Autor: Dezolt Dárcio

INTELIGÊNCIA

Dárcio

Parte 2 – Final

A mente que sonha aceita a presença de um ser que na verdade jamais existiu. A mente humana, igualmente, aceita que somos um ser que nasce, envelhece e morre. Durante o suposto sonho, a inteligência da pessoa parece estar sendo utilizada por ele para aceitar a falsa presença das personagens do sonho, podendo ela mesma ser uma delas. O despertar desfaz a crença toda, revelando a falta ou ausência da inteligência da pessoa durante o processo do sonho no qual ela aparentava estar presente. A “existência humana” é o sonho aceito como realidade pela mente que não existe. A percepção da inexistência da mente humana corresponde ao DESPERTAR ESPIRITUAl, ou seja, corresponde à revelação de nossa Inteligência oniativa, única e real. É inútil tentar explicar à mente humana que o nosso Ser jamais nasce e jamais morre. Entretanto, o revelar da Inteligência divina como sendo a Inteligência manifesta como a nossa Inteligência individual coincide com a PERCEPÇÃO ÚNICA da nossa natureza imaculada, indivisível, perfeita, inteira e plena.

Imagine a cena de um sonho em que pareça existir um “você” diante de uma situação indesejável. Se alguém o visse deitado, e a se debater, será que você tentaria saturar o subconsciente do “você do sonho” com a verdade de que o problema estaria inexistindo exatamente naquele instante? Não, pois a pessoa que dorme não é a suposta “ela própria do sonho”; a pessoa que dorme jamais esteve naquela hipotética situação crítica. ESTA É A VERDADE ABSOLUTA! Jamais fomos, somos ou seremos os “seres humanos” inventados pela mente sonhadora que acredita neste mundo aparente! NÓS EXISTIMOS E ESTAMOS AQUI, mas sem nunca estarmos envolvidos com limitação de qualquer espécie.

A Inteligência é a Percepção daquilo que é. A Inteligência não reconhece “outra mente”, capaz de rejeitar a Verdade. Para alguém que diga:“Eu conheço uma pessoa que é materialista e não crê em nada disso”, é bom que perceba que esta farsa toda é o “sonho da existência”. A Verdade é a TOTALIDADE da Existência, e a Consciência indivisível da Verdade é a única Consciência que todos possuímos e somos.

O suposto nascimento humano não é algo inteligente, pois dá origem ao conceito de morte ou extinção. A Inteligência divina desconhece início ou final de qualquer coisa. Inteligência é amor e vice-versa. A Inteligência reconhece ou percebe a Sua própria Existência como Algo eternamente imutável e perfeito. Esta é a Inteligência que está agora percebendo a sua e a minha Existência, em Unidade indestrutível. A Existência infinita Se faz presente como a nossa única Consciência, e a nossa Inteligência sabe que o que acabamos de afirmar é a Verdade.

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INTELIGÊNCIA

Dárcio

Parte 1

A Mente Divina é a única Mente que realmente existe, muito embora pareçamos estar atuando mediante a utilização de uma mente humana. O estudo da Metafísica, ao expor os princípios que a sustentam, costumeiramente considera que a mente humana se divide em consciente e subconsciente. Se, por exemplo, for ensinado que “Deus é a única Presença”, aceita-se que o consciente humano ouve esta frase e começa a saturar o subconsciente com ela, a fim de conscientizar esta Verdade. Eis por que enfatizamos a inexistência da mente humana com seu consciente e subconsciente. Não há mente alguma para ser saturada com a Verdade! Deus é a Verdade; Deus é a Mente única! Assim, quando “imprimimos” sobre a crença a Verdade, estamos apenas endossando-a, e é onde é usado o “mentalismo” de forma consciente e construtiva. Partimos sempre da Verdade Absoluta, isto é, de que a Mente ÚNICA já está discernindo este fato, aqui e agora, como a nossa própria Mente.

