SEJA VEEMENTE COM O ERRO

SEJA
VEEMENTE COM O ERRO

STANFORD VEIRA

Um Cientista Cristão descreveu da seguinte forma a maneira como tratava do erro, ou da crença falsa: “Quanto trato do erro, trato-o rudemente!” Com frequência precisamos agir dessa maneira, a fim de que os sentidos materiais abandonem o seu testemunho. Conforme a sra. Eddy escreve, acredita-se ter certo magistrado feito o seguinte comentário a respeito de Jesus: “Sua repreensão é terrível”. E ela acrescenta: “A linguagem enérgica de nosso Mestre confirma essa descrição.” Adiante, escreve: “Se for necessário sacudir a mente mortal para lhe destruir o sonho de sofrimento, dize com veemência a teu paciente que ele precisa despertar”.

Por mais de dois anos servi na Marinha, à bordo de uma corveta. Os mares tempestuosos do Atlântico Norte sacudiam a embarcação como se ela fosse feita de cortiça, o que faziam com que eu sofresse enjoo crônico. Embora me tivesse sido possível pedir transferência para terra firme, eu sabia que o problema poderia ser resolvido através da Ciência Cristã. Solicitei ajuda a um praticista.

Certo dia, depois de alguns meses de infortúnio, como a tempestade rugisse e o navio jogasse violentamente, senti-me inspirado a me rebelar contra o erro com bastante veemência. Por diversas vezes cheguei a gritar: “Exatamente aí onde essa crença falsa parece estar, está apenas Deus, o Bem, ocupando todo o espaço!” Foi como se uma nuvem se tivesse retirado de mim e a luz apareceu. Eu estava curado. Desde então gostei de estar no mar, mesmo durante fortes tempestades.

Esta me foi uma boa lição. Percebi a importância de estarmos firmes na verdade. logicamente, o esforço de diversos meses tinha conduzido a esta cura, mas compreendi que, muitas vezes, um conhecimento superficial das verdades não é o suficiente para produzir a cura. Precisamos de grande certeza e convicção espiritual quando especificamente reivindicamos a verdade e nos atemos a ela, a fim de dissipar as pretensões mesméricas do mal.

Cristo Jesus falava com autoridade. Quando um pai lhe trouxe o filho epiléptico, para que Jesus o curasse, o Mestre disse: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais turbes a ele.” Graças â firmeza, sustentada pela compreensão da supremacia de Deus, Jesus destruía as pretensões do mal, cujas afirmações não eram toleradas por ele, mas refutadas severamente, mesmo naqueles que lhe eram mais chegados – os seus discípulos.

Um centurião, cujo servo estava doente, sabia que, da mesma maneira em que os soldados sob suas ordens tinham de obedecer-lhe, assim também as reivindicações do mal estavam sujeitas à repreensão e autoridade espiritual do Mestre. Jesus louvou-lhe a perspicácia: “Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta.” E o servo do centurião foi curado.

Reconhecendo a onipotência de Deus, Jesus via o mal como um mito a ser denunciado e destruído. As pessoas sentiam o poder subjacente aos feitos de Jesus. Em comparação, a doutrina dos escribas e fariseus – baseada amplamente na letra da lei mosaica – parecia estéril.

Muitas vezes as crenças mesméricas e mortais estão tão enraizadas que se requer um esforço vigoroso para desalojá-las. Quanto mais rápida, vigorosa e persistentemente denunciarmos o erro, tanto mais rapidamente suas reivindicações ilusórias desaparecerão. Se nos recusamos a dar crédito ou autoridade a uma crença errônea, automaticamente colocamo-la no seu caminho de retirada e bastará uma expulsão enérgica para completar a ação. A Sra. Eddy afirma:

“Insiste com veemência no grande fato, que tudo domina, de que Deus, o Espírito, é tudo, e que não há outro fora dEle. Não existe moléstia”.

O tratamento resoluto, mantido continuamente, é o golpe mortal para o erro e o força a desaparecer. Não sendo do tipo que se perde em cuidados e futilidades, esse tratamento é firme e definitivo, não deixando espaço ou terreno para nada além da verdade.

Quando nos recusamos a admitir a crença de que o erro é real ou tem lugar, e a negamos persistentemente, destruímos qualquer fundamento que o erro pretende ter, quer seja com relação a tempo, matéria ou lei material. Dessa maneira, as decepções originadas no erro são postas a descoberto e anuladas pela ação da Verdade divina na consciência humana, através da lei suprema de Deus. O paciente tem de ser libertado da evidência mesmérica que os sentidos materiais lhe estão apresentando. Isso pode implicar em despertá-lo para os fatos espirituais e verdadeiros do ser – saúde, santidade e harmonia. Então a luz do Cristo, a Verdade – dissipando o erro e o mesmerismo que o ofuscaram – passa a ocupar a consciência humana e a cura se manifesta.

Bem no início do meu estudo da Ciência Cristã, eu pensava que bastava proclamar a supremacia de Deus para vencer o erro. Entretanto, percebi logo que normalmente era preciso também denunciar o erro vigorosamente, a fim de me libertar de suas pretensões insidiosas. É mais ou menos como impulsionar um barco. A fim de progredir, precisamos usar ambos os remos; assim, a fim de progredir mentalmente, temos de negar o falso, bem como afirmar o verdadeiro.

A Bíblia nos confirma que a vitória está sempre com Deus: “Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória”. Sendo assim, devemos ater-nos aos fatos espirituais do ser e rejeitar completamente qualquer outro testemunho. Dessa maneira, estamos lado a lado com Deus, superando as pretensões do erro e conquistando a vitória.

