram na esfera de nosso pensamento. Isto nos torna amados. Traz o reconhecimento e a recompensa. Garante-nos um lugar no coração dos homens e se torna a base de infindável boa vontade.

Sempre que se defrontar com um problema, independentemente de sua natureza, busque a solução dentro de sua própria consciência. Em vez de correr de um lado para outro, de buscar uma resposta com esta ou aquela pessoa, em vez de buscar a solução fora de si mesmo, volte-se para dentro. Na quietude e no silêncio de sua própria mente, deixe que a resposta para o problema brote por si mesma. Se fracassar uma, duas ou três vezes, tendo se voltado para a paz de seu reino interior, em perceber a resposta como um todo, tente de novo. Nunca será tarde demais, nem a solução aparecerá tarde demais. Quando aprendemos a nos tornar dependentes deste meio para lidar com nossos problemas e nossas experiências, nos tornamos cada vez mais hábeis em reconhecer rapidamente a revelação da harmonia por parte de nossa mente.

Por tempo demais buscamos nossa saúde, nossa paz e prosperidade fora de nós mesmos. Voltemo-nos agora para dentro e aprendamos que aqui, no reino de nossa consciência, nunca há fracasso ou desapontamento; nem tampouco nos depararemos com delongas ou traições, sempre que encontrarmos a calma de nossa própria Alma e a presença do Princípio que guia, que protege e governa, e ampara cada passo de nossa jornada.

Não nos surpreendamos, pois, quando se nos revelar a grande verdade de que nossa consciência é todo-poderosa e é o único poder que atua nos nossos negócios, que controla e mantém nossa saúde, que nos dá a percepção e a orientação necessárias ao nosso sucesso em todos os caminhos da vida. Isso o espanta? Não é de admirar! Até agora acreditávamos que houvesse, algures, um Poder deífico, uma Presença suprema que, se pudesse ser encontrada, nos ajudaria, e até curaria nossos corpos de seus males.

Torna-se agora claro para nós que a Deus-consciência é a própria consciência do indivíduo; é a onipotência e onipresença que nunca nos deixará e nunca nos abandonará, mais próxima que nosso próprio alento. Não precisamos dirigir-lhe preces, fazer-lhe pedidos ou buscar de algum modo o seu favor: basta-nos este reconhecimento, que leva à completa percepção desta verdade. A partir de agora, podemos relaxar e sentir a segurança desta presença constante e o poder desta consciência iluminada. Agora podemos dizer: “Não temerei aquilo que um homem possa me fazer”. Não mais recearemos condições ou circunstâncias aparentemente externas ou fora do nosso controle. Sabemos agora que tudo o que possa se tornar conhecido em nossa vida, ocorre de fato dentro de nossa consciência e, por isso, sujeito a sua direção e controle.

Tampouco esqueceremos a profundidade do sentimento que acompanha esta revelação dentro de nós, assim como o sentido de confiança e coragem que imediatamente lhe vem a seguir. A vida já não é uma seqüência de eventos problemáticos, mas uma jubilosa sucessão de fatos agradáveis. O fracasso é visto como o resultado da crença universal em um poder externo a nós mesmos; enquanto o sucesso seria a conseqüência natural de nossa percepção do infinito poder interior.

O alívio do medo, das preocupações, da dúvida, deixa-nos livres para atuarmos normalmente, de modo saudável e confiante. O corpo reage imediatamente ao estímulo vindo do interior. Uma nova vitalidade, resistência e harmonia física se seguem tão naturalmente como o repouso segue ao sono. Bem pouco sabemos da vastidão de nossa riqueza interior até conhecermos o reino de nossa própria consciência, o reino da Alma.

Quando, em silêncio, nos adentramos ao templo de nosso ser para obter resposta a alguma pergunta importante ou a solução de um problema vital, será melhor não formularmos nenhuma idéia por nós mesmos, não traçarmos nenhum projeto nem permitir que nossa vontade sobre o assunto gere nossos pensamentos. No lugar disso, aquietemos o mais possível nossa mente “tagarela” e adotemos uma atitude de escuta. Não será nossa mente pessoal ou mente consciente que nos dará uma resposta, nem a mente educada e formada pelo nosso meio ambiente e nossa vivência, e sim a Mente de Deus, a nossa Realidade, a Consciência criativa. E esta é melhor ouvida quando os sentidos e a mente intelectual estão calados.