A técnica de saturar o subconsciente com a Verdade não passa de um artifício humano temporário, que se mostrará dispensável quando houver um despertar em massa. A Verdade (O Reino) já está dentro de nós. Que significa isso? Significa que a Verdade é a totalidade do nosso Ser. Se a Verdade é a totalidade de nosso Ser, não existe, em nós, nenhum conceito humano de mente para conscientizar esta Verdade. Eis o motivo de fazermos constante uso da palavra “percepção”. Perceber significa reconhecer algo que já existe. A percepção é algo imediato, que não requer esforço e muito menos ação mental humana. A percepção é a Consciência divina estando cônscia de Si mesma como a totalidade da Existência. A esta percepção damos o nome de “Autocontemplação”.

O chamado ser humano é um conceito que a suposta mente humana faz do nosso Ser divino. A ilusão é a falsa identificação que esta mente falsa faz com o ser humano que ela acredita que existe. Em outras palavras, a ilusão é a falsidade se identificando com o que é falso. Quando percebemos a Realidade, sabemos que Deus é a nossa Mente, a qual nos revela unicamente a nossa real identidade. Para isso, é de suma importância que se reconheça com clareza aquilo que É, bem como aquilo que NÃO É. A ilusão, como o próprio nome diz, é NADA. A chamada mente humana também é ilusória, ou seja, é inexistente, puro “nada”. Desse modo, a aparente inteligência humana limitada não é, de forma alguma, a nossa Inteligência atual e verdadeira. Deus, a Inteligência suprema, é a nossa Inteligência. Este discernimento nos revela o Universo indestrutível do Espírito; ele nos revela a Harmonia e a Perfeição permanentes.

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“LANÇA O TEU PÃO SOBRE AS ÁGUAS”

Dárcio

A atitudes humanas que os ensinamentos espirituais motivam que tomemos, são aquelas condizentes com a ação absoluta de Deus e que a mente humana não vê. A mente cega se vê por eles impelida a alterar seu ritmo, para que haja uma perfeita sintonia de ação com a Verdade. “Lança teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias o acharás” (Eclesiastes 11:1) A ação humana, sem direção espiritual, caminha, na ilusão de limitação e não da realidade da plenitude! Para a mente humana, abundância é excesso e não o necessário! Se ela se vê suprida do necessário, e observa uma sobra, teme o futuro, acredita naquela sobra como o que lhe resta, e retém aquilo com unhas e dentes! Assim se comporta a mente em ilusão!

A abundância espiritual é o “Pão da Vida” que somos! O Cristo! Com o Cristo, somos um com o Celeiro da infinitude, e, a cada segundo, flui o necessário com as sobras! “Lançar o seu pão sobre as águas” é você saber lidar livremente com os “bens visíveis”, num equilíbrio perfeito em que todas as suas necessidades são prontamente atendidas, e que também possa, com amor e sabedoria, investir as sobras em seus sonhos e realizações, bem como atender às necessidades do próximo de uma forma inteligente, que jamais o deixe dependente ou em desleixo.

“Lançar o teu pão” é, principalmente, derramar a Verdade aos que com você entram em contato, para que também saibam acessar o Cristo e a Fonte de suprimento neles mesmos! “Dê as pérolas” a todos os que o procuram, seguindo o impulso espontâneo da sua Consciência!

O suprimento visível se exemplifica pela saliva na boca, que surge a mais ou a menos, conforme as necessidades de cada momento. Há pessoas que temem aplicar o que possuem em seus próprios empreendimentos, com medo do futuro; há outras que em nada ajudam as demais, pensando que, se assim fizerem, poderá lhes faltar algo no futuro. Para anular estas crenças, há esse tipo de recomendação bíblica: “Lança teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás”. TUDO É UM”. O que aparentemente fazemos ao próximo, fazemos por nós mesmos! O que somos é o que temos, e, posto em circulação, irá acompanhar o ritmo da Verdade! A base é que DEUS É TUDO! É dessa percepção que surge a ação inspirada, quando “o pão é lançado sobre as águas”, com amor, sabedoria e destemor plenos; assim é que se dá a “pratica da Verdade” aos olhos do mundo.

