TEMPO DETERMINADO

DÁRCIO

A oração é um meio de nos enxergarmos em unidade com a perfeição infinita e pronta do universo. “Tudo está feito”, e da forma mais perfeita possível. Entretanto, se após os períodos contemplativos alguém estiver ansioso, desejoso de se livrar de uma aparência incômoda, ou, de que uma situação aguardada lhe chegue logo, estará, novamente, sendo mesmerizado pela ilusória mente humana.

A nossa confiança deve permanecer no Absoluto, em que TUDO ESTÁ FEITO! Esta certeza anula a ansiedade mesmérica. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. (Eclesiastes 3: 1).

Por mais que alguém ore, não verá, decorrente disso, uma semente se desdobrar começando pelas flores e não pela raiz! A convicção total de que a suposta “vida humana” é um desdobramento perfeito da “semente divina” que somos, deixa-nos como “testemunhas tranqüilas” deste processo contínuo acontecendo nas aparências visíveis. De fato, tudo tem seu “tempo determinado”, e é esta convicção  que nos deixa em paz!

“ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ…"

Dárcio

Quando é lido o Salmo 118:24, que diz: “Este é o dia que o Senhor fez. Alegremo-nos e regozijemo-nos nele”, poucos percebem que “este dia” não é o dia de semana visível! É claro que nem poderia ser! Imaginemos  alguém  diante de uma tragédia, no dia de hoje, e fosse lida a ele esta frase bíblica:  seria aceita? Claro que não!

 Há séculos que mestres e mais mestres vêm revelando que o chamado “mundo visível” não é verdadeiro! É mera ilusão de massa, um “sonho coletivo”. Nesta aceitação, entenderemos a frase do Salmo 118: ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ!  ESTE!  MAS “ESTE” QUE É INVISÍVEL PARA A MENTE HUMANA! PERFEITO, ETERNO, PERMANENTE! 

Miragens fraudulentas desviam nossa atenção DESTE DIA para o “dia dos homens”, ou seja, para “este mundo visível”.

 
“E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.” (João 7: 37-38).
 
Quando é o DIA DA FESTA? É “ESTE DIA”, O DIA REAL FEITO POR DEUS! Desvie-se por completo destas imagens tridimensionais visíveis! Em silêncio, contemple O DIA QUE O SENHOR FEZ, o Agora Perfeito que as imagens visíveis buscam nos ocultar!
 
“SUBI VÓS A ESTA FESTA”! (João 7:8). Subir à Festa é VOCÊ deixar os “dias do calendário temporal” para se elevar ao DIA QUE O SENHOR FEZ!  Ele está feito! Pronto e manifestado em SUA Consciência!! Com este fato compreendido, entenda o porquê da recomendação: “Este é o Dia que o Senhor fez; alegremo-nos e regozijemo-nos NELE”.

 

 

 

"FILHA, TUA FÉ TE SALVOU…"

Dárcio

Disse Jesus: “Filha, tua fé te salvou; vai em paz e sêde curada deste teu mal (Marcos; 5: 34). Na mente da mulher do relato bíblico, havia o seguinte pensamento: “Se tão somente tocar nos teus vestidos, sararei.” Por doze anos ela havia sofrido por causa de um fluxo de sangue! Qual foi o remédio? Sua convicção de sarar se tornou maior do que sua crença na doença! Apenas isso! Jesus sabia que toda doença é irreal! Se a viu ser espontaneamente curada na hora, pôde notar que este fenômeno havia se dado: a fé na saúde suplantou a crença na doença! Assim, pôde lhe dizer: “A tua fé te salvou”.

Toda “doença” é ilusão! Aparenta mesmo ser real, mas, em contato com a Verdade, revela sua nulidade, ao que nos acostumamos a dar o nome de “cura”.

A fé verdadeira está no firme reconhecimento de que VOCÊ é um ser perfeito, um ser que jamais nasce, erra ou vive neste suposto mundo temporal e  material. Se, em meditação,  VOCÊ reconhecer sua Perfeição eterna em Deus, sem se vincular com as supostas experiências deste mundo, estará confirmando a Verdade sobre sua verdadeira identidade, e se imunizando contra às crenças coletivas, que atuam  como “sugestões hipnóticas” no inconsciente humano.

Pare de “dividir a casa”, ou seja, achar que é um ser espiritual mas também com “parte” humana!! As sugestões falsas nos vêm o tempo todo e de todos os lados! Se VOCÊ não estiver firme no reconhecimento de que “somos Obra perfeita de Deus”, e, portanto, “espirituais”,  acabará endossando e dando poder às falsidades que o mundo considera serem, verdades sobre você!

Unicamente Deus SABE como VOCÊ É! Um ser à Sua Imagem e Semelhança! Desse modo, com a percepção nítida de que “eu e o Pai somos um”, esteja também com a Visão “una”, com a Visão de Deus! Esta é a fé poderosa que destrói a crença em doenças! Com a mente, endosse a Onipotência do “poder divino”, como fez a mulher citada;   ao mesmo tempo, entregue-se confiante à ação do Espírito no Cristo que VOCÊ É!

Tire toda atenção da aparência! Atenha-se à Ação divina, que agora flui a partir do seu próprio Eu.   Testemunhe, deste modo,  a livre e espontânea manifestação da Verdade! Contemple a Luz divina fluindo de VOCÊ PRÓPRIO, do Centro de seu Ser! E permaneça, durante algum tempo, nesta  iluminada contemplação!

O QUE É A METAFÍSICA ABSOLUTA – Cap. 3

Dárcio

Capítulo 03

EVOLUÇÃO

 

Poucas idéias errôneas atrapalham tanto a percepção da Realidade espiritual como as que falam em “evolução”. Por que surgiu essa teoria? Porque a mente humana somente consegue fazer julgamentos segundo aparências visíveis. Se algo além delas é revelado, há a total desestruturação de todo esse vocabulário ilusório: estágios de consciência, evolução, encarnação, reencarnação, etapas de desenvolvimento, etc. Todo esse linguajar é um “culto à matéria”, ou à “ilusão”.