Esta divina Consciência não só nos mostra a solução de todo e qualquer problema e a direção correta a seguir em qualquer situação mas, sendo infinita, é a consciência de todo indivíduo e faz convergir todas as pessoas e circunstâncias para o bem de todos.

Obviamente não podemos esperar que esta consciência universal atue em nosso favor e provoque perdas ou destruição para outros. O que é conseguido dentro e através do reino de nossa mente é sempre construtivo, quer individual, como coletivamente. Por isso nunca pode ser um meio de prejuízo, perda ou injúria para os outros. E nós nem dirigimos nosso pensamento para os outros, ou projetamo-lo para fora de nós em qualquer direção. O que nossa mente estiver desdobrando para nós, estará, ao mesmo tempo, operando como consciência de todos os envolvidos na ocasião. Nós nunca precisamos nos preocupar em “encontrar” alguma outra mente ou influenciar alguma pessoa. Lembremos de que a atividade da Consciência da qual somos uma manifestação exerce sua influência sobre todos aqueles que podem estar afetados ou envolvidos na situação ou no problema.

Não há problemas sem solução na Consciência, e esta mesma Consciência, que é nossa consciência individual, é o único poder necessário para estabelecer e manter a harmonia de tudo o que nos diz respeito. É o nosso voltar para dentro que traz à luz as respostas que já existem. Nossa atitude de escuta nos torna receptivos à presença e ao poder dentro de nós. Nossos períodos de silente contemplação revelam a força infinita e a energia construtiva, a direção inteligente que sempre habita em nós. Descobrimos, pois, em nosso reino mental, nossa Lâmpada de Aladim. Em vez de esfregá-la e exprimir um desejo, nos voltamos para nosso interior em silêncio e ouvimos — e tudo o que for necessário para o sucesso e a harmonia da vida, flui em abundância; nós aprendemos a viver com alegria, saúde e sucesso —, não em função de qualquer pessoa ou circunstância externa, mas por causa da influência e da graça internas de nosso ser.

Já não há necessidade de tentar dominar nossos sócios ou membros de nossa família. A lei interior mantém nossos direitos e privilégios. Todo desejo bom de nosso coração é agora satisfeito sem conflitos, sem medos ou dúvida. Quanto mais aprendermos a relaxar e observar ligeiramente nossos desejos, mais rapidamente e facilmente serão satisfeitos. Não nos é solicitado que andemos sofrendo pela vida ou que lutemos sem descanso por algum bem desejado — embora tenhamos falhado em perceber a presença de uma lei interior capaz de determinar e manter nosso bem-estar material.

De início, pode nos parecer estranho perceber que leis interiores governem eventos materiais — e pode parecer difícil, de início, alcançar o estado de consciência em que tais leis do nosso ser profundo se tornam expressões tangíveis. Nós o alcançamos, contudo, na medida de nossa habilidade para relaxar mentalmente, para atingir uma paz e uma calma interiores, e a partir disso contemplar silenciosamente as revelações que nos vêm do nosso íntimo. A quietude e a confiança logo nos trazem à presença da realidade e das verdadeiras leis que nos governam.

Para que não surja em seu coração a pergunta de como uma lei atuante em sua consciência, sem esforço volitivo ou direção, possa afetar pessoas e circunstâncias externas, peço-lhe que observe o resultado do reconhecimento das leis interiores e que verifique isto pela observação.

Ainda teremos clara a percepção do fato de que abarcamos nosso mundo dentro de nós mesmos; que tudo o que existe, pessoas, lugares e coisas, vive apenas dentro de nossa própria consciência. Nunca poderíamos ter consciência de algo fora do reino de nossa própria mente. E tudo o que está dentro do nosso reino mental é alegre e harmoniosamente regido e mantido pelas leis interiores. Nós não dirigimos ou forçamos estas leis: elas operam eternamente dentro de nós e governam o mundo exterior.

A paz interior se torna harmonia exterior. Assim que nosso pensamento assumir a natureza da liberdade interior, perderá o sentimento de medo, de dúvida e de desencorajamento. Quando a percepção de nosso domínio se fixa no pensamento, tornam-se evidentes uma certeza maior, uma grande confiança e firmeza. Tornamo-nos um novo ser, e o mundo reflete para nós este novo e mais alto conceito que temos dele. Aos poucos, desenvolve-se dentro de nós uma nova compreensão de nossos companheiros de jornada e de seus problemas, e brota de nós mais amor, mais tolerância, mais cooperação, mais ajuda e compaixão. Notamos que o mundo responde a este novo conceito que temos dele, e então todo o Universo vem a nós e deposita seus tesouros em nossas mãos.

