“NÃO SOIS A MINHA OBRA?”

“NÃO
SOIS A MINHA OBRA?”

Dárcio
.

Uma questão é levantada: “Não sois a MINHA obra?” (I Coríntios 9:1). Quando a Verdade nos é dita em indagações, a resposta de cada um será inevitavelmente “Eu Sou!”

Quando deixamos de lado a mente humana, com sua visão errada e distorcida sobre o Universo e o homem, estamos, realmente, respondendo “EU SOU!” Jesus Cristo deu o exemplo: “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA!” Não poderia estar falando como pessoa, mas como a UNIDADE PERFEITA;  veio nos revelar  “o Caminho, a Verdade e a Vida” em todos nós. Agora é a nossa vez de fazer a declaração iluminada! Esta resposta nos exigirá dedicação, persistência e entendimento, da mesma forma com que exigiu também dele e de todos os que despertaram do sonho em vida material para a perfeição da Existência espiritual. Em Gálatas 5:1, consta o seguinte: “Estai firmes na liberdade com que o Cristo nos libertou e não torneis à servidão”. Que é “tornar à servidão”? Voltar à crença fraudulenta de que somos seres humanos, mortais nascidos em existência material temporal. “Estar firme na liberdade” é simplesmente aceitar e discernir que “SOMOS A OBRA DE DEUS!” Este é o fato eterno que permanentemente deve ser reconhecido com extremo entusiasmo e alegria! O Deus único, Se expressando como o seu “Eu individual”: eis o Cristo! O seu libertador e salvador das crenças sem substância! Sinta-se livre neste instante! VOCÊ É LIVRE! Contemple, em quieta e silenciosa interiorização, a legitimidade desta Verdade absoluta! Não tente analisar ou redimir o “velho homem”; não se associe com quaisquer traços, bons ou maus, da suposta personalidade humana; e, muito menos entre em conflito interno em endosso infrutífero da antiga crença no bem e no mal! A Existência simplesmente É! Afirme a Verdade com a suposta mente humana, e você a estará anulando! Mente humana é NADA! Não acredite estar mentindo quando, com ela, afirma ser a Verdade! Imagine o número 1000; em seguida, observe um zero à sua esquerda, 01000, e, afirme a Verdade: “Vejo-me diante do número 1000!” Não seria esta a Verdade, mesmo que todos vissem e lhe mostrassem “também” o zero à esquerda? É nesse sentido que devemos afirmar “SOU OBRA DE DEUS” com a suposta “mente humana”. Ela é “zero à esquerda”. Enquanto você seguir a crença propagada por muitos instrutores, no sentido de somente afirmar a Verdade “QUANDO” a mente humana for transcendida, VOCÊ FICARÁ ILUDIDO! NA DUALIDADE! ACREDITANDO EM OUTRA MENTE AO LADO DE DEUS! ACREDITANDO EM “QUANDOS” MESMO JÁ ESTANDO NO AGORA EM QUE “QUANDOS NÃO EXISTEM!” Não caia nessa armadilha, mesmo que “famosos ou renomados” místicos a endossem! Afirme categoricamente: EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA! Mesmo que APARENTEMENTE você acredite estar usando a “mente humana”. PERCEBA O ÓBVIO: VOCÊ não pode fazer uso de inexistências! Seja radical e entenda que “mente humana é “ZERO À ESQUERDA”. Afirme unicamente a VERDADE com ela; dessa forma, a suposta “mente humana” ficará anulada!

O tempo não existe! Por isso, nunca houve “surgimento” de mente humana! O AGORA é a Mente oniativa em expressão! A SUA MENTE! Viva pela revelação gloriosa: “NÃO SOIS A MINHA OBRA?” Anule radicalmente a crença em matéria e em mente humana a ser transcendida, e responda: “EU SOU!”.

*

A NATUREZA UNIVERSAL DA VERDADE E DA ILUSÃO-1

A NATUREZA
UNIVERSAL DA VERDADE E DA ILUSÃO
JOEL S. GOLDSMITH

PARTE I
.

As escrituras hebraicas profetizavam que o Cristo seria crucificado. Como alguém poderia  predizer a crucifixão  de um homem dois mil anos antes daquilo acontecer? Não se conhece uma boa razão que explique tal evento; porém, esta profecia é encontrada nas escrituras hebraicas. Qual é o sentido dela? O primeiro, e o mais importante ponto a ser compreendido, é que esta profecia não se refere a um homem em particular, mas sim à crucifixão do Cristo, à crucifixão da Verdade.