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DEMORA INEXISTENTE

Dárcio

“E vós também testificareis, pois, estivestes comigo desde o princípio”.

João 15: 27

É frequente, na literatura espiritual, ouvirmos falar em “processo de iluminação espiritual”, “construção de consciência espiritual”, e outras colocações do gênero. São verdadeiras? Não! São frases relativas! Elas “agradam ao intelecto”, por serem falas que permitem a permanência, supostamente  provisória, da dualidade! “Temos a mente de Cristo”, disse Paulo! Passou ele por “processos de iluminação?” Se formos analisar seus relatos de vida humana, concluiremos que sim. E é nesse ponto que a “mente carnal” continua em sua função de ILUDIR! Esteja atento, para que o AGORA, que é DEUS SENDO TUDO, não se torne “experiência que demore por acontecer”, pois, se assim fizer, você estará conscientizando a ILUSÃO e não a VERDADE!

É AGORA QUE VOCÊ É FILHO DE DEUS! A Luz que VOCÊ É, É a Luz da Onipresença! Não irá brilhar através de nenhum “processo”  de iluminação! Aceite com naturalidade plena a revelação: “Eu tenho a mente de Cristo”! A “Mente de Cristo” é o seu “discernimento” já dado por Deus! Melhor dizendo, a “Mente de Cristo” é a Mente de Deus, a Luz de Deus, a Vida de Deus, o Corpo de Deus, em suma, é a TOTALIDADE DE DEUS, SENDO VOCÊ!

Deixe de lado  conversas ilusórias referentes a “processos de iluminação”! Mesmo que por trás delas haja a assinatura de renomados místicos! O Cristo de seu próprio ser é seu único “Mestre”! Deixe de lado a “mente carnal”, que sempre reclama da “demora” em experienciar Deus! Ela não fará isso NUNCA! E o melhor de tudo é que esta “mente iludida” não é a SUA! Solte a ilusão e acate o REAL:

A Consciência iluminada, infinita e onipresente, Se revela sem cessar  como a MINHA Consciência única deste AGORA!

Não acolha “outra mente” que supostamente “um dia” chegará a  este ponto”; desse modo, VOCÊ se descobrirá, exatamente AQUI E AGORA, como o eterno OCUPANTE dele.

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“REPARTAM DE BOA MENTE”

Dárcio

“Façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de

boa mente e sejam comunicáveis.”

I Tm. 6: 18-19

A pressão mesmérica do mundo atua sobre a maioria, que fica hipnotizada por atingir suas metas pessoais sem ter olhos para o próximo. É quando observamos pessoas de cara amarrada pelas ruas, por estarem concentradas unicamente em si mesmas e no que humanamente desejam; ou, observamos sorrisos interesseiros, quando também eles são usados sem sinceridade e meramente como armas desse egoísmo pessoal. O mundo das aparências, de si mesmo, é um retrato do egocentrismo.

Quando encontramos na Bíblia, ou em textos espirituais, citações que puxam a atenção de alguém para o altruísmo ou para a caridade humana, precisamos entender que estas obras não são, em si mesmas, a prática da Verdade! Cansei de ouvir pessoas me dizendo que “o Reino de Deus é praticar a caridade”. Não é! Fazer o bem, repartir de boa mente, prestar auxílio, são atitudes que abrem a mente para que escape da pessoa o seu acúmulo de egoísmo. Ela é assim incentivada a olhar ao seu redor e verificar o que pode fazer em prol do próximo, e passa aos poucos a ter a alegria de ver o efeito disso na vida de alguém. Em outras palavras, ela passa a ter abertura à percepção de que “eu e o próximo somos um”.