(Transcrito de O Arauto da Ciência Cristã – Março 1982)
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AMOE É LUZ-2

AMOR É LUZ
Marie S. Watts
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Parte 2
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Já ouvimos falar sobre os pássaros adultos, que jogam seus filhotes do ninho assim que já tenham condições de voar. Isso realmente acontece. Mas há outro ponto que devemos observar: uma vez emancipados dos pais, estes filhotes se mantêm independentes. Não retornam aos pais para novamente receber alimentos ou algum outro tipo de ajuda. Eles descobrem que são livres, e esta própria liberdade os obriga a se manterem e a se autopreservarem por si mesmos. Assim, tanto os pais quanto os filhotes recém-libertos ficam inteiramente livres. Este exemplo encerra mais uma lição: os filhotes não ficam retornando para verificar como os pais estão passando. Não se sentem o mínimo responsáveis pelos mais velhos. Concentram-se exclusivamente em suas próprias atividades, e permitem que seus pais sejam capazes de fazer o mesmo.

Para se libertar inteiramente das correntes do amor humano, antes você mesmo terá que desfazer as amarras passadas à sua volta por você próprio. Como poderia estar livre o bastante para ajudar alguém a se libertar, estando você escravizado por esse conceito de amor? Impossível! Jamais vá ao encontro de alguém com o objetivo de conquistar a sua liberdade. A plena liberdade é algo que o próprio indivíduo terá de obter. Realmente, ninguém é capaz de libertar o outro. Pelo mesmo motivo, ninguém é realmente capaz de prender o outro. Liberdade é uma questão pessoal; cada qual é o responsável único pela sua. Ninguém pode dar liberdade a outro. A cada um, cabe-lhe criar a própria liberdade.

O chamado amor humano traz em seu âmago as sementes do medo, ódio, ciúme, dominação e apego. O amor humano gera o medo, justamente por consistir de uma realização íntima de natureza transitória. O suposto ser humano acredita realmente ser capaz de dar ou de receber amor. Pensa que o amor pode ser-lhe dado ou negado. Vive sempre receoso diante da possibilidade de perder seu ente querido, ou o amor que julga provir dele. Nos dois casos, o medo estará presente. Indifere qual possa ser o grau de felicidade que alguém demonstre possuir graças ao “amor” recebido de outro: sempre um receio oculto estará presente. Eis por que o amor humano jamais satisfaz de forma plena. Na maioria das vezes, o amor humano tem demonstrado ser uma experiência bastante frustrante.

O amor humano é uma ilusão. É uma ilusão vivenciada por um suposto homem, que por si integra  ou faz parte do fictício mundo ilusório. Ele faz brotar as imagens ilusórias para, em seguida, amar aquilo que ele mesmo inventou. Mantém-se aprisionado à sua natureza fictícia. Sendo ilusórias por própria natureza, suas imagens e emoções necessariamente são todas enganosas.

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AMOR É LUZ-1

AMOR É LUZ

MARIE S. WATTS
parte 1

Costuma-se dizer que Deus é Amor, o que realmente é verdadeiro. Fala-se também que Deus é Luz, o que equivale a se declarar um fato estabelecido. Em vista disso, conclui-se que o Amor é Luz, e Luz é Amor. Vejamos como esta Verdade universal atua no Universo, no mundo e em nosso dia-a-dia. Observemos também de que forma este Amor, que é Luz, funciona em nosso corpo como o próprio corpo.

O enfoque inicial de qualquer Verdade deve ser a partir de um ponto de vista universal. Os dois principais motivos que justificam esta recomendação são: (1) Tudo que é Existente, no Universo e como o próprio Universo, é também Existente em e como a vida, o corpo e a experiência de cada Identidade específica. (2) Ao considerarmos qualquer Verdade a partir de sua universalidade, livramo-nos inteiramente do conceito de que podemos conhecer, possuir ou ser esta Verdade universal de modo pessoal.

Vale recordar que o aparente possuidor de todo tipo de problema é o falso conceito chamado “ego pessoal”. Não há  Verdade nenhuma que seja pessoal. Há somente a Verdade impessoal, universal e infinita. Portanto, a única maneira de se considerar uma Verdade corretamente, e com sucesso, será necessariamente partindo-se do ponto de vista de sua universalidade.

O Amor é uma Existência universal. Ele já está presente em toda parte, inteiramente por igual. É tão onipresente quanto a Vida, a Consciência, a Mente, ou a Luz. O Amor é inseparável da Mente consciente viva. Não há qualquer linha delimitando o fim do Amor e o começo da Inteligência consciente viva. Ambos são a mesma Existência universal, sem limites de divisão entre si. Onde quer que a Consciência esteja, e também a Vida ou a Inteligência, o Amor ali estará presente.

É óbvio que não falamos do amor humano. A emoção transitória conhecida por amor humano é, na verdade, mísera imitação do Amor onipotente e infinito que é Deus. Nada de natureza temporal se relaciona com o Amor infinito. Este último é uma Existência eterna. Além disso, o Amor é um fato onipresente, relativo à Existência inteira.

O chamado amor humano certamente tem inicio num determinado momento. Assim, inevitavelmente ele terá que ter um fim. Estando sempre à mercê de flutuações e mudanças, não há nada que o impeça de caminhar em direção extremamente oposta, ou seja, o ódio. O amor humano é possessivo; frequentemente é usado como desculpa para que se dominem os chamados entes queridos. Não existe prisão maior do que a representada pelas restrições às quais alguém acaba se sujeitando em nome do amor humano.

