A VERDADE QUE LIBERTA A HUMANIDADE

A VERDADE
QUE LIBERTA A HUMANIDADE

MASAHARU TANIGUCHI

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Como o homem, originariamente perfeito, deixa-se seduzir pela ilusão?O mestre Dôguen, do zen-budismo, quando estudou com o bonzo Eisai, no monte Ei, teve grande dificuldade em compreender a seguinte frase: “O homem é originariamente perfeito, tem natureza búdica no estado em que está”. Ele repetiu diversas vezes : “O homem é originariamente perfeito, tem natureza búdica no estado em que está, tem natureza búdica no estado em que está…”, mas não conseguiu se convencer. “Como é que sou perfeito, se vivo atormentado pelo pecado, perdendo-me em mil ilusões?”

Esta tem sido a questão fundamental, não só do budismo, mas de todas as religiões: se o homem provém de Deus, se o homem é filho de Deus, por que é toldado pelos tormentos da ilusão? É porque ele possui livre-arbítrio. Sendo livre, o filho de Deus tem plena liberdade para escolher a libertação, assim como tem liberdade para limitar a si mesmo. A autolimitação ocorre para ele manifestar sua opinião. Por exemplo, o pintor não consegue pintar no ar, onde impera a absoluta liberdade. É impossível demonstrar criatividade e beleza artística sem delimitar espaço e restringir a liberdade. É preciso material concreto – como tela, papel, painel etc. – sobre o qual delineia-se o fruto do talento criativo, utilizando pincel, ou pena, ou lápis ou giz etc. No momento em que o pintor escolher lápis crayon para manifestar seu talento, ele estará se autolimitando, porque não mais poderá produzir imagem que um pincel ou um giz pastel produziria. Ele só pode expressar seu pensamento e sua criatividade. E, ao escolher entre uma infinidade de alternativas, ele estará se autolimitando.

De acordo com a Seicho-no-Ie, não há diferença em orar a Deus ou a Buda, porque eles constituem o mesmo Criador. Buda, em japonês, escreve-se Hotoke, que tem o sentido de hodokeru, isto é, “desembaraçar”, “tornar-se livre de todos os apegos e ilusões, atingindo o estado de liberdade absoluta”. O fato de conseguirmos atingir o estado de liberdade absoluta significa que já trazemos, por natureza, no nosso interior, essa liberdade absoluta. E, afinal, que vem a ser “absolutamente livre, por natureza”? É o próprio Deus-Pai. Ser onipotente e onisciente é o mesmo que ter absoluta e total liberdade. Por isso, cada um de nós tem liberdade absoluta e “natureza búdica” no estado em que está”, pois traz no seu interior a vida de Deus, a vida de Buda.

Se temos, por natureza, absoluta liberdade desde o início, porque ela não se manifesta, parecendo estar encoberta pela nuvem? Na verdade, não existe nuvem alguma vinda de fora, ocultando nossa natureza de perfeição. Somos nós próprios que impomos uma limitação à nossa liberdade irrestrita, ao exercer a escolha dos nossos atos. Ao pegarmos o crayon na mão, estaremos eliminando todas as outras possibilidades de manifestação, como pintura a óleo, a guache etc. E é dessa autolimitação que nascem as ilusões. As tentações e as ilusões são produtos de nossos próprios atos limitando nossa irrestrita liberdade.

Entretanto, sem a autolimitação ninguém consegue expressar a sua capacidade, o seu talento, as suas emoções, a sua inteligência. Se você vestir um quimono, não conseguirá demonstrar a elegância e a agilidade de uma roupa ocidental. Se vestir um fraque, ainda não será o mesmo que vestir um terno comum. Mas, se despir de tudo e ficar nu, estará absolutamente livre para vestir o que quer que seja. Por isso, o nu é comparado à liberdade absoluta. Adão e Eva viviam nus no paraíso.

Retornar ao estado original, de irrestrita liberdade, foi dito pelo mestre Dôguen como “retorno à origem, de mãos vazias”.

Todos podem vestir aquilo que preferirem, mas é preciso manter a liberdade de se despir a qualquer hora, Esse é o estado chamado de “apegar sem apego”. Assim, você estará nu, mesmo vestindo quimono, pois sente-se livre em despi-lo a qualquer hora e escolher outra roupa. O importante é não se apegar à vestimenta. No momento em que pensar “Tem de ser esta roupa”, você estará se apegando à roupa, perdendo a liberdade.

Nascemos neste mundo carregando um corpo carnal, mas precisamos viver sem apego a ele. Conscientizar que “o corpo não existe” é atingir o estado de despertar espiritual. Quando a Seicho-No-Ie declara que “o corpo não existe”, está aplicando o “modo de vida sem apego”. O mesmo acontece quando ela afirma que “a doença não existe”.

“Como posso aceitar isso? Não está vendo o homem doente? Não está vendo o corpo dele? E toda essa matéria que nos cerca?” – quem diz isto não compreende que estamos nos referindo ao estado mental, à disposição mental de total desapego.

Na hora da morte, teremos de abandonar todos os bens materiais, por maior que seja o nosso apego a eles. A fortuna e o dinheiro são bens momentâneos, que nos foram emprestados durante o curto período de nossa permanência neste mundo. Como eles não nos pertencem, precisamos atingir o estado de “apegar sem apego”. Só assim saberemos manejá-los com sabedoria e total liberdade, investindo quando deve ser investido, gastando quando deve ser gasto. Do contrário, o dinheiro se desvalorizará e perderá sua função, imobilizado por avareza e ganância, sendo que, afinal, seu proprietário será forçado a se separar dele na hora de sua morte.

Quando atingimos o estado de ausência total do sentimento de posse, estaremos inteiramente livres. A liberdade irrestrita nos revelará nossa perfeição original e o mundo ao nosso redor adquirirá uma beleza esplendorosa.

A fundadora da seita Tenri disse: “A água tem sabor de água”. É uma frase simples, mas com profundo significado. Foi dita, quando obedecendo à orientação do seu guia espiritual, ela distribuiu aos pobres a totalidade dos seus bens, ficando absolutamente sem nada. Ao atingir o estado de ausência total do sentimento de posse, ela foi beber água e achou-a com gosto de água.

É preciso esvaziar a mente de todos os apegos e obsessões para sentir profundamente o sabor da água. Se você não o consegue, é porque a sua mente ainda está presa a algo. No momento em que se desapegar de tudo e estiver realmente livre, jorrará a corrente infinita da Vida, tal como uma fonte de água pura, conforme já ocorreu: repentinamente brotou uma fonte de água no quintal da residência do sr. Hashioka, situada no sopé do monte Rokô.

Por que jorra a corrente da sabedoria e da vida? Porque Deus já nos deu a totalidade das coisas. No entanto, obstruímos o canal dessa corrente ao criar obsessões e apegos. Quando a mente se apega a algo, ela impede o livre fluxo da sabedoria infinita que Deus já nos havia dado. Libertando a mente dos apegos e obsessões, desobstrui-se o canal e jorra a água da Vida.

A fundadora da Tenri explicou, tomando água como exemplo: “Quando a água cai no fundo do poço, ela começa a subir”. Caia até o fundo! E então, surgirá um caminho de sobrevivência.

Se alguém não consegue subir, é porque a mente está presa ao ego. “Cair até o fundo” significa abandonar completamente o “eu” egocêntrico com todas as obsessões e apegos e “limpar” a mente. É o estado do “nada”, que constitui a essência de todas as religiões. Jesus Cristo também disse: “Vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu”; e vem e segue-me”; “Renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. É a rendição incondicional a Deus, abandonando todas as posses materiais.

Vender os bens e dar aos pobres não significa absolutamente distribuir dinheiro a pobres. Porque, se o fizer, os pobres ficarão ricos e estes, por sua vez, terão de dar aos pobres e assim sucessivamente, não resolvendo nunca o problema fundamental. “Vende tudo o que tens e dá-o aos pobres” – nesta frase, “pobres” indicam o “nada”, o zero absoluto; a conclamação significa transformar os bens pessoais em “nada”, até o estado de ausência total do sentimento de posse, a fim de poder carregar a cruz e seguir a Verdade, o Cristo.