 

A Metafísica Absoluta não é mais um “modo de pensar”; ela é um “modo iluminado de não-pensar”.  Exclui a lógica do mundo e seus julgamentos baseados apenas naquilo que a mente humana é capaz de perceber. A Vida flui pela Graça! Na Metafísica Absoluta, Deus é reconhecido como Mente Única Absoluta, e este reconhecimento exclui as chamadas “mentes pessoais humanas”, não obstante mantenha a individualidade absoluta de todos nós. A receptividade plena às Revelações divinas torna possível a vida do “não-pensar”, ensinada por Jesus no conteúdo de “O Sermão da Montanha”.

 

A mente humana não capta a Realidade aqui presente. É por esse motivo que, para ela, há “mistérios”, “milagres” e “fenômenos sobrenaturais”. Ao admitir todo esse linguajar, o que a mente humana procura é disfarçar sua ignorância, sua incapacidade de revelar o que de fato é verdadeiro. Suas teorias, inclusive a da evolução, são frutos da “sabedoria da serpente”, que não merecem nenhum crédito. Não possuem real fundamento. Tanto é assim, que, a cada dia que passa, novas teorias surgem em substituição às anteriores, que se tornam obsoletas, assim como obsoletas se tornarão as atuais, no “amanhã” das aparências.

 

As Revelações divinas não são teorias mutáveis. São a Verdade eterna, sempre-presente, à espera de um “despertar em massa”. Por que uns despertam antes de outros? Não existe este processo! Ele se mostra como real somente para a ilusória mente humana. Toda Verdade é Verdade universal, e, apenas dizemos que Ela está “à espera de um despertar em massa” para expressarmos o “final definitivo” da suposta mente humana e seus julgamentos. Quem parte das aparências, vê seres mais ou menos evoluídos; quem parte da Realidade, vê Deus Se manifestando igualmente como tudo e todos!

 

Assim como em dia nublado o Sol não se revela às nuvens, as Revelações divinas não Se revelam à mente humana. Há pessoas que se julgam mais evoluídas ou menos evoluídas por fazerem comparações em conhecimento intelectual dos princípios por parte delas. Uma Revelação divina Se dá na Mente Absoluta, nEla própria, e esta Mente é, então, reconhecida como a de todos nós. O estudo do Absoluto, em essência, nisto se resume: fixos à Mente iluminada, ao “sol”, desviamo-nos das crenças da mente humana, das “nuvens”. E a Mente Universal, que É, Se revela como TUDO, fazendo com que a ilusão “se evapore”, levando junto todas as crenças supersticiosas. Assim, também a farsa da “evolução” é desmascarada!

"AINDA TE FALTA UMA COISA'

Dárcio

A percepção de que somente existe Deus corresponde à percepção da Unicidade da Existência, que, por si, revela a nossa real natureza, completamente desapegada de todas as supostas coisas visíveis.

No cap. 18, de Lucas, consta o seguinte: “E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus. Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe. E disse ele: Todas estas coisas tenho observado desde a minha mocidade. E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me. Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico. E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!”

O estudo absoluto enfatiza a existência de Deus como a ÚNICA PRESENÇA, o que equivale a revelar que não há seres humanos (nem mestres nem discípulos) para “herdar a vida eterna”. Deus é a única Vida, e esta já é a “nossa” Vida eterna, exatamente agora. Nossa Vida é Deus, e jamais algum suposto ser humano, seguidor ou não de mandamentos, poderá herdá-la. Os supostos seres humanos são presos às riquezas de sua própria aceitação imaginária. Tais “riquezas” não são necessariamente financeiras. O apego às pessoas, à família, aos filhos e netos; o apego a passatempos, viagens, cursos, ensinamentos, pontos de vista pessoais; o apego a cargos ou funções da sociedade; tudo isso constitui “riqueza”, para quem se deixa escravizar por estes ou por inúmeros outros fatores de um “mundo material” que, de fato, jamais existe realmente, e que não passa de ilusão hipnótica. Se formos analisar cada pessoa deste mundo ilusório, é certo que, para cada uma, acharemos motivos para dar a mesma advertência: “Ainda te falta uma coisa”.

A frustração do príncipe rico, ao ouvir esta frase, é a aparente frustração de inúmeros seguidores de ensinamentos espirituais. Eles procuram se aperfeiçoar, fazem cursos com dedicação, mas, “ainda lhes continua faltando uma coisa”. Neste instante, queremos lhe afirmar  o seguinte: A VOCÊ, NÃO LHE FALTA NADA! A totalidade de Deus é o seu verdadeiro e único Ser; e, inexiste“outro ser” passível de assumir a sua identidade. Você é você! Livre! Pleno! Completo! E, eternamente estará côsncio de ser esta a sua real e única identidade!

Na seqüência da citação acima, encontramos: “E os que ouviram isto disseram: Logo, quem pode salvar-se? Mas ele respondeu: As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus.” (Lc 18:26,27).

Este é o enfoque absoluto: abandonar conscientemente todos os artifícios “humanos” de estudo da Verdade, pelo reconhecimento e percepção direta da Realidade: Tudo é Deus; Tudo é Espírito. Assim, Deus é a totalidade do “seu Ser”; a Vida divina já é a “sua Vida, E NÃO LHE FALTA COISA ALGUMA.

“E disse Pedro: Eis que deixamos tudo e te seguimos. E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus, e não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura, a vida eterna.” (Lc 18:28-30).

Aos olhos do mundo, após a percepção de que TUDO É DEUS, “vivemos pela Graça”, compartilhando tudo com aqueles que fazem parte de nosso ambiente natural. O mundo aceita a existência do tempo; assim, aos  olhos da “crença”, estaremos recebendo muito mais neste mundo, e também estaremos recebendo “na idade vindoura, a vida eterna”. A percepção de que TUDO É DEUS torna o “deixar tudo para seguir ao Cristo” uma vida naturalmente desapegada, pois esse “tudo” (mundo da matéria) é visto como NADA, enquanto a Presença de Deus é revelada como nossa própria Vida harmoniosa e plena, aqui e agora.