Muitos tratados e convênios alentadores têm sido firmados entre homens e nações, e quase todos falharam, pois que nenhum documento pode ser mais valioso que o caráter de quem o assina. Quando estivermos envoltos pelo fogo de nosso ser interior, não precisaremos mais de contratos e acordos escritos, pois fará parte de nossa natureza básica o ser honesto, justo, inteligente e gentil — e estas qualidades são encontradas em todos que vêm compartilhar nossa experiência no lar, no escritório, nas lojas e em todos os caminhos da vida. O bem manifesto em nossa consciência volta a nós numa “medida sacudida, cheia e transbordante”.

Nesse novo estado de consciência, somos menos aborrecidos com as ações dos outros, menos impacientes com suas insuficiências, menos incomodados com seus erros. Do mesmo modo, em vez de sermos impedidos e limitados por condições externas, nós não as defrontamos, mas passamos por elas com quase nenhuma preocupação. Percebemos que algo dentro de nós rege nosso universo; uma Presença interior mantém a harmonia exterior. A paz e a quietude de nossa Alma são a lei da harmonia e do sucesso do nosso dia-a-dia.

Tudo o que nos ocorreu antes disso será uma nulidade, se não percebermos que, acima de todo conhecimento da verdade, devemos estar à sombra do Cristo.

Quando o Cristo penetra na consciência do indivíduo, o sentido pessoal de “eu” perde vigor. O Cristo se torna nosso ser verdadeiro. Não temos desejos, vontades ou poderes por nós mesmos. O Cristo estende sua sombra sobre nossa individualidade. Por vezes, ainda percebemos em nossa bagagem este sentido de finitude que tenta se reafirmar e mesmo dominar uma situação. “Pois o bem que quero, não faço; e o mal que não quero, este eu faço”, disse Paulo.

Deixemos, pois, claro que o “eu” pessoal não pode curar, ensinar ou dirigir com harmonia. Ele deve ser mantido sob controle para que o Cristo possa ter o completo domínio sobre nossa consciência.

O trabalho que é feito com a “letra da verdade”, com declarações e os chamados tratamentos, é insignificante se comparado com aquele conseguido quando rendemos nossa vontade e nosso agir ao Cristo.

O Cristo se torna mais claro à nossa consciência naqueles momentos em que nos deparamos com problemas para os quais não temos resposta, e não temos poder para superá-los; percebemos aí que “eu, por mim mesmo, nada posso fazer”. Nesses momentos de auto-anulação, o Cristo docemente estende sua sombra sobre nós, permeia nossa consciência e traz a “paz, sê quieto”, ó mente atribulada.

No Cristo encontramos o repouso, a paz, o conforto e a cura. O poder natural do sentido espiritual nos invade, e a discórdia e a desarmonia se esvaem, como a escuridão desaparece com a chegada da luz. De fato, isto só é comparável com o alvorecer; o influxo gradual de Luz divina clareia e dá cor à cena em nossa mente, e desfaz uma a uma as ilusões dos sentidos, os recantos mais escuros do pensamento humano.

A faina do dia-a-dia quer nos subtrair este grande Espírito, até que tenhamos o cuidado de nos recolher com freqüência ao santuário do nosso ser interior, e ali deixar que o Cristo seja nosso hóspede de honra.

Nunca permita que conceitos vãos ou crença em poder pessoal o afaste desta experiência sagrada. Esteja pronto. Fique receptivo. Aquiete-se.

HAJA EM VOCÊ A MENTE DE CRISTO

Joel S. Goldsmith

“De sorte que haja em vós a mente que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2; 5).

Como esta Mente já é a sua Mente, você não tem nenhuma necessidade de “estar apreensivo” quanto à sua saúde, riqueza, paz ou harmonia. Relaxe no fato  de que sua Mente é a Verdade, a Vida, o Princípio e a Alma de seu ser e corpo. Unicamente pelo repousar nesta consciência você estará “permitindo” que esta Mente, que é sua, seja todas as coisas para você.

