A ILUSÃO COMO NADA

A ILUSÃO

COMO NADA

Joel S. Goldsmith

Tivemos, sobre a face da terra, pessoas espiritualmente iluminadas que perceberam que não existe morte; algumas perceberam inclusive que não há nascimento. Há aquelas que discerniram a inexistência da doença sobre a terra, e que não há realidade alguma em quaisquer destas aparências negativas. No início, Buda fundamentou a sua revelação inteira não sobre aquilo que Deus é, mas sobre aquilo que o erro não é. A revelação que lhe veio quando meditava, foi que a totalidade destas aparências eram ilusão, e não realidade; que não estavam se dando no tempo ou espaço, mas ocorrendo somente num conceito mortal universal. Jesus teve a mesma percepção, pois olhando para Pilatos, disse: “Não terias poder algum”, embora todas as aparências testificassem o fato de ser ele o legislador e, portanto, alguém dotado de todo poder naquela região. Jesus foi capaz de olhar toda doença e dizer: “Qual é o teu impedimento? Levanta-te, toma teu leito e anda”. E foi capaz de olhar para o pecador e dizer: “Nem eu te condeno”. Eu não penso que Jesus tivesse condenado o pecado. Ele reconhecia que o pecado, como pecado, não existia.

Muito pouco deste princípio veio à luz nos anos seguintes, embora alguns místicos maravilhosos tivessem estado na terra, atingindo a consciente realização de Deus, a unicidade consciente com Deus, a união consciente com Deus; porém, em suas revelações, não perceberam que acusar a Deus por causa daqueles erros era tornar Deus responsável por eles, era fazer deles realidade. Assim, tivemos muito pouco sobre o assunto, até surgir a obra Ciência e Saúde original. Nela, tornou-se claro outra vez, e pela primeira vez em séculos, que Deus é o único Poder e que estas aparências de discórdia não têm realidade.

A Sra. Eddy reuniu todas as discórdias que, juntas, recebeu o nome de “mente mortal”; depois, explicou que “mente mortal” não era alguma coisa, mas tão-somente um termo para designar o “nada”. Alguns de seus primeiros alunos, e eu pude conhecer dois deles em Boston, foram maravilhosos sanadores, sem mesmo possuir profundo conhecimento de religião ou da Ciência Cristã. Foram, porém, sanadores grandiosos pelo fato de terem captado este ponto único; assim, fossem quais fossem os problemas a eles trazidos, apenas sorriam e reconheciam: “Mente mortal”, significando, para eles, o “nada”. Conseguiam se voltar daquilo sem reagir, sem temer, sem se proteger, apenas devido à percepção de que tudo que se lhes apresentasse como pessoa ou condição malignas poderia ser englobado naquela terminologia: ”mente mortal”. E a expressão “mente mortal” era apenas um nome, não uma condição, uma pessoa, ou uma coisa, mas meramente um nome, utilizado para designar o “nada”.

Assim como este ensinamento ficou perdido, após a geração de Buda, também se perdeu provavelmente pela metade, na Ciência Cristã. Alguns ainda há, que captaram este ponto, porém, não muitos. Nos dias de Buda, o erro foi este, que aqueles não próximos ao mestre original tomaram a palavra ilusão e a externaram. Diziam que pecado, doença e morte eram ilusão; porém, que deveriam “se livrar da ilusão”. No sentido original, revelava-se que tudo era ilusão, uma imagem mental do nada. Tudo era uma ilusão no pensamento, uma imagem mental, sem substância, sem realidade. Não passava de uma crença infundada sobre algo; um simples boato. Porém, os hindus passaram a chamar este mundo de maya, de ilusão, e o descartaram; ora tentando escapar dele pela morte, ora ignorando-o. Bem, a Índia não é um bom exemplo de uma fé verdadeira, de uma fé em continuidade. Contudo, os Cientistas Cristãos, muitos deles, cometeram o mesmo erro. Deixaram o hábito de dizer, “estou com resfriado, estou com gripe”, para dizer, “Eu tenho uma ilusão; você ajuda-me a ficar livre dela?” Ou, ainda, “Você me protegerá ou me fará um trabalho de proteção da ilusão?” Ora, um praticista poderia estar tão ocupado em Boston, às quartas e domingos, que ele não teria nada a fazer, senão sentar-se dia e noite e fazer trabalho de proteção do inimigo.

Tudo isso retorna à natureza inata, humana, que realmente acredita em dois poderes, o poder do bem e o poder do mal, chamado o poder de Deus e o poder de Satanás, ou, em filosofia, bem e mal, ou, na metafísica, imortal e mortal: sempre um par de opostos), em vez de se encarar um deles como “tudo”, e o outro como” nada”, uma ilusão, maya, um falso conceito de algo, uma ignorância de algo.

*

NUNCA PEÇA PARA O DIA DE AMANHÃ

NUNCA PEÇA

PARA O DIA DE AMANHÃ

Irene S. Bowker

Os haitianos têm o seguinte provérbio: “Atrás de uma montanha está outra montanha.” Talvez esse dito indique uma maneira prática de encarar os obstáculos que necessitam ser suplantados no futuro. No entanto, há muita gente que sente uma certa preocupação de encarar os obstáculos e até mesmo medo de nunca ser capaz de se libertar deles e não conseguir progredir. Quando nos sentimos assoberbados, às vezes temos a tentação de adiar as questões, dizendo para nós mesmos: “Tratarei disso amanhã”, com a vaga esperança de que a passagem do tempo facilite de algum modo a resolução dum determinado problema.

São atitudes como essas que pretendem impedir-nos de reconhecer o bem sempre presente. Na minha vida muitas vezes fui movida a mudar de perspectiva, adotando uma visão espiritual que me ajuda a ver mais facilmente a incessante e invariável continuidade do bem.

Poderemos ter certa dificuldade em compreender esse conceito, se nos consideramos mortais isolados, automotivados e à mercê do acaso. Essa maneira de encarar as coisas debilita nossas possibilidades de resolver problemas e torna quase impossível fazê-lo. Contudo, ao compreendermos um pouco melhor nossa relação com Deus, ao nos apercebermos de que somos as Suas ideias espirituais, divinamente criadas, orientadas e eternamente sustentadas por um Pai que estima o Seu Filho com ternura maternal, bem como com força paternal, será natural esperar um dia pleno de bênçãos. Então, tal como o Salmista, declaremos: “Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.” Tenho vindo a sentir-me reconfortada e alegre à medida que vou tomando consciência do que é possível, ao enfrentar o dia sob esse ponto de vista.

No entanto, o que dizer quando nos sentimos tentados a protelar o tratamento dum determinado problema para mais tarde, para quando tivermos mais tempo, nos sentirmos mais aptos ou, simplesmente, quando já não tivermos mais desculpas? Poderá, então, ser útil fazer uma pausa nesse mesmo momento e reconsiderar mais profundamente a proximidade imediata do cuidado de Deus. Deus, que é Amor infinito, mantém e sustenta o Seu filho agora e para sempre. É essa a razão pela qual não temos de esperar que o tempo passe para encontrar soluções para os nossos problemas. Em vez disso, podemos confiar em que neste preciso momento, hoje, as nossas necessidades estão sendo supridas, mesmo quando ainda não estejamos vendo a evidência desse fato espiritual.