“Deixar casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus” não significa viver afastado de algo ou de alguém!. O sentido é muito mais profundo! Significa estar alheio ao “quadro hipnótico” que se faz passar por Realidade! Indica a Onipresença de Deus, que passa a ser discernida espiritualmente como a Presença individual de tudo e todos com quem convivemos! Em vez de serem considerados como “pessoas especiais”, perceberemos serem todas, aqui e agora, o próprio Deus, em expressão individual. Esta visão crística, em Jesus, motivou-o a corrigir o príncipe, que o chamara de “bom mestre”; este, em vez de ver Deus manifestado como Jesus, estava a considerá-lo como “alguém bom”, separado de Deus, com vida apartada de Deus.

As palavras, “ainda te falta uma coisa”, poderão também ser escritas da seguinte forma:: A PERCEPÇÃO ABSOLUTA DE QUE TUDO É DEUS, APARENTEMENTE, É A ÚNICA COISA QUE LHE PODE FALTAR. Desse modo, se VOCÊ está convicto de que  a totalidade de Deus constitui a totalidade do seu Ser individual, e também a de todos os demais seres, pode, aqui e agora, convictamente afirmar: A MIM, ao EU que EU SOU, NÃO ME FALTA NADA!

O UNIVERSO É VIDA

Dárcio

Um simples lampejo da REALIDADE ESPIRITUAL revela o Universo como Vida em expressão infinito-dimensional. Atividade iluminada! Oniatividade! Eis a Vida que é o Universo em expressão! Dele fazemos parte, assim como uma letra faz parte do alfabeto: em sua individualidade e, ao mesmo tempo, sendo o próprio alfabeto.

A Verdade é Tudo! Nada há, além da Verdade! Cada um que discerne esta Revelação, sem vacilar, diz: “Eu Sou a Verdade”. A letra “A” é específica no alfabeto que ela ajuda a formar! Sem ela, o alfabeto não seria completo! Se a letra “A” é a letra “A”, completa em si mesma por estar em unidade com o alfabeto, também VOCÊ, como ser individual, é exclusivamente VOCÊ, sem que seja qualquer outro, apesar de também ser o TODO, pela própria  UNIDADE que é Deus, o Todo!

Entre em contemplação e perceba:

O Universo é Vida! A Vida que Eu Sou é a Vida do Cristo que Eu Sou, especificada como o “meu” ser individual. Ao mesmo tempo, não vejo divisões na Vida infinita! Eu Sou a Vida , em expressão individual, e Eu Sou a  Vida Universal infinita, que Deus é. Assim como Deus é, Eu Sou! E contemplo, aqui e agora, esta Verdade em expressão contínua e perfeita!

LEÃO É LEÃO, CRISTO É CRISTO!

Dárcio

As ilustrações empregadas no estudo da Verdade são para identificação imediata, ou seja, não se destinam a ser apenas conhecidas enquanto a pessoa passa a vida toda buscando uma suposta”conscientização”. Pelo julgamento segundo as aparências, nem Jesus Cristo seria visto como alguém perfeito! Irritava-se, corrigia os demais, discutia, chamava de víboras os falsos mestres, etc. Nem ele, como Jesus, se dizia o Cristo! “Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou”, “Pai, que se faça a Tua vontade e não a minha”, dizia ele. Entretanto, também nos orientou: “Sede perfeitos como o vosso pai celestial é perfeito”. Que sentido tem? O sentido absoluto! DEUS, a PERFEIÇÃO, é TUDO! VOCÊ PRECISA se identificar com o Cristo em SEU SER, com a perfeição em SEU SER, com o “EU SOU” que constitui o SEU real ser! “Glorificai a Deus no VOSSO CORPO e no VOSSO ESPÍRITO”, disse Paulo.

Há quem diga: “Este salto para o absoluto é muito grande! Isso precisa ser feito por etapas!”. Como podemos notar, esta fala vem sempre da “mente carnal”! Jamais haveria uma revelação divina reconhecendo OUTRO ao lado de “MIM”. E quando a pessoa se julga um ser humano? Cheia de defeitos? Seria válido afirmar “Eu Sou o Cristo”? Aí é que entram os benefícios das ilustrações!

Analisemos a ilustração do leão criado com cordeiros. Sem ter noção de ser leão, com cordeiros foi criado desde pequeno, e, de toda forma, agia condicionado pela falsa crença de ser também um cordeiro. Um dia, ouvindo pela primeira vez o rugir de um leão, ele sentiu dentro dele um “despertar”, algo que o fazia se identificar mais com o leão do que com o “cordeiro” que ele supunha, até então, ser sua própria natureza. O ponto é o seguinte: com ou sem leão rugindo para despertar este outro, iludido pela crença de ser cordeiro, ele jamais teria deixado de ser unicamente um leão.

O homem é a expressão do Verbo! Feito à Imagem de Deus! Assim é o Cristo sendo cada um de nós! Se a pessoa sabe, aceita, conscientiza ou não, permanece a Verdade: Deus é o ser! O estudo do absoluto parte deste iluminado referencial da Verdade, sem jamais levar em conta as “aparências” e suas ilusórias etapas evolutivas! Jamais aquele leão deixaria paulatinamente de ser “cordeiro” Nunca estivera sendo um! Por outro lado, nada o faria “SE TORNAR LEÃO”. JÁ ESTAVA SENDO LEÃO!

Ao nos dizer “SEDE PERFEITOS COMO O PAI CELESTIAL É PERFEITO”, Jesus não pretendia que um ilusório eu humano alcançasse a perfeição! Isso nunca ocorreu nem ocorrerá! A meta é outra! Renunciar à CRENÇA FALSA pelo ASSUMIR RADICAL DA VERDADE! Entenda com clareza esta ilustração: assim como sempre o leão estivera sendo um leão, VOCÊ sempre esteve, está e estará sendo o CRISTO! As Obras de Deus são PERMANENTES! Uma delas é VOCÊ!