“Carregar a cruz” simboliza anular porque a cruz (X) também tem o sentido de cancelar, riscar. Quando se anula tudo e atinge o estado do “nada””, ocorre a verdadeira ressurreição. “Cruz” é, ao mesmo tempo, anulação do ego e ressurreição do Eu verdadeiro. Quando a corrente de água cai fundo, produz energia para  mover turbinas, nascendo a eletricidade. Ao morrer, renasce. O zen-budismo qualifica esse fenômeno com as seguintes palavras: “a grande morte produz a grande vida”.

Assim, a Seicho-no-Ie traz à luz a Verdade comum existente em todas as religiões. “Atingir o estado do nada” é a essência comum a todos os ensinamentos. O mestre Dôguen, do zen-budismo, foi à China e atingiu esse estado com o famoso “libertar o corpo e o espírito, libertar o espírito e o corpo”. Quem vive obcecado pela seita Tenri, atrairá reação de budistas e cristãos. O zen-budista fanático provocará revolta de fiéis de outras religiões. Manter a mente fixa num só pensamento é o contrário de “reconciliar-se com todas as coisas do Universo”.

A Seicho-no-Ie não se prende a nenhuma religião e, por isso, acolhe adeptos e fiéis de todas as crenças. Ninguém deve abandonar a religião professada pela família, ao receber a luz da Seicho-no-Ie. É importante perpetuar e respeitar a crença dos antepassados, praticando-a. É preciso compreender melhor a essência da religião da família, vivificando os antepassados, que continuam plenamente vivos. Ao conhecer melhor a essência da religião da família, atinge-se a Verdade única e compreende-se que a luz que salva a humanidade provém de uma única fonte. Como as sete cores do arco-íris, a mesma luz se divide em várias tonalidades para poder penetrar melhor entre os homens e salvá-los.

(Da revista Fonte de Luz em japonês, Ano XLIX, n°2 – p. 6-16)

“QUEM ME VÊ A MIM, VÊ O PAI

“QUEM ME
VÊ A MIM, VÊ O PAI”
Dárcio

Aparentemente, lidamos com um “hipnotismo de massa”, quando vemos as coisas, pessoas e fatos com a suposta mente humana! Enquanto um posicionamento radical não for adotado diante destas imagens fraudulentas, elas exercerão o seu efeito hipnótico que leva a maioria a acreditar serem reais! DEUS É TUDO! Não pode haver exceções nesta regra absoluta! Qualquer brecha nesta aceitação, estará sendo dado crédito  à ILUSÃO!

Quando vemos Jesus desafiando as aparências, vencendo o mundo e se dizendo Deus, devemos entender este radicalismo como normal e como exemplo a ser seguido! “Quem me vê a mim, vê o Pai”, disse ele. E isso para nos servir de modelo e não para ser enaltecido! Adotar radicalmente este ponto de vista iluminado é o que você tem a fazer! Não se imagine sendo como o mundo o vê! Não se veja como o mundo o vê! Se assim fizer, seu “estudo da Verdade” será meramente teórico! Adote a Verdade como Verdade! Expulse a possibilidade de ser qualquer outro, senão Deus! Expulse a possibilidade de existir alguém, na imagem hipnótica, vendo-o segundo as aparências! A imagem toda é FALSA! DEUS É TUDO! Quem o vê, vê Deus, quem não o vê, vê ilusão! Além disso, não há quem não o veja sendo Deus! Ilusão é nada! Ilusão não vê coisa alguma! Medite e contemple estes fatos espirituais! Veja-se como VOCÊ É!  Admita ser visto por TODOS como VOCÊ É! Contemple o fato eterno de que VOCÊ E OS OUTROS SÃO UM! E, que este UM É DEUS!

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Dar Poder

Dar Poder
Mr.lopeslima
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É muito comum, na experiência humana, darmos poder às coisas, sejam objetos, pessoas ou sentimentos. Isso é uma armadilha terrível e perigosa, que visa a enganar os desavisados e até mesmo os sábios. Para entender essa ideia, ou pelo menos tentar, é preciso relembrar algumas definições.
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A Metafísica absoluta é estudo que trata e define que só existe UMA Consciência e nada mais. Essa Consciência Única, e INDIVISIVEL, é a fonte infinita de si mesma, que tem  por atributos fundamentais ser infinita, sempre existente,  sem começo, sem fim e sem mudança; por isso, não evolui. É constante, porém ativa; é Onipotente, Onipresente e Onisciente e, portanto, podemos classificar essa Consciência no mínimo como Perfeita. As religiões lhe deram nomes, personificações e atributos humanos, para que fosse aceita (engolido) mais facilmente.
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O que então somos nós, como seres humanos… nada? Exatamente!!! Nada somos e, é extremamente doloroso aceitarmos isso; afinal, achamos que pensamos, logo, que existimos… No entanto, a base do Absoluto é esta. E usando uma lógica bem simples, podemos verificar estas afirmações. Vejamos:
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Pode haver evolução, aprendizado, sabendo que A Consciência está em tudo e em todos e que esta Consciência é perfeita já neste instante? Pode haver doenças, sofrimentos, tempo e espaço, onde tudo já está feito, perfeito e pleno de si mesmo?
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– Mas eu não sinto nada disso! É tudo muito lindo e romântico, mas não funciona na prática; logo, não pode ter base verdadeira.
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Sim… isso está correto e… errado! Correto para a humanidade, que acredita existir de verdade. Errado por não proceder da Realidade Perfeita. Então, como é que fica essa loucura? Não fica! Não nos esqueçamos: esta criação humana é mental, e  tudo dela não pode absorver esta Realidade; somente a consciência desperta pode perceber-se como uma manifestação real de si própria. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I Cor.2:14).
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Não havia citado a palavra “Deus”, mas achei interessante colocar este versículo para lembrar, a mim mesmo, que revelações existem como lembretes da minha real identidade. Ou, para todos, este outro versículo: 1 corintios 2:16 :” Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.”
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Será, então, que até mesmo a Bíblia e os eventos ali descritos são criação mental, ilusão? Se sim, como saber ao certo se isto funciona? A grande sacada é que os seres humanos são realmente incríveis e querem a todo custo estarem certos em suas teorias. Seria mais fácil abraçar uma religião e ficar ali seguindo padres, pastores ou sábios gurus e não se preocupar com mais nada além das regras e dogmas. Não sou assim, isso não tem graça,! É preciso estimular essa mente, para que ela, ao menos, tente extrapolar essa suposta realidade mundana. E se esses livros sagrados nos  ajudam nessa tarefa, ótimo! A meditação para perceber a Realidade metafísica é um exercício que não demanda esforço algum, mas sim determinação e dedicação, nos momentos em que alguém se propõe a fazê-la. Não há rituais, procedimentos, regras ou métodos que sejam funcionais para todos. Cada um descobrirá a seu tempo o melhor sistema.
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“Viver a vida” tem sido uma frase muito ouvida ultimamente e é tão verdadeira quanto um sonho; posso viver o sonho que quiser, se quiser e quando quiser. Afinal, parafraseando a Bíblia: “Vós sois deuses, está na lei e a lei não pode ser mudada” Assim como Deus não muda, nós, que somos Deus manifestado, não mudamos também… mas que fique claro não estarmos falando em ser humano, mas em ser espiritual, que é a Consciência Uma, Deus, que se manifesta individualmente como cada um de nós.
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E sim, concordo,… é coisa de louco mesmo!
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COMO VENCER A CARÊNCIA

COMO VENCER A
CARÊNCIA

Sharon Slaton Howell

É perfeitamente possível alguém atravessar, sem perturbar-se, esta época de desafios econômicos, tendo tudo o de que necessita. Na verdade, qualquer pessoa pode começar a eliminar a carência de seu pensamento e de sua vida agora mesmo. Todos têm o mesmo direito de estarem livres da pobreza, bem como do pecado e da doença. E essa libertação é possível pela compreensão de que o homem é a criação espiritual de Deus, o bem ilimitado, e que temos o direito de irradiar o bem infinito de nosso verdadeiro ser aqui e agora.

A despeito da crença do mundo de que somos mortais com necessidades materiais, as quais terão, de alguma maneira, que ser supridas de fora de nós, somos, na verdade, os descendentes perfeitos e espirituais de Deus, mantidos por Deus num eterno estado de inteireza.