Poderá ser tentador pensarmos que assuntos de menor importância, tais como tarefas diárias ou dissabores passageiros com amigos ou colegas de trabalho, não se encontram sob a jurisdição de Deus. Ou talvez estejamos enfrentando um problema aparentemente grave, físico ou financeiro, e já não temos esperança de poder corrigi-lo. Ainda assim, cada vez mais que ganharmos um claro vislumbre da verdadeira natureza de Deus como Amor infinito e do homem como a ideia do Amor, veremos maior evidência do controle amoroso e total que Deus tem do nosso dia. Perceberemos também que não há nada a recear pelo dia de amanhã, uma vez que esse dia pertence a Deus também.

Certa vez, vivi uma situação que me ajudou a libertar-me da tendência de me preocupar acerca de qualquer problema que o dia de amanhã me pudesse trazer. Quando estávamos de mudança para outro estado, minha família e eu pernoitamos num hotel. Acordei muito cedo, antes do resto da família, amedrontada e preocupada com o que nos esperava. Naquela altura, ainda nem sequer sabíamos onde iríamos viver nem trabalhar. Procurei dentro de uma gaveta a Bíblia, que é normalmente fornecida pelos hotéis, abri-a ao acaso e li a reconfortante declaração de Cristo Jesus: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” Essas palavras gritaram-me: “Confia!” O confiar passou a ter um significado muito profundo para mim. Confiar já não significava apenas a esperança de que um Deus longínquo quisesse me auxiliar. Eu me apercebi de que a verdadeira confiança engloba a compreensão da bondade todo-poderosa de Deus, bem como da relação inseparável do homem com Deus. Nessa manhã, ao me recordar dessa relação inviolável, o medo que tinha vindo a sentir foi expulso e eu me encontrei pronta a confiar em Deus. Pouco tempo depois as nossas necessidades de alojamento e emprego foram satisfeitas.

À luz das frequentes previsões assoladoras em relação à economia, é reconfortante compreender a totalidade de Deus. Muita gente tem se apercebido de que a Ciência Cristã lhes tem ensinado uma maneira prática e sensata de confiar nEle ao procurar orientação, quando confrontados com alguma dificuldade. Assim, examinemos cuidadosamente as bênçãos deste dia, em vez de tentar resolver hoje os problemas do dia de amanhã. O confiar na invariável e inesgotável bondade de Deus concede-nos uma base segura, a partir da qual poderemos combater qualquer previsão sombria sobre o dia de amanhã. Numa de suas obras, a Sra. Eddy aconselha: “Nunca peçais para o dia de amanhã; é suficiente que o Amor divino seja socorro bem presente; e se esperardes, sem jamais duvidar, tereis a todo o momento tudo o que necessitais.”

Por mais sombrias que as circunstâncias que se nos apresentam possam parecer, Deus está cuidando de nós a todo momento. Assim, tal como eu fiz há muito tempo naquele quarto de hotel, torna-se essencial ganhar uma profunda apreciação pelas possibilidades que o dia de hoje nos dá e reafirmar que um Deus, que Ele cuida de nós, e que, uma vez que Ele já está conosco, podemos ver provas da Sua presença hoje mesmo.

(De O ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ)

AFIRME DEUS, EM SUA INTERIORIZAÇÃO

AFIRME DEUS, EM SUA INTERIORIZAÇÃO

Dárcio

“É do agrado do Pai dar-nos o Reino”, disse Jesus. Ao dar início às contemplações da Verdade, afirme Deus como TUDO! Sinta-se interiorizando e, ao mesmo tempo, se soltando na “Paz que ultrapassa o humano entendimento”. Afirme e se interiorize ao mesmo tempo! Não deixe a mente vazia! Não desgrude a atenção de seu objetivo! Deus está sendo o seu Ser real e único!

Suas contemplações são no sentido de você somente discernir fatos já acontecendo! Tudo está acontecendo agora! No Reino do Espírito! Não existe outra ação, senão a Oniação! Afirme isso, e se interiorize! Em outras palavras, afirme e já sinta ser esta a Verdade eterna sobre você e sobre o Universo. Você irá, silenciosamente, constatando a grandiosa revelação de Jesus de que, realmente,

o Reino lhe é dado com agrado

pelo Pai!

*

"OLHOS AO CÉU" -(II) Final

“OLHOS AO CÉU”

Dárcio

(II)

Um ponto importante deve ser também notado: A Lei Divina atua igualmente em benefício de todos nós, que somos filhos espirituais de Deus. Jesus não orou somente por si mesmo: “ergueu os olhos ao céu” e pôde constatar o farto suprimento do Pai celestial para todos os presentes. A oração correta é de abrangência universal: “Erguemos os olhos ao céu” e contemplamos a amorosa Lei Divina atuando em favor da humanidade inteira.

A oração de Jesus era universal: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim” (João 17: 20). Que significa esta passagem? Significa que Jesus orou em prol de CADA UM DE NÓS. Quando aceitamos a Palavra de Deus, a oração de Jesus atua a nosso favor, e “os pães e peixes” necessários à nossa subsistência surgem naturalmente.

Jesus fez também a oração: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste (…) para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviastes a mim, e que os tem amado a eles como me tens amado a mim” (João 17: 21-23). Esta Visão iluminada deve ser nosso ponto de partida, para que realmente nos vejamos não como humanos almejando perfeição, mas sim como a “perfeição em unidade” já presente, que é Deus sendo todos nós.

Somos “deuses”, seres puramente espirituais. Ao reconhecermos esta Verdade, estaremos aptos a repetir a frase bíblica: “Posso todas as coisas nAquele que me fortalece” (Fil. 4: 13). “Adorar a Deus em espírito e em verdade” é reconhecer Sua onipresença; é reconhecer a nossa UNIDADE ou COMUNHÃO com o Único, com o Infinito, com o próprio Deus. Este conhecimento faz com que as crenças de limitação se evaporem! A Verdade nos torna livres!

Para encerrar, registramos mais uma vez a passagem da multiplicação de pães e peixes, símbolo da “Lei Divina de Suprimento”; ela nos faz recordar que toda coisa limitada da aparência deve ser vista como “sombra finita” da opulência infinita da Essência:

“TOMANDO

OS CINCO PÃES E OS DOIS PEIXES,

ERGUEU OS OLHOS AO CÉU E OS ABENÇOOU.

TODOS COMERAM E SE FARTARAM

E AINDA SOBEJOU”.

*

NO SEIO DE DEUS

*

NO SEIO DE DEUS

Masaharu Taniguchi

Voltado para o Sol que desponta, com os olhos fechados e mãos em posição de prece, recite de modo ritmado vinte vezes cada estrofe, em voz baixa, audível apenas aos seus ouvidos. Você atingirá um estado espiritual de êxtase como se estivesse no seio de Deus.

Deus é o todo de tudo.

Deus é Vida perfeita.

Eu sou a Vida de Deus,

Eu sou aquele que é saudável,

Eu sou aquele que é inadoecível,

Eu sou aquele que é imortal,

Eu sou aquele que possui força infinita.

Deus é o todo de tudo.

Deus está presente em tudo e me orienta.

Deus é a sabedoria que traz prosperidade.

Deus me conduz pelo caminho da harmonia.

Deus me conduz pelo caminho da prosperidade.

Deus é o todo de tudo.

