A QUARTA DIMENSÃO

Joel S. Goldsmith

Quando o Mestre Jesus Cristo disse: “Eu, de mim mesmo, nada posso; o Pai em Mim é quem faz as obras”; e Paulo afirmou: “Não mais eu quem vive mas o Cristo vive em mim” – revelaram a quarta dimensão da vida, na qual “não só de pão vive o homem” e nem por sua vontade, esforços ou sabedoria pessoais.

Chega um momento, em nossa experiência, em que já não somos unicamente nós (aspecto humano), senão que alargamos nossa consciência para a percepção de uma Presença interna. Este momento de transição ocorre quando esta Presença se nos torna real e assume a direção de nossa vida. A partir desta experiência, não mais ficamos “cuidadosos com a nossa vida”, porque sentimos sempre a proximidade desse Algo – que é o Cristo ou Presença divina – que harmoniza nossa experiência diária.

Nesta experiência de transição, deixamos de ser meramente seres humanos (que elaboram os próprios pensamentos, planejam as próprias vidas e resolvem seus assuntos particulares) para atingir um nível de consciência em que sentimos realmente esta Presença interior. Vivemos, então, como que separados um pouco de nós mesmos – digamos, uns dois ou três centímetros – passando a observar, como simples espectadores, o modo como estamos vivendo.

Se neste momento estamos na esfera profissional, vemos que nos chegam outros negócios dos quais não somos responsáveis – ou seja: sobre cuja realização não fizemos esforços pessoais. Se somos escritores, músicos, etc., recebemos idéias e temas com os quais jamais havíamos sonhado e que inspiradamente nos chegam do íntimo. Sabemos, então, que não os estamos gerando, mas que são dados por uma Graça interna.

Se estamos empenhados num Trabalho Espiritual, de cura ou pregação, vemos que  pacientes e estudantes nos são encaminhados, mas será o Espírito quem os sanará e ensinará. Compreendemos, então: “Vivo – mas não eu, senão que o Cristo é Quem vive minha vida. Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.”

Em tal estado, convertemo-nos no instrumento consciente de ação da Consciência divina. Então compreendemos a citação do Mestre: “Não sou eu quem faz as obras, mas o Pai que mora em mim é Quem as faz”. Jesus queria significar que de seu próprio conhecimento ou esforço ele nada podia fazer, senão que era a atividade da Verdade, em sua Consciência, que tornava possíveis os milagres de cura, de conforto ou de alimentar multidões.

Vimos a ser, pois, o veículo através do qual a vida vive a si mesma ou o mensageiro levando a divina Mensagem. Sabemos que já não estamos vivendo a própria vida, senão que a Presença e o Poder a estão vivendo, fazendo de nossa instrumentação humana o seu modo de expressão ou meio de atividade. Esta vivência nos permite entender claramente porque o Mestre disse: “Eu e o Pai somos um, mas o Pai é maior que eu”. Não que isto sugira dualidade ou separação, que seria um retorno à crença ultrapassada em um Deus separado do homem. Já aprendemos que Deus Se manifesta individualmente como Eu e Tu, o que vem mostrar que Eu Sou, Deus, embora sendo um Princípio infinito, universal, divino, da vida, aparece como eu e tu individuais, de modo que, em verdade, “Eu e o Pai somos um”: o Ser interno a exprimir-Se como o indivíduo externo.

Não obstante, todas estas colocações não passam de meras declarações da verdade, até o momento mesmo de nossa transição, em que a experiência interna converte estas idéias em verdade viva, em realidade palpável. Aí estas declarações da Verdade cedem lugar à Presença interna, que se torna uma experiência real.

Ao alçar-nos a este lugar na Consciência, em que o Cristo vive as nossas vidas, constatamos, ao mesmo tempo, que o Cristo mantém e provê nossa existência inteira, suprindo-nos vitalidade, iniciativa, inteligência, amor, persistência, valor e saúde, necessários ao cumprimento de nossas metas. Ele também nos subministra recursos materiais suficientes, reconhecimento e prestígio, já que, havendo tomado o leme de nossas vidas, pode manejar todas as coisas devidamente, na amplitude de nosso nível, promovendo a realização total de nossa vida. Ele vai adiante de nós, proporcionando transporte, hospedagem, oportunidades e êxito em tudo que empreendemos.

Aqueles que se ocupam do Ministério Espiritual logo verão que este Infinito invisível supre tudo o que é preciso para a completa manifestação da mensagem, posto que “o meu ensino não é meu, e sim dAquele que me enviou”. Tudo o que seja necessário à expressão da Mensagem e, quem quer que seja o inspirado ou Mensageiro, tenhamos a certeza de que será apoiado, sustido e suprido por Aquele que é a Fonte e a Inspiração da Mensagem.

Quer esteja no exercício de atividades comerciais, quer nas artes, numa profissão liberal ou nos deveres do lar,  a pessoa inspirada sente-se, de imediato, liberta de toda responsabilidade pessoal, na medida em que o Infinito Invisível se converte na Alma e atividade de seu ser.

Compreendamos, agora, que quando Jesus fala do Pai que está nEle, refere ao Poder e à Presença divina que lhe animaram o ser e que constituía o poder curativo, o poder que multiplicou pães e peixes, o poder que apaziguou a tempestade, o poder que ressuscitou Lázaro dentre os mortos. Da mesma forma, compreendemos o que disse Paulo, quando fala que tudo podia através de Cristo, aludindo ao Poder divino a que chamamos de “o Infinito Invisível”. Foi esse Poder que possibilitou ao “Apóstolo dos gentios” cumprir sua missão de levar a mensagem cristã ao mundo de sua época. Ele recebia desta Presença interna a força, a inspiração, a coragem e todo sustento.

“O Pai que mora em mim é Quem faz as obras” (de Jesus) e o “Cristo que me fortalece” (de Paulo) são um e o mesmo Espírito interno, a mesma Consciência da Verdade que supria o povo prometido como maná, e o guiava “como nuvem durante o dia e coluna de fogo durante a noite”, através da realização de Moisés; que aparecia como tortas assadas sobre a rocha, como corvo trazendo alimento, ou como uma viúva oferecendo alimento, através da realização de Elias; na forma de cura maravilhosa, à porta do Templo, chamada Formosa, pela realização de Pedro e João. “O mesmo Espírito que ressuscitou Jesus dentre os mortos, dará também a vida a vossos corpos mortais”.

OS EFEITOS DE CURA DA ORAÇÃO

Ann Beals


Através do nosso trabalho diário, constatando a totalidade de Deus e a perfeição do homem, rejeitando constantemente as sugestões hipnóticas generalizadas do magnetismo animal, lançamos o fundamento espiritual na consciência, o qual cura as muitas crenças universais que pretendem afetar a vida de cada um de nós: falta, discórdia, relacionamentos desarmoniosos, perda do sentido de direção e de identidade corretas, materialismo, inteligência e oportunidade limitadas, idade, doença, sensualismo, medo do futuro, falsos traços de caráter, talentos e habilidades frustradas.

Quando doença, dor, acidente, desemprego, discórdia, solidão, pesar, confusão — qualquer reivindicação específica do mal — tenta se manifestar em nossa experiência, estamos preparados para superá-la. Rejeitando-a mentalmente com vigor, e afirmando a Verdade em seu lugar, podemos lutar contra o erro até que realmente cesse de nos mesmerizar e dissolva-se no nada. A mudança mental pode ser sentida distintamente. A crença mortal não está mais lá. Nossa mente está livre dela. A cura acontece. Assim, provamos que o mal é nada. Algumas vezes sabemos que estamos curando antes que haja alguma evidência visível.