Os hebreus sabiam, de amarga experiência, que a Verdade seria sempre crucificada quando aparecesse ao pensamento mortal. A Verdade nunca foi nem nunca será aceita pelo pensamento mortal. Onde quer que apareça, fará surgir a rejeição eclesiástica: “Isto não é ortodoxo; não está de acordo com o nosso ensinamento, não pode ser verdadeiro”. E a própria análise eclesiástica irá bradar: “Crucifique-o”; desse modo, seguramente poderia ser profetizado, com cem anos ou com dois mil anos de antecedência, que o Cristo seria crucificado, pois, onde quer que toque o pensamento mortal, o Cristo é vítima de crucificação.

O Cristo é a manifestação de Deus; portanto, o Cristo não é um homem. Para os seguidores do Hinduísmo, Krishna ocupa uma posição similar à de Jesus no mundo cristão. Há, inclusive, os que consideram Krishna apenas como homem, embora tivesse existido um homem chamado Krishna que deu ao mundo um ensinamento espiritual da mesma forma com que um homem chamado Jesus deu ao mundo o ensinamento do Cristo. O ensinamento de Krishna foi apresentado ao muito muitos mil anos antes do advento de Jesus, e, no entanto, somente Jesus veio sendo identificado como o Cristo, enquanto Krishna foi considerado como um ser físico. Tanto Krishna quanto Cristo tem o mesmo significado: a presença de Deus feito manifesto – o Verbo feito carne.

O pensamento mortal irá sempre crucificar a Verdade; assim, quando surge um indivíduo com esta visão da Verdade, com esta visão do Cristo, e que com Ele se identifica, pode-se saber que o caminho de sua crucifixão estará sendo preparado. Provavelmente ninguém captou a visão da Unidade tão claramente como Jesus; e, como ele se identificava com ela, a igreja da época achou que, com sua crucificação, se livraria da confusa Verdade que ele ensinava.

Eu não considero a crucificação ou as perseguições aos santos e místicos como acontecimentos necessários ao mundo. O ensinamento comumente aceito hoje, pelas igrejas ortodoxas, é o de que Jesus teve de morrer para que fôssemos salvos; entretanto, isso não passa de adaptação do antigo ensinamento dos hebreus, que considerava o sacrifício de animais inocentes como algo exigido por Deus. Tal ensinamento faz de Deus um tirano. Dessa forma, não sinto hoje que a crucificação ou perseguição façam parte de um plano de salvação do mundo; antes, pelo contrário, penso que aquilo ocorreu para as pessoas que equivocadamente se identificaram como um salvador pessoal, mais do que com o fato de ser, o ensinamento da Verdade, uma manifestação de que Deus, e de ser, cada mestre, somente uma transparência pela qual o como a qual ela estaria aparecendo.

Jesus veio ensinando: “Eu e o Pai somos um”. …”Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma”….”o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”….”Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus”. Os Mestres que personalizarem a Verdade, sentindo-se os responsáveis pela mensagem, sempre sofrerão o peso das perseguições do mundo. O erro deles está na própria colocação como sendo profetas com uma mensagem pessoal. Jesus foi bem claro nesse ponto, ao declarar: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou”. Porém, apesar desta declaração tão clara do próprio Mestre, muitos não a interpretaram corretamente.

A UNIVERSALIDADE DA VERDADE

A Verdade é, A Verdade de toda mensagem sempre existiu e continuará existindo até a eternidade. Quando os Mestres captam um vislumbre espiritual dela, o que podem fazer é se tornarem uma transparência para que esta Verdade apareça no mundo. De fato, o mundo irá sempre querer se livrar dessa Verdade – querer crucificá-la – mas enquanto os mestres não  identificarem a Verdade de suas mensagens como algo pessoal, enquanto não se colocarem como salvadores pessoais, não serão crucificados. Se a mensagem for verdadeira, o pensamento mortal desejará destruí-la, mas não destruirá a mensagem; tentará destruir a pessoa que tenha cometido o erro de acreditar que a Verdade tenha, de algum modo, alguma relação humanamente pessoal com ele.

Sejamos gratos por isso: a Verdade é santa e sagrada; a Verdade é onipresente e em todos os período da história do mundo surgirão aqueles que repetirão esta mensagem novamente. Ela nunca tem sua origem numa pessoa. A mensagem que Jesus ensinou é mais antiga que o próprio te,pó.. Nem é nova nem é original, sendo uma repetição daquilo que tem vindo através das épocas. De tempos em tempos ela chega a nós novamente. Jesus apresentou esta mesma Verdade universal numa linguagem compreensível e aceitável para o mundo ocidental, e é este o valor de seu ensinamento para nós.