Tanto Buda como Cristo pregaram este estratagema para desarmar a mente humana, e, nesse ponto, realmente é muito válido! O erro é quando este meio é confundido com o fim, e vemos pessoas a vida toda “praticando caridade” na matéria achando que o Evangelho é isto! O Evangelho é a revelação de Deus no homem, e nunca um homem praticando o bem humano. “Buscai, em PRIMEIRO LUGAR, o Reino de Deus e a sua justiça”, disse Jesus. Esta busca é em cada um, pois, o Reino é a nossa Consciência iluminada. A meta é a percepção de que somos Consciência iluminada, e não “mente humana fazendo o bem”. Se alguém não perceber esta diferença crucial, poderá passar a vida toda na matéria, usando apenas a mente humana e sem ter noção alguma da própria identidade em Cristo.

Por outro lado, quando alguém medita e contempla o Cristo em si mesmo, encontra Deus. A partir disso, suas ações humanas naturalmente serão altruístas ou caritativas, e sem que a mente humana participe como “autora”. “O Pai em mim faz as obras”, disse Jesus, para explicar esse mecanismo. É preciso deixar bem claro esta diferença: uma coisa é alguém decidir humanamente fazer o bem, e outra, é alguém, consciente de sua unidade com Deus, agir fazendo o bem. Aparentemente as duas poderão até estar agindo igual; porém, as causas são completamente diferentes!

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P E R C E B A

U M

E U

E X I S T I N D O

Dárcio

A frase de um poema místico, que diz “estar Deus mais próximo do que nossa respiração, mais perto do que as mãos e os pés”, figura na literatura espiritual mundial por dar uma noção da presença real do “Eu” que somos. A Vida eterna está aqui! O que a mente humana chama de vida é crença mortal! Nada tem a ver conosco! Por isso, Jesus disse que “quem perder sua vida por causa de MIM, acha-la-á”.

Perceba o seu “Eu” existindo! Contemple a Vida sendo VOCÊ! A mente humana não é seu “Eu”, ela não é “VOCÊ”. Somente gera um efeito hipnótico com o que a maioria se identifica! É hipnótico! Contemple seu “Eu” e, ao mesmo tempo, observe a mente humana se evaporando e levando junto seu conceito de ser você! Solte-se neste “Eu” que é sua Essência, mais próximo do que “suas mãos e seus pés”, porque estes não estão em você e sim no “efeito hipnótico”. Perceba um “Eu” existindo! É o Cristo sendo VOCÊ!

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POR QUE DEUS PERMITE ISTO?

Dárcio

Parte 2 – Final

Muitas religiões tradicionais pregam a necessidade do que elas chamam de “exame de consciência”. O enfoque absoluto dispensa por completo esse tipo de prática, já que reconhece unicamente a existência da Consciência iluminada sendo a nossa. A suposta mente que para, reflete e se avalia, não é mente verdadeira; portanto, durante as contemplações, não devemos nos ocupar com ela. Quem tiver tempo para fazer “exame de consciência”, que seria analisar o que é “nada”, terá maior proveito se o empregar para reconhecer a existência única da Mente divina como sendo a “sua” Mente. A Mente divina, perfeita e imaculada, sempre foi, é e será a Mente única em atividade como a Mente de todos.

Suponhamos que alguém faça “exame de consciência” e constate o seguinte: “Eu tenho sido invejoso demais! Vou procurar me corrigir desse defeito”, Esta descoberta seria vista como algo muito positivo pelo mundo; e, se de fato esta pessoa conseguir eliminar a sua inveja pelo esforço humano, ela a terá substituído pelo “orgulho” de tê-la superado. Apenas citamos a natureza ardilosa do emaranhado que compõe o mecanismo da mente ilusória. Nunca a pessoa se vê perfeita envolvendo-se com esta mente falsa, pois, a cada “exame de consciência”, ela se acusa de alguma coisa. Alguém poderia ser feliz nesse infindável caminho de eliminar defeitos ou de se aprimorar? É lógico que não. Além disso, é bom que se perceba o seguinte: nesse processo todo, a única envolvida e levada em consideração é a “mente humana”. Não há uma ação espiritual reconhecida; não há o discernimento da Oniação divina ou da Graça divina. GRAÇA DIVINA! Esta, sim, é a base do enfoque absoluto! Graça divina e Amor divino são sinônimos. Se deixarmos de dar crédito à inexistente mente humana e suas avaliações ilusórias a nosso respeito, ouviremos internamente a Voz de nossa verdadeira e única Consciência: “Tu és o meu filho amado, em Ti me comprazo” (Mc. 1: 11).