Deus está presente em todas as coisas e me protege.

Deus é o Amor sublime e perfeito.

Estando Deus a proteger-me sempre,

Estou livre de temores,

Estou repleto de felicidade.

*

"OLHOS AO CÉU"

“OLHOS AO CÉU”

Dárcio

( I )

“Tomando os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e os abençoou. Todos comeram e se fartaram e ainda sobejou”

(Mateus 14: 19,20).

A multiplicação de pães e peixes, feita por Jesus, ilustra a grandiosa “Lei Divina de Suprimento” em ação. Nosso papel é o de nos enquadrarmos nesta Lei de modo pleno, através de uma sintonia perfeita e comunhão interna com Deus, e nos abrirmos à sua ação de modo a sermos por ela beneficiados.

Jesus não se deixou levar pela limitação visível: “ergueu os olhos ao céu”, ou seja, voltou-se ao Reino de Deus, que em seu conhecimento estava dentro dele próprio, e o suprimento invisível se tornou visível diante de todos. Que mecanismo há nesse processo? Podemos chamá-lo de oração correta.

Orar corretamente é “adorar o Pai”, é “buscar o Reino em primeiro lugar”, é buscá-lo “dentro de nós”. Este é o sentido de “erguer os olhos ao céu”. Esta “adoração a Deus” nos é ensinada pelo próprio Jesus: “Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4: 21-24).

Oração nada tem a ver com o mundo visível ou material. Nada tem a ver com religiões, seitas ou entidades religiosas deste mundo. Os verdadeiros adoradores, segundo Jesus, “adorarão o Pai em espírito e em verdade”.

Diante dessa explicação de Jesus, disse-lhe a mulher: “Eu sei que o Messias vem; quando ele vier, nos anunciará tudo”. E Jesus disse-lhe: “EU O SOU, EU QUE FALO CONTIGO” (João 4: 25-26). O Espírito de Deus é onipresente! Jesus ensina que o Cristo é, portanto, o Espírito de Deus já presente “dentro” de todos nós. Esta velha crença, “quando ele vier”, é refutada na hora por Jesus: “EU O SOU, EU QUE FALO CONTIGO”, isto é, O CRISTO JÁ É VOCÊ! Por isso a Bíblia registra que “Cristo é tudo em todos” (Colossenses 3-11), e que “Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” (Atos 17:28).

A “Lei Divina de Suprimento” é sempre atuante, e damos provas dela quando “erguemos os olhos ao céu”. Em outros termos, quando deixamos de dar crédito à aparência visível, abençoando aquilo que de pronto tivermos à nossa frente, com a atitude interna de reconhecer a abundância infinita já presente no Reino invisível do Espírito de Deus, todas as coisas necessárias visivelmente nos “virão por acréscimo”. Este é o mecanismo de atuação da “Lei de Suprimento”; este é, portanto, o mecanismo da “oração correta”.

Continua…

OS PROBLEMAS SÃO OS PROBLEMAS?

OS PROBLEMAS

SÃO OS PROBLEMAS?

Dárcio

Diante da revelação de que “Deus viu tudo quanto fizera e achou muito bom”, quem estuda a Verdade deve confiar nesta regra sem se deixar enredar por opiniões contrárias. A mente humana dá o testemunho dos homens, vendo imperfeições, defeitos e problemas por toda parte. E a maioria continua crendo mais nestas mentiras do que na Verdade do testemunho divino. Os problemas não são os problemas! Os problemas se reduzem a um só, e que está fora de todos eles! O problema único está em se dar crédito ao testemunho dos sentidos humanos, em vez de se dar crédito à perfeição onipresente que é real e aparenta estar oculta!

É preciso levar a sério as revelações! É preciso parar conscientemente de se dar crédito às aparências! Não significa fingir que não as vemos! Pelo contrário, elas devem ser reconhecidas como “vistas”, mas IRREAIS, assim como os trilhos de trem são “vistos” se juntando à distância, numa irrealidade total! Este treinamento constitui o estudo da Verdade. Cada quadro de aparente imperfeição deve ser imediatamente traduzido internamente:

“Isso não é como está sendo visto! Isto, que é visto como imperfeito, é a PERFEIÇÃO que a mente humana não consegue ver”.

Isto não deve somente ser afirmado! Deve ser afirmado até que sintamos uma convicção interna! Precisamos nos dedicar a esta visão correta, senão o estudo ficará somente na teoria! Lembre-se: o “testemunho de Deus” é sempre o real! Toda vez que você aceitar o “testemunho” da mente que vê imperfeições, estará endossando algo que é NADA! “Trilhos que se juntam”! ILUSÃO!

QUE É DEUS – III (Final)

QUE É DEUS?

(A VIDA E O ENSINAMENTO DOS

MESTRES DO ORIENTE)

Baird Spalding

(III Final)

“Por mais de cinquenta anos, depois daquele dia na cruz, ensinei e vivi com meus discípulos, muitos dos quais eu amava muitíssimo. Naqueles dias, nós nos reuníamos num lugar tranquilo fora da Judéia. Ali estávamos livres dos olhares indiscretos da superstição. Muitos adquiriram ali os grandes dotes e levaram a cabo um grande trabalho. Vendo, então, que, se eu me ausentasse por algum tempo, eu seria capaz de ensinar e ajudar a todos, ausentei-me. Além disso, eles estavam dependendo de mim em lugar de depender de si mesmos; e, no intuito de tomá-los autoconfiantes, era mister que eu me afastasse. Se eles tinham vivido em íntima associação comigo, não teriam podido encontrar-me de novo se o quisessem?

“A cruz foi, no princípio, o símbolo da maior alegria que o mundo jamais conheceu. O fundamento da cruz é o lugar em que o homem pisou na terra pela primeira vez e, portanto, a marca que simboliza a aurora de um dia celestial aqui na terra. Se vocês quiserem rastreá-la constatarão que a cruz desaparece de todo e que ela é o homem em atitude de devoção, de pé no espaço com os braços erguidos num gesto de bênção, mandando seus dotes a humanidade, derramando suas dádivas livremente em todas as direções.

“Quando vocês souberem que o Cristo é a vida apropriada dentro da forma, a energia crescente que o cientista vislumbra, mas não sabe de onde vem; quando sentirem com o Cristo que a vida é vivida de modo que pode ser dada livremente; quando aprenderem que o homem é obrigado a viver ao lado da constante dissolução das formas, e que o Cristo viveu para desistir do que o corpo dos sentidos ambicionava, pelo bem que ele não podia gozar naquele momento — vocês serão o Cristo. Quando se virem como parte da vida maior, mas dispostos a sacrificar-se pelo bem do todo; quando aprenderem a agir direito sem ser afetados pelo resultado da ajuda; quando aprenderem livremente a renunciar à vida física e a tudo o que o mundo tem para dar (isto não é nenhum sacrifício de si mesmo, pois quanto mais derem de Deus verificarão que têm mais para dar, embora, às vezes, o dever pareça exigir tudo o que a vida tem para dar. Vocês conhecerão também que aquele que quer salvar sua vida a perde) verão que o ouro puro está na parte mais profunda da fornalha, onde o fogo o purificou completamente. Vocês encontrarão grande alegria em saber que a vida que deram a outros é a vida que conquistaram. Saberão que receber é dar livremente; que, se abdicaram da forma mortal, uma vida mais elevada prevalecerá. Terão a alegre certeza de que uma vida assim conquistada é conquistada para todos.