Um indivíduo iluminado consegue transmitir a Verdade aos seus discípulos ou alunos imediatos, e por algum tempo ela começa a crescer e ser divulgada; mas, gradativamente, ela começa a perder sua força e significado original. Torna-se uma forma, um credo ou um sistema, pois alguém a organiza e isto selará o seu fim. A Verdade não pode sobreviver numa organização, pois, em todas elas existe uma cabeça, e no momento em que houver uma cabeça, deverá haver alguém à mão direita e alguém à mão esquerda. Daí começará a competição e o surgimento da confusão – dissensão e contenda. O indivíduo que captou a visão espiritual, aquele que redescobriu a Verdade universal, dá a ela a mais clara linguagem disponível no momento. Mas a interpretação daqueles que vêm depois é baseada nas suas diversas bagagens educacionais e regionais, com cada um entendendo a Verdade de uma forma inteiramente diferente. O resultado disso será que, após duas ou três gerações, ninguém mais concordará com o que era ou é o ensinamento.

Continua..>

A ILUSÃO É O QUE DEUS NÃO VÊ


A ILUSÃO
É O QUE DEUS NÃO VÊ
Dárcio
.

Muitos olham os problemas pessoais, ou mesmo mundiais, sem saber como Deus pode permitir tanta desarmonia. Já vi gente se dizer descrente de Deus por não aceitar, por exemplo,  que Ele não ponha fim a povos famintos sobre a face da Terra. Entretanto, a Verdade conhecida é que liberta o homem! E esta Verdade é que DEUS É TUDO! Onde o mundo ou as pessoas veem problemas, Deus vê a Sua perfeição onipresente no mesmo lugar! Por que os estudos da Verdade dizem que “os problemas não existem”, que são ILUSÃO? Porque “ilusão é o que Deus não vê”. Deus vê a perfeição onipresente, isto é, Deus vê tudo aquilo que é REALIDADE! Quando Jesus disse: “O meu reino não é deste mundo”, sinalizou a Verdade que desconsidera esta “miragem” supostamente vista pela mente humana. Como devemos proceder, diante dessas revelações? Precisamos nos despojar da mente humana, aceitando, com “coração de menino”, que temos realmente a Mente que vê a Realidade, soltando-nos nesta contemplação natural e sem esforço! Esta soltura é no sentido de nos identificarmos com aquilo que Deus é, e com aquilo que Deus vê! Tudo que Deus não vê, é ilusão, e tudo que VOCÊ VÊ, É O QUE DEUS VÊ! Isto porque inexiste outra mente para discernir qualquer outra coisa!
.
Os períodos de “Prática do Silêncio” são aqueles que reservamos para as “loucuras de Deus”, ou seja, são momentos em que acatamos estas revelações que, para a mente humana se mostram absurdas, e, com a máxima tranquilidade, realizamos nossa identificação com todas elas! DEUS É TUDO! TUDO É DEUS! DEUS ESTÁ SENDO VOCÊ, VOCÊ ESTÁ SENDO DEUS! Contemple estas Verdades, e veja-se livre sendo todas elas.
.
Logo abaixo, estou postando de novo um excelente artigo de Marie S. Watts, intitulado “Vendo do Ponto de Vista de Deus”. Gostaria que o estudassem MUITO CALMAMENTE   e em conjunto com o que estou expondo neste texto. Precisamos discernir a Onivisão, a Visão onipresente que temos para, em unidade com Deus, aceitarmos como “visto” unicamente o que é Realidade! Ilusão é NADA! É tudo aquilo que Deus não vê! Percebendo que Deus e homem são UM, perceberemos que o que Deus vê, é o que vemos! Estas considerações, obviamente, devem ser contempladas espiritualmente!  São verdadeiras, mas requerem algo além de simples leitura: exigem uma total identificação de nossa parte, na forma de aceitação radical e discernimento absoluto!

*

VENDO DO PONTO DE VISTA DE DEUS

VENDO DO
PONTO DE VISTA DE DEUS
Marie S. Watts
.

O homem, como aparenta ser, é limitado em praticamente todos os aspectos de sua existência. Embora cada identidade seja eterna, a ilusão chamada “vida humana” aparenta ter começo e fim. Esta experiência humana, completamente ilusória, é limitada porque se supõe haver uma  quantidade restrita de “tempo” em que o homem  permanece vivo. Inerentemente, sabemos que este limitado conceito de vida é incorreto, e sequer é necessário, razão pela qual nos rebelamos contra ele.

Tentamos prolongar a vida, e tentamos escapar ou dominar este falso conceito de limitação em todos os aspectos de nossa experiência. Sempre, neste limitado cenário ilusório, estamos procurando nos livrar de alguma falaciosa ideia de limitação. Vejamos, a partir de agora, o que deve ser feito para que nos libertemos de todas estas limitações ou crenças equivocadas.

Devemos percorrer  o caminho todo, em nossa “visão”. Isto significa que temos de discernir toda a Existência a partir do PONTO DE VISTA DE DEUS, em vez de fazer isso partindo do fictício ponto de vista limitado do “homem nascido”. Devemos ver tudo a partir do ponto de vista da Inteireza impessoal viva, perfeita, eterna, indivisível, que é Deus – o Universo.