A ILUSÃO DO NASCIMENTO

Dárcio

A pessoa supostamente visita uma maternidade e pensa: “Como nasce gente!” Que está diante dela? A RAIZ DA ILUSÃO! A “crença coletiva” em nascimento! “Não chameis de pai a ninguém sobre a face da terra, “antes que Abraão existisse, eu sou”, “minha mãe e meus irmãos são os que seguem meus ensinamentos”, dissse Jesus. Que está implícito nestas revelações? Que o “nascimento não existe”.

Quem expulsa a crença em nascimentos na matéria é o que “perde sua vida por causa de MIM para achá-La”, como disse Jesus, e como ocorreu com Paulo, ao dizer: “Já não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em MIM”. Havia despertado para a irrealidade do ser nascido neste mundo e para a sua identidade eterna como sendo o Cristo!

Parta da Verdade, e não terá ILUSÃO! Parta da totalidade de Deus que o inclui, e se verá sendo o Cristo que não nasce! Somente existe Deus! Deus não muda! E “nEle vivemos nos movemos e temos o nosso ser (Atos: 17; 28)

Entre em meditação e assuma o CRISTO sendo VOCÊ. O homem não nasce nem morre! O homem é a perfeita e eterna EXPRESSÃO DO VERBO. VOCÊ é “nascido de Deus”; e, diz a Bíblia, “todo aquele nascido de Deus VENCE O MUNDO”.

BÊNÇÃOS DESTE MOMENTO

UNIDADE

Disse alguém: “O passado é um cheque cancelado; o futuro é uma nota promissória; mas o presente é dinheiro vivo na mão”.

Dou graças ao passado, não como saudosa lembrança, mas pelo que acrescentou e expandiu aos valores internos. Ele me serve de advertência pelas reações negativas e negligências que tive. Dou graças pelo futuro alvissareiro. O passado fez o hoje e o hoje fará o futuro. Em última análise, é a ação de cada momento que torna o passado proveitoso, e o futuro uma esperança de bem maior.

Hoje é a minha possibilidade. Aqui estão as bênçãos do momento, aguardando minha vivência e ação. Preciso de “olhos para ver” para apreciar e usufruir tudo o que me é oferecido agora. Não devo recordar nem sonhar: devo ser objetivo e aplicar os talentos adquiridos, pondo-os a render.

Esta prece me abençoa, para que a divina Presença me dirija e inspire, sobre como gastar o “dinheiro vivo ” de hoje; como organizar e utilizar o meu tempo, a fim de que este momento seja um saque bem avaliado sobre o futuro.

“O lugar em que estou é solo santo.”

Êxodus 3: 5

MENTALIZAÇÃO PARA APAGAR AS DOENÇAS

MASAHARU TANIGUCHI

“Todos os males são inexistentes porque eles não são criações de Deus” — afirme categoricamente estas palavras na sua mente. Deixe de olhar os males e volve os “olhos da mente” para a Realidade perfeita, Todos os males são aparências, são inexistentes. Compreenda que eles são sonhos e produtos da ilusão. São sonhos tidos apenas durante o sonho pela “mente em ilusão”, a qual deverá se apagar quando você despertar. Afirme o seguinte repetidas vezes à sua mente: “O mal não existe! O pecado não existe! A doença não existe! O que não existe não existe! Eles são produtos da ilusão, são meras sombras imaginárias!” Quando se apagam os temores criados pela imaginação, começam a desaparecer as úlceras, as inflamações, os tumores, etc.

 
Não tome o processo de “desintegração” como agravamento da doença. O estado doentio é um fenômeno, e o fenômeno é mutável. O estado atual não é o de ontem, e não será o de amanhã. A cerveja borbulha quando se desprende o gás retido nela. Da mesma forma, parece agravar-se o estado de saúde quando a doença está se desintegrando.

SUBMISSÃO AO NADA

Dárcio

As revelações libertadoras da Verdade Absoluta somente cumprem seu papel quando há, de nossa parte, uma atitude radical correspondente a elas. A raça humana está submetida a prisões inexistentes, submissa ao “nada”, assim como um cavalo se submete a ficar “preso” por julgar que a rédea solta pelo dono sobre um mastro o está realmente amarrando a ele. A maioria está submissa ao “nada” simplesmente pela acomodação e apatia que a torna mera “conhecedora intelectual” de ensinamentos.

As pessoas vão passando de um para outro autor ou movimento, sem de fato TOMAR ATITUDE RADICAL E, desse modo, permanecem submissas ao “nada”, ou seja, permanecem presas a ditames da mente ilusória, que inventa situações boas e más para subjugá-las. Por que “boas” e “más”? Porque, vendo as boas, as pessoas a elas se prendem, deixando terreno para surgimento das más. É como um veneno para rato, que inclui em sua fórmula o queijo atraente. Quando os ratos o encontram, sentem-se felizes, saboreando o “queijo” que é “veneno”. Assim é a raça humana! Como sair desse esquema prisional? Saindo do mundo dos opostos, da crença em bem e mal.

Uma atitude radical é exigida! “Não podeis servir a dois senhores!” A Verdade libertadora não nos liberta dos problemas do mundo, mas sim DO MUNDO! “Eu venci o mundo”, disse Cristo, e a Bíblia diz que “tudo o que é nascido de Deus vence o mundo”. (I João 5:4)

PRINCÍPIO DO SUPRIMENTO

Joel S. Goldsmith

Por nenhum momento iríamos pensar em construir uma casa sem termos compreendido as leis de projeto, escavação, edificação, etc., bem como as leis locais de zoneamento e de saúde. Não tentaríamos ganhar uma causa no tribunal, a menos que conhecêssemos a lei que a regula; e, tampouco iríamos tentar navegar sem o conhecimento das leis de navegação. Entretanto, tentamos resolver nossos problemas de suprimento individual; tentamos demonstrar a disponibilidade e abundância de suprimento sem o devido reconhecimento das leis que o governam.