Encontramos na Bíblia inúmeras afirmações que mostram ser a carência ilegítima. Por exemplo, no primeiro capítulo do Gênesis é-nos revelado claramente que Deus deu ao homem que ele criou, domínio sobre toda a terra. Mas quão pequeno domínio há ao labutarmos por ganhar com árduo esforço o dinheiro suficiente para despesas com alimentação e aluguel! A solução é compreender que não somos mortais, que nosso Pai-Mãe nos criou como Sua expressão espiritual, para expressarmos a Sua abundância—não para rastejarmos pelo bem. “A Ciência Cristã revela a possibilidade de se conseguir todo o bem, e põe os mortais a trabalhar para descobrir o que Deus já fez…”, escreve a Sra. Eddy. O Princípio divino concluiu o seu trabalho. Quando Deus nos criou, não deixou faltar coisa alguma, nem mesmo um til, a tudo o de que Lhe temos de prestar alegre e perfeito testemunho. Tudo o que os falsos sentidos físicos podem fazer é fechar nossos olhos—segundo a crença—para o bem espiritual infinito que sempre tivemos.

Cristo Jesus mostrou à humanidade como dominar o receio de não ter o suficiente. Revelou o lugar exato de todo o bem verdadeiro—sua infinidade—quando declarou: “Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro em vós”.(Lc 17:20-21). Jesus também revelou o cuidado magnânimo de Deus por Seus filhos na parábola do filho pródigo, que dissipara a sua herança. Recobrando finalmente o bom senso, o jovem retornou à casa, conta-nos Lucas. Para aquele pecador maltrapilho, quaisquer roupas velhas serviriam, mas, não! O pai amável e generoso mandou que preparassem para o filho a melhor roupa, um anel, sandálias e uma festa suntuosa. Disse-nos o Mestre que é desta maneira que nosso Pai celeste nos trata quando recuperamos a consciência e voltamos para casa—quando despertamos por meio do Cristo, a Verdade, para nossa verdadeira condição de descendentes espirituais de Deus e para o bem que nos pertence eternamente. Jesus também nos ensinou como demonstrar abundância continuamente: “Daí, e dar-se-vos-á: boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”.Qualquer que seja o nosso campo de trabalho, colocando em prática nossa verdadeira identidade através de atividades altruísticas, através de ações amáveis para com outros, recebemos, em troca, o suprimento de nossas próprias necessidades.

Alguém pode não estar conseguindo demonstrar a abundância de seu ser verdadeiro porque, como o incrédulo Tomé, está pensando: “Mostre-me o dinheiro e então acreditarei que Deus pode me suprir com o suficiente para o pagamento do aluguel”.Mas Deus exige que tenhamos igual confiança radical nEle quando estamos passando por necessidades financeiras como quando temos dificuldades físicas. A pessoa deve olhar além do que os sentidos materiais estão dizendo a seu respeito e acerca de sua situação financeira e reconhecer-se como a ideia completa do bem inexaurível, incapaz de experienciar limitação de qualquer espécie. Para curar a crença de carência precisamos compreender que a onipresença do Espírito é a única substância verdadeira. “Não acreditar no erro destrói o erro, e leva ao discernimento da Verdade”, é afirmado em Ciência e Saúde. Sendo a carência uma forma de erro, sabemos, então, que descrer da carência a destrói, e faz com que a afluência imutável do homem seja reconhecida e demonstrada.

Quando alguém supera o pensamento limitado e recesso, deixa de delinear a maneira pela qual Deus vai suprir às suas necessidades. Desenvolve uma condição de naturalidade em relação ao suprimento e identifica os recursos infinitos do Amor divino. Se Jesus pôde encontrar na boca de um peixe os recursos necessários para o pagamento de impostos, será que precisamos nos preocupar com a maneira pela qual Deus satisfará às nossas necessidades?

Quando a prosperidade se manifesta, a pessoa deve vigiar para que não venha a adorar no santuário de sua própria capacidade e engenho. A abundância deve fazer com que nos tornemos mais humildes, reverenciemos o trabalho maravilhoso de Deus, atentos para o fato de que somente Deus é a fonte do bem.

Às vezes, um indivíduo pode sentir-se mais do que simplesmente limitado de um ponto de vista financeiro. Perda de emprego, dívidas acumuladas e nenhuma forma visível de superar a situação podem mesmo fazer com que alguém fique tentado a desistir. Entretanto, tais condições não existem no reino de Deus, o reino do real. O bem nunca cessou para o filho de Deus: assim, não tem de ser arduamente reavido. Compreendendo-o, a pessoa verá que sua saúde financeira é restaurada na maneira incomparável da Mente.

É correto ter tudo o de que necessitamos— ter abundância. É impossível não tê-la quando alguém entende o fato de que, como ideia de Deus, reflete continuamente a abundância do Espírito infinito. A Ciência Cristã esclarece o mal-entendido de muitas pessoas tementes a Deus, que imaginam que, de alguma maneira, alguém se chega mais ao Pai quando está carente de bens mundanos. Quando alguém percebe que o seu verdadeiro ser é a própria idéia do bem ilimitado, simplesmente não pode continuar tendo carência.

Um dos alunos da Sra. Eddy lembra suas palavras: “Quando comecei a estabelecer a Causa precisava de dinheiro, mas agora aprendi que Deus está comigo, que Ele me proporciona tudo e que não posso sentir falta de nada”.Ela também disse: “Quando você se coloca diante de um espelho e olha para o seu reflexo, este é o mesmo que o original. Ora, você é o reflexo de Deus. Se as mãos dEle estão cheias, as suas mãos também estão, se você O reflete. Você não pode conhecer a carência”.Manter persistentemente em nosso pensamento que o homem, como reflexo espiritual de Deus, tem tudo o que Deus tem, agora, transformará a experiência de qualquer pessoa, mantendo-a em linha com a Lei Divina do Bem Ilimitado.


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COMO USAR A FORÇA DA PALAVRA

COMO USAR
A FORÇA DA PALAVRA
Masaharu Taniguchi
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Logo ao despertar pela manhã. diga 20 vezes, em voz audível somente a você:
SOU FILHO DE DEUS; SOU CAPAZ DE FAZER TUDO, DE MODO MARAVILHOSO. SEMPRE TENHO BOA SORTE, PORQUE DEUS ESTÁ ME PROTEGENDO!

Este é o primeiro passo para você começar a utilizar a lei chamada “força da palavra”.

Depois de se levantar, diga em silêncio “Muito obrigado” à água, ao lavar o rosto; ao espanador, ao limpar os móveis, enfim, a tudo que utilizar. Se assim agradecer a todas as coisas, isso se transformará em palavras que abençoam tudo, e, consequentemente, você será abençoado. Este é o segundo passo para utilizar a “força da palavra”.

A água corre no rio, mas o barco só se movimenta ao remá-lo. A força da palavra está imanente no Universo e cria tudo, mas, se você não pronunciar boas palavras e utilizar a força dessas palavras, não se manifestarão boas coisas. Não são as suas palavras que criam essas boas coisas. Assim como a pedra que você jogar do sexto andar de um prédio cairá infalivelmente pela ação da lei, mesmo que você nada faça, se pronunciar uma boa palavra, pela lei, aparecerão coisas boas infalivelmente, de modo natural.

Portanto, você jamais deve pronunciar más palavras. Não deve dizer nem pensar em palavras como “Meu corpo é fraco”, ou “Minha cabeça é ruim”. Se pronunciar essas palavras, acabará se tornando exatamente assim. Talvez leve algum tempo para se concretizar, mas isso é comparável ao tempo que uma pedra jogada do sexto andar leva para chegar ao chão. Só de você lançar na terra a semente chamada palavra, ela um dia germinará no mundo das formas.
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A MISSÃO SANADORA DA VERDADE -3 -FINAL

A MISSÃO
SANADORA DA VERDADE
George Reed
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PARTE 3 – FINAL
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“Aquilo que não é” pode apresentar-se de forma sutil ou agressiva. Nossos livros-texto, no entanto, nos ensinam que um engano precisa ser trazido à luz no abstrato – sem referência a pessoas, lugares ou coisas, como numa parábola; ou então, de forma direta – com franqueza, honestidade e sinceridade; ou de forma enérgica, ou seja, com força, energia e poder espirituais; mas sempre sob o impulso do Amor divino. Em todos os casos, porém, precisamos deixar de acreditar no erro, precisamos desarmá-lo e destruí-lo com a compreensão da Verdade, provando que o mal se vence com o bem.