Em “Mensagens para 1901”, lemos: “O Amor divino atravessa o escuro caminho do pecado, da doença e da morte com a justiça de Cristo — a expiação de Cristo, pela qual o bem destrói o mal — e a vitória sobre o eu mortal, a doença, o pecado e a morte, se consegue segundo o modelo mostrado no monte. Isto é elaborar nossa própria salvação, porque Deus trabalha conosco até que nada reste que mereça perecer ou ser punido, e emergimos suavemente para a Vida eterna. Isto é o que exigem as escrituras — fé que corresponde com as obras.” (p.10: 20-29)

Estes trabalhos espirituais não se desdobram sempre do mesmo modo. Algumas curas acontecem rapidamente, sem esforço, até instantaneamente. Outras acontecem devagar, à medida que emergimos para fora das crenças mortais persistentes. Alguns problemas parecem quase inatingíveis pelo nosso trabalho. Nestes casos, devemos desviar a nossa atenção da evidência material e tentar compreender Deus mais profundamente. Se não cedermos ao desânimo, alcançaremos um ponto culminante e o problema ou desaparecerá subitamente ou gradualmente perderá o domínio e se dissolverá.

Em certos casos, o mal fica enraivecido com nossa luta para nos libertar e lutará para intensificar a discórdia em nossa experiência. Se isso acontece, o mal está definitivamente sentindo os efeitos de nosso trabalho. Se continuamos a trabalhar, sem receio das tentativas do mal em nos desanimar, ele desistirá e desaparecerá. Então se segue uma grande espiritualização do pensamento e a cura acontece.

Precisamos compreender a perturbação que este trabalho de oração traz ao nosso pensamento. Antes de detectar o magnetismo animal em nossa consciência, precisamos compreender que nossa mente contém uma certa estrutura de pensamento que consiste em nossa identidade humana e forma de vida. Este estado mental contém uma grande porcentagem de crenças mortais através das quais o magnetismo animal controla nossa consciência e nossa vida. Estamos acostumados a esta atmosferta mental e nela vivemos sem esforço.

Quando começamos a orar cientificamente, desafiamos o magnetismo animal e isto é uma ameaça ao seu domínio em nossa consciência. Quando a influência mesmérica do mal é descoberta, fica muito agitada e resiste à sua própria destruição. Nossos problemas podem se tornar maiores; novas tentações nos cercarão; velhas tentações ressurgirão. Este próprio período de dificuldades indica que nosso trabalho metafísico está fazendo efeito. Nossas orações estão causando uma quimicalização na consciência. O mesmerismo está sendo destruído. Se continuarmos sem medo destes desafios, romperemos as barreiras do sentido mortal e adentraremos numa compreensão maior de Deus. Esta espiritualização do pensamento renovará nossa vida, trazendo cura e regeneração.

Este trabalho de cura anula primeiro as formas mais óbvias de discórdia em nossa vida. Depois alcança mais profundamente o âmago da consciência e dissolve as formas mais crônicas de erro. Tem um efeito regenerador em toda a estrutura do pensamento.

"PERFEITOS EM UNIDADE"

Dárcio

“Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim.”
João 17: 23

A natureza impessoal de Deus, do Universo ou da Existência deve ser percebida, para que as crenças ilusórias possam ser dissipadas de um vez por todas. A mente humana está habituada a tratar os assuntos levando em consideração as pessoas. Cada um se julga uma pessoa independente! Quando algum ensinamentos é revelado, também o chamado “mestre” é visto como “pessoa”. Daí o surgimento das crenças falsas decorrentes, tais como: “Aquele ser é iluminado”, “Aquela pessoa é um Mestre”, “Aquela pessoa é muito atrasada, aquela outra é bem evoluída”, etc.

Para tirar a noção de “mestre pessoal”, Cristo disse: “Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou”; em outra ocasião, disse àquele que se referiu a ele como “bom mestre”: “Por que me chamas bom? Bom só há um, que é Deus”.

Toda revelação divina é impessoal e válida universalmente, aqui e agora, para a Existência integral! Eis por que, na citação de abertura deste texto, encontramos a fala de Jesus:

“Para que eles sejam PERFEITOS EM UNIDADE!”

Este ponto,  “PERFEITOS EM UNIDADE” , é a chave da libertação! O Universo é UM! É Verbo! É Perfeição absoluta! É eternidade! É agora! Não existem “pessoas” no Universo! Há o Verbo, sempre a PERFEIÇÃO EM UNIDADE, aparecendo COMO infinitas expressões de Si mesmo! Fazendo uma analogia, é como se, num quadro-negro, representativo do Universo Infinito, desenhássemos um círculo, um retângulo e um quadrado. Que seria a existência? O quadro-negro! Que seriam as figuras geométricas? Formas desenhadas e da mesma substância do quadro-negro, que, nele, continuam em UNIDADE. Se o “círculo” se imaginasse menos ou mais iluminado ou evoluído do que o “quadrado”, esta noção somente poderia ser vista como absurda!  O “círculo” é o “quadrado”, em termos de natureza, e o fato de ter forma distinta não o torna inferior nem superior a ele.

Uma pessoa, se esforçando para se iluminar, constitui a prática errada da Verdade. A forma correta é a Visão integral de que “somos PERFEITOS EM UNIDADE”. O Verbo, aqui onde eu estou, aparece na forma distinta como o ser que EU SOU; o mesmíssimo Verbo, aí onde você está, aparece na forma distinta como o ser que VOCÊ É! Se pensarmos no círculo sobre o quadro-negro, poderemos imaginá-lo a dizer: “Eu” sou o círculo e “você” é o quadrado! Porém, se eliminarmos as “formas”, veremos somente o quadro-negro! E, assim, este quadro-negro estaria sendo o ÚNICO a dizer: EU SOU TUDO! EU SOU O CÍRCULO, O QUADRADO, O RETÂNGULO! A UNIDADE PERFEITA!

Esta é a Visão correta! “Não existe nenhum outro ao lado de MIM”. Somos o UNO, somos PERFEITOS EM UNIDADE! Não existem pessoas! Não existe ilusão! TUDO É DEUS! DEUS É TUDO! Meditemos! Meditemos somente para reconhecer esta Iluminação Plena que temos e que já somos, pois, em virtude da Onipresença, já somos PERFEITOS EM UNIDADE!

"EU SUBO PARA MEU PAI E VOSSO PAI"

Dárcio

“EU SUBO PARA MEU PAI E VOSSO PAI”
João 20,17

“Eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”!  Que revelação! Que maravilha, se ela tivesse sido disseminada com ênfase desde que nos foi anunciada! Jesus nos mostra, mais uma vez, a unidade da Vida perfeita em Deus! Com sua visão iluminada, via-nos em igualdade com ele, como filhos perfeitos do mesmo Pai, do mesmo Deus!

Que significa “subir para o Pai”? Significa “subir” da visão humana errônea, que nos julga em graus de evolução, para a visão crística, a mesma visão de Jesus, aqui e agora disponível para todos nós! Ciente dessa acessibilidade imediata ao Pai, Jesus nos revela o processo libertador dos conceitos deste mundo, reconhecendo-se como alguém espiritualmente  igualzinho a todos nós! Assim, ao dizer que “sobe ao Pai, sobe a Deus”, confirmando que temos todos  o “mesmo Pai” e o “mesmo Deus”, ele nos impulsiona  a fazer a mesma “subida”.