Quando percebermos toda a Existência do ponto de vista divino, e não do limitado ponto de vista do homem supostamente nascido, perceberemos do ponto de vista da Perfeição eterna, ininterrupta e constante. Perceberemos, também, esta Perfeição como TUDO O QUE SEMPRE ESTÁ PRESENTE. Todo falso sentido de dualidade é transcendido nesta ilimitada percepção. Nunca estaremos conscientes de algo ou de alguém separado do UM infinito que nós somos. Tampouco estaremos conscientes de Deus “e” homem, Mente “e” ideia, Causa “e” efeito, Luz “e” treva, Inteligência “e” ignorância, Amor “e” ódio. Não poderá haver percepção de opostos, pois, não haverá nada para se opor nem para estar se opondo. Não lutaremos para “atingir” ou nos tornar algo além do Deus-EU-SOU, que somos. Tampouco iremos pretender sobrepujar algo que não somos, e que jamais poderíamos ser. Perceberemos inteiramente do ponto de vista do Amor consciente, inteligente, vivo, perfeito e eterno; e, não seremos movidos por qualquer aparência de limitação, imperfeição, ou alguma outra.

Alguém poderia perguntar: “E quanto aos quadros ilusórios que constantemente se apresentam à minha Consciência?” Faça-se esta indagação: “É ASSIM QUE DEUS VÊ A EXISTÊNCIA?”  Por ser Tudo, é impossível que Deus esteja consciente de algo além do que Ele próprio esteja sendo. Se Deus pudesse estar consciente de imperfeição, Deus teria que ser esta imperfeição. E isto é impossível! Como Deus nada sabe de imperfeição, carência, medo, etc., e como Deus é a ÚNICA Consciência, não existe nenhuma consciência de qualquer aspecto do mal ilusório. Desse modo, o Eu que EU SOU não pode estar consciente de nenhum dos ilusórios aspectos da nulidade chamada mal, sob qualquer disfarce. Em outras palavras, se Deus o desconhece, é ele desconhecido.

A Bíblia declara: “Conservarás em perfeita paz aquele cuja mente está estabelecida em ti; porque confia em ti” (Isaías 26:3). Ver constantemente a partir do ponto de vista de Deus significa conservar a Mente estabelecida em Deus. Significa perceber a partir do ponto de vista “EU SOU”, e jamais do ponto de vista do “eu serei”, ou “eu irei me tornar”.  Significa conhecer o que nós somos, e constantemente ser o que conhecemos. Oh, amado, podemos viver normal, amorosa e livremente cumprindo o nosso objetivo, exatamente aqui e agora! Tudo isto é possível em nossa percepção de que SOMENTE PORQUE DEUS É, NÓS PODEMOS SER; somente o que Deus é, nós podemos ser. Neste reconhecimento, prosseguimos com nossa tarefas diárias,  livre e jubilosamente. Somente o que Deus experiencia, nós podemos experienciar, e somente o que Deus conhece, nós podemos conhecer. Isto é realmente perceber a Totalidade, a Unicidade que Deus é. E isto é estabelecer a Totalidade, a Unicidade que é o EU SOU que VOCÊ É.

*

A IMPORTÂNCIA DA FIRMEZA NO TRATAMENTO DA CIÊNCIA CRISTÃ

A IMPORTÂNCIA DA FIRMEZA
NO TRATAMENTO DA CIÊNCIA  CRISTÃ
DAVID C. KENNEDY
.

A maioria de nós provavelmente se recorda de ocasiões, no cenário mundial ou em nossa comunidade, em que a firmeza de um indivíduo em defender o que era correto, foi de grande valia para superar uma dura oposição.

Ter uma posição firme a favor da realidade espiritual de Deus e do homem, também, é importante para o tratamento na Ciência Cristã. A Bíblia contém muitos exemplos de como a aparente predominância do mal, ou sua ameaça de predominar, se dissolve diante de uma força espiritual inabalável.

A Bíblia diz: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. A razão pela qual o diabo, ou mal, foge é a de que ele não tem substância verdadeira. A essência do mal é uma mentira, uma mentira sobre Deus e sobre como Ele fez o homem; é uma mentira sobre a natureza do poder, da vida e da substância verdadeiros. A mentira “foge”, quando a enfrentamos com o reconhecimento de que somente Deus é poderoso, de que Ele é a única Vida e substância do homem porque o homem é feito à Sua imagem e O reflete. De acordo com essa perspectiva espiritual, visualizamos com mais exatidão o mal como ilusão, como algo que não tem lugar em Deus e que é, na realidade, um conceito falso sobre Deus e Sua criação.