Não podemos perceber a Realidade Espiritual com um instrumento inexistente, e que, portanto, não é nosso. Tal instrumento irreal é a chamada “mente humana”. Enquanto a julgarmos existente, ela parecerá realmente estar existindo e sendo a nossa mente verdadeira, Entretanto, tão logo a encaremos como inexistente, pelo reconhecimento único da Mente divina como sendo a ÚNICA Mente legítima que temos, por AUTORREVELAÇÃO teremos a constatação dessa Verdade.

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REVELAÇÕES DISPONÍVEIS

Dárcio

Quando entrei em contato com os ensinamentos transcendentais, algo que muito me surpreendeu  foi a quantidade enorme de revelações espirituais existentes, perfeitamente disponíveis, para que todos pudessem ter uma vida plena e feliz. Tudo explicado em detalhes! Relatos de pessoas explicando como fizeram uso e como se beneficiaram, etc. Entretanto, outro fato me surpreendeu ainda mais: o desinteresse da maioria! Como explicar algo tão grandioso e verdadeiro sendo buscado somente por meia-dúzia de “gatos pingados” ?  Eis a resposta: a raça humana está sob forte influência mesmérica ou hipnótica! A ilusão de que a materialidade é real atua sem trégua como hipnose de massa!

Enquanto  a maioria permanecer no senso comum, sem procurar algo acima deste mundo visível como Realidade, o hipnotismo irá perdurar, aprisionando-a em suas ilusórias crenças de que somos seres nascidos materialmente neste mundo e, em consequência,  sujeitos às suas crenças no bem e no mal!

Assim, o primeiro passo é aceitarmos estar sob este efeito hipnótico coletivo; em seguida, desejarmos prioritariamente conhecer algo superior ao que é visível. Somente então, as Revelações disponíveis cumprirão seu papel na vida, mostrando a cada um o que é eterno, real, perfeito e divino! Em outras palavras, somente então, cada um será liberto pela gloriosa Verdade divina de que Deus e Homem são um só corpo!

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VÁ PARA DENTRO DE SI MESMO

Dárcio

Quando Cristo disse: “O Reino de Deus está dentro de vós”, a palavra “Consciência” provavelmente nem existisse com o sentido espiritual de hoje em dia. No linguajar humano, ter consciência é saber alguma coisa, tomar conhecimento, ou, alguém se avaliar mental ou moralmente, de onde se ouve falar em “exame de consciência” com o sentido de reflexão. No estudo do Absoluto, “Consciência” é Deus. E, como Deus é TUDO, Consciência é sinônimo de “Eu”, o “Eu Absoluto” que cada um de nós é.

Que sentido tem a frase “O Reino está dentro de vós”? Ela revela a Verdade de que a Consciência infinita é o Universo que abrange o nosso ser. Esta Consciência é TUDO! O Cristo que somos, e que também é revelado estando “dentro de nós”, é o “elo” de comunhão interna com o Pai ou com o Reino infinito. Que é “ir para dentro”? É deslocar a atenção de algo fora de nós mesmos, isto é, desfazer a ilusão de que existe algo, chamado “exterior”, SEPARADO do nosso Eu. A interiorização se faz pelo contínuo entendimento, em contemplação, de que o “Eu” que “Eu Sou” é a Presença ÚNICA chamada DEUS! Em outras palavras, é a “Consciência Iluminada”. Nada há ao lado da “Consciência iluminada que Eu Sou”. Este “desvinculo” do dualismo é o desvinculo da chamada “mente carnal”. Por que a Bíblia diz que “a mente carnal é a inimizade contra Deus”? Por esse motivo: ela é a ILUSÃO EM SI. Quando me perguntam: “Que é a Verdade?”, eu sempre digo:“A Verdade é VOCÊ sem a mente carnal”. Não existe “mente carnal”! Mas, como um sonho, ela aparenta existir e ser realidade!