“Monte”, na Bíblia, quer dizer “Altitude da Iluminação”, isto é, retrata nossa “subida ao Pai”. Eis por que Moisés recebeu os mandamentos no “Monte Sinai”, e, também, porque temos registrados o “Sermão do Monte”, o “Monte da Transfiguração”, e assim por diante. “Subimos ao Monte” quando, em oração contemplativa,  nos interiorizamos e nos desvinculamos da mente carnal, num radical reconhecimento de que “temos a mente de Cristo”, conforme nos revela Paulo em I Coríntios 2: 16,

SUBA PARA TEU PAI, TEU DEUS, MEDITANDO SILENCIOSAMENTE:

Eu subo para meu Pai,  eu subo para meu Deus. Deixo o “vale” da humanidade e subo ao “monte” da cristicidade! “Tenho a mente de Cristo”! Minha visão é iluminada! Percebo a unidade da Vida e a onipresença de Deus! Subo para meu Pai, subo para meu Deus! Na compreensão plena desta revelação de Jesus, neste Alto monte, vejo a mim e a todos, não mais como “seres humanos”, ou em “evolução”, mas como Luzes! Luzes plenas que, como raios de sol, brilham ininterruptamente com a Luz do Criador.

O QUE SIGNIFICA O NATAL PARA MIM

Mary Baker Eddy

Para mim, o Natal envolve
um segredo em aberto,
compreendido por poucos, ou
por ninguém, e inefável, exceto
na Ciência Cristã.
Cristo não nasceu da
carne. Cristo é a Verdade
e a Vida,
nascido de Deus,
nascido do Espírito e
não da matéria.
Jesus, o Profeta da Galiléia,
nasceu dos pensamentos
espirituais da Virgem Maria
sobre a
Vida e sua manifestação.

Deus cria o homem perfeito
e eterno, à Sua própria imagem.
Portanto, o homem
é a imagem, a idéia, ou semelhança,
da perfeição, ideal esse que não pode
decair de sua união inata com
o Amor divino, de sua imaculada pureza e
perfeição original.

Visto com os sentidos materiais,
o Natal comemora o nascimento de um bebê
humano, material, mortal,
um bebê nascido em uma manjedoura, em meio aos
rebanhos e manadas de uma vila da Judéia.

Essa origem simples do
menino Jesus está muito
aquém de meu senso do eterno
Cristo, a Verdade, que nunca
nasceu e
jamais morre.
Eu celebro o Natal com
minha alma, meu sentido espiritual,
e assim comemoro a entrada, na
compreensão humana,
do Cristo concebido no Espírito,
em Deus e não em uma
mulher, como sendo
o nascimento da Verdade,
o alvorecer do Amor divino,
irrompendo sobre as trevas
da matéria e do mal,
com a glória do ser
infinito.

As doutrinas e hipóteses
humanas ou a vaga filosofia
dos homens conferem
pouco resplendor divino,
pouca presença ou poder deíficos.
O Natal, para
mim, é aquilo que
faz lembrar o grande dom
de Deus, Sua idéia espiritual, o
homem e o universo,
dom esse que de tal
forma transcende o ato mortal,
material, sensual, de dar,
que a alegria ruidosa,
a ambição desmedida, a
rivalidade e o ritual
de nosso Natal costumeiro
parecem um escárnio humano,
um arremedo da
verdadeira adoração
que comemora a vinda do Cristo.

Eu gosto de observar o Natal
em quietude, humildade,
benevolência, caridade,
deixando que a boa vontade
para com o homem,
o silêncio eloqüente, a oração e o louvor expressem
minha concepção
do aparecimento da Verdade.

O esplendor dessa
natividade do Cristo
revela significados infinitos e
proporciona múltiplas bênçãos.
Os presentes
materiais e os passatempos
tendem a obliterar,
na consciência, a idéia espiritual,
deixando o indivíduo
sozinho e sem a glória de Deus.

(De O Arauto da Ciência Cristã – Dez.1995)

A MÃO DE DEUS

H. Emilie Cady

Há apenas  u`a mão no universo. É a mão de Deus. Sempre que V. tenha sentido que sua mão estava vazia, foi porque V. creu que, de alguma forma V. estava separado de Deus. V. não tem sentido, por vezes, um grande desejo de dar a alguém algo de que tenha necessidade, mas sem ser capaz de fazê-lo? “Oh, se ao menos tivesse dinheiro, como eu aliviaria a ansiedade e o infortúnio! Se estivesse em meu poder, como eu daria rapidamente uma posição lucrativa a este que precisa de trabalho, libertação para aquele que quer libertação de todos liames materiais”, e assim por diante? V. não tem freqüentemente dito: “Se eu pudesse fazê-lo, daria presenteiramente o meu tempo e os meus serviços para os outros sem qualquer pensamento de retribuição?”

De onde pensa V. que lhe vem esse desejo de dar? Da parte mortal que existe em V.? Não, não, é a voz do Dador de todas as dádivas que grita através de V. É o desejo de Deus para dar que se manifesta através de V. Ele, então, não pode dar sempre e em qualquer lugar que o deseje, sem com isso se tornar mais pobre, e, ao contrário, tornando-se mais rico? A sua mão é a mão de Deus. O nosso Pai estende suas mãos dessa maneira, Suas únicas mãos, para distribuir as suas dádivas. Nada temos a fazer com o suprimento. A nossa parte consiste apenas em transmitir a boa dádiva, livremente e sem interrupção. Isso só podemos fazer mediante uma completa consagração (até onde diz respeito à nossa consciência) de nossas mãos, de todo o nosso ser, para o serviço de Deus, o BEM-TOTAL. Quando tivermos dado alguma coisa aos outros, não mais a consideraremos como nossa, mas reconheceremos que ela lhes pertencerá. Assim, essa consciente consagração de nossas mãos a Deus ajuda a reconhecê-las como as mãos de Deus nas quais estão (e não mais “estarão”) a plenitude de todas as coisas.

Quando, pela primeira vez, o total reconhecimento da existência de uma só mão foi dado a uma certa mulher, isso foi tão real que durante horas sempre que ela olhava para a sua mão direita, parecia incapaz de fechá-la, ao que parece, por estar tão cheia, para distribuição, de todas as boas coisas. Ela disse consigo mesma: “Então se isso é verdade, eu tenho, em minha mão, saúde para dar aos doentes, alegria para dar aos enlutados, liberdade para aqueles que estão presos a cadeias, dinheiro para dar aos que dele precisam; apenas será necessário que eu mantenha a mão aberta para que todas as boas dádivas fluam para fora. Para todos os que se acercavam dela naquele dia, em necessidade de alguma coisa, ela dizia: “Aqui está justamente o que V. quer; tome-o,  regozige-se. Todas as dádivas estão em minha mão para serem dadas, — é a mão de Deus”.

E o resultado daquele dia de trabalho foi quase espantoso para ela, com tão maravilhosa presteza as exteriores manifestações dos desejos do coração chegavam a todos a quem ela dava sua palavra. Um homem idoso, que durante cinco anos tinha estado em escravidão exterior e exilado numa terra estranha, lá mantido pelas maquinações de outro, e para cujo caso nenhuma lei externa pôde ser de algum auxílio, foi posto em perfeita liberdade, com a mais completa reparação da sua reputação e conseqüente contentamento público, e isso apenas pela palavra da liberdade proferida em seu proveito por aquela mulher naquele dia. Reconhecendo a sua mão como a mão de Deus, ela disse: “Então, nesta mão, estão os papéis de libertação daquele homem”, e, mentalmente estendendo a mão para aquele homem, ela disse: “Aqui está a sua liberdade. É a dádiva de Deus, levante-se e tome-a; levante-se e caminhe; você está livre Depois disso ela deixou tudo com Ele, que invariavelmente concretiza a palavra proferida com fé, e Ele fez com que a visão daquela libertação fosse levada até o plano físico.