Muitos ignoram a existência dessas leis e crêem que uma cega fé em algum Deus ou Poder é suficiente para manifestar a operação do bem na experiência individual. No plano do Absoluto não há nenhuma necessidade de se resolver o problema do suprimento. Nele nada é requerido, pois a substância espiritual é onipresente e inexistem tempo e espaço em que o suprimento esteja ausente. Enquanto não atingirmos esta Consciência, a Consciência crística, teremos de preparar o nosso destino em conformidade com a lei das escrituras, encontrada nos textos sagrados de todos os povos. Nosso primeiro passo é o reconhecimento de nosso ser verdadeiro-nosso relacionamento com Deus.

Compreendendo Deus como a Consciência divina única universal, e o homem como a expressão individual desta Consciência, descobrimos que TUDO QUE É DO PAI É MEU, isto é, tudo o que está incorporado à Consciência universal está incorporado à consciência individual, por elas serem uma. Assim, quaisquer coisas ou idéias de que necessitemos já são partes integrantes de nossa consciência, e se desdobrarão à percepção humana tão logo nos familiarizemos com a lei e passemos a aplicá-la. “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” desta ilusão de que o que você busca encontra-se separado e apartado de você. Deverá haver o entendimento de que o universo inteiro está incorporado à Mente divina; e, em vista de esta ser a nossa única mente, todas as coisas já estão dentro de nós. Em conseqüência, jamais somos dependentes de alguma pessoa, lugar ou condição para coisa alguma! Portanto, nosso passo seguinte é abandonar toda dependência a pessoas, posições ou investimentos para o nosso suprimento.

A princípio, isto parece ser um disparate, já que as coisas do Espírito são loucuras para os homens. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” ( I Cor. 2:14. ).

Um negócio ou uma posição podem parecer constituir o presente canal de nosso suprimento. Nossos alunos ou pacientes podem aparentar ser nossos únicos canais. Donas-de-casa podem acreditar que seus maridos ou filhos sejam seus canais de suprimento. MAS NADA DISSO É VERDADEIRO. Como Deus, a Consciência divina, é a FONTE, então esta exata Consciência é o canal de suprimento; e, de fato, é o SUPRIMENTO em si. Procure sempre se afastar de suas noções pré-concebidas sobre este assunto, Reconheça que todas as coisas estão incorporadas à infinita Consciência eterna; e então, SAIBA QUE ESTA CONSCIÊNCIA É A SUA!

Tendo se libertado de toda dependência a fontes e recursos materiais e humanos, você perceberá o bem continuamente se desdobrando em sua experiência humana, na forma de bem que a cada momento lhe estiver sendo requerido. Enquanto caminha rumo a esta Consciência superior, obedeça a duas recomendações importantes dadas pelas Escrituras: “Levarás à casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos frutos da tua terra.” ( Exodus 23:19.) A forma disso ser feito deverá ser como nos ensinou o Profeta Hebreu: “E esta pedra, que erigi em padrão, será chamada casa de Deus; e de todas as coisas que me deres te oferecerei ( ó Senhor ) o dízimo.” ( Gen. 28:22.) Após reconhecermos que tudo que existe pertence a Deus, a Mente universal, pomos de lado uma pequena mas definida parte de tudo recebido individualmente, recirculando-a no Universal, ou seja, fazemos uso desta parcela sem a vincularmos com as despesas usuais ou pessoais. Podemos doá-la a alguma causa comunitária ou de caridade, podemos exprimir gratidão a um instrutor ou praticista espiritual, mas, seja como for, esta parcela deverá ser dedicada a serviço de Deus, o bem, independente da manutenção própria ou familiar. E ela deverá se constituir das “primícias” dos frutos-e não uma parte daquilo que sobrou de nossa receita. Deverá ser tirada da mesma tão logo a recebamos, de modo que possamos, nós mesmos, fazer o equilíbrio e confiar que “Deus dará o aumento”.

Nossa obediência a estes princípios nos dará condição de provar que “quando todas as fontes materiais estão secas, Tua plenitude permanece a mesma.” Quando relaxamos a mente consciente das tensões e lutas, e permitimos que o bem flua através de nossa consciência espiritual, descobrimos que não precisamos temer o que o homem mortal possa nos dar ou sonegar. Repousamos na firme convicção de que “Do Senhor é a terra e a sua plenitude”, e de que TUDO que é do Pai é MEU; tudo o que existe no Universal está se desdobrando para o individual. Chegamos agora àquela que talvez seja a suprema lei espiritual da Bíblia, a nós revelada por Jesus Cristo. Na Oração do Senhor, podemos ler: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.” Eis o ponto em que você pode pôr suas próprias limitações em suas demonstrações do bem. Na proporção em que você perdoa, receberá as bênçãos do Infinito. Podemos perdoar aos que nos devem somas de dinheiro, e àqueles que têm para conosco dívidas de amor, gratidão, reconhecimento, ou mesmo dívidas de cortesia de família ou amigos. Mas devemos perdoar. Devemos viver num constante estado de bênçãos. Este é o perdão verdadeiro que nos liberta das obrigações mortais e materiais.

Há algum tempo, fui procurado por um homem muito necessitado de dinheiro, sem emprego e sem fonte de renda Contou-me que um de seus amigos lhe devia uma soma de dinheiro que o tiraria da dificuldade, e perguntou-me: “Como fará para que eu possa receber esta dívida?” Disse-lhe que perdoasse tanto o homem como a dívida. Não que lhe escrevesse cancelando a dívida, já que esta era problema de seu amigo, mas que o perdoasse mentalmente, e caso ela nunca fosse paga, que não pensasse mais nela, nem pensasse maldosamente a respeito do chamado devedor. “Tire-o de seu pensamento como se ele não existisse, e deixe o Princípio divino abrir seus canais de suprimento.” Ele percebeu o ponto e se voltou deste único canal visível possível de suprimento para o Não-visto infinito. Exatamente na semana seguinte, ele recebeu dinheiro suficiente para mantê-lo por duas semanas, e, ao término da segunda semana, foi novamente chamado ao seu próprio emprego, de que havia sido desligado por vários anos.