Vá para dentro! Vá se soltando interiormente das imagens ilusórias desta mente falsa! Esse é o sentido de “vencer o mundo”. Contemplações desse tipo são demoradas e exigem “tempo livre”. Programe-as para quando puder praticá-las sem pressa ou interrupções. São estas meditações bem feitas que nos possibilitam ter bons resultados naquelas rotineiras e de duração reduzida.

A “ascensão” é “ir para dentro”, ou seja, é deixar a mente carnal ilusória pela “puxada de atenção” às alturas da Consciência-Essência”, existente como o nosso Eu em Deus. Esta Consciência é “o tesouro escondido no campo”, da parábola de Jesus, onde ele diz que aquele que o achou, vendeu tudo que tinha para comprar aquele terreno. Este “vender tudo” significa, na meditação, a pessoa abrir mão de tudo que a mente carnal sugere como realidade, isto é, tudo que aparenta existir como matéria, ou como algo FORA DE VOCÊ!

Vá para “dentro” e se identifique integralmente com a Consciência iluminada. Descubra que Ela é Você, que Ela é Deus, e que Ela é o Universo.

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POR QUE

DEUS PERMITE ISTO?

Dárcio

Parte 1

Diante dos aparentes problemas, imperfeições e dificuldades reconhecidos pela suposta “mente humana”, é comum surgir a pergunta: “Por que Deus permite que tais coisas aconteçam?” Quando viajamos por estradas asfaltadas, muitas vezes ficamos com a impressão de que a pista, à frente, se encontra molhada. Seria, então, o caso de perguntarmos: “Como a polícia rodoviária permite isto? Deixar a pista molhada em certos pontos, sem qualquer sinalização!? Logicamente, seriam perguntas descabidas, uma vez que a pista estaria seca o tempo todo. Ilusão é exatamente isto: mostrar uma situação inexistente no lugar daquilo que verdadeiramente existe e está presente.

Deus, a Mente perfeita onisciente, não tem consciência de problemas, imperfeições e dificuldades. Melhor dizendo, Deus não possui consciência de inexistências. A mente humana é uma ilusão; aparenta estar presente no ponto exato em que a Consciência divina onipresente está de fato sozinha existindo. Por exemplo, ao digitar este texto, parece estar havendo a atuação de uma mente humana, quando, na verdade, ele é fruto da ação da Consciência divina, ou seja, é uma revelação. O mesmo se dá com cada leitor: aparentemente, ele tem a impressão de estar “assimilando” estas verdades com a mente humana; contudo, o que ocorre é uma identificação (unidade) com o que está sendo lido, o que se dá sem nenhum esforço por parte da suposta mente humana. Eis por que a leitura de temas espirituais dispensa esforços mentais para a sua “compreensão”. Não existe nenhuma mente humana; logo, não pode haver esforço empreendido por algo inexistente. A Consciência Iluminada, onisciente, é nossa atual e única Consciência, e Ela já conhece tudo o que é possível de ser conhecido.

Deus é Consciência. A Consciência está consciente somente daquilo que verdadeiramente É! A Perfeição É! Assim, Deus não permite a presença de tipo algum de imperfeição. Para que a chamada “imperfeição” pudesse existir, Deus, sendo a única Presença, teria de ser imperfeito. Além disso, Deus teria de ser a imperfeição em si, o que seria absurdo total. Em outras palavras, Deus não possui consciência de tipo algum de mal. A Bíblia revela isto no livro de “Habacuque”.

Sendo Deus a única Consciência, esta Consciência divina necessariamente é a nossa, e não temos realmente consciência alguma da presença de “males” de qualquer espécie. Quando falamos da necessidade de haver um reconhecimento total da existência única de Deus, isto não tem a conotação conhecida na ciência mentalista como “saturação da mente com a Verdade”. Trata-se, de fato, da percepção plena e direta da Presença da Consciência divina Se manifestando como a nossa Consciência individual, o que, por si, revela a inexistência da ilusória mente humana.