O ÚLTIMO INIMIGO

Joel S. Goldsmith
( I )
Todos demonstram interesse pelo assunto da imortalidade — imortalidade aqui e agora, neste corpo, e não imortalidade a ser alcançada após a morte. É neste próprio corpo que podemos experienciar a imortalidade, neste próprio corpo que ora utilizamos como instrumento. Não iremos perder nosso corpo, mas perderemos o conceito falso que dele fazíamos , pela conscientização de sua natureza verdadeira.
Com a perda das noções errôneas de doença, acidente e velhice, e com a conscientização do corpo perfeito, não ocorre a perda do corpo; ocorre, simplesmente, a perda do falso conceito do corpo. Em nossa meditação diária, vamos assim conscientizar a imortalidade, aqui e agora — a imortalidade deste corpo e deste universo –, para que possamos descartar todas as crenças falsas que o mundo retém em relação ao corpo e ao universo.
“Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte”. Para muitos, isto pode parecer bastante desencorajador. Mas, de uma coisa podemos ter certeza: seja ou não este, o último inimigo a ser aniquilado, ele não será vencido enquanto nós não começarmos a vencê-lo, enquanto nós não tomarmos alguma atitude quanto a ele. Passar de ano em ano somente repetindo: “Bem , a morte será o último inimigo a ser vencido”, não irá fazer com que ela seja adiada. Se desejarmos adiar a morte, e finalmente vencê-la, teremos de começar agora mesmo.
Que é a morte? A morte parece ser uma parada momentânea da consciência. Porém, a consciência não pode permanecer ou estar em estado inconsciente. De fato, a consciência jamais pode se tornar inconsciente. O que chamamos de morte não passa de um lapso aparente de profunda inconsciência, do qual nos tornamos conscientes novamente, de modo similar ao que ocorre quando dormimos.
O Corpo Expressa a
Atividade Da Consciência
O passo inicial para vencermos a morte está na conscientização de que o corpo não possui qualquer inteligência pela qual possa viver ou morrer. O corpo não tem inteligência para apanhar um resfriado, e para conseguirmos um resfriado para ele, teremos de permitir a atividade da mente carnal aceitando as crenças do pensamento humano; e teremos de agir de igual forma, para contrairmos para o corpo qualquer outro tipo de doença. A doença humana nunca é contraída pelo corpo nem através dele. O corpo não possui inteligência: ele não pode se mover; é inerte; e, como uma sombra, reflete o nosso próprio estado de consciência. Toda doença, portanto, que aparenta ser do corpo, é contraída através da atividade da mente humana, pela sua aceitação das crenças universais. O primeiro ponto, nesse caso, para que a morte seja vencida, está em se superar a crença de que o corpo possui, de si próprio, capacidade de viver ou morrer, e conscientizar que o corpo tem somente a capacidade de refletir ou expressar a atividade de nosso próprio estado de consciência.
Quando nós aceitamos, na consciência, o pensamento ou crença de morte, é que o corpo sucumbe a ela. Tem sido dito, várias e várias vezes, tanto por metafísicos como por médicos, que as pessoas morrem somente quando dão o seu consentimento. De uma maneira ou outra, isso é verdadeiro. Consciente ou inconscientemente, é dado o consentimento para que ocorra a morte. Se você compreender este ponto de modo suficientemente claro, não apenas poderá adiar, e provavelmente dominar a morte, mas ainda ficará de posse de uma verdade que lhe possibilitará dar atendimento aos chamados referentes a doenças e senilidade.
O fato de um indivíduo, no caminho espiritual, experienciar a morte ou “passagem”, não significa, necessariamente, que ele tenha morrido. Por favor, lembrem-se do seguinte: o que estou lhe dizendo não é produto de minhas suposições, nem algo que tenha lido em algum livro; tudo que tenho dito vem de experiência real em revelações interiores.

( II )