“Vocês precisam saber que a Grande Alma de Cristo pode descer ao rio e que o andar sobre as águas só tipifica a simpatia que vocês sentem pela grande necessidade do mundo. Então vocês serão capazes de ajudar seus semelhantes sem se jactarem de virtuosos; podem passar o pão da vida às almas famintas que vieram procurá-los, mas esse pão nunca diminuirá pelo fato de ser dado; precisam continuar com energia e saber plenamente que são capazes de curar todos os que vieram procurá-los, doentes ou cansados ou pesadamente carregados, com a Palavra que deixa inteira a alma; vocês são capazes de abrir os olhos dos cegos por ignorância ou por opção. (Não importa quão baixo esteja a alma do cego, pois ele precisa sentir que a alma de Cristo está ao seu lado, e precisa descobrir que vocês pisam com pés humanos o próprio solo que ele pisa. Então conhecerão que a verdadeira Unidade do Pai e do Filho está dentro e não fora. Saberão que precisam permanecer serenos quando o Deus exterior é posto para fora e somente o Deus interior permanece. Precisam ser capazes de conter o grito de dor e de medo ao soarem as palavras ‘Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?’ Mesmo assim, nessa hora, não precisam sentir-se sozinhos, pois devem saber que estão com Deus; que estão mais próximos do coração do Pai amante do que nunca. Precisam saber que, na hora em que tocam a tristeza mais profunda, é a hora em que começa o seu maior triunfo. Com tudo isso, vocês precisam saber que a dor não pode tocá-los.

“A partir dessa hora, sua voz soará com um grande canto livre, pois saberão que vocês são o Cristo, a luz que brilhará entre os homens e para os homens. Conhecerão a treva que existe em toda a alma que não encontra uma mão auxiliadora para apertar enquanto caminha pela estrada acidentada antes de descobrir o Cristo no seu interior.

“Vocês precisam saber que são realmente divinos e, sendo divinos, precisarão ver que todos os homens são como vocês. Saberão que há lugares escuros que terão de trans­por com a luz que levarão para o mais alto, e a alma de vocês ressoará em louvor do fato de poderem prestar serviço a todos os homens. E então, com um grito alegre e livre, subirão ao seu ponto mais alto na união com Deus.

“Agora sabem que não há substituição de sua vida por outras vidas, nem de sua pureza pelos pecados dos outros; mas que todos são espíritos alegres e livres em si mesmos e em Deus. Sabem que poderão alcançá-los, ao passo que eles não podem alcançar-se uns aos outros; que não podem deixar de dar sua vida pela vida de cada alma, para que ela não pereça. Entretanto, precisam ser tão reverentes para com essa alma que não derramarão sobre ela uma torrente de vida, a menos que a vida dessa alma se abra para recebê-la. Mas derramarão livremente sobre ela uma torrente de amor, de vida e de luz, de modo que, quando ela abrir as janelas, a luz de Deus entrará por elas e a iluminará. Saberão que em cada Cristo que nasce, a humanidade sobe mais um degrau. E saberão muito bem que vocês têm tudo o que tem o Pai; e, tendo-o todos, é para todos usarem. Precisam saber que à medida que se elevam e são fiéis, elevam consigo o mundo inteiro; pois à medida que palmilham o caminho, este se torna mais plano para os seus semelhantes. Precisam ter fé em si mesmos, sabendo perfeitamente que essa fé é Deus dentro de vocês. Finalmente, precisam saber que são um templo de Deus, uma casa que não foi feita com as mãos, imortal assim na terra como no céu.

“E eles cantarão de vocês, ‘Salve todos, Salve todos, Aí vem o Rei. E, vejam, Ele está sempre com vocês. Vocês estão em Deus, e Ele está em vocês’.”

Jesus levantou-se, dizendo-se obrigado a deixar-nos, porque devia estar em casa de outro Irmão, na mesma aldeia, naquela noite. Todos os presentes se levantaram. Jesus abençoou a todos e, em companhia de dois participantes da reunião, saiu da sala.

SOU VITALMENTE ANIMADO…

SOU VITALMENTE ANIMADO

PELA VIDA DE DEUS!

unidade

Hoje há flores e folhagens artificiais muito bem feitas. Mas, com um olhar atento, logo isso é notado. Quem, por mais sábio, pode infundir vida a uma simples folha de grama? Tempos atrás, lemos um artigo sobre a sabedoria que se nota nas folhas das árvores: como “pedem” mais ou menos água às raízes, conforme a temperatura; como fazem a fotossíntese, etc… E terminava dizendo: a ciência não conhece tudo sobre as folhas.

Já pensaram na maravilha da vida de Deus manifestada em Sua Criação? Essa vida não diminui, não cessa, não se altera. A diferença está em ela encontrar condições de expressão. Hoje sabemos que os estados psicológicos negativos formam barreiras à circulação da vida e limitam a sua perfeita irrigação e trabalho vitalizador. É o ser humano que ignorantemente limita a expressão da vida, não a vida que altera sua função.

Meditemos hoje sobre a vida de Deus, que permeia todas as coisas. Consumamos grata e reverentemente o alimento de cada dia; abramo-nos ao sol da vida. Pensemos na ação perfeita da vida em nós, e notaremos, como resultado, uma nova disposição, porque a vida divina se compraz em cumprir seu papel de manter-nos animados e fortes, no objetivo essencial de crescimento interno.

Como seres conscientes, temos a responsabilidade de exprimir a plenitude da vida, em harmonia e fortaleza, para uma atividade física útil; para uma atividade mental elevada e racional!

“E o testemunho é este: que Deus

nos deu a vida eterna”.

I João 5:11

ISAÍAS 33: 15-16

O que anda em justiça, e fala o que é reto; o que com um gesto de mãos recusa suborno; o que tapa os ouvidos para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos para não ver o mal, este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas

(Isaías 33: 15,16).

"CURAI OS ENFERMOS"

“CURAI OS ENFERMOS”

LILLIAN DEWATERS

Em vista de o Evangelho vir sendo pregado a partir da premissa de sermos humanidade e não Espírito, imperfeição e não Perfeição, muitos e não Um— como poderíamos escapar do mundo do pecado, da doença, da morte?

Como homem, inevitavelmente estamos sujeitos a vacilações, ilusões e erros de toda espécie; portanto, como homem, nunca nos livraremos disso tudo. Enquanto não despertarmos para a nossa identidade real, e operarmos segundo nossa natureza verdadeira, a experiência humana não terá fim.

Um enfoque verdadeiro corrige o falso, que, pela própria correção, desaparece. Analise a tremenda perda de tempo, o trabalho e esforço empreendidos atualmente para que se destruam as doenças, pecados, carências e limitações, em vez de a atenção ser voltada inteiramente ao “EU”, onde nada disso tem qualquer existência. Como homem, jamais você acabará com o mal; porém, se remontar à sua origem divina, o Eu Sou, sua posição humana se apagará por completo.

Querer promover melhoria ou cura em mentes ou corpos individuais veio provando ser um grande benefício à humanidade em toda parte; entretanto, a real necessidade é “ascendermos” ao estado espiritual, onde cura alguma é requerida. Definitivamente, o ponto de vista humano deve ser substituído pelo Divino; assim, a causa de toda discórdia será removida.