A questão “Por que Deus permite isto?” é supostamente formulada pela “mente que não existe”. A percepção da Consciência divina onipresente exclui a falsa possibilidade de haver “outra mente” além ou ao lado de Deus. Por “percepção” entendemos: (1) aceitação, (2) reconhecimento, e (3) identificação.

Se levarmos em consideração as pessoas do mundo, em geral elas creem que Deus existe. Tanto é assim que, frequentemente, elas repetem a pergunta: “Como pode Deus permitir o sofrimento, as guerras, os problemas, etc.? Uma coisa é acreditar em Deus; outra, é saber que existe somente Deus. A mente que acredita em Deus é a “mente inexistente”. A Mente que sabe que “existe somente Deus” é a Mente real, divina ou crística. E é a única Mente que existe. Portanto, a Mente que agora somos, é Mente divina. Este foi o conhecimento que permitiu a Paulo deixar-nos sua preciosa revelação: “Temos a mente de Cristo”.

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DEDIQUE-SE

AINDA MAIS QUANDO A CRENÇA

NÃO O INCOMODA
Dárcio

A tendência do ser humano é a de procurar solução espiritual em momentos difíceis, segundo a crença coletiva. Sob a ILUSÃO de bem humano, deixa, muitas vezes, de levar a sério a prática dos princípios e a meditação. Deixa-se hipnotizar pela mente humana e seu conceito de “estar bem”, deixando de reconhecer que “bem e mal” da aparência são o “fruto proibido do Jardim do Éden”. “Estou me sentindo tão bem que nem preciso meditar hoje!” Isto é o que jamais pode acontecer! A meta é o Reino de Deus e não “este mundo” com sua ILUSÃO de bem e mal.

Dedique-se ao máximo à contemplação da Verdade: “Eu Sou Deus!” Faça isso com maior dedicação ainda quando se sentir humanamente ótimo! Não caia na ILUSÃO de se avaliar pelas aparências! O “sentir-se ótimo” é mero reflexo ilusório da PERFEIÇÃO que VOCÊ É. Se deixar de “contemplar o Absoluto” por acreditar nessa aparência, a ILUSÃO o estará dominando! Quanto menos sentir que a crença o incomoda, no mundo das crenças falaciosas, mais se dedique em SER quem VOCÊ REALMENTE É: O CRISTO EM DEUS, que é DEUS!

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CRISTO SEM MATÉRIA:

O “EM MIM” ABSOLUTO

Dárcio

Quando a Bíblia diz que sem o Verbo “nada do que foi feito se fez”, revela a Onipresença divina como a Substância da SUA existência. O Verbo Se expressa COMO o seu ser, e mais nada! Não há “outra” matéria-prima no Universo. DEUS É TUDO! Assim, os ensinamentos que empregam o linguajar “EM MIM”, como, por exemplo, “o Pai em Mim”, somente falam a Verdade quando partem desse princípio de forma absoluta. Se alguém for meditar achando ser uma pessoa com Deus presente nela, estará no dualismo infrutífero que admite o Verbo habitando “outra” existência, que não ELE MESMO, o que nega toda a Verdade.

Se uma jarra de vidro disser: “Eu tenho água em mim”, teremos duas substâncias: o vidro e a água; mas se ela estiver vazia e disser “Eu tenho vidro em mim”, teremos a unidade. Este é o ponto! A revelação é clara: “Cristo é TUDO em TODOS” (Colossenses 3-11). Ao contemplar a Verdade, faça-o como “jarra sem água”, ou seja, veja-se como “CRISTO SEM MATÉRIA”. Desse modo, ao meditar “O PAI EM MIM”, saberá o sentido absoluto dessa frase.

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“VAI RECONCILIAR-TE PRIMEIRO COM TEU IRMÃO”

Dárcio

Jesus disse ter vindo para fazer cumprir a lei. Falava de uma lei não deste mundo ilusório, mas da justiça divina. “Se vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”, disse ele. Falava da necessidade de um conhecimento maior, de uma visão mais alta, de um vislumbre da Verdade. Pela justiça do mundo os homens entram em dissensão, em nível familiar, social e mundial. A origem destas dissensões? A “justiça do mundo”.