Por outro lado, será que existem ocasiões em que seria mais aconselhável não apontar um erro? Sim. Por exemplo, no caso de alguém que porventura possa reagir de forma violenta contra si mesmo ou contra outrem. Também não nos sentiremos inclinados a trazer um erro à tona enquanto ele parecer real para nós. Em alguns casos a sabedoria divina talvez leve o praticista a manter silêncio e deixar que a crença “daquilo que não é” se destrua a si mesma. Houve momentos em que Jesus permaneceu em silêncio, permitindo que a mensagem sanadora do Cristo falasse por si mesma. Se o praticista deve ou não apontar o erro de forma audível, será determinado por uma honesta demonstração da Verdade e do Amor. É evidente que o praticista estará sempre afirmando a verdade, mesmo que não a expresse de viva voz. A palavra de Deus somente pode ser expressa com autoridade, quando for proferida com base na sabedoria, compreensão espiritual e na demonstração. Um praticista tem o poder de dar voz à Verdade divina de forma eficaz na prática, quando ele compreende o que Deus sabe e quando demonstra a Verdade em sua própria vida. É então que a voz do Cristo se faz ouvir.

O que cura não é o que se sabe de uma pessoa ou de um problema, sob o ponto de vista humano, mas o que se compreende da totalidade de Deus e da perfeição do homem como Sua ideia. Quando a Verdade divina inunda o pensamento do praticista com o amor e a bondade da criação espiritual e pura de Deus, o erro inevitavelmente cede. O importante é não aceitar essa crença, não temer e tampouco lutar contra “aquilo que não é”, como se fosse uma realidade. Quando tranquila e firmemente substituímos o erro pela realidade da perfeição de Deus, a lei da Verdade desmascara o erro como sendo o nada e o destrói.

A história bíblica da cura de uma mulher que tinha uma hemorragia ilustra a ação da Ciência da cura cristã. Depois de sofrer doze anos e de haver despendido todos os seus recursos com os médicos de sua época, essa mulher procurou com toda a sua fé tocar Cristo Jesus em busca de cura.

A Sra. Eddy escreve esse incidente: “Quando Jesus voltou-se e perguntou Quem me tocou? Ele deve ter sentido a influência do pensamento da mulher; pois está escrito que ele reconheceu que dele saiu poder. Sua consciência pura discernira o que havia acontecido e proferiu o veredicto infalível; no entanto, ele não aceitou o erro da mulher por afinidade nem por enfermidade, pois ele o detectou e destruiu.” Jesus atendeu à exigência da Verdade e deixou que o Cristo detectasse “aquilo que não é” e o destruísse. A consciência do Cristo, que Jesus expressava, sabia que Deus é a única Vida perfeita e o Princípio da perfeição que a tudo governa. Jesus não associou o erro à mulher nem a si mesmo, pois a lei do Amor na destruição do erro manda que despersonalizemos o erro, considerando-o nada e ninguém, ao mesmo tempo que destruímos o pecado. A mulher foi curada.

Nosso Mestre mostrou-nos, e Ciência e Saúde nos explica, como deixar que o Cristo, a Verdade, detecte e destrua “aquilo que não é”, para que “aquilo que é” – a bondade e a harmonia espirituais – brilhe para todos. Mesmo que estejamos apenas iniciando na prática da Ciência Cristã, podemos discernir e expressar a sabedoria, a verdade e o amor de Deus, que fortalecem e protegem nossa demonstração da missão sanadora da Verdade.

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Dezembro 1994)

A MISSÃO SANADORA DA VERDADE – 2

A
MISSÃO
SANADORA DA VERDADE
George Reed
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PARTE 2
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De que forma “aquilo que não é” se apresenta em nosso trabalho de cura? O erro pode manifestar-se como uma crença de medo, ignorância, pecado, doença e até de morte. A luz da Verdade, no entanto, penetra e dispensa a névoa do pensamento, para que possamos ver a Deus perfeito, assim como Sua ideia perfeita, o homem espiritual e livre de pecado. A luz do Cristo revela que “aquilo que não é”, ou seja, o erro ou matéria, em realidade não é nada, porque aquilo que é – a Verdade, o Espírito – é Tudo-em-tudo. A compreensão da totalidade da Verdade e da nulidade do erro resulta em cura.

Deus, a Verdade todo-inteligente, não tem conhecimento “daquilo que não é”. Deus compreende apenas aquilo que fica acima do sentido material. Ele conhece somente aquilo que é espiritual. Por sua vez, o homem real, que reflete a Verdade imortal, também não é afetado por nenhum falso senso material. Portanto, quando detectamos o erro em nosso trabalho de cura, é importante que compreendamos a nulidade dessa falsa crença. O Cristo traz o erro à tona e o elimina, sabendo que se trata de uma mentira, aquilo que não está ocorrendo; e o substitui com a Verdade daquilo que está ocorrendo – a bondade de Deus.

A importância dessa atitude é destacada em Ciência e Saúde: “Põe o erro a descoberto, e ele volta a mentira contra ti. Até que apareça a verdade acerca do erro – ou seja, sua nulidade – a exigência moral não será cumprida,e tua habilidade para reduzir o erro a nada será insuficiente. Deveríamos envergonhar-nos de chamar real àquilo que não passa de engano. Os fundamentos do mal assentam numa crença em alguma coisa separada de Deus. Essa crença tende a sustentar dois poderes opostos, em vez de insistir unicamente nas reivindicações da Verdade. O engano de pensar que o erro possa ser real, quando é meramente a ausência da verdade, leva-nos a crer na superioridade do erro.”

A “crença na superioridade do erro” pretende impedir que demonstremos a missão sanadora da Verdade. “Aquilo que não é” não vem a ser alguma coisa real, exterior ao pensamento mortal. O Cristo detecta todos os métodos secretos ou ocultos do erro que reside no pensamento mortal e mostra que o erro não passa de uma falsa crença subjetiva. O Cristo expulsa de nosso pensamento “aquilo que não é”, quando conhecemos a nós mesmos e pomos em prática a honestidade, a humildade, o amor, o arrependimento, a regeneração e a compreensão do que é verdadeiro e bom – Deus e Sua ideia. A compreensão e a demonstração da totalidade do Amor desvendam e destroem o erro. Além disso, cada cura que obtemos e cada passo de crescimento que damos, preparam nosso caminho para demonstrações mais amplas da missão sanadora da Verdade.

Há situações que envolvem a família, o trabalho, a igreja, ou o governo, em que às vezes é preciso pôr a descoberto algo errado e corrigi-lo. Que fazer nesses casos? A sabedoria instruiu Moisés a pegar a serpente. Jesus, por sua vez, teve a coragem de odiar a iniquidade. Também nós adquirimos sabedoria divina e coragem moral, quando nossos pensamentos e ações estão em sintonia com a Mente de Cristo. O Cristo poderá nos orientar para que falemos a Palavra de Deus com mansidão ou com energia, para pôr a descoberto o que está errado.