Com que facilidade encontramos aqueles que lutam para se livrar do jugo e das restrições do amor humano! Por outro lado, com a mesma facilidade, verificamos que os que empregam esta errônea maneira de amar se julgam os únicos que deveriam sofrer correções. Isso não é verdade. Alguém que se deixa ser dominado ou restringido é tão errado quanto quem pretende dominar ou escravizar a outrem segundo este falso conceito de amor.

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O BEM JÁ ESTÁ FEITO

O BEM
JÁ ESTÁ FEITO
DÁRCIO


Quando alguma situação humana aparenta surgir inesperadamente para nos incomodar, se formos meditar para consertá-la, estaremos “dando corda” à ilusão. A perfeição absoluta é permanente, pois DEUS É TUDO! Portanto, em casos desse tipo, medite e reconheça: “O Bem está feito! É obra permanente de Deus. Extraio completamente a atenção da imagem mutável e a concentro na percepção da Realidade perfeita!”

Nesta “Prática do Silêncio”, você deverá sentir a paz correspondente à percepção, isto é, a certeza de que tudo realmente é perfeito, por estarmos no Universo ESPIRITUAL de Deus, onde a harmonia é onipresente. Você não está no mundo de imagens ilusórias! VOCÊ VIVE EM DEUS! VIVE IMERSO NO AMOR DE DEUS! Após esta contemplação, em perfeita paz, faça tudo como se sentir inspirado a agir, consciente de que O BEM ESTÁ FEITO, apenas em desdobramento, a partir de então, na tela da visibilidade.

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O MEIO DE CAPTAR A SABEDORIA INFINIT

O MEIO DE
CAPTAR A SABEDORIA INFINITA
Masaharu Taniguchi

O Deus verdadeiro de que fala a Seicho-no-ie é o Criador de tudo, a Grande Fonte da Sabedoria infinita, da Vida infinita, da Provisão infinita. A sapiência de Deus não é coisa pequena como a inteligência humana. Uma Sabedoria infinita que enche todo o Universo – isto é a Sapiência de Deus – e na mesma proporção que abrimos a porta do coração para Ele, a Sua Sabedoria flui para dentro de nós. Quanto mais diminui o sentimento arbitrário, mais diretamente a Sabedoria de Deus flui para o nosso interior, e torna-se o nosso guia em todos os aspectos.

Portanto, não temos necessidade de pôr em funcionamento a inteligência humana e preocuparmo-nos acerca das coisas com uma pequenina sabedoria. À medida que deixamos de agir pelo raciocínio humano, a limitação individual de nossa inteligência se desfaz, e, à proporção que ela se desfaz, manifesta-se a Sabedoria universal – isto é, a Sabedoria de Deus – sabedoria sem arbítrio – sabedoria de grandeza imensurável; e se nós podemos obtê-la, por que motivo precisamos tentar obter a orientação para a nossa vida somente dentro do pequeno âmbito do próprio eu?

Imensa quantidade de ar puro enche o espaço todo; se esse ar está ao nosso alcance, por que teríamos de respirar apenas o ar do interior do estreito quarto? Se existe o oxigênio natural em abundância, por que teríamos de respirar o oxigênio artificial? Nós precisamos confiar na Nartureza. Se não saímos para respirar o ar de fora, é porque não acreditamos no seu valor; se acreditássemos, não poderíamos deixar de escancarar as portas e as janelas e respirar o ar de fora. Então, se não buscamos a fonte da sabedoria na Grande Sabedoria de Deus que preenche o Universo, deve ser, em última análise, porque não confiamos nessa Grande Sabedoria. Se confiássemos nela, não poderíamos deixar de escancarar as portas e as janelas do coração para respirar a Grande Sabedoria de Deus.

Pois bem, quando assim escancaramos totalmente as portas e as janelas do coração e buscamos na Grande Sabedoria de Deus a orientação direta, em nós próprios, já estará manifestado o Aspecto Real do Filho de Deus, e já não mais seremos escravos da “pequena inteligência”, da ciência, do poder, tornando-nos o próprio Filho de Deus, que encerra em si a Sabedoria infinita e que é por ela orientado.

O grande poeta inglês Browning, sendo profundo conhecedor da Verdade, escreve em seus versos:

A Sabedoria está sempre dentro de nós. Por mais que confiemos em coisas externas,
das coisas externas não nasce a Sabedoria.
Nós temos nosso Centro no âmago de nós mesmos.
Nesse Centro aloja-se a Verdade infinita.
Escavar essa Verdade –
a isso chamamos extrair a sabedoria.


Deus se aloja no interior do próprio homem, a Sabedoria se aloja no interior do próprio homem, a Verdade se aloja no interior do próprio homem. Se é que Deus, a Sabedoria e a Verdade não estão dentro dele próprio e existem fora dele, o homem não conseguiria jamais se tornar livre. Se é que Deus ou a Verdade existem somente fora de nós, obedecer a eles significaria ficarmos amarrados pelas coisas exteriores, e portanto nunca sermos livres. Exatamente porque aquilo que se chama Deus ou Verdade é a Natureza Divina que se encontra latente em nosso interior, obedecer a Deus ou à Verdade significa fazer com que a verdadeira natureza que se encontra oculta se manifeste livremente.