Guerra alguma poderia jamais existir de si mesma; nenhum pecado, doença ou morte poderiam aparecer, a não ser graças à inverdade de que somos homem e não Deus. Vejam! Ser Espírito, ser Mente, ser Vida eterna— eis a única solução universal e perfeita.

A declaração, “Eu sou Deus e não há outro ao lado de mim”, possui, por assim dizer, dois lados que levam ao mesmo sentido exato: (a)Eu sou Deus; (b) não há outro.

Na visão de que Deus, o Eu que Eu Sou, é Todo-Perfeição, Todo-Harmonia e Todo-Inteireza, temos um ponto de vista que inclui necessariamente a percepção e conhecimento de que não há outro. De igual forma, ao observarmos algum tipo de discórdia e limitação, compreenderemos a sua unidade na base de que Eu, o Eu-Sou-Vida e Inteligência, é Tudo que É. Com a total compreensão desta declaração, nós(EU) deveremos, então, “provar todas as coisas”.

Muitos gostariam de ouvir explicações sobre a causa do surgimento no mundo de doença, guerra, formas diversas de limitação, quando, na verdade, Deus enche o espaço por inteiro. Isso é impossível de ser compreendido ou elucidado sem que haja o supremo conhecimento de que Deus, o Eu Sou o que sou, é um todo; que inclui a identidade infinita.

O assim-chamado homem-genérico é o único responsável por cada guerra, doença, pecado, pobreza e limitação que temos hoje em dia. Somente ele traz tudo isso a uma quimérica existência, atribuindo nomes às formas apresentadas e fazendo com que elas se mantenham. Enquanto não despertar da morte para a vida (a exemplo do pródigo), não entenderá a inexistência plena de tudo aquilo, para se ver liberto.

De que modo é ele o causador de guerras e doenças? Julgando-se um homem, uma pessoa, um indivíduo; deixando de se considerar o Caminho, a Verdade e a Vida— o Eu sempre imaculado e perfeito.

Por causa dessa idéia imprópria, retida sobre si mesmo e os demais, ele parece se tornar um outro ser, chamado homem, de inteligência limitada e incompleta, cuja vida é mutável e insegura, e cujo mundo é finito e inconstante. Operando sob base falsa e pervertida, seus pensamentos são ilógicos e imperfeitos, ineficientes e incorretos, confusos e desordenados; assim, eles resultam em ilusórias formas de guerras ou desarmonias de todo tipo, sorte e natureza.

As expressões de seus pensamentos verdadeiramente representam seu suposto desvio do estado real. Exemplificando, muitas de suas invenções, em vez de se mostrarem como bênçãos eternas, acabam lhes retornando para destruí-los. Nenhuma de suas invenções chega a ser perfeita, sempre mostrando algum traço de imperfeição. Desse modo, há o sucessivo abandono do que ele próprio realiza, à espera sempre de algo novo que seja capaz de satisfazê-lo por completo.

Jamais ele irá conseguir produzi-lo num mundo de sua própria criação! Jamais ele encontrará sucesso permanente, segurança invulnerável, saúde perfeita ou integralidade – ENQUANTO permanecer, ele próprio, julgando-se um ser humano limitado, ou uma identidade individual separada.

Renegando sua real identidade como sendo a Mente criativa Todo-poderosa, com seu poder ilimitado para criar tudo bem e perfeito, ele se torna, segundo sua falsa crença, um mortal frágil e pecaminoso, sempre em busca de perfeição (perfeição que já existe disponível em seu próprio interior, em seu verdadeiro ser) e, em seu lugar, encontra sempre as incertezas, guerras, tribulações e morte.

Enquanto não se elevar e aceitar seu estado verdadeiro – o Todo ilimitado e livre –, jamais poderá experienciar aquilo que busca, ou seja, o Paraíso; isto porque o “Eu” e o “Paraíso” são um.

A grande realidade perdura eternamente: o Ego infinito e a identidade infinita são um todo indivisível; perfeito, absoluto e completo. Jamais estivemos sendo um homem ou alguém espiritual ou material. Jamais estivemos sujeitos a limitações de qualquer espécie. Agora, e sempre, Eu e meu Ser somos Um e idênticos.

Desperte! Renasça! Eleve-se! Manifeste-se! Que mais lhe resta fazer? Que mais restaria para ser dito? Inexiste outra direção a ser indicada, e que pudesse ter algum valor real para aquele que está em “terra distante”.

OBJETIVO ESPIRITUAL

OBJETIVO ESPIRITUAL

Dárcio

Deus é Espírito, somos emanações de Deus, somos, portanto, Espírito. O Universo em que estamos é espiritual e o objetivo de cada um é unicamente espiritual, seja qual for a profissão ou carreira que aparentemente abrace. Desse modo, as “aparências” de negócios ou de atividades profissionais são meras aparências e não a Realidade. Muitos meditam, entram em sintonia com Deus, desejando que seus “negócios da aparência” deem certo; este objetivo está invertido! A “aparência” é sempre uma ilusão!

Devemos tratar dos “negócios do Pai” e não de “nossos negócios humanos”. A posição profissional de cada um, aparentemente falando, é mera camuflagem de nosso objetivo real que é EXPRESSAR DEUS.

Medite! Contemple a natureza puramente espiritual de seu ser e do Universo! E, seja o que quer que você faça, tenha por objetivo SER A LUZ, FAZER A VONTADE ESPIRITUAL DO PAI, AGIR COMO O CRISTO QUE VOCÊ É! Firme-se nesta visão espiritual, enquanto estiver lidando com seus negócios ou profissão. Desse modo, estará agindo condizente com a Verdade, e não querendo fazer dela um instrumento de realização na ILUSÃO.

"OLHA PARA O VIVO"

“OLHAI

PARA O VIVO”

Dárcio

Caro amigo, VOCÊ está vivo; VOCÊ é a Vida que percebe ser a SUA. A Vida é universal. Jesus, Moisés, Paulo, todos os demais personagens da Bíblia, ou de qualquer outra literatura espiritual, estão dotados da mesma VIDA que é a sua. A Vida é indivisível; a Vida é Deus! Não há vida que seja superior a outra. A Vida é ÚNICA. Qual é o objetivo da Vida? VIVER, SIMPLESMENTE VIVER! A magnitude esta declaração somente é discernida na prática. Deus é a Vida, e ao olharmos para a Vida que somos, perceberemos ser Ela Autossustida em Sua totalidade, ou seja, a Vida cuida de si mesma. Quando atentamos para a Vida que somos, contemplamos Deus!

“Disse Jesus: Olhai para o Vivo, enquanto viveis, para que não morrais e desejais ver aquele que já não podeis ver” (Evangelho de Tomé). “Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-Lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros”(Já 19:26-27).Estes registros não poderiam ser mais claros: A VIDA É AGORA! Ela é AGORA em Sua plenitude! “Olhe para o Vivo”, esta Vida que está sendo VOCÊ! A sua Vida está além dos supostos pensamentos do mundo; Ela está além “deste mundo”. Disse alguém com visão clara: “A Vida não é uma sucessão de problemas a serem resolvidos, mas uma Verdade gloriosa a ser percebida”. Médicos, psicólogos e terapeutas não tratam de algo relacionado com a Vida;eles apenas estão voltados para um “conceito material de vida,” aceito pelo mundo. Tal conceito encara a vida como algo mutável, capaz de ter começo e fim; entretanto, a Vida não é nada disso! A Vida é o próprio Deus em Auto-expressão infinita. E VOCÊ faz parte desta indivisibilidade da Vida divina, aqui e agora, mantendo em SI MESMO toda a Natureza que é Deus.Contemple agora esta Verdade!