Esse ponto de vista espiritual não ignora o erro, ele o vence. A doença, por exemplo, nunca poderia ter sido criada por Deus, que é o Amor divino. Portanto não tem nem autoridade divina, nem lugar algum em Deus ou em Sua semelhança, o homem. É claro que a doença não parece uma ilusão para quem está sofrendo! Contudo, essa aparência de realidade se dissipa à medida que vislumbramos o fato de que a vida do homem não é material, não está separada de Deus, mas, na realidade, está em Deus e é de Deus, o Espírito. Portanto nosso ser real, espiritual, é harmonioso e reflete a perfeição de Deus.

Propiciar essa espiritualização do pensamento é o propósito do tratamento na Ciência Cristã. Um método usual no tratamento é o argumento mental que exige a afirmação de verdades espirituais aplicáveis especificamente ao problema. Além disso, inclui negar a realidade de tudo quanto queira existir fora da harmonia que estas verdades espirituais revelam. Tal tipo de argumentação não é um exercício intelectual. Exige que nos esforcemos com afinco para substituir conceitos materiais cheios de medo, que negam a supremacia de Deus, por uma convicção espiritual, por confiança e por um amor mais forte pelos fatos espirituais, que estão sempre presentes e são sempre a realidade vigente em qualquer situação.

O tratamento metafísico é uma forma de oração. Baseia-se em nosso amor a Deus e em nossa fé nEle como o Um infinito e onipotente, o único a nos governar. Tal oração, sempre profunda e sincera, às vezes requer um grau mais elevado de força espiritual, de coragem e de persistência do que aquele já alcançado. Mas nunca requer algo de que não sejamos capazes de realizar.

Em Ciência e Saúde, no glossário, explicando o termo Crer, Mary Baker Eddy inclui o seguinte: “Firmeza e constância; não uma fé vacilante ou cega, mas a percepção da Verdade espiritual”.

A crença em Deus, nesse sentido mais amplo, é o que proporciona a base para o tratamento espiritual da doença. Requer o exercício prático de nossa fé, confiança e compreensão espiritual. Quer o “paciente” seja a própria pessoa, quer seja alguém que tenha pedido ajuda, o tratamento repreende firmemente os medos específicos e teorias materiais (ou o pecado, em alguns casos) subjacentes à doença. Nega-lhes realidade e rejeita suas pretensões fraudulentas sobre o paciente. Utilizando os fatos espirituais especificamente aplicáveis à necessidade do paciente, afirmamos de forma enérgica a harmonia presente de seu ser verdadeiro.

A Sra Eddy fala a respeito das orações de Jesus como “profundos e conscienciosos protestos da Verdade”. Não é essa uma descrição exata da essência do tratamento? Ela escreve em Ciência e Saúde: “Não é nem a Ciência, nem a Verdade que age pela crença cega, como também não é a compreensão humana do Princípio curativo, tal como se manifestou em Jesus, cujas orações humildes eram profundos e conscienciosos protestos da Verdade—da semelhança do homem com Deus e da unidade do homem com a Verdade e o Amor”.

Indiscutivelmente, não poderia ter havido dúvida nas orações de Jesus. O representante humano do Cristo, a Verdade, não tinha nenhuma incerteza quanto à realidade da Verdade. As repreensões dele, tanto para o pecado quanto para a doença, eram firmes.

Como seguidores do Cristo, nós também somos chamados a tratar do caso, reconhecendo com firmeza a onipotência de Deus e a espiritualidade do homem à Sua semelhança. Isso significa argumentar, com sinceridade e convicção, a favor da harmonia que Deus já estabeleceu no homem. E isso significa manter nossa posição mental na expectativa do bem, até que a cura se manifeste.

Vários anos atrás, vi-me diante de um problema que muito me assustou. Eu orei durante um ano, tratando do caso específico. Apesar de ter havido progresso importante naquele período, o problema se prolongava.

Um dia, tive uma crise que ameaçou me prostrar completamente. Com o estímulo e a ajuda de um praticista da Ciência Cristã, fui capaz de revigorar minha posição a favor da verdade, mas, desta vez com uma firmeza e insistência que nunca tinha exercido antes. Firmei-me completamente, e com veemência, na totalidade de Deus, recusando-me a abandonar aquela firmeza mental, insistindo no que eu sabia ser espiritualmente verdadeiro.

A crise foi prontamente dominada, mas eu estava decidido a manter minha atitude metafísica vigorosa até que se desse a cura completa. Minha confiança foi restabelecida pelo fato de que, embora os sintomas parecessem estar ainda presentes, Deus estava me apoiando e protegendo constantemente. Podia confiar que a verdade que eu vinha discernindo estava realmente tendo um efeito regenerador e curativo.

Dentro de pouco tempo, o problema foi curado. Vi que em todas as ocasiões o Cristo, a mensagem divina e curativa da verdade, é o que transforma o pensamento, dissipando o medo. Assim, ficou claro para mim que, na realidade, não foi o argumento mental em si o que tinha curado a dificuldade. Mas, ao mesmo tempo, adquiri maior respeito pela profunda importância do tratamento e da atitude de permanecer firme em nossas afirmações mentais da verdade.