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UNDO ATRAVÉS DO VIDRO DISTORCIDO

NÃO OLHE O MUNDO ATRAVÉS DO VIDRO DISTORCIDO
MASAHARU TANIGUCHI

Quando surgirem pensamentos sombrios e pessimistas, ou quando tiver algum pressentimento de fracasso, volte imediatamente o seu pensamento para o lado alegre e positivo. Um dos erros mais frequentes em que incorrem os principiantes no conhecimento da Verdade é confundir o “Mundo da Realidade” e o “mundo do fenômeno”. O que existe realmente é o perfeito “Mundo da Imagem Verdadeira”; o imperfeito “mundo do fenômeno” não é existência real. Este apresenta-se como se existisse, mas não existe. O que existe realmente é o Mundo da Realidade criado por Deus.

Se essa perfeição do Mundo da Realidade não aparece no mundo fenomênico é simplesmente porque vemos o mundo através da “mente em ilusão”. O mundo parece torto como se fosse visto através de vidro distorcido, mas, na verdade, não está torto.

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OLHE A CENA LIMITADA E ENXERGUE O INFINITO


OLHE A CENA
LIMITADA E ENXERGUE O INFINITO
Dárcio

A cada instante, a mente humana lhe mostra uma imagem tridimensional. Só pelo fato de esta imagem ter somente três dimensões já comprova ser finita e limitada, ou ilusória. Olhe diretamente para ela, e enxergue-a de forma infinita! Como se você visse uma foto em preto e branco de uma paisagem e, ao mesmo tempo, a traduzisse internamente pela paisagem colorida em três dimensões que deu origem à foto! Esta imagem, que você vê como “mundo terreno”, está lhe dizendo: “Eu sou o paraíso; veja-me como sou e não da forma limitada com que a mente humana consegue me mostrar! Expanda sua percepção! Pare de me “ver cegamente”, veja-me como eu sou aos olhos de Deus!”

Cada imagem visível é a ilusão desafiando-o nesse sentido! Olhe para ela e a traduza de imediato! Treine esse procedimento, e as aparências não mais o iludirão com tanta facilidade!

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"DEUS É TUDO" EM CONTEMPLAÇÕES COMPLETAS

“DEUS É TUDO”
EM CONTEMPLAÇÕES COMPLETAS

Dárcio

DEUS É TUDO! Assim diz a premissa básica do estudo da Verdade absoluta! Vivemos na totalidade de Deus, um Deus que está sendo tudo e todos, e, ao lado do Qual, nada há!

Quando falamos em “estudo da Verdade”, falamos em ACEITARMOS PLENAMENTE esta totalidade divina! As “contemplações completas” precisam ser feitas com dedicação! Crenças contrárias devem ser expulsas de aceitação automática! Jesus criticou os discípulos que “nem por uma hora puderam velar com ele”. Sabia que a crença é pegajosa, apesar de  falsa! A Verdade precisa ser reconhecida! Até que haja o “despertar em massa”. Perceba Deus sendo a totalidade do Universo, reconheça isso! Exclua a possibilidade de estar presente qualquer outra coisa, senão a Presença de Deus. Perceba Deus sendo a totalidade do seu Ser: a totalidade de sua Consciência, Vida, Mente e Corpo. Exclua a possibilidade de algo além de Deus estar participando de SUA EXISTÊNCIA, de SEU UNIVERSO, de SEU CORPO. Detenha-se na percepção iluminada de que, realmente, DEUS É TUDO!

Faça “contemplações completas”, que solidifiquem a ONIPRESENÇA, a ONIPOTÊNCIA, a ONISCIÊNCIA e a ONIAÇÃO DIVINAS! Sinta-se totalmente INCLUSO nesta Verdade! Solte a mente nesta percepção! DEUS ESTÁ SENDO A TOTALIDADE DE SUA EXISTÊNCIA! CONTEMPLE ISSO COMPLETAMENTE!

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A MENTE “EU SOU” QUE VOCÊ É

A MENTE
“EU SOU” QUE VOCÊ É
Marie S. Watts

Amado, você percebe que, sem que houvesse Mente, não poderia haver nenhuma Existência? Sem que houvesse conhecimento de ser, ninguém nem coisa alguma teria possibilidade de ser, de existir? Isto é verdadeiro porque toda Substância, toda Forma, toda Atividade, consiste de Mente ativa consciente, ciente de Si mesma como sendo o que Ela é. Se a Substância na Forma não fosse conhecida, a Substância na Forma não poderia ser.

Toda Substância na Forma é eterna. Toda Substância na Forma é tão eterna quanto a Mente consciente que Se conhece como sendo eterna. A Mente que Se conhece como sendo toda a Substância na Forma, também Se conhece como sendo a Forma de toda Substância. A Mente que Se conhece como constante e eternamente ativa, conhece a Si mesma como a única atividade de toda Substância na Forma. Esta é a Mente “EU SOU” QUE VOCÊ É.

A Mente oniativa, consciente e eterna, não pode Se conhecer como substância temporal. Tampouco esta Mente constante e eterna pode Se conhecer como uma forma temporária. A Oniação eterna não pode Se conhecer como temporariamente ativa em ou como uma Forma ou Substância que começa e acaba. Nenhuma Substância na Forma começa a existir. Nenhuma Substância na Forma deixa de existir. Nenhuma Forma de qualquer Substância vem à Existência, nem tampouco sai da Existência.

A Mente que Se conhece como sendo Perfeição, não pode Se conhecer como substância imperfeita. A Mente que Se conhece como Perfeição oniativa, não pode Se conhecer como atividade imperfeita. A Mente que Se conhece como sendo Luz – todo Conhecimento – não pode Se conhecer como treva – ignorância. A Mente que se conhece como imensurável e irrestrita, não pode Se conhecer como circunscrita ou limitada sob qualquer aspecto. A Mente que Se conhece como sendo inseparavelmente UNA, não pode Se conhecer como dividida em seções de si mesma. ESTA É A MENTE EU SOU QUE VOCÊ É.