A Vida é! A Vida vive! A Vida é universal e indivisível A Vida é atemporal! A Vida jamais teve começo!

“Olhar para o Vivo” significa perceber a própria Vida, que é Deus, sendo já a SUA verdadeira e única IDENTIDADE.

“Olhar para o Vivo” significa perceber, também, que a Vida abrange a totalidade da Existência infinita, que é Deus. Esta “percepção” revela que o chamado “mundo exterior” nada pode lhe acrescentar, nem de bom nem de mau. VOCÊ É COMPLETO, POIS, SUA VIDA É DEUS. “Olhe para o Vivo”! Olhe unicamente para o Vivo – SUA CONSCIÊNCIA -, pois a VIDA DIVINA é a única Substância que há, sendo, pois, a única Realidade a ser objeto de PERCEPÇÃO.

Sua Vida é completa, e Ela abrange a SUA Mente e o SEU Corpo. “Em minha carne verei a Deus”, disse Jó! “NÃO EXISTE MATÉRIA! TUDO É SUBSTÂNCIA ESPIRITUAL; TUDO É VIDA DIVINA! TUDO JÁ É VOCÊ; E VOCÊ, POR SER A VIDA INFINITA E INDIVISÍVEL, JÁ É TUDO!

MANIFESTANDO A VIDA INFINITA – 18

MANIFESTANDO A

VIDA INFINITA

Masaharu Taniguchi

18

Quando nossa conscientização é erguida ao nível da Imagem Verdadeira, a organização do corpo físico é purificada e traduz com maior fidelidade a estrutura da Imagem Verdadeira. A Imagem Verdadeira passa a se refletir na carne, e quando isso ocorre, há somente boa saúde. Onde a Imagem Verdadeira aparece na forma não pode existir doença. Para realizarmos a Imagem Verdadeira original, devemos simplesmente ficar sentados, mergulhados de tal forma na Meditação Shinsokan, que possamos assim reconhecer a fusão de nosso ser com a Imagem Verdadeira, em completa união. Quando formos capazes de ver todos os fenômenos como eles são em sua imagem mais elevada, perfeita e verdadeira, nossa saúde e tudo que se relacionar conosco começará a assumir a aparência perfeita, e seremos capazes de ver todas as coisas como elas realmente são, como reflexos da  Imagem Espiritual Verdadeira, em vez de enxergarmos alguma forma imperfeita. Atingindo esse estado em que reconhecemos todas as coisas em suas aparências perfeitas criadas por Deus,  poderemos dizer que conhecemos a Verdade. Uma conscientização da Verdade dessa natureza nos liberta. Somos impedidos de receber as impressões imperfeitas, contrárias à real Imagem Verdadeira das coisas. O espelho de nossa mente permanece límpido e assim deixamos de ser alvo de doenças ou infelicidades.

Para realizarmos completamente a Imagem Verdadeira, precisamos nos aprofundar na Meditação Shinsokan até alcançarmos a conscientização: “Eu sou a Verdade – Eu e a Verdade somos um!” Neste profundo estado de meditação, o nosso “Eu” não é mente, carne, corpo astral nem algum outro corpo espiritual. Ele é transcendente a tudo isso, e existe numa condição extremamente maravilhosa como um Homem Real eternamente indestrutível. Para alcançarmos esta percepção consciente, será aconselhável repetirmos, neste profundo estado meditativo: “A Verdade sou eu! Eu sou a Verdade!”.Quando persistimos nesta meditação, gradativamente nossa conscientização vai se aprofundando. Atingimos o estado mental em que temos a consciência de que o “Eu” é algo que preenche o Universo, e que é uma grandiosa realidade coexistente com o Universo. Finalmente, alcançamos a convicção de que “a Verdade sou eu, eu sou a Verdade”. A ilusão, que até aquele ponto fazia com que nos víssemos como matéria, desaparece. Começamos a nos ver como somos, em nossa Imagem Verdadeira, e descobrimos que somos dotados de ilimitado suprimento de saúde, poder, sabedoria e outras bênçãos do Mundo da Verdade. Neste ponto, descobriremos que a diferença existente entre Deus e o ser que somos, é que somos testemunhas individualizadas da Presença divina, onde Deus é o próprio Infinito.

Continua…>

INICIATIVA

INICIATIVA

Dárcio

Como a crença geral é de que somos seres humanos, dotados de mente humana, se não houver uma iniciativa, de nossa parte, de a cada dia partirmos conscientemente de nossa identidade real dotada da Mente que é Deus, a “mente humana” sairá pensando por nós. Seremos como um hipnotizado sob as ordens hipnóticas de um hipnotizador.

Assuma sua identidade real; assuma sua Mente que é Deus! Tenha a iniciativa de fazer conscientemente esta contemplação e reconhecimento da Verdade.

Não seja arrastado pela ILUSÃO!

QUE É DEUS – (II)

QUE É DEUS?

(A VIDA E O ENSINAMENTO DOS

MESTRES DO ORIENTE)

Baird Spalding

( II )

“Quando eu disse, ‘Eu sou o Cristo, o único gerado por Deus’, não o declarei por mim mesmo apenas, pois, se o tivesse feito, não poderia tornar-me o Cristo. Digo claramente que, para produzir o Cristo, eu, assim como todos os outros, precisamos declará-lo; pois precisa­mos viver a vida, e o Cristo precisa aparecer. Vocês podem manifestar o Cristo quanto quiserem mas, se não viverem a Vida, o Cristo nunca aparecerá. Pensem muito, queridos amigos: se todos manifestassem o Cristo e depois vivessem a Vida durante um ou cinco anos, que despertar haveria? Não se podem imaginar as possibilidades. Esta foi a visão que eu vi. Queridos, vocês não podem, porventura, colocar-se onde eu estava e ver o que eu vi? Por que me cercam com as trevas e com o lodo da superstição? Por que não erguem a vista, a mente e os pensamentos para o alto e não veem com uma visão clara? Veriam, então, que não existem milagres, nem mistérios, nem dor, nem imperfeição, nem desarmonia, nem morte, exceto os que o homem fez. Quando eu disse, ‘Venci a morte’, eu sabia de que estava falando; mas foi preciso a crucificação para mostrá-lo a esses queridos.

“Existem muitos de nós reunidos para ajudar o mundo inteiro e esse é o trabalho da nossa vida. Houve momentos em que foram necessárias as nossas energias combinadas para repelir as ondas dos maus pensamentos, da dúvida, da descrença e da superstição, que quase engoliram a humanidade toda. Vocês podem chamar-lhes forças do mal, se quiserem. Sabemos que elas são más apenas na medida em que o homem as faz assim. Mas agora vemos a luz ficar cada vez mais brilhante, à medida que nossos amados se desfazem de seus grilhões. Pode ser que, ao desprender-se dessas cadeias, a humanidade se afunde por algum tempo, na materialidade; mesmo assim, porém, é um passo mais vizinho da meta, pois a materialidade não prende ninguém como prendem a superstição, o mito e o mistério. Quando andei sobre a água naquele dia, acham vocês que eu dirigi meus olhos para grandes profundezas, a substância material? Não, fitei meus olhos firmemente no Poder de Deus, que transcende todo poder do abismo. No momento em que fiz isso, a água tornou-se tão firme quanto uma rocha e pude caminhar sobre ela com perfeita segurança.”