Progresso ou Retrocesso
Quando as pessoas na corrida normal da vida morrem, ocorre apenas momentâneo lapso de consciência, do qual elas despertam praticamente nesse mesmo grau de mortalidade ou sentido material. Não se tornam mais avançadas ou mais espiritualizadas por causa da “passagem”; sua materialidade não se converte em espiritualidade. Talvez possam se livrar de uma dor imediata, ou de uma doença imediata, mas tal libertação se assemelha à trazida pela medicina. A ajuda médica poderia livrá-las da dor ou da doença, mas nunca as faria avançar espiritualmente. Do mesmo modo, mesmo que o fenômeno da morte possa aliviá-las de alguma doença ou calamidade, isso não alterará o nível de consciência delas; e irão permanecer no mesmo nível material ou mortal, e com a mesma oportunidade de, em dado momento, avançar no caminho espiritual ou retroceder. A escolha é delas, tanto aqui como no depois. Isso tudo, naturalmente, se aplica àqueles que no nível comum da existência humana morrem por acidente, doença ou pela comumente chamada “morte natural”
Os que deixam este plano de existência enquanto estão nas baixas esferas da vida, ou seja, como um alcoólatra, um viciado em drogas, um criminoso ou qualquer outro estado grosseiro da materialidade, irão permanecer no mesmo nível após a sua “passagem”. A materialidade deles se tornará ainda mais densa, embora em alguma época, despertando para a verdadeira identidade, possam mudar o curso e iniciar a ascensão espiritual.
O estudante de religião ou metafísica, que experiencia a morte ou “passagem” quando em ascensão espiritual, enquanto se eleva em sua trajetória, não somente desperta bem avançado no caminho, mas, em muitos casos, se for ampla a sua proximidade com relação à verdade espiritual, sua “transição” poderá significar uma libertação completa da experiência física ou mortal. É esta a libertação contida na mente dos seguidores de certas religiões ocidentais que, ao lado de seus ensinamentos sobre a reencarnação, fazem referência ao estado que almejam atingir para se livrarem de voltar à terra. Em outras palavras, alguns indivíduos atingem tal nível de consciência espiritual, que têm pleno conhecimento de sua verdadeira identidade, e de que o chamado corpo físico não constitui o ser e não possui inteligência por si mesmo, mas é um veículo ou instrumento pelo qual eles aparecem como forma. A estes, a experiência da “passagem” pode encerrar o envolvimento com a consciência de sentido mortal ou material, fazendo com que eles passem à plenitude do viver espiritual.

( III )

Vencendo o Mundo
Temos a oportunidade de dominar a morte por completo, no sentido de permanecermos aqui na terra em nossa forma presente e nas contínuas e progressivas aparências que esta forma venha a assumir. Não sei se isso vem sendo feito ou não, mas há esta oportunidade. Contudo, o ponto importante não é este. Se iremos aqui permanecer por duzentos ou por dois mil anos, não tem maior importância do que se viajarmos para Nova York, para a Califórnia ou Europa. Não tem importância alguma o lugar em que iremos viver. O importante é como vivemos e porque vivemos. O ponto importante é em que nível de consciência estamos vivendo. Estamos vivendo de forma tal que, seja qual for o local ou plano de existência, dominamos os obstáculos da mortalidade e da materialidade?
Uma das últimas declarações de Jesus foi a seguinte: “Eu venci o mundo”. Mas era ainda Jesus que estava dizendo aquilo, enquanto estava no mesmo corpo. “Eu venci o mundo”. Também nós “vencemos o mundo”, à medida de nossa conscientização:
Este corpo não é um poder sobre mim. Eu sou a vida, a mente, a inteligência e o poder que governam este corpo. Não eu, um ser humano, mas Eu, a divina consciência do Ser, dirijo este corpo, este negócio, este lar, este ensinamento e este algo mais dentro da faixa da minha consciência.
O grau de nossa conscientização de que esta Consciência nos governa é o grau com que “vencemos o mundo”. E poderemos caminhar sobre as águas, caminhar entre os micróbios, caminhar entre campos de batalha ou catástrofes, sem que nenhuma dessas condições tenha grande efeito ou poder sobre nós, pois, dentro de cada um de nós, estou Eu, e Eu sou o poder que rege toda a nossa experiência. Onde quer que estejamos, seja qual for a condição ao nosso redor, iremos nos achar diariamente alimentados, vestidos e abrigados. Se preciso for, encontraremos o maná caindo do céu; se preciso for, acharemos ouro na boca de um peixe; se preciso for, veremos pães e peixes serem multiplicados. De uma forma ou outra, seremos supridos diariamente com tudo o que se fizer necessário, seja na forma de pessoa, lugar, coisa, circunstância ou condição. Mas esta nossa experiência ocorrerá somente quando vencermos o mundo.
O processo para vencer o mundo tem início com a nossa compreensão da unidade, da nossa união com Deus, com a nossa conscientização de que “eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma”, tudo que está fluindo através de mim é a vida, a saúde e a plenitude, que Deus é.
Isto disse o Senhor: Não se glorie o sábio no seu saber, nem se glorie a fonte na sua força, nem se glorie o rico nas suas riquezas; porém, aquele que se gloria, glorie-se em me conhecer, e em saber que eu sou o Senhor que exerce a misericórdia, a egoidade e a justiça sobre a terra.
MALAQUIAS 9; 23,24
No momento em que começamos a perceber que tudo que temos é do Pai, que é universal, impessoal, imparcial e, portanto, que não temos direitos nem patentes, estaremos abrindo nossa consciência ao fluxo; e, é quando aquele governo se responsabiliza por nosso corpo, nossos negócios, nosso lar, onde quer que estejamos.