“Vós abristes vossa mão e satisfizestes o desejo de todas as criaturas vivas”. V. gostaria de ser capaz de fazer isso? Então mantenha sua mão aberta. Recuse-se a ser embaraçado pelo temor ou pela pobreza, pelo medo da necessidade, pelo medo de que você não será apreciado ou tratado com justiça. Caminhe distribuindo auxílio para todos os que dele precisarem. “Fale apenas a palavra” de dádiva. Será a palavra de Deus proferida pelos seus lábios, e Ele não disse: “Minha palavra não voltará para mim vazia, mas terá realizado aquilo para o qual ela foi enviada?”

Não podemos nos furtar a dar o nosso tempo, o nosso intelecto, o nosso amor, o nosso dinheiro, para aquele que deles precisar, pois a lei é que a retenção faz o homem mais pobre.

“Alguns há que espalham e, apesar disso, se lhes acrescenta mais; e outros que retém mais do que é justo, mas é para sua perda”, disse Salomão.

O suprimento é inexaurível. Seu fluxo, apenas, pode ser limitado pela procura. Nada pode embaraçar a mão que é conscientemente reconhecida como a mão de Deus em seu processo de reabastecimento, com exceção como foi o caso ocorrido com o óleo da viúva, multiplicado por Elias, quando “não houve um vaso para recebê-lo”. Que a aparente vacuidade de sua mão, em alguns momentos, não perturbe a sua fé em nenhuma ocasião. Ela está tão cheia quando V. não vê como quando V. Vê. Continue reconhecendo-a como a mão direita de Deus, na qual todas as boas dádivas, agora, se encontram. Dessa forma V. dará testemunho dEle, que disse: “Provai-me agora e aqui, disse o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, vertendo sobre vós uma bênção, de modo que não haverá lugar bastante para recebê-la”.

Certamente que Deus está nos conclamando a “elevarmo-nos ainda mais”. Para todos aqueles que diligentemente estão procurando a verdade pela própria verdade, e não pelos “pães e peixes”, nem tampouco para que possam “dar sinais” àqueles que procuram sinais, Ele está dizendo alto: “Não pensai no que haveis de comer, no que haveis de beber ou naquilo com que haveis de vos vestir. O vosso Pai sabe que tendes necessidade dessas coisas. “Buscai primeiro o Reino de Deus, e as demais coisas serão acrescentadas”. De graça tendes recebido, de graça haveis de dar. Fazei o bem e dai, nada esperando em troca, e dessa forma sereis os filhos do Altíssimo”. Deus está sempre dando, dando, dando, sem qualquer pensamento de retribuição. A doação de Deus é um perfeito fluxo do perfeito amor. Quanto mais alto nos elevamos, tanto mais seguramente pensaremos em dar e não em receber.

Sabemos agora que o dinheiro, casas, terras e todas as coisas materiais, podem chegar até nós, desde que as mantenhamos em nossos pensamentos como nossas; mas isto não é o mais elevado que Deus nos reservou. “Os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem entrou no coração do homem o pensamento das coisas que Ele preparou para aqueles que O amam” —  o quê? o “eu”? Não, apenas o amar a Ele — àquele Bem mais do que a si próprio. Jesus disse: “Aquele que tiver repudiado casa…ou terras, em meu nome, receberá cem vezes mais, agora neste momento, aquelas mesmas casas…e terras! Aqueles que tiverem repudiado, terão repudiado o eu, aqueles que ousarem deixar as suas mãos sempre abertas para seus irmãos, “fazendo o bem e emprestando, sem nada esperar em retribuição, para eles será a promessa de cem vezes mais
nesta vida.

Deus chamou-nos para sermos seus mordomos. Ele nos escolheu para que fôssemos vasos capazes de carregar o bem para outrem, e é apenas carregando para outros que nós mesmos poderemos ser preenchidos. A lei é “dai e dar-se-vos-á boa medida; recalcada, sacudida e transbordando”. Dê sem pensamento de retorno.

“Mas”, dirá alguém, “deverei dar o meu tempo, meu dinheiro e meus melhores pensamentos para os outros, sem pedir-lhes algo em retribuição? Não é justo!” Dê como Deus dá. Ele não conhece o meu e o teu. Ele diz: “Tudo o que tenho é seu”.

Procure apenas em Deus o abastecimento. Se algo lhe for retribuído, através daquele a quem V. dá alguma coisa, dê graças que assim tenha sido. Mas se nada de visível for dado em retribuição, dê graças, da mesma forma, sabendo que nenhum homem pode se interpor entre V. e o suprimento inextinguível, que é aquele que retém que é empobrecido com isso, e não aquele de quem algo é retido.

“Familiarizai-vos com Deus e ficai em paz: dessa forma o bem chegará até vós. Se devolverdes ao Todo-Poderoso, vós sereis providos, vós haveis de afastar a iniqüidade de vossos tabernáculos. Então haveis de desprezar o ouro como se fosse pó, e o ouro de Ophir como as pedras dos riachos. Sim, o Todo-Poderoso será a vossa defesa e vós tereis abundância de prata”.

Quando tivermos compreendido que Deus é o nosso suprimento e que é dEle que vem todo o nosso auxílio, não mais nos incomodaremos se o “pagamento” será dado por nossos serviços ou não. Saberemos, simplesmente, que todas as coisas agora são nossas, e da plenitude do amor haveremos de dar livremente. A mão de Deus é segura. Sua mão é a mão de Deus agora — hoje. Dê com ela, mentalmente, a todos os que o procurarem, qualquer que seja a sua necessidade. “Confiai nEle e Ele tornará isso realidade”.

"EU SOU A VIDA"

Dárcio

Enquanto cientistas no mundo despendem anos a fio pesquisando se há vida aqui ou acolá, sabemos, por revelação, que a Vida é ONIPRESENTE! A Vida que somos é DEUS! Não há um ponto em que a “Vida de “um” acaba e começa a “Vida de outro”. E não há ponto em que a Vida esteja ausente! Somos todos uma Vida ÚNICA! A Vida é impessoal, é Deus, é eterna e é espiritual! “Eu Sou a Vida”, “Eu Sou o Pão da Vida”, disse Jesus! Mas falava tendo em vista o Cristo em SI MESMO, um com o Pai,  e um conosco!

Medite! Feche os olhos para o mundo da ilusão, que pensa ver “vida aqui” e não “vida acolá”. Esta ilusão separatista é a causa do egoísmo, das contendas, dos atritos e problemas! Contemple a Vida divina ONIPRESENTE! E, como uma gota que em auto-percepção se”vê” sendo a gota e sendo o oceano, veja-se como esta Vida impessoal e infinita, o Cristo em VOCÊ! E então, jubilosamente, diga pausadamente:

EU…SOU…A…VIDA! EU…SOU…O PÃO…DA…VIDA!

Perceba-se sendo DEUS VIVENDO! Perceba que Deus vivendo é VOCÊ!

NATAL: O HOMEM-DEUS RECONHECIDO

Dárcio

Que Natal poderíamos imaginar que Jesus gostaria que comemorássemos? Um Natal a ver com presépios, participações em solenidades, cultos ou festividades humanas, somente trazendo recordações de seu nascimento em Belém? Suas palavras foram:

“Vim para que todos tenham vida com abundância!”

Se alguém não estiver “com vida em abundância”, nele não se cumpriu ainda o objetivo de sua vinda! E tal objetivo somente  pode ser alcançado com a descoberta do Reino de Deus dentro de cada um. Em resumo, esta foi a missão de Jesus: despertar a raça humana do “sonho de Adão”, revelando este  Reino magnífico que,  já presente em nós, constitui nossa própria Vida, a Eterna Vida com abundância!.