Jesus parou de falar por um momento, e um membro do nosso grupo perguntou: ‘O fato de estarmos aqui conversando não o impede de prosseguir no seu trabalho?” Jesus respondeu: “Não se pode obstar a um dos nossos amigos que aqui estão, nem por um momento, e eu acredito estar incluído entre vocês.”Alguém sobreveio: “Você é nosso Irmão.” O rosto de Jesus iluminou-se com um sorriso ao dizer: “Obrigado. Eu sempre lhes chamei Irmãos.”

Nesse momento, um do grupo voltou-se e perguntou a Jesus: “Podem todos revelar o Cristo?” Ele respondeu: “Sim, toda realização só tem um fim. O homem veio de Deus e precisa voltar para Deus. Aquele que desceu dos céus precisa subir de novo para o céu. A história do Cristo não começou com o meu nascimento, nem terminou com a crucificação. O Cristo passou a existir quando Deus criou o primeiro homem à Sua própria imagem e semelhança. O Cristo e aquele homem eram um só; todos os homens e aquele homem são um só. Assim como Deus era o seu Pai, assim também Ele é o pai de todos os homens e todos são filhos de Deus. Assim como o filho tem a qualidade dos pais, assim o Cristo está em cada criança. Por muitos anos, a criança viveu e compreendeu sua Messianidade, sua identidade com Deus, através do Cristo em si mesma. Começou, então, a história do Cristo e vocês podem fazê-la remontar ao princípio do homem. Que o Cristo significa mais do que o homem Jesus, não há dúvida. Se eu não o tivesse percebido, não teria produzido o Cristo. Para mim, esta é a pérola sem preço, o vinho velho em odres novos, a verdade que muitos outros já apresentaram e, desse modo, realizaram os ideais que eu realizei e provei.

Continua…>

A LUZ VEIO

A LUZ VEIO

(De UM CURSO EM MILAGRES)

A luz veio. Estás curado e podes curar. A luz veio. Estás salvo e podes salvar. Estás em paz e trazes a paz contigo aonde quer que vás. A escuridão, o tumulto e a morte desapareceram. A luz veio.

Celebramos hoje o final feliz do teu longo sonho de desventuras. Agora, já não há sonhos escuros. A luz veio. Começa hoje o tempo da luz para ti e para todos. É uma nova era na qual um novo mundo nasceu. O velho mundo não deixou nenhum vestígio à sua passagem. Hoje, vemos um mundo diferente porque a luz veio.

Os nossos exercícios para o dia de hoje serão exercícios felizes, nos quais damos graças pela passagem do velho mundo e o começo do novo. Nenhuma sombra do passado permanece para escurecer a nossa vista e ocultar o mundo que o perdão nos oferece. Hoje, aceitaremos o novo mundo como o que queremos ver. O que desejamos nos será dado. Nossa vontade é ver a luz; a luz veio.

Os nossos períodos de prática mais longos serão dedicados a olhar para o mundo que o nosso perdão nos mostra. É isso que queremos ver, e apenas isso. O nosso propósito único faz com que a nossa meta seja inevitável. Hoje o mundo real surge à nossa frente em contentamento para enfim ser visto. Agora, como veio a luz, a visão nos é dada.

Hoje não queremos ver a sombra do ego sobre o mundo. Vemos a luz e nela vemos o reflexo do Céu que se estende sobre o mundo. Começa os períodos de prática mais longos dando a ti mesmo as boas-vindas da tua liberação:

A luz veio. Eu perdoei o mundo.

Não te detenhas no passado hoje. Conserva a mente completamente aberta, lavada de todas as ideias passadas e limpa de todos os conceitos que tens feito. Hoje perdoaste o mundo. Podes olhar para ele agora como se nunca o tiveste visto antes. Ainda não sabes qual é o aspecto que ele tem. Meramente aguardas para que ele te seja mostrado. Enquanto aguardas, repete várias vezes lentamente com toda paciência:

A luz veio. Eu perdoei o mundo.

Reconhece que o teu perdão te dá direito à visão. Compreende que o Espírito Santo nunca falha em dar a dádiva da visão àqueles que perdoam. Acredita que Ele não te falhará agora. Perdoaste o mundo. Ele estará contigo enquanto vigias e esperas. Ele te mostrará o que a verdadeira visão vê. É a Sua Vontade e tu te uniste a Ele. Espera pacientemente por Ele. Ele estará lá. A luz veio. Perdoaste o mundo.

Dize-Lhe que tu sabes que não podes falhar porque confias Nele. E dize a ti mesmo que esperas na certeza de olhar para o mundo que Ele te prometeu. A partir desse momento verás de maneira diferente. Hoje, a luz veio. E tu verás o mundo que te foi prometido desde o início dos tempos, no qual o fim dos tempos está garantido.

Os períodos de prática mais curtos também serão lembranças alegres da tua liberação. Lembra-te, mais ou menos a cada quinze minutos, de que hoje é um dia de celebração especial. Dá graças pela misericórdia e pelo Amor de Deus. Regozija-te pelo poder do perdão de curar a tua visão completamente. Tem confiança de que nesse dia há um novo começo. Sem a escuridão do passado sobre os teus olhos, não podes falhar em ver hoje. E o que verás será tão bem-vindo que alegremente estenderás o dia de hoje para sempre. Então, dize:

A luz veio. Eu perdoei o mundo.

Se fores tentado, dize a qualquer um que pareça estar te puxando de volta à escuridão:

A luz veio. Eu te perdoei.

Dedicamos esse dia à serenidade na qual Deus quer que estejas. Guarda-a na tua consciência de ti mesmo e tu a verás por toda parte hoje, à medida que celebramos o princípio da tua visão e a vista do mundo real, que veio para substituir o mundo sem perdão que pensavas ser real.

A EVIDÊNCIA DA VERDADE – 2 (Final)

A

EVIDÊNCIA DA VERDADE

Marie S. Watts

Parte 2 Final

Contemplação é Consciência em ação. Consciência em ação é a substância que é a Evidência, ou Verdade, contemplada por Ela.

Consideremos como esta Verdade Absoluta manifesta a Si mesma. Por exemplo: Dizemos com frequência: “Eu estou consciente da Verdade”, ou “Eu estou conhecendo a Verdade”. Estar consciente da Verdade pode muito bem significar para nós que a Verdade da qual estamos conscientes seja algo separado da Consciência que somos. Frequentemente parecemos conhecer a Verdade como se Ela fosse algo além da Mente que nós somos. Exatamente aqui, parece haver um senso de dualidade.

Suponha, por exemplo, que ao responder a um chamado de ajuda, você esteja contemplando a Verdade que é Vida eterna. Você está consciente da Vida porque está consciente como Vida estando consciente. Vida é Verdade. Você está consciente da Verdade que é Vida. Mas a única Vida que há, é Vida eterna. Assim, você está consciente como aquele aspecto de seu Eu que é Vida eterna. A sua consciência da Vida eterna não é sua percepção desta Verdade e da Vida eterna. Antes, é sua própria Consciência como Vida eterna, é a própria evidência–manifestação—da Vida que é eterna. A ilusão chamada “morte” sequer pode jamais ser evidenciada, quando você percebe com plena clareza estas Verdades).