“Se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, apresenta a tua oferta.”

Qual o sentido disso? As pessoas acham que são seres isolados, que são prejudicadas por alguém, injustiçadas, etc. Justificam-se pela justiça do mundo! DEUS É A VIDA ÚNICA! Todos estamos vivos com a própria VIDA UNA! Se tirarmos a atenção do campo da visibilidade, deixando de lado todas as aparências de brigas, mágoas, ressentimentos, por tomarmos conhecimento da VERDADE de que somos todos UM, esta “reconciliação” nos abrirá a mente à percepção da REALIDADE HARMÔNICA, REAL E INVISÍVEL! Nesta troca radical da justiça humana pela Justiça divina, veremos a manifestação das bem-aventuranças que nos são destinadas! Esta é a VIDA PELA GRAÇA! Eis por que está escrito:

“O AMOR

É O CUMPRIMENTO DA LEI”.

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CONTEMPLE A LUZ

SE IRRADIANDO COMO VOCÊ

Dárcio

Cada artigo estudado e contemplado automaticamente vai melhorando as contemplações seguintes, pois, cada um deles erradica falsas crenças enquanto, ao mesmo tempo, a Verdade neles exposta é reconhecida. Além de sabermos disso, devemos saber que o mais importante de tudo é “deixar a meditação fluir em Deus”, isto é, ficarmos livres e soltos na percepção de que, como Deus é TUDO inclusive o nosso “Eu”, estaremos contemplando a oniação divina que “sopra de nós mesmos” a Luz viva que somos. Somos a Luz emanada de “nós mesmos”.

Contemple esta ação de irradiação da Luz divina de você, em você, e a partir de você, mas sem qualquer interferência mental. Fazendo uma analogia grosseira, seria algo como se o corpo tivesse se molhado e você o deixasse secar ao sol, contemplando a umidade se evaporar sozinha sem que fizesse coisa alguma, a não ser testemunhar esta ação se dando. Contemple dessa forma, em silêncio e quietude, a LUZ divina se irradiando do âmago de seu próprio ser, que é Deus. Esta LUZ é VOCÊ!

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“TUDO POR MEU PAI ME FOI ENTREGUE”

Dárcio

A “Prática do Silêncio” é a comunhão em que “é do agrado do Pai dar-nos o Reino” e é “do agrado do Filho recebê-Lo. “Dar-nos o Reino” é revelar a Substância Divina de Sabedoria Infinita Se expressando e Se mostrando como o Filho que somos. TUDO É ESPÍRITO! Não existe matéria!

Quando Jesus disse: “Tudo por meu Pai me foi entregue”, revelava o Infinito Indivisível Se expressando como o Cristo de seu ser! O mesmo se dá com todos! Portanto, durante as contemplações, a serena certeza de que a Onipresença, que se estende pelo espaço infinito, constitui o Cristo que somos, deixa-nos abertos ao recebimento da herança divina em unidade com todos os seres. “Somos co-herdeiros com Cristo de todas as riquezas celestiais”, desde que não nos identifiquemos com seres nascidos na matéria. O Filho de Deus é espiritual, está formando Deus! Tudo é UM! E é por isso que, nesta percepção, “tudo por meu Pai me é entregue”. Não poderia deixar de ser! Somos UM!

Contemple estes fatos espirituais! Perceba sua Vida sendo a Expressão de TUDO que Deus é! É assim que Deus Se compraz no Filho! É assim que, com agrado, ao Filho dá o Reino! Nesta comunhão Pai e Filho, você percebe o AGORA! O AGORA em que “a Graça lhe basta”. Contemple estes fatos em Deus, e exponha esta contemplação frente à mente, como se fosse ela um “espelho”. Desse modo, ali se refletirá a plenitude em sua percepção visível, com todas as coisas necessárias “vindas por acréscimo”.

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