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A PORTA DA FELICIDADE DEVE SER ABERTA POR DENTRO

A PORTA DA FELICIDADE
DEVE SER ABERTA POR DENTRO

MASAHARU TANIGUCHI

Há pessoas que dizem: “Tentei de várias maneiras, mas não consegui nada”.
Elas não conseguiram nada
porque tentaram de várias maneiras usando apenas a
inteligência cerebral. “Tentar de várias maneiras” não é nada mais que
repetir tentativas e erros. Repetir tentativas e erros é o mesmo que ficar
dando volta ao redor dos problemas e tentando abrir a porta da felicidade
por fora. Esta só se abre por dentro. Manifestando a sabedoria interna é que se
consegue abrir a porta da esperança.

A oração é a chave que abre a porta da esperança. Todos possuem esta chave,
mas é lamentável que poucos a utilizem. A chave da esperança não está
exposta num lugar visível. Ela está guardada numa caixa secreta e invisível
chamada “mente”. Orar – confiar na sabedoria de Deus – receber a
inspiração – agir segundo Sua orientação – colher o resultado – eis as
etapas do uso da “chave que abre a porta da felicidade”.

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"Antes que clamem, eu responderei"

“Antes que clamem, eu responderei”
Isaías 65; 24
DÁRCIO

Os períodos de oração se comparam, às vezes, ao instante em que acordamos de repente e notamos o fim imediato de um pesadelo e sua sequência horrenda de quadros indesejáveis. Eram experiências reais? Não! Porém, quem saberia disso durante o sonho?

Quem estuda a Verdade, parte sempre da premissa de que DEUS É TUDO! E, se a oração é feita a partir desta Verdade, sabemos, de início, que todos os quadros desarmônicos, vistos pela mente humana, são meramente “parte” do “pesadelo” chamado vida humana!

“Antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.” Entendamos o sentido prático desta citação de Isaías. Se, diante dos quadros desarmônicos da vida humana, optamos por recorrer à oração, saibamos que, neste exato instante da decisão, a  “sequência de quadros” deve ser vista como já  interrompida! É comparável àquele intante em que acordamos do pesadelo!

Que fazer a seguir? Compreender, com a máxina naturalidade, que O UNIVERSO PERFEITO já estava, está e sempre estará presente, com Suas Obras perfeitas e permanentes em iluminada expressão! Este é o significado desta importantíssima citação!

Não devemos jamais atribuir às aparências qualquer conotação de gravidade! São elas, quaisquer que sejam, meros quadros hipnóticos semelhantes ao sonho! Façamos, portanto, que a oração seja o meio de paralisarmos a projeção daqueles quadros,  e, ao mesmo tempo,  façamos o iluminado reconhecimento de que, “antes que começássemos a orar, já estávamos sendo ouvidos por Deus”,  nossa própria Consciência iluminada,  sempre pronta a nos revelar Sua onipresente e IMUTÁVEL perfeição absoluta!

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"NÃO SABEIS VÓS QUE SOIS O TEMPLO DE DEUS?"

“NÃO SABEIS VÓS QUE SOIS O TEMPLO DE DEUS?”
I Coríntios 3: 16.
DÁRCIO


Tendo conhecido a Verdade, Paulo, como Jesus,  se preocupou em direcionar a todos unicamente para dentro de si mesmos. A mente voltada para o exterior é idolatria, mesmo que neste exterior estejam sendo vistos ensinamentos ou pessoas iluminadas! O estudo da Verdade é também chamado de “Prática da Presença de Deus”. Esta frase exclui  buscas externas! “Não sabeis vós que SOIS o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” Que está ele aqui enfatizando? O fim da busca externa!

As pessoas vinham tentando encontrar Deus em religiões, terras santas, mestres ascensionados, etc. Por quê? Simplesmente por não terem assimilado estas palavras reveladas!

SOMOS O TEMPLO DE DEUS! O ESPÍRITO DE DEUS HABITA EM NÓS! Que nos resta fazer, diante destas Verdades? Reconhecê-las em nosso próprio ser!

Deixemos de lado,  por alguns momentos, o mundo com seus mestres e ensinamentos vários; fechemos os olhos e percebamos interna e espiritualmente o que Paulo aqui nos revela! Repitamos esta identificação com nossa real identidade o maior número possível de vezes! São contemplações rápidas e eficazes! Com elas poderemos “vencer o mundo”.

Sei que EU SOU O TEMPLO DE DEUS. Sei também que o ESPÍRITO DE DEUS HABITA EM MIM. No silêncio desta contemplação, identifico-me totalmente com estas Verdades. De fato, Eu Sou o Templo de Deus; o Espírito de Deus habita em mim! Somos um!
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EXTRATO DE UM SERMÃO PROFERIDO EM BOSTON – Final

EXTRATO DE UM SERMÃO PROFERIDO EM BOSTON

MARY BAKER EDDY

Texto: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
Mateus 13:13

PARTE 2 – FINAL


Esclareçamos as abstrações. Coloquemo-nos na presença dAquele que remove todas as iniquidades e sara todas as nossas enfermidades. Unamos nosso conceito da Ciência àquilo que toca o sentimento religioso íntimo do homem. Abramos nossas afeições ao Princípio que tudo move em harmonia, – desde a queda de um pardal até o voltear de um mundo. Acima da ursa com seus filhos, está a Ciência da cura mental, mais ampla que o sistema solar e mais alta que a atmosfera de nosso planeta.