( IV )

(Final)
Ressurreição e Ascensão
Na consciência de Deus., não existe morte. Deus não pode morrer. Deus é vida eterna e a Consciência infinita não pode morrer ou ficar inconsciente. Deus, a divina Consciência, está sempre Se expandindo, Se revelando, manifestando e expressando a Si mesmo como consciência individual. Deus é a sua consciência individual e esta consciência não pode morrer. Se Deus pudesse morrer, ou ficar inconsciente, então, e somente então, poderia você morrer. Como Deus é a vida individual, poderia esta vida morrer? Poderia esta vida, que aparece como sua forma ou corpo, desaparecer da terra? Não; pode somente sair do campo de visão da mortalidade, através do processo da “ascensão”.
Quando nós, por nós mesmos, elevamos a nossa consciência acima da crença de que a vida está no corpo, e que o corpo controla a vida, experienciamos a ressurreição; obtemos a convicção de Jesus, ao dizer: “Derrubai este templo, e em três dias o levantarei” (corpo). Quando estamos imbuídos da compreensão de que a divina Consciência, que é a consciência individual, governa e controla nosso corpo, e quando percebemos individualmente a verdade de que a nossa própria consciência é o poder da ressurreição, de reconstrução, temos a nossa experiência da ressurreição. E então, virá a ascensão.
A ascensão vem da conscientização de que Deus está revelando a Si próprio como o nosso ser individual, e como o Espírito deve aparecer ou Se manifestar como forma, então este corpo é tão espiritual, imortal e eterno quanto a Espírito-substância com que é formado. Com a luz dessa conscientização, virá a nossa ascensão.
Existe um significado espiritual trazido a nós pelo nascimento, crucifixão e ascensão do Mestre: se existe uma progressiva expansão da consciência, até que o nascimento e a crucifixão se cumpram em nós e tenhamos atingido a ascensão, não mais no corpo, mas como uma lei sobre o corpo, nunca mais teremos de retornar àquelas experiências. A ascensão é o estado de consciência que sabe que o corpo não controla a vida, mas que a vida, sim, controla o corpo. O Mestre provou ter atingido este estado de consciência quando, referindo-se à sua vida, disse: “Eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la”, e disse também: “Derrubai este templo (corpo), e em três dias o levantarei”; ou, em outras palavras, “Eu, Consciência, controlo este corpo. A Consciência controla o corpo pelo deixar que a Consciência do Eu Sou forme, de Si mesma, as maravilhas e belezas que nós denominamos aqui e agora.
FIM

SÓ DEUS É PODER

Joel S. Goldsmith

Como pode haver um Deus infinito, bom, e uma doença? Tudo é feito “à imagem e semelhança de Deus”; assim, mesmo quando você olha para o que o mundo chama doença, não a está olhando mais do que estaria olhando para a água no deserto: você está vendo uma imagem, uma miragem, uma ilusão, uma aparência que não tem poder. É nessa percepção que a cura se realiza — não a negando, desviando-se dela ou tentando se elevar acima dela, mas olhando-a bem e dizendo:

Deus fez tudo que foi feito e tudo que Deus fez é bom. Alguma coisa que Deus não fez, não foi feita. Assim, quem quer que você seja, não tem poder”.

NÃO SE DEIXE ENGANAR…

Joel S. Goldsmith

 

…eis o segredo: preencha sua consciência com a palavra de Deus; ouça-a; leia-a; pondere e medite sobre ela. Isto amadurece e enriquece a consciência, e esta, agora mais profunda e mais pura, se transforma em causa, lei, substância e ação em nossa vida. Esta consciência enobrecida, que evolveu pelo estudo, pela prática e meditação, alcança a comunhão consciente com Deus e o profundo silêncio de Minha paz. Somos então levados ao reino de uma atmosfera que transcende palavras e pensamentos.