O Natal espiritual, além das comemorações costumeiras deste mundo de aparências, é um estímulo  ao seu próprio Natal, ou seja, ao seu “Renascer consciente em Deus”. Comemora-se primordialmente a compreensão da Verdade de que o homem não é matéria, nunca esteve na matéria, e nem dela  sairá um dia! Comemora-se o Fato de que VOCÊ é um HOMEM-ESPÍRITO, aqui e agora! Perfeito! Imortal! Iluminado! Eis por que Jesus endossa  “serem deuses” aqueles a quem a Palavra divina é dirigida!

Natal, portanto, não é um dia no tempo, mas “o dia” em que percebemos que o tempo não existe!

O Cristo é nascido! Nascido em VOCÊ! Ou melhor, VOCÊ é “renascido” em Cristo! Natal é a conscientização de que VOCÊ já é um Ser de natureza infinita! O “Cristo”, um Homem-Deus reconhecido!

Ao se IDENTIFICAR com este Ser Divino a que estamos aqui nos referindo,  VOCÊ estará  comemorando o SEU Natal!

FELIZ NATAL!

QUEM SOU EU, PARA DIZER: "EU SOU DEUS"?

Dárcio

É comum encontrarmos esta reação: “Quem sou eu, para ser Deus?”, quando os princípios espirituais são revelados. A dificuldade de aceitação se deve ao seguinte: a revelação não se dirige à mente humana, mas à Essência de nossa Vida, que é a Vida infinita, onipresente, indivisível e impessoal: DEUS!

A mente humana nada tem de Deus; tampouco tem algo de Deus a aparência humana de nosso ser. Esta última é ilusão gerada pela primeira, que é também ilusória. É como no hipnotismo: se a pessoa for hipnotizada para engatinhar como bebê, apesar de ser adulta, fará a ação correspondente à sugestão hipnótica apresentada. Uma ilusão estaria “criando” a ilusão seguinte!

Cristo revelou a natureza divina de nós todos. Não somente Cristo, mas todos os iluminados! A maioria permanece desconfiando ou desacreditando da Verdade. Mas a Verdade É! Aceita ou não, Ela É!

Cristo disse que “o conhecimento da Verdade nos torna livres”. Significa que ele sabia que tudo o que as pessoas vinham aceitando era uma MENTIRA! E a aceitação da mentira precisa ser trocada pela Verdade, é óbvio! É o que ele chamou de “nascer de novo”.

A profusão de profecias que circulam por este mundo são uma prova de que “a matéria é aceita como realidade”. Não existem profecias em Deus! Não existem profecias de Deus referentes a um mundo que Deus desconhece! “O Meu reino não é deste mundo”, disse Cristo! Enquanto as pessoas não se dedicarem a “buscar o reino real” dentro delas, continuarão à mercê de todo tipo de crendice ilusória! O processo de conhecimento da Verdade é radical, puro e simples, mas exige tomada de decisão e dedicação.

Observemos as elevadas palavras de Vivian May Williams, no trecho abaixo transcrito. Que sejam analisadas com a profundidade que merecem! Deus é TUDO, e não “quase-TUDO”.

“Não podemos mais declarar que “Tudo é Espírito” e deixar  fora a manifestação chamada “matéria”. Declarar que “Espírito é Verdade imortal; matéria é erro mortal”, não constitui a ciência do ser. Uma coisa, para ser científica, deve estar baseada em fatos. Aceitar o Espírito como a substância invisível ou essência de todas as formas, e então declarar que as formas são “materiais” e errôneas” é certamente uma crença de que o Espírito Se manifesta em “matéria”; tais crenças falsas prendem os indivíduos e lhes dão um senso de dualidade, em vez de um entendimento da Unicidade.

A menos que encaremos céu e terra juntos, em Consciência, para assim tê-los como uma unidade, a metafísica não será nem mais nem menos do que uma teoria. A única prova, ou demonstração, que dispomos, é através das manifestações ou formas.

Muitos instrutores e praticistas ignoram as manifestações como “erro mortal” e, ao mesmo tempo, dão tratamento a seus pacientes para criar dinheiro, casas, terras, e toda forma visível de manifestação. Se for errado ter um “corpo físico”, então é igualmente errôneo, para um praticista, tratar ou orar para que alguém apresente um corpo saudável. Todo praticista que acredita na “matéria” é uma “casa dividida contra si mesmo”, se estiver orando para melhorar “matéria”.

Se a “matéria” é nada, como poderia ser melhorada? Porém, se não existe matéria e tudo é Espírito, prontamente ficará entendido que alguém terá suas preces atendidas tão rapidamente quanto lhe seria possível resolver um problema de matemática. Assim como a resposta a cada problema de aritmética está estabelecida no princípio da matemática, antes que você comece a utilizar os números, também cada problema da existência humana tem sua resposta estabelecida no Princípio, antes mesmo que você comece a orar. “Antes que clamem, responderei”.

Se Deus é a Vida única onipresente, e se VOCÊ está vivo, VOCÊ É O QUÊ?

"SEM O VERBO NADA DO QUE FOI FEITO SE FEZ"

Dárcio

Há séculos que o mundo religioso vem declarando: “Teu é o Reino, o Poder e a Glória para sempre”, referindo-se a Deus. Mas, na prática, a vida parece contradizer a Verdade tão repetida. Tudo porque a idéia de que algo além do Verbo, chamado “matéria”, está realmente existindo. Alguns ensinamentos chegam a dizer que “a matéria existe”, mas é irreal no âmbito de Deus. Entretanto, esta meia-verdade acaba dando ênfase àquilo que é ilusório. Que é “ilusório”? Tudo que não for “Verbo”; tudo que aparentar ser algo “além de Deus”.


“Todas as coisas foram feitas por Ele (Verbo), e sem Ele nada do que foi feito se fez.”
(João 1;3).

Que maravilha, quando esta revelação é aceita sem reservas!

Alguns estudam a Verdade com a intenção de dominar males físicos. Outros pensan em construir um “paraíso terrestre”. A real necessidade é CONHECER A VERDADE! O conhecimento nada melhora e nada constrói! Mas revela o Reino verdadeiro do Espírito, perfeito, perene, imutável, que aparenta ser oculto simplesmente por fugir do alcance da mente humana.

Despertar para a Verdade, portanto, é perceber a existência única da Mente de Cristo emVOCÊ, como disse o apóstolo Paulo. Esta Mente divina, em expressão, é o Verbo, é Deus aparecendo como Sua própria “idèia”, numa perfeita UNIDADE de variedades infinitas de formas espirituais.

Bem e mal relativos são irrealidades, inexistências, jamais “criados”, sendo, portanto, sem VERBO! Isto porque “sem o Verbo nada do que foi feito se fez”. A errônea admissão da existência de algo além de Deus, bom ou mau, gera a ilusão de que a “mente humana” pode melhorar o mundo, acabar com os males, pecados, doenças,  mortes etc…

A PERCEPÇÃO DE QUE A MENTE É DEUS, DE QUE TUDO É DEUS, REVELA A VERDADE:
TUDO JÁ É PERFEIÇÃO ABSOLUTA!

Suponhamos que alguém queira curar uma doença. Se partir da crença de ser ela  real, e que Deus irá curá-la, este enfoque poderá se mostrar frustrante! Que diz a Revelação? DEUS, VERBO, É TUDO! Portanto, não somente a doença é irreal, mas todo o “quadro da humanidade” é irreal! Eis  porque a Bíblia diz que “todo que é nascido de Deus vence o mundo”.

“Nascido de Deus” é o ser reconhecidamente dotado da Mente de Cristo! Estas Verdades chocam o intelecto; desse modo, muitos autores procuram “amenizá-las” usando textos ou linguajar mais leves. Porém, ao afirmar,  “o meu reino não é deste mundo”, Jesus revelou a Verdade de que o universo único,  aqui presente, é uma Realidade divina!