Ser resoluto na oração ajuda a desviar o pensamento mais rapidamente de uma contemplação mesmérica da doença, ou de outras dificuldades, para a percepção da realidade espiritual que traz a cura. Por outro lado, ficar em dúvida significa abrigar mentalmente as contestações do materialismo, que negam as próprias verdades que estamos nos esforçando em afirmar. Isso nos deixa atolados na duplicidade mental. Argumentamos contra nós mesmos, reconhecendo como reais tanto a discórdia quanto a harmonia. Somente pela argumentação sem restrições a favor da totalidade de Deus e da harmonia do homem, feito à Sua imagem, é que começamos a compreender a verdade que cura.

Ainda que a compreensão que temos de Deus possa parecer, às vezes, desproporcional, como se fosse um grama de verdade entre quilos de problemas, ela excede em alto grau a discórdia por ter sua fonte na onipotência de Deus. Cristo Jesus prometeu: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível”.

O amoroso Cristo, a Verdade, está sempre presente nos apoiando e curando. Permanecendo firmes na Verdade e compreendendo, mesmo em pequena escala, a harmonia do ser que Deus nos deu, fortalecemo-nos espiritualmente. À medida que mantemos fielmente nossa posição, a luz espiritual aumenta, trazendo a cura completa e inevitável.


(De O Arauto da Ciência Cristã – Setembro 1991)

"EXPULSAI OS DEMÔNIOS"- 16 (Final))

“EXPULSAI
OS DEMÔNIOS”
Dárcio
16
Final
.
Uma vez aceito nosso verdadeiro estado, estaremos prontos para seguir crescentemente rumo à plena luz e revelação, ou seja, “contemplarão a sua face, e nas suas frontes estará o nome dEle. Então já não haverá mais noite, nem precisarão eles de luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos”. Apoc. 22: 4-5.
Lillian De Waters

O importante, neste estudo, é a permanência no princípio revelado, de que DEUS É TUDO COMO TUDO, e que já estamos, TODOS, inclusos  em Sua Totalidade absoluta. Uma vez aceito nosso verdadeiro estado, estaremos prontos para seguir crescentemente rumo à plena luz e revelação, ou seja, “contemplarão a sua face, e nas suas frontes estará o nome dEle”.

“Uma vez aceito nosso verdadeiro estado”, diz a autora: este é o primeiro passo! Aceitar é assumir e contemplar, antes mesmo que a “aparência falsa” suma, que “em nossas frontes já está o nome de Deus”, ou seja, “Eu Sou”. Este é o “nosso verdadeiro estado sendo aceito”. A ilusória mente humana, para se manter em sua falsidade, chamaria de “blasfêmia” esta aceitação! Jesus foi apedrejado por causa disso!

“Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais? Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo. Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses? Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada), àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas; porque disse: Sou Filho de Deus?” João 10: 32-36

Entendamos que “a palavra de Deus nos é dirigida”! E “estaremos prontos para seguir crescentemente rumo à plena luz e revelação”, pela nossa permanência fiel a este princípio divino revelado! Assim, estarão sendo “expulsos todos os demônios”, mero acumulado de falsas crenças e que nos iludiam, por se fazerem passar por realidades!

“Então já não haverá mais noite, nem precisarão eles de luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos”.
Apoc. 22: 4-5.

FIM

*

O EVANGELHO DE TOMÉ

O
EVANGELHO DE TOMÉ
Marie S. Watts

Os discípulos perguntaram a Jesus: Como será o nosso fim? Jesus disse: Vocês descobriram o começo e indagam sobre o fim? Onde há começo, ali haverá fim. Bem-aventurado é aquele que se firma no começo; ele conhecerá o fim e não provará a morte.
.
Bem sabia Jesus que eles estavam ainda acreditando ter nascido, que estavam vivos como uma vida nascida num corpo de matéria, e que teriam de morrer e deixar a matéria, ou chegar a um fim. Jesus sabia que se não alimentassem estas crenças, não formulariam perguntas desse tipo. Eis por que ,de imediato, ele os conduziu à percepção de que “não há começo”, ao lhes dizer: “Onde há começo, ali haverá fim”. Em outras palavras, se, para você, existir começo, ali existirá fim. Se nasceu, terá de morrer. Se desconhecer qualquer “começo”, como poderá conhecer algum “fim”?

Jesus está, então, dizendo: Bem-aventurados somos nós, bem-aventurados são vocês, bem-aventurados somos todos que, exatamente entre aquilo que parece ser uma vida humana, um homem mortal, com todas as suas dificuldades e dores, doenças, nascimentos e mortes; exatamente no âmago do sonho, percebemos que somos o eterno e imutável Deus identificado, exatamente aqui e agora: não poderemos conhecer morte alguma, por não existir nenhum nascimento. Quando estamos vendo isso exatamente aqui, percebemos que nunca teremos de passar pelo que parece ser a experiência da morte. E, é com o tempo que despertamos para este fato. Tudo tem estado exatamente aqui, o tempo todo.