Continua..>

A MISSÃO SANADORA DA VERDADE- 1


A MISSÃO
SANADORA DA VERDADE
George Reed
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PARTE 1
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Como praticistas da Ciência Cristã,  que fazer para curar com mais eficácia a nós mesmos, as pessoas de nossa família, nossos amigos e todas as pessoas que nos pedem ajuda? As respostas a essa pergunta encontram-se nos livros-texto da Ciência Cristã: a Bíblia e Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy. Esses livros fornecem as regras que nos capacitam a pôr em prática a missão sanadora da Verdade.
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A obediência aos Dez Mandamentos e ao Sermão do Monte, proferido por Cristo Jesus, é fundamental para a cura na Ciência Cristã. Jesus também falou de um Consolador que viria para nos ensinar a seguir o Cristo de forma mais completa. A esse Consolador a Sra. Eddy denominou Ciência do Cristianismo, ou Ciência Divina. Essa Ciência é a Ciência de Deus, do homem e do Cristo. A Sra. Eddy recebeu a Ciência Divina de Deus e através das Escrituras. Ela a praticou, comprovou e explicou em Ciência e Saúde. Essas leis de Deus nos ensinam a viver para Deus, a conviver com nosso semelhante como filhos de Deus e amenizar o sofrimento da humanidade.
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Para fortalecer nossa missão de cura devemos começar compreendendo o que Deus é. Nossos livros-texto revelam Deus como único, infinito e tudo. A Sra.Eddy nos fornece vários sinônimos para Deus, que nos ajudam a compreender Sua natureza. Entre eles temos Princípio, Mente, Espírito. Verdade e Amor. A Ciência de Deus mostra-nos que o Amor divino inspira e apoia nossas demonstrações da missão sanadora da Verdade, tal como fez com Cristo Jesus e seus seguidores ao longo dos séculos.
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Também fortalecemos a nós mesmos e à nossa missão de cura, quando compreendemos o que é o homem. As Escrituras e Ciência e Saúde revelam que o homem perfeito, criado por Deus, ou seja, nossa verdadeira identidade, é feito à imagem e semelhança do Espírito perfeito. A  Ciência do homem prova que a ideia de Deus, o homem, é o reflexo de Deus, genuinamente espiritual, santo e semelhante a Deus.
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Para aperfeiçoar a prática da cura também precisamos compreender o que vem a ser o Cristo. Nossos livros-texto ensinam que o Cristo é a mensagem eterna da Verdade que nos é enviada por Deus, que desperta o pensamento humano para o que Deus é – a Mente única, o Espírito infinito. A Ciência do Cristo faz com que percebamos a nossa santidade, saúde e imortalidade, qualidades que têm origem em Deus e por Ele são mantidas. Esta compreensão, moldada pelo Cristo, cura.
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O Cristo também ajuda o praticista a discernir e a negar o que Deus, a Verdade, não é. Portanto, o fortalecimento da missão de cura também requer que compreendamos “aquilo que não é”, ou seja, “aquilo que não existe”. E o que é “que não existe”? O erro, a ausência da Verdade. É o que não está ocorrendo na realidade espiritual. O erro é basicamente um desvio da exatidão e daquilo que é correto: é o pecado. Ciência e Saúde explica que por trás de todo pecado está a crença falsa de que a matéria tem inteligência, substância ou vida. O erro é trazido à tona e destruído de forma científica pelo Cristo, a Verdade.
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Em primeiro lugar, o praticista põe a descoberto e destrói, em seu próprio pensamento e em seu viver diário, as crenças “daquilo que não é”. O praticista, por assim dizer, limpa continuamente seu terreno mental ao analisar e purificar seu pensamento e comportamento, fazendo um autoexame diário e mantendo o pensamento voltado àquilo que é espiritual. Algumas das crenças sutis relacionadas com “aquilo que não é”, e a respeito das quais o praticista deve estar atento, são: medo ou timidez, prática desonesta ou antiética, falta de fidelidade ou consagração, além de tentações como orgulho, paixão ou sentido pessoal.
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Detectamos e destruímos em nossos pensamentos e em nossa vida “aquilo que não é”, e para isso nos dedicamos ao estudo da Bíblia e das obras da sra. Eddy, à comunhão silenciosa com Deus e ao crescimento espiritual. Então o erro é discernido e destruído pelo Cristo, a Verdade, com maior facilidade e rapidez também em nossa prática pública. Cristo Jesus disse: “Tira primeiro a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” (Mateus 7:5).
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CORPO E IMAGEM REFLETIDA

CORPO
E IMAGEM REFLETIDA
Dárcio
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Por mais que alguém passe horas se vendo refletido num espelho, jamais o seu corpo será aquela imagem nele projetada. Se o corpo do reflexo for tocado pelo dedo, aparentará ser feito do vidro do espelho, mas, sabemos que acreditar nisso seria absurdo! Mas é o que toda a humanidade faz: vê o corpo real, que é ESPIRITUAL, que é LUZ, refletido no espelho da mente humana, e acredita que tal imagem MATERIAL e OPACA,  é o corpo verdadeiro! Enquanto não for separado o joio de trigo, isto é, o conceito da Realidade, esta ilusão predominará!

Onde VOCÊ está, seu CORPO está, ou seja, VOCÊ está manifestado COMO CORPO INDIVIDUAL, o Templo de Deus! E a imagem vista na suposta mente humana? É  um reflexo temporal! Mais nada! Pare de confundi-lo com o que VOCÊ É! Nesse sentido, os ensinamentos enfatizam: Pare de ver aparência e se veja como Essência perfeita; pare de ver miragem e se veja como expressão de Deus! PARE DE ACREDITAR NA ILUSÃO E SE VEJA COMO CRISTO, DIZENDO: “EU SOU A VERDADE!”

Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra; cale-se diante dele toda a terra.
Habacuque 2:20

“PARA TI UMA LUZ MAIS CLARA…-3 (FINAL)

“PARA TI UMA
LUZ MAIS CLARA QUE A DO SOL”
Allison W. Phinney Jr.
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PARTE 3 – FINAL
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Precisamos entrar em acordo, sem demora, com o nosso adversário. Não há dúvida de que para a assim chamada mente mortal a Ciência parece ausente, mas para o homem criado por Deus, para a consciência espiritual, que está sempre presente, a verdade espiritual é natural. Para a maioria das pessoas não deve haver nada de místico ou “muito difícil” nessa asserção. A descrição pode parecer abstrata, mas quem sinceramente se esforçar para perceber a luz espiritual, em breve sentirá familiaridade com os pensamentos que provêm de Deus. Na verdade, há apenas uma Mente, Deus; portanto, ninguém pode estar de fato irremediavelmente mesmerizado ou enganado. À medida que reconhecermos que o homem é, sem dúvida, a expressão espiritual dessa Mente divina e suprema, estaremos menos propensos a ser influenciados pelas crenças oriundas de outra, assim chamada.Num trecho de Ciência e Saúde, que além de descrever nosso progresso individual, também expõe a ascensão espiritual da humanidade, a Sra. Eddy escreve: “Ao sentido mortal, a Ciência, no começo, parece velada; mas uma promessa luminosa lhe coroa a fronte. Quando compreendida, é o prisma e o louvor da Verdade. Quando a encaras honestamente, podes curar, graças a ela, e ela terá para ti uma luz mais clara que a do sol, pois Deus a iluminou”.

Numa época em que milhões de pessoas estão começando a voltar-se para a luz espiritual, não podemos nos deixar desviar da percepção e compreensão metafísicas, ou do tratamento e da cura efetuados pela Ciência Cristã. Mais do que nunca, precisamos nos manter o mais próximo possível da explanação que Ciência e Saúde nos dá sobre a  cura e o tratamento. Uma forma de descrever esse trabalho espiritual tão importante é dizer que nos capacita a separar o joio do trigo. É aquilo que coloca em nossas mãos “o pão da vida” que tanto desejamos partilhar com o mundo, mundo que neste momento está faminto.

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Março 1991)
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A LIBERDADE PELO PERDÃO

A
LIBERDADE PELO PERDÃO
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NORMAN V. OLSSON
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Nada é mais curador e libertador para a alma sobrecarregada de revoltas e censuras do que o perdão. O perdão alivia e liberta de tal modo que até os próprios átomos de nosso corpo entoam cantos de alegria. Perdoar pressupõe compreensão. Por isso foi dito que a Verdade liberta.

O mais maravilhoso de tudo é que o poder de perdoar – seja a nós mesmos como aos outros – é divino e inerentemente nosso. Ninguém o pode fazer por nós. Mas é um poder que promove cura, harmonia, compreensão e boa vontade.

Se precisamos de alguma compreensão para perdoar, por outro lado, o perdoar nos traz mais compreensão, acrescentando bênçãos e virtudes outras.

Ainda que reconheçamos a necessidade de perdoar, às vezes nos é difícil expressá-lo cabalmente. É comum que as pessoas se atribuam um pecado imperdoável e severamente se punam. É uma visão humana pretensiosa de julgar-se muito elevado e capaz  de agir melhor. Tais pessoas facilmente culpam e não perdoam a si mesmas nem aos outros. Ora, mesmo que a consciência mais alta que tenhamos hoje veja e se horrorize de um ato de infância e adolescência, deve compreender que, se tivesse real possibilidade de agir melhor naquela idade, não teria cometido aquele ato. Cada qual faz apenas o que pode fazer. E se a consciência atual, mais elevada, compreende aquela falha, por si já a liberta, porque não a cometeria de novo.

Deus é um Espírito de perdão. A questão de perdoar é inteiramente nossa, porque Deus não nos julga! Façamos, pois, nossa parte, perdoando a nós mesmos e aos demais e aceitando o perdão dos outros. Isso é indispensável para removermos os bloqueios psicológicos que impedem o fluxo do amor e da inspiração divina interna. O perdão influi igualmente sobre a saúde, mais do que supomos.