Se nada foi feito “sem o Verbo”, não há males a serem combatidos, mas sim uma gloriosa Perfeição a ser contemplada e reconhecida como onipresente.   Esta é a visão do “Olho Simples”, citada por Cristo. E este é o objetivo das meditações contemplativas! Fazer com que as aceitações humanas cedam às Verdade divinas reveladas! Fazer com que VOCÊ perceba O VERBO sendo a “sua” TOTALIDADE!

O Universo é real: é Bem absoluto, uma Autoexpressão do Verbo. Você precisa, nesta percepção, incluir especificamente a sua identidade global: Espírito, Mente e Corpo, isto é,  admitir que a natureza  universal de Deus é a natureza integral do seu Eu individual.

A Mente divina é a sua Mente, a natureza do Verbo é a Substância do seu Corpo. Conhecer a Verdade significa perceber com clareza esta Onipresença de Deus, em que VOCÊ, agora, é  INCLUSO.

QUE É A METAFÍSICA ABSOLUTA – Cap. 6

Dárcio

Capítulo VI
COMO ESTUDAR O ABSOLUTO

O Universo infinito é Deus. A premissa básica de nosso estudo diz que Deus é Tudo. Assim, nada há em existência que seja dessemelhante de Deus. A natureza de Deus é a natureza de toda a existência. Quando estudamos, fazemos primeiramente este reconhecimento, que deverá ser acompanhado de nossa total e incondicional identificação com esse Infinito Perfeito, a que é dado o nome de Absoluto, Deus, etc.

Algo imperceptível à mente humana está infinitamente presente e expresso. O Universo é a evidência dessa expressão. Seria esta explanação uma teoria? Outra pergunta: esse enfoque traria melhorias visíveis à nossa vida? A Verdade –diferente de uma teoria –não é idéia engendrada pela mente humana. A Verdade é o FATO ESPIRITUAL incontestável. Mudam as teorias, o FATO ESPIRITUAL permanece incólume, onipresente. Que FATO? O de que Deus, o Espírito, o Absoluto, é TUDO! Se o TUDO é imperceptível à mente humana –mas EXISTE, é REAL e é TUDO –, cabe-nos abrir mão de tudo que a mente humana nos mostra, para “percebermos o imperceptível”. Tal percepção não é feita pela mente humana, mas uma Auto-percepção divina, que é por nós reconhecida como presente, aqui e agora, como o Universo real e como nossa Identidade real, que é Deus. Nesta visão, “Eu e o Pai somos um”, e esta deve ser a nossa visão permanente.

Se tudo é Espírito, cada um de nós é esse Uno SENDO. Desse modo, nossa Visão é reconhecidamente espiritual, é Auto-contemplativa.

O Tudo vê o Tudo; o Espírito infinito vê a Si mesmo aqui e agora, consciente de que TUDO é AQUI e TUDO é AGORA. Temos assim o AGORA da ETERNIDADE, objeto único de atenção para quem a este estudo se dedica.

As melhorias visíveis, decorrentes de nossa dedicação às meditações contemplativas, são chamadas por Cristo de “bens vindos por acréscimo”. Quem os estaria vendo? Todo aquele preso à ilusória mente humana e seu conceito material de mundo! Na verdade, os “bens vindos de acréscimo” não existem e nunca existirão como realidades. Como poderia Deus, o Espírito infinito em expressão, ceder parte de Si mesmo, de Sua Infinitude, para que um “bem material” pudesse “vir por acréscimo”? Impossível!

Entendamos com clareza em que consiste este estudo: com o reconhecimento de que nossa Visão é espiritual, contemplamos, com os “Olhos da Alma”, o Agora atemporal perfeito e completo. Contemplamos o Agora da Eternidade, e esta Visão correta, traduzida pela mente humana, “surge” como melhorias visíveis àqueles que não se identificaram por completo com a Mente do Absoluto. Em outras palavras, o nosso reconhecimento da IMUTABILIDADE da Perfeição produz, na crença humana coletiva, uma “miragem de suprimento”. O que para a Mente absoluta sempre esteve presente, para a finita “mente humana” surge como aparência de algo ausente que se tornou presente. Jesus, para explicar este fenômeno, disse que “as coisas nos são acrescentadas”. Precisamos manter a Visão espiritual, para não sermos iludidos por tais “efeitos” hipnóticos enganadores. O mesmo se dá conosco: pela permanente Visão correta de que Deus já é nosso Ser perfeito, exatamente agora, a “mente humana” passa a traduzir esta Verdade através da“miragem” chamada evolução.

NÃO ATRIBUA PODER AO "TEMPO"

Allen White

Através dos anos, você provavelmente deve ter repetido incontáveis vezes: “Deus é a única Presença e Poder”. Se levar as palavras à risca, terá eliminado a possibilidade de haver qualquer outra presença ou poder, inclusive a presença do tempo e o poder do tempo. Que  está impedindo-o de atuar plenamente como sua Identidade Crística? Não seria por você atribuir presença e poder ao tempo-inexistente, pensando: “Preciso me elevar à minha Identidade do Cristo”, “Preciso evoluir mais”? Meu caro, progresso e evolução se baseiam no tempo, e o tempo não existe como Presença ou Poder.

DEUS É A ÚNICA PRESENÇA E O ÚNICO PODER! Deus, sendo a única Presença e o único Poder deste EU SOU que VOCÊ É, é o Cristo. Você não percebe que  já É o Cristo exatamente AGORA? Não vê que  INEXISTE qualquer poder ou presença impedindo-o de atuar como o Cristo exatamente AGORA? Não vê que Deus, sendo VOCÊ, é a totalidade de seu ser exatamente AGORA? Saiba, neste instante, que não existe poder algum causando-lhe impedimento. DEUS É TUDO.

A INTELIGÊNCIA INFINITA SENDO TUDO

( Ponto de Partida do “tratamento espiritual”)

Alfred Aiken

Não, a Infinita Inteligência nunca “pensa” em Si mesma como sendo humana; mas, creia-me, se você começar por assumir que você é humano, terá naturalmente que  assumir também que o  corpo é  inteligente, que ele pode pensar, que o nariz pode cheirar, que seus olhos podem ver, que sua língua pode degustar, e que suas mãos podem tocar e sentir. Isto não é Verdade, não é verdadeiro.

Sua língua, de si mesma, nunca degustou, seus olhos nunca viram, seu nariz nunca cheirou, e seus dedos nunca tiveram sensação. Somente a Consciência é percepção; somente a Consciência pode perceber. Quando você “inicia” unicamente com a Consciência, não estará olhando para órgãos, para o corpo, como se eles pudessem lhe dizer alguma coisa, ou fazer algo por você, assim como você não olharia para uma folha branca de papel esperando que ela lhe dissesse como é o perfume de uma rosa.

Se sua vista parecer estar ruim, e você  “estiver” com “olhos com problema”, tentando curá-los, não terá sucesso. Porém, se você começar admitindo a Inteligência Infinita como Tudo, a única Eu-Presença, poderá, subitamente, verificar que seus olhos estão vendo melhor do que nunca. Isto funciona em qualquer tipo de caso. Jamais lide com problemas ou em problemas, mas “inicie” com Tudo como Tudo, o Único; e então,  não haverá nenhum espaço, nem identidade para ter um “problema”.

FIM DE ANO

Mr.LopesLima

O fim de ano está ai. É praticamente impossível não notá-lo, pois num contexto moderno que vivemos, estamos expostos a todo tipo de informação, tais como: TV, Rádio, Internet, Outdoors e carros por todo o lado, com aqueles gritantes-falantes anunciando promoções sem fim.