ONISCIÊNCIA

Dárcio

A Mente Única em existência aparece como a Mente individual de cada um de nós. Se “Eu sou por Mim, quem será contra Mim?” Inexiste outra Mente; inexiste outra Consciência. “Aquieto-me, e sei; Eu Sou Deus”. O Infinito, que Eu Sou, é a Consciência infinita, consciente de Minha eterna Perfeição onipresente! “Eu Sou” tudo que já está feito! “Eu Sou”.

O Silêncio é Minha Atividade perfeita. Sem correria, sem avanço, sem atraso. Minha Unidade flui incólume e perfeita. A Luz do Universo é a própria Luz onisciente que Eu Sou. Inteligência é Luz! “Eu Sou Luz, e não há em Mim trevas nenhumas”. Inteligência é a Onisciência fluindo e Se revelando a cada agora! É sempre agora. Sempre a Onisciência é a Mente única em atividade constante. Eu sei Tudo! Eu Sou Tudo! Eu Sou Único! “Não há outros deuses ao lado de Mim”.

Conheço tudo que Eu Sou como estando em Mim mesmo. Isto por ser Eu a Presença Única! Por ser Eu a Substância única, onisciente. Eu não resisto a “outros poderes”. Eu não enfrento “outros poderes”. Assim como jamais ofereço resistência a poderes hipotéticos, tais suposições não existem como realidades que possam se opor a Mim. Tudo já É! Portanto, Eu Sou.

A Inteligência Infinita é única em expressão. Eu Sou a Substância da Inteligência. As Idéias perfeitas estão realizadas neste agora atemporal. O tempo não existe! O Agora É! Todas as Minhas Idéias Se expressam harmoniosamente em Mim mesmo, e, consciente dessa Verdade, sei que o Reino da Verdade está em Mim!

O IMPOSTOR

Dárcio

Quando é revelado que DEUS É TUDO, muitos pensam que, para poder vivenciar
esta Verdade, terão de lutar para anular a chamada personalidade humana. Desse modo,
o estudo da Verdade, que deveria libertá-los, torna-se um fardo pesadíssimo.
Quando fazem algo certo, usam de falsa humildade e atribuem a ação a Deus,
isto quando não se julgam “servos inúteis”, considerando a “boa ação”
como mera aparência sem valor. Quando erram, sentem-se
arrasados intimamente, caindo em auto-análises rigorosíssimas, alimentando
sentimentos de culpa que somente acarretam desejos inconscientes de autopunição.
O tempo passa, e eles persistem nessa crença de “anular o ego”, o que pode acabar
virando verdadeira obstinação. O mais grave é encontrarmos vários
ensinamentos endossando essa prática ilusória e de meta inatingível: querer
anular algo que jamais existiu!

O estudo da Verdade não é um fardo, mas o alívio imediato de todos eles. O
estudo é uma Auto-Revelação divina, e não o cumprimento de objetivo “humano”
de se iluminar! Se existe unicamente Deus, QUE OUTRO SER PODERIA ESTAR SENDO
A SUA IDENTIDADE?

Se um diamante legítimo estivesse sendo confundido com um falso, teríamos de
anular o falso para termos o verdadeiro? Não; bastaria a percepção imediata
de que somente o verdadeiro é o existente. Esta é a base de nosso enfoque:
EXISTE SOMENTE DEUS! O suposto ser humano, dotado de mente humana e desejoso
de conhecer a Verdade, este é um impostor! Talvez ele até estivesse
dando-lhe a impressão de ser você! Entretanto, DEUS É VOCÊ! Caso contrário,
a ONIPRESENÇA seria uma mentira!

Aparentemente falando, um impostor se fazia passar por você. Este
“ser ilusório”, tal como um espectro, parecia ocupar o local em que Deus
está agora ocupando para SER VOCÊ. Como anular este impostor? Crendo em sua
existência? Aceitando que ele, além de ter nascido, vai crescer, morrer,
reencarnar e evoluir aos poucos? Qual era a origem do diamante falso? Qual
será o destino dele? AQUILO QUE É FALSO NÃO TEM ORIGEM NEM DESTINO, POR SER
NADA! AQUI, AGORA E SEMPRE!

Há casos em que o impostor se diz “instrumento de Deus”, “servo de Deus”,
“canal de expressão de Deus”. Poderia o imperfeito servir de instrumento
para o Perfeito? Poderia o “nada” servir de canal para o TUDO? Poderia a
sombra servir para expressar a luz? Se houver a percepção de que o suposto
“imperfeito” é o Perfeito; de que o nada é o Tudo; de que a sombra é a Luz,
isto equivalerá à percepção de que o suposto “diamante falso” JÁ É o diamante verdadeiro!
Assim, em nosso caso, equivalerá à percepção de que o suposto impostor (ego)
já é Deus.

Não dissemos que o “ego humano”, visto pela mente carnal, é Deus; dissemos
que, pela admissão da nossa Mente como idêntica à de Cristo, discernimos
nosso Eu Real, divino, exatamente “no ponto” em que este “impostor” parecia
estar presente e sendo o nosso eu. Resumindo, a questão é “trocar de mente”
e não de se anular algo que não existe.

Assim, partimos radicalmente da Verdade Absoluta: DEUS É TUDO; DEUS É A
TOTALIDADE DE “NOSSO” SER, AQUI E AGORA. Esta Revelação está em Colossenses
3:11: “MAS CRISTO É TUDO EM TODOS”. A percepção de que não somos o
“impostor” elimina pela raiz a culpa, o autojulgamento e a autopunição,
fatores pertencentes a um mundo-miragem, desconhecido por Deus.

A base da percepção espiritual é a admissão incondicional da EXISTÊNCIA
ÚNICA DE DEUS; pois, com ela, podemos dizer sem vacilar: DEUS É A ÚNICA
CONSCIÊNCIA; DEUS É A CONSCIÊNCIA QUE EU SOU; logo, a CONSCIÊNCIA ILUMINADA
ESTÁ SENDO A MINHA CONSCIÊNCIA!