NUNCA É TARDE DEMAIS

A parábola do filho pródigo nos ensina muitas verdades acerca do perdão. Uma delas é esta: nunca é tarde demais para perdoar e aceitar o perdão. Depois de haver feito tudo o que queria, já um pecador arrependido, o filho pródigo resolveu retornar ao lar paterno. Como o recebeu o Pai? Correu ao seu próprio encontro e, lançando-lhe os braços ao pescoço, o reinstalou com todas as honras em casa.

Deus jamais nega o Seu bem. Somos nós mesmos que, por divergência interna, pelo pensar errôneo e julgamentos descaridosos, nos separamos dEle e de Sua Graça.

LIBERDADE ESPIRITUAL

Algumas pessoas relutam muito a perdoar. Têm muito orgulho a vencer, dentro de si. Acham que o perdão é um ato de fraqueza, de capitulação, de mostrar-se culpado. No fundo mesmo, é resistência do orgulho, que não se troca pela liberdade espiritual.

Lembremos a passagem evangélica em que Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão os seus pecados contra mim? Sete vezes?” O Mestre replicou: “Não te digo sete vezes, mas setenta vezes sete” (Mt. 18: 21-22). A resposta claramente mostra que devemos perdoar sempre! Não há fim nem limites ao perdão, assim como a todas as demais virtudes espirituais. Se houvesse término e limite para o amor, para a compreensão, para a compaixão ou para qualquer outro dom espiritual, nossas vidas seriam vazias. Toda pregação de Jesus nos exorta a perdoar.

O PERDÃO LIBERTA A ALMA

Liberdade e perdão vão de mãos dadas: são inseparáveis. O perdão – o verdadeiro perdão – vai muito além de um mero gesto ou frase para pacificar, no momento, uma situação conflitante. É uma atitude interna, de empatia e compreensão. É uma calada disposição misericordiosa, não altiva, como alguém que, de cima, concede um favor aos outros. É algo de igual para igual, que vem do fundo do ser, Espírito a Espírito, que procura reatar a unidade essencial que deve haver sempre entre irmãos espirituais. Por isso o perdão liberta a alma.

Ainda que seja necessário andarmos a proverbial “segunda milha”, tenhamos a nobreza de tomar a iniciativa do perdão. Depois nos sentimos bem de havê-lo feito. Pequenas divergências nos relacionamentos humanos se agravam com o tempo, porque nenhuma das partes quer dar o primeiro passo em direção do desafeto, em busca da reconciliação. Infelizmente, a tendência aos mexericos, aos “leva-e-traz” – os mal-entendidos chegam a profundas rupturas, se logo não os sanamos com o perdão. Devemos ser misericordiosos conosco mesmos e com os demais. A humanidade está precisando de mais pontes para vencer os abismos. Mais pontes; menos muralhas. Viram o alívio causado pela destruição do muro de Berlim? Viram com que alegria se rasgou a Cortina de Ferro?

A alma espelha aquilo que pensamos e sentimos. A atitude imperdoadora nos isola do verdadeiro Ser espiritual – o Cristo em nós – impedindo-nos receber dEle a compreensão da verdade, a misericórdia, o amor. A menos que nos mantenhamos sintonizados ao Cristo interno, é-nos impossível ligar-nos ao Cristo, nos outros. É o Cristo, em ambos, que leva à compreensão e harmonia!

Quando uma divergência ou fato nos tenta a fazer um julgamento negativo de outra pessoa, ou de nós mesmos, relembremos os Evangelhos e busquemos em nós o mesmo Cristo perdoador que estava em Jesus. Ele é que nos dá a compreensão e o impulso perdoador, para recuperarmos a liberdade interna que é de valor inestimável. Ninguém pode ser interna e legitimamente livre, se não exercita o divino poder do perdão.

Deixemos, pois, que a nobreza do Espírito Se exprima em todas as nossas atividades e relacionamentos humanos, como também no modo de ver e compreender a nós mesmos.

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“PARA TI UMA LUZ MAIS CLARA…- 2

“PARA TI UMA
LUZ MAIS CLARA QUE A DO SOL”
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PARTE 2
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Se, por exemplo, somos honestos em seguir o Cristo, e com vigor nos empenhamos em praticar a Ciência Cristã, mas ainda assim ficamos perturbados com a sensação de que há algo de vago na prática da Ciência Cristã, então é necessário percebermos que esta sensação nos é imposta. Nada tem a ver conosco. Por mais que pareça expressar com fidelidade nosso estado mental, essa sensação é na realidade o efeito mental do ambiente persuasivo, materialista. A Sra. Eddy refere-se a essa influência numa frase que de forma alguma é um jargão incompreensível: “sugestão mental agressiva”.

Tornamo-nos hábeis em resistir a essa influência, quando obedecemos a preceitos espirituais. Não há dúvida de que não devemos nos envolver num diálogo com tal sugestão, mas faz-se necessário que não a creiamos. De acordo com a Ciência Cristã, precisamos compreender que essa sugestão não tem o direito de nos envolver. Não se trata de algo de bom senso que nos é apresentado por uma inteligência justa e honesta. Seu propósito é obscurecer o fato espiritual.

Em vez de ficarmos emaranhados com a sensação de que não sabemos o que precisamos saber, devemos despertar para o que de fato está ocorrendo e seguir adiante, vivenciando com honestidade a bondade que provém de Deus. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Se o pensamento se sobressalta ante o vigor com que a Ciência proclama a supremacia de Deus, ou Verdade, e põe em dúvida a supremacia do bem, não deveríamos, pelo contrário, espantar-nos ante as vigorosas pretensões do mal e duvidar delas, e não continuar a pensar que é natural amar o pecado e desnatural abandoná-lo – não continuar a imaginar que o mal está sempre presente, e o bem ausente? A verdade não deveria parecer tão surpreendente e desnatural quanto o erro, e o erro não deveria parecer tão real quanto a verdade”.

Por maior que seja nosso desejo de fazer o que for preciso para lutar a favor da Causa da Verdade, faz-se necessária contínua regeneração cristã para estarmos em condições de sermos úteis. Essa regeneração habilita-nos a perceber e a pôr em prática, a veracidade da explanação científica sobre os elementos e a natureza da batalha cristã. Essa luta não é contra pessoas ou elementos da sociedade, mas contra as influências mentais que parecem atingir o pensamento humano. Quando aceitarmos a revelação da Ciência e nos desfizermos da crença em mentes mortais independentes, encontraremos mais liberdade e individualidade. Quando formos capazes de discernir as artimanhas da má-prática ignorante, ou específica, não mais seremos enganados, não mais estaremos agindo contra aquilo que mais nos convém.

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A TELA NÃO É A IMAGEM NELA PROJETADA

A TELA NÃO É
A IMAGEM NELA PROJETADA
DÁRCIO
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Quando um filme começa a ser projetado sobre uma tela de cinema, a tela, até então vista e reconhecida com facilidade, aparentemente fica encoberta por estar, a nossa atenção, voltada às imagens que seguidamente se alteram sobre ela. Algo parecido se dá em nós! Desde sempre estivemos na REALIDADE ABSOLUTA, sendo a Verdade eterna que somos; mas, quando as imagens “deste mundo” se projetam na tela da mente, é comum afastarmos nossa atenção da PERFEIÇÃO IMUTÁVEL ONIPRESENTE para voltá-la às ilusórias imagens que se transformam a cada instante.
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Permaneça,  VOCÊ, na Onipresente tela, sem se apegar às projeções, discernindo que a tela não é a imagem nela projetada! Desvincule-se, dessa forma, de todas as miragens à sua frente, reconhecendo-se como a Mente de CRISTO, o “lugar de percepção” da PERFEIÇÃO IMACULADA, ETERNA E PERMANENTE! Por mais que miragens tentem se mostrar como realidades a um andarilho alucinado no deserto, jamais elas ali chegaram a ser coisa alguma! O deserto será sempre o deserto, e as miragens serão sempre pura ILUSÃO!
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“PARA TI UMA LUZ MAIS CLARA…"-1

“PARA TI UMA LUZ
MAIS CLARA QUE A DO SOL”
Allison W. Phinney Jr.
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PARTE 1
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O escritor C. S. Lewis, em sua obra “The Chronicles of Narnia”, um conto de aventura e fantasia destinado a jovens e adultos, faz um relato de um sombrio reino subterrâneo governado por uma perversa rainha dotada de poderes mesméricos. Ela captura os heróis da história e, em determinado ponto, eles tentam descrever a essa entidade malévola o sol e o céu, para onde almejam retornar. A rainha cruel lhes faz, então, algumas perguntas que parecem inofensivas.