O que é o reino dos céus? A morada do Espírito, o reino do real. Ali não existe matéria, ali não existe noite – nada que idealize ou pratique a mentira. É porventura distante esse reino? Não: está sempre presente aqui. A primeira a declarar-se contra esse reino é a matéria. Porventura será chamada heresia aquilo que advoga a favor do Espírito – o Tudo de Deus e Sua onipresença?

O reino dos céus é o reinado da ciência divina: é um estado mental. Jesus disse que está dentro de vós, e ensinou-nos a orar “Venha o teu reino”; mas ele não nos ensinou a orar pedindo a morte a fim de ganhar o céu. Não recorremos à escuridão em busca da luz. A morte jamais pode ser a precursora do despontar da Ciência que revela os fatos espirituais da Vida do homem, aqui e agora.

O fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha é a Ciência divina; o Consolador, o Espírito Santo que guia a toda a Verdade; “o cicio tranquilo e suave” que emana Sua presença e poder, expelindo o erro e curando o doente. E a mulher, a ideia espiritual, toma todas as coisas de Deus e as mostra à criatura, até que todo o senso do ser seja levedado pelo Espírito. As três medidas de farinha bem podem ser comparadas ao senso equivocado de vida, substância e inteligência, o qual diz: sou sustentado pelo pão, matéria, em vez de pela Mente. O fermento espiritual da Ciência divina muda esse senso equivocado, proporcionando melhores perspectivas de vida, dizendo: A Vida do homem é Deus; e quando isso se manifestar, será a substância das coisas que se esperam”.

A medida da Vida aumentará a cada toque espiritual, assim como o fermento faz crescer a massa do pão. O homem celebrará a festa da Vida, não com o antigo fermento dos escribas e fariseus, nem com o “fermento da maldade e da malícia e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”.

Assim se pode ver que a Ciência da cura mental tem de ser compreendida. Há falsos cristos que pretendem “enganar, se possível”, estabelecendo a matéria e seus métodos no lugar de Deus, a Mente. Sua suposição é de que existam outras mentes além dEle; que uma mente controla outra; que uma crença tome o lugar de outra. Mas esse ismo de hoje nada tem a ver com a Ciência da cura mental que nos faz conhecer a Deus e revela a Mente perfeita, única, e Suas leis.

A tentativa de misturar a matéria e a Mente, de trabalhar com os meios tanto do magnetismo animal quanto do poder divino, é como dizer, literalmente: Porventura em teu nome não expelimos demônios, e não fizemos muitos milagres?

Mas lembrai-vos de Deus em todos os vossos caminhos e encontrareis a verdade que rompe o sonho dos sentidos e permite a entrada da harmonia da Ciência que declara a Ele, trazendo cura, paz e perfeito amor.


(Transcrito de O Arauto da Christian Science – março 1998)
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OBSERVE-SE

OBSERVE-SE
Dárcio

Pare com tudo que esteja fazendo, somente por alguns momentos.
Observe-se! Perceba que há VIDA em VOCÊ! Perceba que há AQUI a  SUA PRESENÇA, a SUA CONSCIÊNCIA. Não pense! Apenas perceba! Se achar difícil não pensar, pense: “Eu não estou pensando; estou me observando! Estou somente sendo testemunha de que EU SOU!”

Observe-se! Dê atenção plena a VOCÊ MESMO!

DEUS É TUDO!

Observe DEUS sendo VOCÊ!

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EXTRATO DE UM SERMÃO PROFERIDO EM BOSTON

EXTRATO DE UM
SERMÃO PROFERIDO EM BOSTON

MARY BAKER EDDY
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Texto:
O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
Mateus 13:13
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Atualmente pouca gente sabe alguma coisa sobre a Ciência da cura mental; e há tanta gente que, em nome da Ciência, impõe sua ignorância ou seu falso conhecimento à opinião pública, que é obrigação de todos aqueles que estão revestidos das armas da luz conservar brilhante sua invencível armadura: ser modestos em relação a suas demonstrações e manter reivindicações e seu viver firmemente alicerçados na Verdade.

Ao disseminar a Palavra com amor, mas separando joio do trigo, declaremos o positivo e o negativo da ciência metafísica; aquilo que ela é e aquilo que ela não é. Protestantes num sentido mais elevado do que nunca, intrépidos e esquecidos de nossos próprios interesses, enfrentemos e derrotemos as pretensões dos sentidos e do pecado, a despeito das censuras ou dos clãs que derramam sobre nós o seu fogo; e o amor, alado de branco, pairando sobre todos, cobrirá com suas plumas o pecador mais empedernido.

A Mente divina e infalível mede o homem, até que as três medidas fiquem levedadas e ele chegue à plenitude da estatura; pois “reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-poderoso”.

A Ciência é divina: não é de origem humana nem procede de diretrizes humanas. As chamadas “ciências naturais”, cujas evidências são percebidas pelos cindo sentidos pessoais, apresentam apenas um senso finito e tênue da infinita lei de Deus; lei essa que está inscrita no coração,é recebida por meio das afeições, é compreendida espiritualmente e demonstrada em nossa vida.

Essa lei de Deus é a Ciência da cura mental, espiritualmente discernida, compreendida e obedecida.

A Ciência mental e os cinco sentidos pessoais estão em conflito; e a paz só pode ser declarada do lado do direito imutável, – a saúde, a santidade e a imortalidade do homem. Para obter esse resultado científico, é preciso compreender e acatar a regra primordial e fundamental da Ciência; ou seja, a declaração frequentemente repetida nas Escrituras, de que Deus é o bem; portanto, o bem é onipotente e onipresente.