*

CONTEMPLE A LUZ DIVINA SOB AS APARÊNCIAS

CONTEMPLE A LUZ DIVINA SOB AS APARÊNCIAS
DÁRCIO
.

Quando você conhece as casas e ruas de um local, você saberá discerni-las intuitivamente e pela memória, mesmo estando tudo sob forte neblina! Você não irá acreditar que algo se modificou; somente a aparência é que se tornou outra! Esta “visão intuitiva” é sua visão da verdade, que não se deixa levar em nada pela aparência. O Universo da Realidade divina é a perfeição infinita expressa como Luz. Vivemos na Luz e somos a Luz em que vivemos! Não existe matéria! Não existe aparência que altere a permanência das obras de Deus!

Contemple a Luz divina sob as aparências, assim como alguém intuitivamente “veria” as casas e ruas sob a neblina! Não divida sua atenção entre a Verdade e as aparências! Contemple unicamente a Verdade, contemple unicamente a Luz Se manifestando infinitamente em perfeição absoluta! Não leve em conta as aparências! Elas se comparam à neblina! As aparências em nada se envolvem com a Realidade, não mudam em nada a Verdade, e, não têm condição de, por si mesmas, se manter! Contemple tranquilamente a LUZ DIVINA sob as aparências!

*

PESSOAS, COISAS OU CONDIÇÕES…

Pessoas, coisas ou condições…
.
…nunca são a fonte de nossas discórdias. Sejamos bem claros neste importante ponto. Há uma força universal, uma crença universal, um hipnotismo universal, que é a fonte de todas as discórdias que se manifestam em nossas experiências. Toda limitação, todo pecado, toda tentação e toda doença que chegam até nós, são nada mais que o efeito de uma força ou poder universal, a qual, lembre-se que, por si só não tem poder; somente tem poder pela aceitação da mente humana a ela. Se o erro fosse poder, não poderíamos dissipá-lo. No entanto, ele não é poder, exceto, para o sentido do mundo. A crença universal, é o único poder que temos que considerar ao depararmos com o pecado, a doença, a morte, a carência ou a limitação, mais esta não é poder.
.
JOEL S. GOLDSMITH
*

"EXPULSAI OS DEMÔNIOS"-15

“EXPULSAI
OS DEMÔNIOS”
Dárcio
15
.
“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Rom. 8; 31. Ninguém! Nada! Nada existe para se-Lhe opor! Nada para ser contrário! Nada para estar separado! A divina Consciência reina, e é tudo- em-tudo.

Conhecedor deste sempre-existente Fato da Existência,  Cristo ordenou: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” Mc 16; 15. Amados, obedeçamos ao nosso Redentor! Passemos a pregar o Evangelho da Unicidade e  Totalidade a todo aquele que possa ouvi-lo. Passemos a ensinar a Mensagem da Ontologia: Perfeição indivisível, Completeza, o Eu-Sou-estado-de-ser. Previnamos a todos  que deixem de pensar a partir da premissa de um homem em busca de seu bem; em vez disso, assumamos o correto estado do Ser, vivo por toda a Eternidade.
Lillian De Waters

.

Quando Jesus disse para colocarmos a “nossa Luz” no alto do alqueire, estava sinalizando o referencial absoluto da Boa-Nova. Ao lado da “LUZ”, que cada um JÁ É, nada há! Na posição “ascensionada”, a Luz que somos é UMA com a Luz Infinita! Nunca estivemos separados da Luz! Assim como não poderíamos estar apartados da Consciência que somos! Luz e Consciência são uma e a mesma coisa! Portanto,  “colocar nossa Luz no alto” significa abrir mão de todos os “nadas”, que compõem a nulidade chamada “existência humana”, para SER A LUZ!. Esta colocação de nossa Luz no alto é a compreensão de que DEUS É TUDO! “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Rom. 8; 31. A autora emprega esta citação bíblica para reforçar o enfoque absoluto! “QUEM SERÁ CONTRA NÓS?” Nada nem ninguém!

Você deve contemplar o Universo de Luz com a sua Luz no Alto e  UNA com a Luz divina infinita! Contemple a Verdade de que, exatamente onde parecia haver “olhos humanos “vendo” um mundo material”, existe a Luz divina manifestada como a sua Visão iluminada! E vendo agora o Reino da Luz! Por certo, esta “prática contemplativa” foi   que deu a João a revelação que lhe possibilitou declarar: “Deus é Luz, e não há nele trevas nenhumas” (I João 1; 5).