Em Mateus 16:32, podemos ler: “Portanto, qualquer que me confessar diante
dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.”

A FORÇA DA PRECE COM ALEGRIA

Dárcio

Assim como um ator é “transformado” numa celebridade, para exercer seu papel no palco,  e muitas vezes acaba realmente acreditando ser a personalidade do seu personagem, o ser humano acabou acreditando em sua encenação ilusória de “ter nascido” na matéria. Que diríamos, se o ator, no intervalo da peça, continuasse a crer ser seu personagem? Desejaríamos levá-lo ao psiquiatra! Algo similar ocorre com a humanidade, que, encenando o filminho ilusório “Este Mundo”, se convenceu de que sua real identidade é outra que não o Cristo!

“Este mundo” é mera encenação mental sem realidade! Soube de um caso em que o ator tinha enorme dificuldade para se mover, e, enquanto durava sua atuação no papel de um personagem que se movia livremente, ele se via livre do problema  para agir daquela forma. Tão logo a peça se encerrasse, ele voltava a apresentar a dificuldade que antes o acometia! “Este mundo” não existe! É uma ILUSÃO! Mera manifestação de crenças, mais nada!

A prece é o “intervalo” que dedicamos para recordar QUEM SEMPRE SOMOS! Se formos a ela tensos, como se tivéssemos de nos nos livrar de problemas que seriam do personagem do filme, seria um absurdo! Assim como o ator não tem realmente o problema que o roteiro lhe apresentou como sendo o do personagem, o SER QUE SOMOS jamais passa por qualquer dificuldade da “encenação” neste mundo! DEUS, DANDO EXPRESSÃO A SI MESMO, CONSTUTUI O NOSSO SER!

ENTENDA ISTO!  ORE NA ALEGRIA DESTA PERCEPÇÃO! Entre em silêncio livre do roteiro dos personagens! Não ore para VOCÊ se livrar de problemas que inexistem!  DEUS É VOCÊ! Solte o “roteiro de Adão”, e desfrute desta Verdade! Esta Verdade é que eternamente é VOCÊ!

REVELAÇÃO: UMA VERDADE CONCRETA!

Dárcio

Diante dos quadros trágicos que a mente humana gera e nos tenta impor, o que existe realmente de concreto é Deus e Seu Universo pleno de luz e de harmonia! O estudo emprega a palavra “miragem”, para ilustrar a nulidade dos quadros! No deserto, o andarilho alucinado e sedento jura estar vendo um lago diante dele! Quem o estiver vendo, dirá: “Pobre homem alucinado! Só tem areia à sua frente e ele grita estar caminhando em direção ao lago!”

Mary Baker Eddy, ao ser indagada sobre o motivo pelo qual tanto insistia que há somente uma Alma, e que a Alma não está no corpo, entre outras argumentações, respondeu: “Insisto neste fato fundamental e nesta grandiosa Verdade da Ciência Cristã, porque ele inclui uma regra que tem que ser compreendida; caso contrário, será impossível demonstrar a Ciência. Alma é sinônimo de Espírito, e Deus é Espírito. Existe somente um Deus único, e o infinito não está dentro do finito; portanto, a Alma é uma, e é Deus; e Deus não está na matéria nem em um corpo mortal”.

DEUS É TUDO! O suposto “mundo material” é MIRAGEM! Aquele que permanecer na REVELAÇÃO, entendendo-a como UMA VERDADE CONCRETA, tirando da “miragem” toda CRENÇA em seu existir, saberá que DEUS, REALMENTE, É TUDO!

PODER versus SUPERSTIÇÃO

Dárcio

O conhecimento de que somos seres espirituais, e não materiais, nos torna imunes a todas as crenças supersticiosas do mundo visível. Foi-nos revelado que nos foi dado “todo o poder, no céu e na terra”, poder divino, espiritual, harmonioso, amoroso, onipresente e oniativo. Quando agimos conscientes de que somos espirituais, em unidade com o Todo Perfeito, agimos conscientes da Divina Ordem que impera em todo o Universo da Realidade.
 
O desconhecimento da própria natureza  divina e perfeita deixa as pessoas aparentemente perdidas em infindáveis crenças supersticiosas ilusórias. Andam com talismãs, cristais, pirâmides ou amuletos de todo tipo; consultam médiuns, se acreditam  obsedadas, vão a cartomantes, astrólogos, numerólogos, etc. Que obtêm de tudo isso? Mais ILUSÃO! !Mais envolvimento com “este mundo”. E, apesar disso, muitos ainda dão a estas crendices o nome de “autoconhecimento”!
 
Só existe um Autoconhecimento: a percepção tida por Buda, Cristo, Paulo e todos os iluminados: “Eu e o Pai somos um”. Este Autoconhecimento é PODER! O Poder que é AMOR! O AMOR que desconhece MEDO!
 
Toda procura por “ocultismo supersticioso” mostra que a pessoa está insegura, temerosa ou infeliz. Quem está FELIZ não se lembra de nada disso! Vive seu precioso AGORA, louvando a Deus, consciente de ser uno com Ele. Assim, sua vida se desdobra harmoniosa e suavemente. “Eu vim para que tenham vida com abundância”, disse Jesus, ou seja, veio para revelar que a nossa Vida é unicamente Deus!

O QUE É A METAFÍSICA ABSOLUTA – Cap. 02

Dárcio

Capítulo II
RECEPTIVIDADE
 
Uma vez entendido que o processo envolvido neste estudo depende de uma Auto-revelação, de uma percepção interior de que a identidade real de cada um de nós longe está de ser a humana ou mortal, o passo seguinte é conservarmos um estado máximo de receptividade, para facilitar também ao máximo este discernimento.
 