A filosofia antiga e a moderna, a razão humana ou os teoremas dos homens enunciam erradamente a Ciência mental, seu princípio e sua prática. Nesse ponto, a mais esclarecida compreensão nada vê senão uma lei da matéria.

Quem alguma vez aprendeu nas escolas que só existe uma Mente única, e que esta é Deus, que cura todas as nossas doenças e pecados?

Quem alguma vez aprendeu nas escolas, na filosofia pagã ou na teologia escolástica, que a ciência é a lei da Mente e não da matéria, e que essa lei não tem nenhuma relação com a matéria nem a reconhece?

A Mente é sua própria grande causa e efeito. A Mente é Deus onipotente e onipresente. Que dizer, então, de uma teoria oposta, assim chamada ciência, a afirmar que o homem é tanto matéria como mente, e que a Mente está na matéria: Pode o infinito estar dentro do finito? E não deve o homem haver preexistido, no Tudo e Único? Acaso existe uma mente má sem ter espaço para ocupar, sem ter poder para agir nem vaidade para se apresentar como sendo o homem?

Se Deus é Mente e preenche todo o espaço, se está em toda parte, a matéria não está em lugar nenhum e o pecado é obsoleto. Se a Mente, Deus, é todo-poder e todo-presença, o homem não se depara com outro poder ou presença que, – obstruindo sua inteligência – lhe causa dor, o acorrenta e o engana. A perfeição do homem está intacta; de onde vem, então, algo além dELE, que não é a contraparte, mas sim a contrafação do criador do homem? Por certo não vem de Deus, pois Ele fez o homem à Sua própria imagem. De onde vem, então, o átomo ou molécula chamada matéria? Porventura foi formada pela atração e coesão? Mas essas forças são leis da matéria, ou leis da Mente?

Para que a matéria seja matéria, deve ter sido criada por si mesma. A Mente não tem poder para produzir ou para criar a matéria, assim como o bem não tem poder para produzir o mal. A matéria é um enunciado errôneo sobre a Mente; é uma mentira, pretendendo falar contra a Verdade e negá-la; é idolatria, tendo outros deuses; é o mal, pretendendo ter presença e poder sobre a onipotência!

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JUSTIÇA

JUSTIÇA
Mirtle Fillmore

Deus é infinita justiça.
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Fale isso. Pense nisso. Estude isso, palavra por palavra. Ore pelo entendimento de seu sentido real.

Em seguida, identifique-se com Deus. Proclame sua inseparável união com Deus. Declare que, consequentemente, V. é também infinita justiça; a justiça de Deus é a sua própria ação em todos os sentidos.

Ao estudar essa declaração, V. há de capacitar-se de que, em verdade, uma das qualidades de Deus como divina lei é infinita justiça,sempre atuante por todo o universo.

Então V. chegará a compreender que, por ser filho de Deus, com liberdade de decisão e comando do poder, das faculdades e das qualidades do Ser, poderá determinar precisamente o que há de advir à sua vida. Poderá determinar o que a infinita justiça lhe proporcionará. Poderá determinar o que suas atitudes e atos para com os outros lhe trarão como resultado das impressões que tiverem sobre o que V. manifestar.

Porquanto Deus é infinita justiça, poderá V. sempre alternar as causas que puser em operação e assim alterar os resultados. É-lhe ela apropriada segundo V. mesmo a determine por suas atitudes e atos.

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"UM GRANDE BANQUETE…"

“UM
GRANDE BANQUETE”
“UM HOMEM PREPAROU UM GRANDE
BANQUETE E CONVIDOU MUITA GENTE…”

Huberto Rhoden

De todos os setores da vida humana tira o Mestre os seus símbolos materiais para ilustrar o grande simbolizado espiritual – o mistério do reino de Deus – da lavoura, da horticultura, da pomicultura, do ambiente doméstico, culinário; e desta vez entra na Zona da vida social do seu país. O reino dos céus é semelhante a um homem rico que preparou um grande banquete para celebrar as núpcias de seu filho. E, na hora do banquete, mandou os seus servos a fim de chamarem os convidados para o festim. Estes, porém, começaram a alegar pretextos vários para não comparecer.Um dos convidados disse: “Comprei uma quinta, e preciso ir vê-la; rogo-te me tenhas por escusado”.

Outro respondeu: “Comprei cinco juntas de bois, e preciso experimentá-los; rogo-te me tenhas por escusado”.

Um terceiro replicou: “Casei-me, e por isto não posso ir”. Este nem sequer pediu desculpas.

Os mensageiros relataram tudo isto a seu senhor. Ao que este lhes ordenou: “Ide pelos povoados e aldeias e convidai a todos os que encontrardes, cegos, coxos, aleijados, para que se encha a minha casa. E assim se fez.

Mas nenhum daqueles que haviam sido convidados em primeiro lugar provou o banquete.

Aí está um retrato fiel da humanidade de todos os tempos!

Todos são convidados para a grande solenidade, mas nem todos atendem ao convite.

O banquete é o reino de Deus – o reino de Deus, porém, está dentro do homem. É o “tesouro oculto”, é a “pérola preciosa”.

Muitos homens acham que têm coisa mais importante a fazer do que encontrar a “parte boa” que Maria encontrara; andam por demais atarefados com a parte de Marta. Conhecem muitos objetos, mas ignoram o seu próprio sujeito. Realizam tudo – menos a si mesmos…

Longo e árduo é o caminho para esse misterioso. Além de dentro…Sem conta são os percalços que o homem-ego criou no caminho para o homem-Eu…

Todos os homens são convidados pelo Cristo interno – e, não raro, pelos arautos do Cristo externo – para tomarem parte na festa nupcial de sua alma, no consórcio místico entre sua alma e o divino Esposo. Todos, seja qual for a sua profissão ou condição social – lavradores, criadores de gado, homens e mulheres, solteiros e casados, sábios e ignorantes –porquanto “a luz ilumina a todo homem que vem a este mundo”.