O que pude observar ainda é o movimento familiar das tradições de fim de ano; já inventaram uma doença chamada “stress de natal”, que pode ser notada em indivíduos que com a chegada de dezembro, começam a sentir o “stress preocupacional”, devido ao que será feito no fim de ano: compra de presentes, pagamentos de carnês atrasados, negociações, financiamentos novos, preparo da ceia, a quem convidar , etc. Tudo meramente humano e “normal” para a sociedade humana.

O que não percebemos, devido ao grande número de distrações dessa época natalina, é a real necessidade de tudo isso. Porque é muito comum esquecermos que a vida humana continuará do mesmo jeito, com festas ou não. Este momento de fim de ano tem um valor importantíssimo, que nós mesmos deturpamos com nossas comemorações.

É um excelente momento para nos interiorizarmos e  nos conhecermos melhor, pois, isto é o que nos interessa. Através desta procura interna, podemos nos tornar melhores, nos elevarmos e vencermos essa barreira mental, que insiste em nos tornar menores com as disputas sobre quem vai fazer a melhor festa, quem vai enfeitar melhor a casa, quem vai dar o melhor presente… A lista é interminável, mas a nossa possibilidade de melhorar é maior.

Somos seres criados por Uma e Única Verdadeira Força ou Poder; uns chamam-no de Pai Celeste, outros de Deus, Jeová, Yaveh, Energia Suprema, enfim, na metafísica absoluta só existe Deus e só Deus É… E esta Onipresença está em todos, principalmente em nós, que muitas vezes nos julgamos separados de Deus, nada mais impossível.

Então, neste fim de ano, que tal aproveitarmos as festas e brindarmos a felicidade de todos, exaltar a alegria da reunião com a família e com os amigos e pedir a esse Pai Onipresente, que está no meio de nós, que nos dê a oportunidade de perceber a Sua Presença dentro de nós, de nossa família, de nossos amigos, da nossa natureza. Pedir que possamos amar e perdoar a todos sem distinção, vencendo nosso orgulho e timidez., cumprindo assim o grande mandamento: “Amarás a teu Deus de toda a tua alma e de todo o teu coração”.Porque assim, percebendo a presença divina em cada um daqueles que nos rodeiam, estaremos cumprindo esse mandamento, que é o maior de todos.

Feliz Natal!

ESTAMOS ONDE DEUS ESTÁ

Lillian DeWaters

Auto-Conhecimento tem sido sempre o tema dos Iluminados, que sabem e ensinam  “Deus e o Eu” como sendo Um. Enquanto alguém acreditar estar separado de Deus, irá permanecer um mortal para si mesmo. Mais cedo ou mais tarde, cada um terá de se livrar da hipotética mente própria sua, e se volver incondicionalmente a Deus — identificando-se unicamente com Deus.

Deus é Mente. A Mente jamais pode estar destituída de Si mesma. Deus é Amor. O Amor não pode estar divorciado de Si mesmo. O lugar onde estamos é o lugar onde Deus está. Deus é Sua própria segurança, Sua própria paz. Tudo em Si mesmo é integralmente sustentado por Ele. Seu inteiro Universo de Perfeição e “Completeza” está nEle, e Ele no Universo. Deus é Sua própria Iluminação, Sua própria Revelação, Seu próprio Céu!.

HARMONIA NO CÉU, HARMONIA NA TERRA


Dárcio

Numa conta que fizemos errada, o erro some assim que é descoberto e o resultado certo posto em seu lugar. A Ciência Mental trabalha lado a lado com a Ciência Espiritual. Somos o ser perfeito, eterno e imutável, gerado do Verbo e , portanto, à Imagem do próprio Deus. As obras divinas são permanentes! Se, no contato do dia-a-dia, nos vemos usando a mente humana, por estarem nela os conceitos do bem e mal, numa crença que não é sua nem minha, mas sim coletiva, isso pode fazer surgir  situações ilusórias de desavenças, e que são todas imagens FALSAS! Portanto, atenha-se profundamente à sua identidade real, que é ser o Cristo, enquanto, ao mesmo tempo, utiliza os artifícios da terapia mental, ou seja, a gratidão, o perdão ou a reconciliação com todos os seres de seu contato. Desse modo, estará reconhecendo a harmonia no “cèu da essência”, e também,  a harmonia na “terra da aparência”…

O importante é saber que  VOCÊ jamais deixou, realmente, de estar na condição eterna de absoluta perfeição! Isto o fará enxergar claramente que também o “outro”, com quem supostamente pareceu ter havido algum atrito,  é tão perfeito como VOCÊ! Esta conclusão desarticula o QUADRO ILUSÓRIO da crença coletiva! Por isso, Jesus disse: “Sede perfeitos como perfeito é o Pai celestial”. Ele sabia, e sabe, que a PERFEIÇÃO é o estado permanente de nosso ser. Do SEU ser e do ser de TODOS com quem VOCÊ possa estar convivendo em qualquer tempo ou lugar!

NÃO HÁ OUTRO, SENÃO DEUS

UNIDADE

A afirmação do título é repetidamente mencionada na Bíblia. Se é, pois, verdadeira, podemos afirmar com toda a convicção:

Não há outro, senão Deus, seja em mim, seja em meu mundo. Portanto, existe somente o bem, somente a luz, somente a vida, somente a sabedoria e inteligência, somente a segurança, a alegria, a paz e a beleza, em mim e em meu mundo.

Não há outro senão Deus em meu lar. Portanto, aqui em casa há somente beleza e paz e calor e fartura e amor.

Não há outro senão Deus em meus entes queridos. Por conseqüência, neles há somente beleza, saúde e fortaleza. Neles há somente inteligência e sabedoria, somente alegria e paz. Há somente proteção para eles.

“Pois assim como o homem pensa (acredita) em seu coração, assim ele é”. Logo, quando acreditamos que não há outro senão Deus, então vivemos plena e livremente, cheios de alegria e livres de temores!

“Certamente Deus está em ti, e não há outro deus”.

ISAÍAS, 45: 14.

O NOVO HORIZONTE

Joel S. Goldsmith

O sentido que apresenta quadros de discórdia e desarmonia, doença e morte, é o mesmerismo universal que cria todo o sonho da existência humana. É preciso haver um entendimento de que, tanto uma harmoniosa existência humana como a mais discordante das condições do mundo, ambas são igualmente irrealidades. Deve ser percebido que todo o cenário humano é uma sugestão mesmérica, e que devemos nos elevar acima do desejo de vivenciar inclusive as boas condições humanas.

Compreendamos, integralmente, que uma sugestão, crença ou hipnotismo é a substância ou alicerce de todo o universo mortal, e que as condições humanas, boas ou más, são quadros semelhantes aos de um sonho, sem qualquer realidade ou permanência. Fiquemos desejosos de que desapareçam de nossa experiência tanto as condições harmônicas como as desarmônicas, a fim de que a Realidade possa ser conhecida, desfrutada e vivenciada.

Acima deste conceito de vida, existe o Universo do Espírito, governado pelo Amor, povoado pelos filhos de Deus que vivem no templo da Verdade. Este mundo é real e permanente: Sua substância é Consciência eterna. Nele não há percepção alguma de discórdia e nem mesmo de bem material ou temporário.

O primeiro lampejo da Realidade – do Reino da Alma – surge com o reconhecimento e conscientização do fato de que todas as condições e experiências temporais são frutos de auto-hipnose. Pela conscientização de que o cenário humano inteiro, com seu bem e seu mal, é ilusão, surge o primeiro clarão e experiência do Mundo da criação de Deus e dos filhos de Deus que habitam o reino espiritual.