A mente humana sequer consegue nos informar da presença de tudo contido em seu conceito de mundo. Os olhos humanos vêem limitadamente tudo aquilo que nos cerca. Se dependermos deles, só para exemplificar, estaremos considerando como inexistentes os microrganismos, as ondas de rádio ou televisão, etc. Nenhuma dessas presenças é reconhecida! E o ser humano? É visto? Que é o ser humano? Seus pensamentos? Seu corpo físico? Seus sentimentos? Tudo isso junto? A Metafísica revela: o ser humano somente é humano enquanto visto pela mente humana. Este mesmo ser, visto pela Mente Absoluta, Se revela como verdadeiramente é. O mesmo é válido quanto ao Universo. Enquanto visto e analisado pela mente humana, será considerado sendo material, mutável, limitado ao conceito de tempo-espaço. Como seria visto pela Mente Absoluta? Impossível de ser dito: a mente humana, finita, carece de recursos para compreendê-lo.
 
Quando a Metafísica fala em Essência do Ser e do Universo, explica que esta visão absoluta é que tem a capacidade de revelar o que é verdadeiro. Assim, surgem as duas palavras muito empregadas em sua explanação: REALIDADE (o que é visto pela Mente Absoluta), e ILUSÃO (o que a suposta mente humana julga captar de tudo que existe). Por certo, há outras palavras empregadas como sinônimos para ilusão, tais como hipnotismo, mesmerismo, sugestão, aparência, etc. Entretanto, se pudermos captar o sentido dado à palavra REALIDADE, na Metafísica, perceberemos que é nela que devemos nos concentrar e permanecer. E, é nesse ponto que a receptividade máxima exerce seu papel precioso de permitir a revelação do que É (a Realidade, o Tudo), a qual “desfaz” a ilusão (a aceitação finita, limitada e falsa da mente humana, a irrealidade, o “NADA”, aquilo que não-é).
Por “receptividade” entendemos a condição totalmente aberta da mente, receptiva a todo descondicionamento, receptiva às revelações da Realidade, e convicta de que esta Realidade de fato já existe, pode e deve ser discernida. E, ainda mais, que a Realidade já está sendo constantemente por nós percebida!

EXISTE SOMENTE DEUS

Dárcio

Por melhor que possa ser uma leitura de artigos e livros sobre a Verdade, um ponto único deve permanecer em mente: EXISTE SOMENTE DEUS! E é este ponto que deve ser levado radicalmente em conta durante as contemplações.

Entre na “Prática do Silêncio” com perguntas do seguinte teor:

“Estou reconhecendo que nada além de Deus existe? Estou percebendo que nada há, portanto, “além de MIM”? Estou consciente de que o Universo infinito é Deus, e que, portanto, eu não existo separado de Deus? Que meu Eu se estende ao infinito? Estou consciente de que a Mente de Deus. sendo a minha Mente, é a única Mente em atividade?” Esta contemplação é um testemunho de que EXISTE SOMENTE DEUS?

A percepção destas Verdades, feita desta forma, vale mais do que mil leituras! Estudar a Verdade não é ler a Verdade, mas SER A VERDADE!

"E ONDE ESTÃO OS NOVE?"

Dárcio

Este suposto mundo visível desconhece a Realidade. Um erro comum, cometido por muitos neste estudo, costuma ser o seguinte: querer alterar o mundo das aparências através do conhecimento da Verdade. Eis por que é de importância capital a percepção da existência única da Realidade. Assim como “este mundo” desconhece a Realidade, esta, por sua vez, não reconhece nenhuma “outra” existência, denominada “mundo material”. Vivemos num Universo espiritual, e não há nenhum outro mundo além deste.
 
O capítulo 17, de Lucas, registra a passagem da cura de dez leprosos. “E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz, e caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.” (Lc 17: 15-19).
 
Em Hebreus, 11:1, encontramos: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” A Consciência divina, por somente contemplar a Realidade, dispensa todo tipo de fé. Os dez leprosos foram curados. Se apenas um foi salvo pela fé, e os outros nove? Como se curaram? A fé é dualista: admite a Realidade e a aparência. A fé produz mudança de aparência, e pode não revelar a Realidade divina subjacente à crença. O samaritano voltou para dar glória a Deus. Isto significa que ele, apesar de curado, se via como um ser apartado de Deus. Sua gratidão era por ter visto a aparência de doença ceder lugar à aparência de corpo limpo! Teria ele discernido o próprio Corpo divino e imutável, que jamais esteve doente e que, em vista disso, jamais poderia ser curado? “E onde estão os nove?”
 
Quando aparentemente nos solicitam ajuda, não devemos aceitar a existência de um ser humano necessitado. Todos os supostos solicitantes de ajuda estão em nossa Consciência iluminada. Não é preciso que eles retornem para glorificar a Deus, já que todos são a própria individuação de Deus. Apenas uma aparência do Ser divino (estrangeiro) poderia aceitar a ilusão de ter sido doente e, posteriormente, curado. Para a mente do Cristo, “os nove” somente poderiam estar em Sua própria Consciência iluminada, integrando perenemente a Onipresença e a Perfeição divinas.
 
Se percebermos que nossa Consciência única é iluminada, e que Ela abrange o Infinito, jamais aguardaremos informação sobre “resultados” de nossas supostas meditações de ajuda. Deus é Tudo; não existe o mundo das aparências com seus problemáticos “habitantes”. Onde estão, na verdade, estes seres? Em nossa Consciência crística, na Perfeição Absoluta, aqui e agora!
 
Esta passagem mostra que não devemos criticar aqueles que se sentem agradecidos pela ocorrência do que, para eles, seria um milagre. “Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.” Esta frase, como dissemos, revela que a pessoa somente pôde observar a mudança de aparência, pela fé, sem que houvesse a percepção de sua verdadeira Identidade (Deus). Obviamente, aos olhos do mundo, a gratidão sempre é incomparavelmente mais apreciada e aceita do que ingratidão ou indiferença, diante dos “milagres” ou “graças recebidas”. Entretanto, o mundo visível (com suas supostas mudanças de aparências) é NADA! Esta é a percepção que exclui a gratidão; esta é a percepção que, em si, já é a GLÓRIA DE DEUS; E, ESTA É A PERCEPÇÃO DE “ONDE ESTÃO OS NOVE”.