Talvez você esteja contemplando aquele aspecto da Verdade que é Substância. Você está consciente da Substância por ser você a própria Consciência que é Substância. Em sua contemplação, você percebe aquele aspecto da Verdade que é Perfeição, pois toda Substância é Consciência perfeita. A própria Mente, Consciência, que você é, contemplando a Perfeição que é Substância – a substância que é Perfeição –, é a manifestação instantânea da Verdade que você está contemplando. Não existe nenhuma dualidade presente aqui.

A manifestação desta Verdade não pode ser algo que vem a seguir, ou posteriormente, com relação à sua Consciência deste aspecto da verdade. Antes, sua Consciência sendo esta Verdade, ativa em contemplação desta Verdade, é a manifestação presente da Substância que é perfeita—a Perfeição que é Substância.

Vejamos mais um exemplo deste aspecto de nossa contemplação. Suponhamos que você esteja consciente daquela Verdade que é a Visão. Novamente, você está consciente como a Verdade completa que é Visão perfeita. Sua Consciência como Visão perfeita, ou da Visão perfeita, não é separada da evidência que é Visão perfeita. Ela não é sua contemplação desta Verdade e a manifestação da Visão perfeita. Antes, você, consciente da Visão que é Visão perfeita, é a própria evidência da Verdade que é Visão perfeita. Resumindo, a Consciência que você é, consciente de ser a Verdade que você está “vendo”, é a Substância, e a Atividade – a Evidência em Si. Você agora pode ver porque é impossível o atraso da Evidência de qualquer Verdade que você contempla. E pode, também, perceber porque é inevitável que a evidência seja simultânea com a contemplação.

SEM DEUS, A CRENÇA DESPENCA!

SEM DEUS, A CRENÇA DESPENCA!

Dárcio

Sem Deus, a crença ilusória que diz “ser você”, despenca! Uma sombra só parece existir por haver o objeto que a gerou. Assim ocorre com a “sombra” chamada “ser humano”; aparenta existir por haver Deus sendo o nosso ser. Em outras palavras, Deus é como um “cabide invisível” desta crença-sombra!

Quem adota o “referencial da sombra” e se identifica com ela, espera que “um dia” sua natureza divina fique desperta e manifestada! Ocorre, contudo, que este referencial é ilusório! Seria imaginar um escafandrista aguardando que o escafandro o tornasse, um dia, consciente de existir! Qualquer ser humano, visto pela mente humana, e que lhe fosse “retirado Deus”, se revelaria como uma “crença despencando”! Não tem substância nem realidade de si mesmo! O que estamos dizendo é que “não existe vida na matéria”, que não existe VOCÊ na matéria..

Medite e retire ou isole conscientemente Deus de seu suposto “eu humano”, e você porá fim a este “eu ilusório”. Sem objeto não há sombra! E, se removermos de onde aparenta existir uma sombra, o “Eu real” que a fazia dar ares de “existência”, ela “despencará em seu nada originário”, juntamente com todas as suas “distorções”.

*

QUE É DEUS (I)


QUE É DEUS?

(A VIDA E O ENSINAMENTO DOS

MESTRES DO ORIENTE)

Baird Spalding

( I )

Mais tarde a conversa derivou para Deus, e alguém do grupo confessou: “Eu gostaria de saber quem ou o que realmente é Deus.” Jesus tomou da palavra e respondeu: “Eu creio que compreendo o motivo da pergunta que vocês gostariam de ver esclarecida na sua própria mente. São os muitos pensamentos e idéias conflitantes que aturdem ou perturbam o mundo de hoje sem referência à origem da palavra. Deus é o princípio que está por trás de tudo o que existe hoje. O princípio por trás de uma coisa é Espírito; e Espírito é Onipotente, Onipresente, Onisciente. Deus é a Mente, causa direta e diretora de todo o bem que vemos ao nosso redor. Deus é a fonte de todo o Amor verdadeiro que mantém juntas umas às outras todas as formas. Deus é um princípio impessoal. Deus nunca é pessoal, a não ser quando se converte, para cada indivíduo, em amoroso Pai-Mãe pessoal. Para o indivíduo, Ele pode ser um Pai-Mãe pessoal e amoroso, que tudo dá. Deus nunca se transforma num grande ser localizado nos céus, num lugar chamado paraíso, onde tem um trono no qual se senta e julga as pessoas depois que elas morrem; pois Deus é a própria Vida e essa vida nunca morre. Isto é apenas um equívoco produzido pelo pensamento ignorante do homem, assim como inúmeras malformações produzidas que vocês veem no mundo à sua volta. Deus não é um juiz nem um rei que pode impor-lhes Sua presença ou arrastá-los à barra dos tribunais. Deus é um Pai-Mãe amante e pródigo, que, quando você se aproxima, estende os braços e o envolve. Não importa quem ou o que é você, nem o que você possa ter sido. Você é filho d’Ele, exatamente como quando O procura com o coração e para uma finalidade digna. Se você fosse o Filho Pródigo que virou as costas para a casa do Pai e está cansado das palhas secas da vida, que dá como forragem aos porcos, pode voltar novamente o rosto para a casa paterna e ter a certeza de uma acolhida carinhosa. Ali, o banquete está sempre à sua espera. A mesa está sempre posta e, quando você regressar, não ouvirá nenhuma censura do irmão que regressou antes de você.

“O amor de Deus é como uma fonte pura que jorra de uma montanha. Em sua origem, ela é pura, mas à proporção que flui em seu curso, torna-se turva e poluída até jogar-se no oceano tão impura que nem sequer se parece com a que emergiu do manancial. A medida que entra no oceano, vai se desfazendo da lama e da vasa e deixando-as cair ao fundo, de onde volta a subir à superfície como parte do oceano álacre e livre, do qual pode ser tirada de novo para retemperar a fonte.

“Vocês podem ver Deus e falar com Ele a qualquer momento, justamente como podem ver seu pai, sua mãe, seu irmão ou seu amigo, e conversar com eles. Com efeito, Ele está muito mais próximo do que qualquer mortal pode estar. Deus é muito mais querido e muito mais sincero do que qualquer amigo. Deus nunca está cansado, nem zangado, nem abatido. Nunca destrói, nem fere, nem estorva nenhum dos filhos, criaturas ou criações. Se Deus fizesse essas coisas, não seria Deus. O deus que julga ou destrói seus filhos, suas criaturas ou suas criações, ou que lhes nega alguma coisa boa, é apenas um deus invocado somente pelo pensamento irrefletido do homem; e vocês não precisam temer esse deus, a não ser que queiram fazê-lo. Pois o verdadeiro Deus estende a sua mão e diz: ‘Tudo o que tenho é teu.’ Quando um dos seus poetas disse que Deus está mais próximo do que a respiração e mais perto do que as mãos e os pés, ele foi inspirado por Deus. Todos são inspirados por Deus quando a inspiração é para o bem ou para o certo, e todos podem ser inspirados por Deus a qualquer momento; basta que o queiram.

Continua…>