Agora, neste momento de elevada consciência, somos capazes, embora vagamente, de contemplar a nós mesmos como livres de leis humanas, mortais, materiais e legais. Vemo-nos separados e apartados da limitação dos sentidos, e em certa medida captamos as ilimitadas fronteiras da Vida eterna e da Consciência infinita. Os grilhões da consciência finita começam a cair; os rótulos começam a desaparecer.

Passamos a não mais ficar com o pensamento preso à felicidade ou prosperidade humanas; tampouco ficamos preocupados com saúde ou lar. A visão “maior, mais grandiosa” chega ao foco. A liberdade do ser divino se torna aparente.

A experiência, a princípio, assemelha-se a olharmos o mundo desaparecer no horizonte e desabar à nossa frente. Não há apego a este mundo, nem desejo de a ele nos agarrarmos, provavelmente porque, em grande extensão, a experiência não ocorre antes que dominemos grande parte dos desejos pelas coisas “deste mundo”. De início não podemos falar dela. Há uma sensação de “não me toques, porque ainda não subi para meu Pai” – ainda estou entre dois mundos; não me toque nem me faça falar sobre ele, pois poderei ser puxado de volta. Deixe-me ficar livre para a ascensão, e então, quando estiver completamente livre do mesmerismo e seus quadros, direi a você sobre muitas coisas que olhos não viram e ouvidos não ouviram.

Uma ilusão universal nos prende à terra , às condições temporais. Conscientize isto, compreenda isto, pois somente através dessa compreensão poderemos começar a soltar suas amarras sobre nós.

Quanto mais fascinados estivermos pelas condições humanas boas, e quanto mais desejos demonstrarmos pelas boas coisas da matéria, mais intensa será a ilusão. À medida que nosso pensamento habitar em Deus, nas coisas do Espírito, maior liberdade de limitação estaremos conquistando. Paremos de pensar tanto nas discórdias ou nas harmonias deste mundo. Paremos de temer o mal e de amar o bem da existência humana. Na proporção com que assim fizermos, estará a influência mesmérica deixando a nossa experiência. As amarras terrenas começarão a desaparecer; as algemas da limitação começarão a ruir; as condições errôneas darão lugar à harmonia espiritual; a morte abrirá caminho para a vida eterna.

Nosso primeiro lampejo de que o paraíso está aqui e agora marca o início de nossa ascensão. Esta ascensão é, então, entendida como uma escalada acima das condições e experiências “deste mundo”, e ficamos aptos a observar as “várias moradas” preparadas para nós na Consciência espiritual – na percepção da Realidade.

Não ficamos restritos à evidência dos sentidos físicos; não ficamos limitados ao suprimento visível; não ficamos circunscritos às fronteiras visíveis; não ficamos presos aos conceitos visíveis de tempo e espaço. Nosso bem estará fluindo do Reino invisível e infinito da Alma, do Espírito, para nossa imediata apreensão. Deixemos de julgar o nosso bem em função de quaisquer das chamadas evidências sensíveis. Dos mananciais tremendos de nossa Alma surge a percepção instantânea de tudo que podemos utilizar para termos uma vida com abundancia. Nada de bom fica-nos retido, quando olhamos acima da evidência física diretamente para o grandioso Invisível. Erga os olhos! Erga os olhos! O Reino dos céus está próximo!

Eu estou rompendo o senso de limitação para você, como uma evidência de Minha presença e de Minha influência em sua experiência. Eu, o seu Eu, estou em seu âmago, revelando a harmonia e a infinidade da Existência espiritual. Eu, o seu Eu, e nunca um conceito pessoal de “eu”; nunca uma personalidade –, mas o Eu de seu próprio ser, estou sempre com você. Erga os olhos!

DEUS É AMOR!

Joel S. Goldsmith

Deus é Amor. Que podemos, eu e você, fazer para mudar a natureza amorosa de
Deus? Poderíamos mudar nosso amor pelos filhos, casos nos fizessem algo
desagradável? Claro que não. Se humanamente somos capazes de amar nossos
filhos, mesmo quando não merecem, QUANTO MAIS AMOR o Pai Celestial está
emanando constantemente para nós!

Pode você aceitar a Verdade de que DEUS É AMOR, não apenas quando você é digno,
mas também quando se comporta inadequadamente ? Pode admitir que DEUS É AMOR,
e que Sua chuva cai igualmente sobre justos e injustos? Jesus
alguma vez negou conceder o bem ou a  cura a alguém, pelo fato de ser um pecador? Porventura perguntou alguma vez, às multidões, se eram pessoas boas? Ou se esbanjavam ou
economizavam o seu dinheiro? Quando ressuscitou o filho da viúva, teria
perguntado se o moço havia sido moral ou imoral, honesto ou desonesto? Ou
simplesmente o ressuscitou, destruindo a crença coletiva na morte? Todos
conhecemos a resposta. Em nenhuma ocasião Jesus recusou cura, suprimento,
perdão, reforma ou restauração a alguém, por temporária crença no mal.

O princípio é este:  uma vez que DEUS É AMOR, nosso bem deve ser infinito,
sem nenhum “SE” ou “MAS”, porque a Graça de Deus não depende de algo que você ou
eu façamos ou deixamos de fazer. A Graça de Deus não pode ser retida. Embora
possamos ligar ou desligar a eletricidade, abrir ou fechar a torneira, não
podemos abrir ou fechar o fluxo de Deus. DEUS É, e DEUS É AMOR em toda
plenitude.

ASCENSÃO E EVOLUÇÃO

Dárcio

Quem estuda a Verdade parte do Absoluto, da Essência imutável, de Deus, o Verbo, sendo aceito realmente como Tudo! Sempre falo que “Ascensão” é subir “de cima para baixo”, exatamente para frisar bem o ponto de que a suposta “queda do homem” é mera fantasia da mente ilusória; mero fruto ilusório do pai-da-mentira.

Quando João descobriu sua comunhão com Deus e com Jesus Cristo, segundo ele, descobriu “o que era desde o princípio”. Jamais havia deixado de ser! João prosseguiu, dizendo: O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também mantenhais comunhão conosco, e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (I João 1-3).

Descubra o mesmo VOCÊ,  e permaneça no “que era desde o principio”, ou seja, VEJA-SE AGORA em Unidade com Deus e VEJA-SE totalmente resplandecente com SUA  PRÓPRIA LUZ!

Esta “percepção” é sua ASCENSÃO! O discernimento do EU REAL que VOCÊ já era, é e será! Jamais este SER DIVINO sofre “queda”! Jamais sofre modificações! Jamais está na suposta “matéria”. Jamais nasce, jamais adoece, jamais morre!

Enquanto o Ensinamento Iluminado afirma esta sua posição eterna em Deus, descartando por inteiro a suposta “mente humana”, outros caminhos partem da “escuridão”, de sua cega visão da Existência! São estes caminhos que fazem a humanidade passar por tamanhos pesadelos ilusórios; são eles que pregam sempre o “eu serei”. Eles buscam convencê-lo a “evoluir” justamente a mente que é ILUSÓRIA! Entenda: todos os caminhos são vãos, exceto o únco! O “Eu Sou”.

EU SOU O CAMINHO…disse Jesus! Não falava de sua pessoa, mas do Cristo presente em cada um!Do Cristo que é VOCÊ! Aquele que descartar o suposto “eu humano”, com a “crença no tempo, e toda a sua “farsa evolutiva”, poderá, aqui e agora, discernir o mesmo que João:

O EU que EU SOU, e que era DESDE O PRINCÍPIO, é o EU que EU SOU, aqui e agora, em comunhão com o Pai, com Jesus Cristo e com todos os “ramos iluminados” da VIDEIRA ETERNA!

Contemple esta Verdade em quietude e em silêncio! Permaneça “ascensionado” no TUDO, sem jamais pretender “evoluir” (evolver) no NADA!