“O que é esse sol de que vocês tanto falam? Pergunta. “Essa palavra quer dizer algo especial?”

Um dos terráqueos tenta descrever o sol como algo semelhante a uma grande lâmpada suspensa no céu.  A rainha malvada pergunta onde o sol está pendurado.

Enquanto pensavam em como responder-lhe, ela acrescentou: “Percebem? Quando vocês tentam definir claramente o que é este sol, vocês não conseguem descrevê-lo… Esse sol é um sonho, não há nada nesse sonho que não tenha sido copiado da lâmpada. A lâmpada é a coisa real, o sol não passa de uma fábula…”

“…Após uma pausa e depois de muita luta em seus pensamentos, todos dizem juntos: “Estais certa. Não existe sol.” Foi um alívio dar-se por vencido e concordar.

Em vez de descreverem seu mundo, os heróis entram  em acordo, pelo menos temporariamente, com a sugestão de que o mundo que conhecem e amam não existe.

Lewis foi um cristão devoto e extremamente inteligente. Ele sabia que a experiência e o significado da luz espiritual sofrem, por vezes, sutil e persistente oposição do “bom senso” existente no mundo. Sua parábola, sob a forma de história, é intuitiva e irresistivelmente exata ao expor a natureza mesmérica da oposição ao Cristo, a Verdade.

Quem já não sentiu, por vezes, esse tipo de resistência à prática da Ciência Cristã, ao tratamento e à cura, como se essa oposição fosse de fato real? Trata-se, no entanto, de uma atmosfera mental que, em certas ocasiões, invade a consciência, como uma forte neblina que repentinamente cobre a paisagem.

Por exemplo, a sensação de que não lembramos como dar um tratamento pela Ciência Cristã, ou de que não desejamos fazê-lo agora, é um elemento dessa atmosfera mental. Pode ocorrer uma sensação de que o fluxo de ideias espirituais com que estávamos familiarizados tenha se interrompido por um motivo muito válido. A sugestão poderá dizer que o “realismo” exacerbado da existência material é esmagador. Muitos Cientistas Cristãos dedicados têm enfrentado esse tipo de desafio.

Faz-se necessário não apenas trabalhar com mais afinco, mas também com mais talento, para que nos elevemos acima dessa treva mental. Isso nada tem a ver com a esperteza pessoal, pois esse atributo não existe na demonstração espiritual. Podemos, no entanto, trabalhar em mais íntima e proveitosa concordância com as explicações cientificamente cristãs que a Ciência Cristã proporciona.
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A Ciência do Cristianismo, descoberta por Mary Baker Eddy, confirma a percepção que muitos cristãos tiveram sobre o mal. De certa forma aceitaram o que Jesus disse sobre o diabo, ou o mal: “é mentiroso e pai da mentira”. A Ciência Cristã, porém, revela o caráter irreal e essencialmente mesmérico do mal, pois a Ciência revela a onipresença de Deus, que é bom. Se quisermos ser bem sucedidos em nossa oposição à resistência ao Cristo, a Verdade, em vez de sermos constantemente desviados para uma interpretação pessoal e psicológica da vida, precisamos viver e pensar em termos dessa explicação científica.
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ULTRAPASSE AS NUVENS DA ILUSÃO…

ULTRAPASSE AS NUVENS
DA ILUSÃO E PENETRE NA REALIDADE DIVINA
MASAHARU TANIGUCHI
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Não importa o que houve no passado, não importa o que esteja atormentando você no presente, pois essas coisas já não constituem problema no Mundo da Realidade. Acredite na sabedoria, no amor e na força de Deus. As coisas más jamais existiram e nem existirão daqui para frente, pois Deus jamais criou coisas más, nem no passado e nem no presente, e também jamais as criará no futuro.

Você deve acreditar no Bem absoluto das coisas criadas por Deus: deve acreditar também na força infinita e abençoada riqueza de sua própria Essência, pois você é filho de Deus. Deve abandonar a ilusão que confunde a falsidade com a Realidade. Não fique a vaguear eternamente dentro das nuvens de ilusão. Saia acima das nuvens. Embarque no jato da convicção,  atravesse as nuvens negras e saia para o céu azul eternamente imutável. Então encontrará o “sol abençoador” que está sempre brilhando; aí não existem problemas de espécie alguma.

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VIVO, NÃO MAIS EU,…

VIVO, NÃO MAIS EU,
O CRISTO VIVE EM MIM
DÁRCIO
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A Verdade é o Fato eterno da Existência: DEUS É TUDO! Esta Verdade, sempre pronta, consumada, permanente, constitui o EU que somos. Este “Eu” é a Verdade! Por isso Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Esta Verdade é Fato ONIPRESENTE! Em toda parte há a Verdade que é a TODA PARTE. Por isso, “estudar a Verdade” é a ausência total de esforço da mente humana, e a total ausência de aceitação de mente humana: uma identificação direta e total com a Verdade que está sendo o ser que somos.

Quando Paulo discerniu a Verdade, disse: “Já não sou mais eu quem vive, o CRISTO vive em mim” (Gálatas 2: 20). Esta declaração convicta precisa realmente ser feita, enquanto percebemos, em nós mesmos, a VIDA DIVINA sendo o CRISTO QUE SOMOS! “Cristo é tudo em todos” (Colossenses 3:11). Por que nem todos sabem disso? Por não se reconhecerem na Verdade! Por ainda crerem na dualidade falsa! Por acharem que há um Deus separado deles! Por causa dessas crenças, todas falsas, Jesus disse que “é preciso nascer de novo”. E, este “renascimento” é simplesmente discernirmos: “Vivo, não mais eu, o CRISTO VIVE EM MIM”.

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VOCÊ JÁ É COMPLETO- 3 FINAL .

VOCÊ
JÁ É COMPLETO
Edwin R. Alley
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PARTE 3 – FINAL
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Há quem suponha obter satisfação através de doses de matéria, assim como se supõe que somos curados por doses de matéria. Isso acontece porque o sentido material é incapaz de apresentar o homem como quem já está realizado. Somente Deus, a Verdade divina, pode produzir esse resultado. A apresentação fraudulenta que a materialidade oferece em relação às satisfações da vida não pode elevar-se acima daquilo que é fragmentário, porque ela é a contrafação do fato espiritual de que a vida já é perfeita. Pelo fato de nossa verdadeira vida ser eternamente completa, a satisfação não precisa esperar o resultado de contingências futuras nem o ser conseguido mediante a procura frenética. Uma vida melhorada não resulta de se juntar assiduamente ou de açambarcar toda oportunidade de ganho material ou de prazeres que se apresentam ao longo de nosso caminho, porque a vida realmente não é uma acumulação de coisas e pensamentos materiais. Nosso verdadeiro eu encontra-se em Deus, que não sonega alegria ou só a proporciona parcialmente. Deus está sempre revelando as alegrias da criação infinita, e nós as receberemos na proporção em que estivermos preparados para acolhê-las. A Sra. Eddy declara: “O Princípio não pode ser encontrado em ideias fragmentárias”.

Para as pessoas de mentalidade espiritual, as ilusões materiais vazias, fragmentárias e irreais perderão a tentação que exercem, porque a materialidade não é cognoscível para a inteligência divina. O poderio curativo da Verdade divina dá-nos poder imortal para ouvir de todo o coração a diretriz sempre presente de Deus e também para sermos obedientes a essa diretriz.

Toda vez que formos confrontados pela pretensão de “não termos vivido” enquanto não tivermos feito certa coisa, podemos apelar para nossa inteligência divina. Seremos recompensados por dar fielmente ouvidos à mensagem de Deus, por saber se estamos sendo conduzidos a um amor maior por Deus e Seu bem espiritual, ou se nós estamos sendo colocados face a uma atração de coisas materiais, do sensualismo e de pontos de vista inverídicos sobre a vida.

A satisfação só pode vir de uma fonte capaz de proporcioná-la. Essa fonte é Deus, o criador de tudo quanto é real. O ambiente em que as verdadeiras bênçãos podem ser encontradas é o da totalidade do Espírito e não o do nada da matéria. A busca por inteireza, portanto, deve começar e terminar na compreensão de que a vida é de Deus, e que o universo está infinitamente ocupado pela inteireza de Deus e de sua amada criação, o homem.