Muitos homens, porém, não querem escutar a voz silenciosa da sua própria alma. Não conhecem o tesouro oculto e a pérola preciosa de seu próprio Eu espiritual; só conhecem a ganga de seu ego físico-mental. A luz do Logos, é verdade, ilumina a todos, mas somente aos que recebem em si esta luz divina, é-lhes dado o poder de se tornarem filhos de Deus. Não basta que a luz divina esteja presente ao homem, é necessário que também o homem se torne presente a essa luz.

É tão difícil, no princípio, o homem atender a essa voz silenciosa de dentro, porque os ruídos de fora abafam tudo com as suas brutalidades profanas. O homem obsessionado pela violenta sedução dos objetos materiais – dinheiro, possessões, prazeres, vanglórias, ambições – dificilmente encontra tempo para atender ao discreto murmúrio de sua alma. As quantidades de fora são tão conhecidas, e a qualidade de dentro é tão desconhecida.

E é fácil encontrar escusas para não comparecer ao banquete espiritual. Nunca temos tempo para aquilo de que não gostamos – mas para aquilo de que gostamos nunca falta tempo; e, se faltasse, íamos fabricá-lo. O tempo, a bem dizer, não é algo que exista objetivamente; somos nós mesmos que o fazemos, segundo as nossas predileções. O lúcifer da nossa inteligência é duma incrível sagacidade; justifica habilmente todas as suas complacências; prova com facilidade que o preto é branco, que o círculo é quadrado, que o não é idêntico ao sim. Para tudo quanto a vontade quer, encontra a inteligência um sistema científico ou filosófico que justifique as predileções da vontade

O homem profano se impressiona muito mais com o que tem do que com o que é, os seus teres – campos, animais, mulheres – lhe são visíveis; o seu ser lhe é invisível.


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“EU SOU O SENHOR, E NÃO HÁ MAIS NADA"

“EU SOU O SENHOR,
E NÃO HÁ MAIS NADA”
Marie S. Watts

Não importa quão terrível ou convincente a evidência aparente ser: volte-se instantaneamente à Verdade: DEUS É TUDO. Uma vez firmemente estabelecido nesta Consciência, perceba que TUDO significa tanto eterno quanto infinito. Contemple a Natureza de Deus como sem começo, sem mudança e sem fim. Permaneça no fato de que o Deus Infinito compreende TUDO, e é a única Mente, Consciência, Substância e Atividade do Universo. Continue na convicção de que o infinito Deus compreende a Consciência, a Substância, a Vida eterna, sem começo, sem mudança e sem fim de cada indivíduo específico. Irá presenciar enorme calma. E saberá que o aparente temporal foi anulado, e que se fez manifestada a infinita Onipotência da Onipresença como Sua gloriosa Verdade: “Eu sou o Senhor, e não há mais nada”.

VEJA A ÁRVORE NA SEMENTE

VEJA A
ÁRVORE NA SEMENTE
Dárcio

O lavrador prepara a terra, lança nela as sementes dos frutos desejados, aduba, irriga, cuida do que lhe cabe fazer, e  entrega o restante à lei natural de manifestação. ELE “ENXERGA” A ÁRVORE NA SEMENTE! Por isso a planta!

VEJA-SE PRONTO NA SEMENTE DIVINA! Não se identifique com as aparências que são visíveis; elas não são VOCÊ! VOCÊ ESTÁ PRONTO! Medite e assim se veja! Veja-se da forma com que o lavrador vê a árvore completa NA SEMENTE! Descarte todas as imagens em mutação e centralize sua atenção em VOCÊ! Neste VOCÊ PRONTO! Que não nasce, não muda, não morre! Deixe que as “manifestações visíveis” tomem rumos pela lei natural!

CONTEMPLE ESTE VOCÊ PERMANENTE! ESTE, SIM,
É DEUS SENDO VOCÊ!

RECONHECIMENTO E ENTREGA

RECONHECIMENTO
E ENTREGA
Dárcio

Durante a “Prática do Silêncio”, podemos empregar o reconhecimento de um princípio espiritual e ao mesmo tempo fazermos uma entrega profunda que se torna uma abertura máxima à revelação desse princípio. Tudo se passa simultaneamente, ou seja, a mente reconhece, solta-se nesse reconhecimento e nesta “entrega” à nossa Consciência, que é Deus, o princípio é endossado. Se você, por exemplo, for contemplar a “inexistência da matéria”, seria feito este reconhecimento: “Não existe matéria”, enquanto, ao mesmo tempo, a mente se soltasse na “entrega ao Espírito onipresente”. É dessa forma que usamos a mente sem pararmos em puro “mentalismo”. A associação do mental com o místico gera facilidade nas meditações, além de reduzir o tempo das mesmas em termos de eficácia diante do que estivermos contemplando da Verdade absoluta.

DEUS É TUDO! Não existe mente humana! Como esta crença hipnótica é puro “nada”, se praticarmos as contemplações sempre tendo em vista esta Verdade absoluta, partindo dela própria, veremos os frutos desta “permanência em MIM”, ou seja, nesta percepção de que “EU SOU DEUS” é a Verdade eterna e permanente sobre o “Eu” que somos. E esta associação do reconhecimento mental com a espontânea ação da Consciência se torna bem útil em termos de percepção.

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