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Abril 1982)
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VOCÊ JÁ É COMPLETO -2

VOCÊ
JÁ É COMPLETO
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Edwin R. Alley
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PARTE 2
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Quando exercemos nosso sentido espiritual, colocamo-nos em contato com a realidade do verdadeiro ser do homem em toda a sua plenitude. Nisso podemos sentir-nos animados pela vida de Cristo Jesus, que demonstrou plenamente a inteireza da vida espiritual. Imperturbado por prazeres frívolos, ele foi capaz de estar inteiramente consciente de Deus e da vida espiritual. Essa demonstração que Jesus fez da realidade do Cristo, a Verdade, deu-lhe domínio sobre a carne e apresentou a aplicabilidade universal da Verdade em favor da salvação da humanidade.

A fidelidade para com as instruções de Cristo Jesus requer que aceitemos aquilo que é espiritual em lugar daquilo que é material, em todos os aspectos da vida. A utilização do nosso sentido espiritual, a fim de provar nossa inteireza imortal, envolve a cura plena, assim como faz a correção dos males corpóreos   através da prece. Cada caso impõe que aceitemos a perfeição atual da existência imortal e que substituamos pensamentos incorretos sobre a vida, pela ideia verdadeira. Em cada caso desaparecem as limitações que haviam obscurecido o sentido mais livre do ser.

O crescimento espiritual abre nossa vida a conquistas mais profundas e mais satisfatórias. Ao mesmo tempo nos traz inspirações mais sublimadas com as quais vencemos as ciladas e as tentações da mente mortal. À medida que nos desembaraçamos das redes do sentido material, tornamo-nos mais apercebidos da natureza perniciosa das mentiras da serpente, e essas mentiras terão menos possibilidade de nos encantar com levar-nos a crer nas sugestões de que a ganância, o sensualismo e a fé na matéria possam ser canais que nos conduzam a uma vida melhor.

Oh, como deveríamos ser gratos pela consciência espiritual que nos proporciona a inteligência para discernir entre pensamentos e ações que são espirituais e curam, e aqueles que são mortais e nocivos! A percepção espiritual põe a descoberto a pretensão que o erro se arroga de proporcionar satisfação. É literalmente uma tolice – uma vacuidade – tentar encontrar uma vivência mais rica por perseguirem-se objetivos materialistas. A matéria é inteiramente vazia, não é substância, e a vacuidade fundamental de sua inexistência não pode ser a fonte de auto-inteireza verdadeira. O verdadeiro eu do homem é sua individualidade espiritual como reflexo de Deus, encontrada mediante nossa consciência da Vida divina.

Até mesmo os fatos mais corriqueiros provam a incapacidade da matéria para compensar, enriquecer, engrandecer. A matéria não pode satisfazer e não pode ser satisfeita. Não se melhora a individualidade verdadeira com o se lhe adicionar ou subtrair matéria. O sentido material não é mais satisfatório ou verdadeiro do que o seu objeto irreal, a matéria. Somente quando aceitamos o bem duradouro, da vida espiritual, é que somos verdadeiramente enriquecidos.

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VOCÊ JÁ É COMPLETO -1

VOCÊ
JÁ É COMPLETO
Edwin R. Alley
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PARTE 1
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“Você não terá vivido a não ser que tenha feito isso”. Muitas vezes nos dizem que nos falta algo importante na vida. Determinarmos se devemos desejar esse “algo” pode constituir-se num desafio.

Por saber o que nossa vida realmente é, descobrimos o que é realmente recompensador. Na Ciência Cristã aprendemos as verdades espirituais com respeito à vida. Deus cria o homem para que O glorifique em toda Sua perfeição e inteireza espirituais. Ao homem não falta coisa alguma na vida santa e perfeita que a Vida divina, Deus, lhe dá. Ao levar essa vida, temos tudo quanto realmente vale a pena possuir. A Sra. Eddy garante-nos em Ciência e Saúde: “Quando nos compenetrarmos de que a Vida é Espírito e nunca está na matéria nem é de matéria, essa compreensão se expandirá até a sua autocompletação, achando tudo em Deus, o bem, sem necessitar de nenhuma outra consciência”.

Se estamos nos dirigindo para a autocompletação ou afastando-nos dela depende de estarmos conscientemente empenhados em nos identificar com nossa natureza espiritual, criada por Deus, ou de estarmos procurando realização própria mediante coisas, pensamentos e conduta materiais, que estão em desacordo com essa natureza.

Pode ser recomendação insignificante a que nos diz: “Você não terá vivido” – a não ser que tenha tido uma experiência em especial ou adquirido certa coisa. Não é preciso ir além da alegoria de Eva: ela comeu o fruto proibido porque lhe disseram que isso tornaria melhor sua própria vida e também a de Adão, pois que lhes faltava algo vital.

Uma vez que Deus, a Vida divina, é a verdadeira origem da auto-inteireza do homem e permite que somente o bem espiritual exista, devemos rejeitar tudo aquilo que conduz ao pensamento ou a ação a uma atitude contrária à espiritualidade. A Vida, Deus, é Espírito. Somente mentiras descaradas haveriam de persuadir-nos, dizendo: “Sereis como deuses”. Em verdade, só há um único Deus, uma única Vida real.

Na harmonia ilimitada da existência espiritual, que Deus cria e mantém, não há outros deuses – nada dessemelhante de Deus. O homem está abundantemente suprido de felicidade ilimitada, de satisfação e perfeição no bem espiritual que Deus está sempre dando. No bem que Deus concede nada falta.

A Ciência Cristã dá-nos a capacidade de nos afastarmos da noção de que o homem é um ser mortal que depende de um corpo material e de coisas materiais para viver, para ter esperança, substância e prazer. Tal ponto de vista sobre o homem não tem validade porque ignora o fato de que o homem é espiritual. “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito, são espírito e são vida”. Essas palavras de Jesus proporcionam na atualidade a mesma ajuda cristã propiciada quando foram proferidas. Para sermos revivificados espiritualmente, precisamos aceitar as coisas do Espírito, o bem de Deus. Esse bem, embora não seja perceptível ao sentido material, está verdadeiramente presente e é tangível ao sentido espiritual. “O sentido material”, diz a Sra. Eddy, “nunca ajuda os mortais a compreenderem o Espírito, Deus. É unicamente pelo sentido espiritual que o homem compreende e ama a Divindade”.

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EU SOU A VIDEIRA- 9 (Final)

EU
SOU A VIDEIRA
JOEL S. GOLDSMITH
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PARTE 9 – FINAL
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“Vou preparar um lugar para vós…para que onde eu esteja, vós também possais estar”. Você pode perguntar-se: onde está o Eu Sou? Toda vez que você disser “EU SOU”, isto é: onde EU SOU, esse onde EU SOU é onde VOCÊ ESTÁ. Onde você estiver, há a videira, Pai e o Agricultor – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Você deve sempre lembrar que o Agricultor, Deus, não dá e não nega –  MAS CONTINUAMENTE É. A videira em você, o Cristo, não o está julgando, mas está aqui para abençoar e perdoar, suprir e amar. Qual era a Missão do Mestre? “Ir mostrar a João novamente aquelas coisas que vós ouvis e vedes: o cego recupera a visão, o coxo anda, os leprosos são limpos e o surdo ouve, os mortos são ressuscitados e aos pobres é pregado o Evangelho.” O Cristo está ali para amparar, suprir, sustentar, aliviar, curar, perdoar e regenerar. Está aqui para fazer ressurgir da sepultura E REALIZAR a ASCENSÃO.

Não há palavra, em toda a mensagem e missão do Mestre, que dê qualquer motivo à autocondenação. “Nem eu te condeno: vai e não peques mais”. Se você volver ao velho estado material de consciência e não permanecer na palavra, será punido muitas vezes. Toda vez que você se esquecer de que é um ramo unido à videira invisível, a qual, por sua vez, está ligada ao agricultor (o Pai interno), estará cometendo pecado. Você poderá ser pródigo doze vezes, se o desejar, mas VOCÊ pagará a penalidade.

Se você voltar à crença de um indivíduo separado e à parte de Deus – um ramo pendente no espaço – atrairá para si carência e limitação de suprimento, de saúde, de força e de eternidade, mas “se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e vos será concedido”. “Nisto é meu Pai glorificado, que deis muito fruto: e assim sereis meus discípulos”.

FIM