Passemos a pregar o Evangelho da Unicidade e  Totalidade a todo aquele que possa ouvi-lo. Passemos a ensinar a Mensagem da Ontologia: Perfeição indivisível, Completeza, o Eu-Sou-estado-de-ser. “Pregar” o Evangelho da Unicidade e Totalidade significa SER, conscientemente,  a Unicidade e Totalidade que DEUS É! Como diz a autora: A divina Consciência reina, e é tudo- em-tudo.

*

VIVA MENTALMENTE LIVRE!

VIVA
MENTALMENTE LIVRE!
Dárcio
.

Conhecer a Verdade, em termos absolutos, é “ser a Verdade”. Este conhecimento  espontaneamente transparece na suposta vida humana, que é um reflexo do estado mental de cada um. Se você estuda a Verdade, se você aceita SER A VERDADE, viva mentalmente livre! Viver mentalmente livre é viver desapegado do tempo, desapegado de problemas, desapegado de tudo, fluindo livre com o agora de cada instante, e nele realizando o que pode e deve ser feito, e da melhor forma possível! Não ocupe o agora com algo que você terá de fazer “no fim do mês”; antes, ocupe seu agora com o que pode e de fazer agora! Faça isso se sentindo mentalmente livre! Se isto lhe parece difícil de ser vivido, pare com tudo e medite! Sim, porque seu envolvimento com a aparência, de forma nervosa e ansiosa, denota claramente o seu envolvimento nocivo com a ILUSÃO! O Universo infinito está em atividade sem qualquer responsabilidade pessoal ou humana sua! Não será onde você está que isto seja diferente! Medite e veja que a Oniação inclui tudo o que lhe diz respeito! Contemple  o Universo infinito vivendo este AGORA sem calendários e agendas ou preocupações!

Viva mentalmente livre! Sua VIDA é livre! Na verdade, você é a LIBERDADE EM SI, uma vez que Deus constitui o ser individual seu e meu! Somos UM em LIBERDADE! Somos um em ATIVIDADE! O agora em que eu vivo, é o agora em que você vive! Deixe a Liberdade Se expressar! Desse modo, sem esforço algum, sua Vida LIVRE se refletirá também como “mente livre”, plenamente ativa e isenta de negatividades ou limitações.

*

A CURA PELA MENTE: SISTEMA HUMANO OU DIVINO?

A CURA PELA MENTE:
SISTEMA
HUMANO OU DIVINO?
Marceil Delacy
.

Os pesquisadores, tanto religiosos como leigos, estão dando atenção cada vez maior à conexão existente entre a mente e o corpo. Cresce a ideia de que, em certo sentido, a mente humana cria sua própria realidade e por isso tem controle considerável sobre suas próprias condições e funções. Muitos médicos reconhecem que há necessidade de levar em conta os fatores mentais, tanto quanto os físicos, no tratamento da doença.

Vista superficialmente, a ligação dos fatores mentais com o bem-estar físico, aceita pela psicologia popular e por certos setores da medicina, poderia parecer semelhante ao ensinamento da Ciência Cristã, de que o corpo é, em essência, uma manifestação do pensamento. A coincidência entre a Ciência Cristã e essas tendências modernas jaz no reconhecimento de que os fatores físicos não podem ser tratados isoladamente do estado mental do paciente. A grande diferença está em que os outros sistemas tentam controlar as reações do corpo pela mente humana, enquanto a Ciência Cristã entende que a cura vem da Mente divina, ou seja, Deus.

Referindo-se às diversas teorias e diferentes sistemas da chamada “cura pela mente”, largamente debatidos em livros que circulavam antes da publicação de Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: “(Eles) têm sua origem na mente mortal, que apresenta um conceito humano em nome da Ciência, para equiparar-se à Ciência divina da Mente imortal, do mesmo modo como os necromantes do Egito se esforçaram por imitar as maravilhas operadas por Moisés. Tais teorias não têm relação alguma com a Ciência Cristã, que assenta no conceito de que Deus é a única Vida, substância e inteligência, excluindo a mente humana como fator espiritual na obra curativa”.

Esse depender totalmente de Deus, a Mente divina, é o que torna a Ciência Cristã tão eficaz no campo da cura. É inerente a essa abordagem da cura a compreensão de que o homem, em verdade, é espiritual, uma obra do Criador, o Espírito divino, em vez de ser o produto de fatores genéticos ou de circunstâncias ambientais. Quando adotamos esse ponto de vista, reconhecendo que essa é a verdade sobre o Criador e a criação, passamos a ver  a saúde de modo diferente. Começamos a perceber que encontramos  saúde e bem-estar genuínos por meio de uma melhor compreensão do verdadeiro ser do homem como filho de Deus, e não por meio de uma análise do que parece ser uma unidade mente/corpo em mau funcionamento.

Isso não quer dizer que sejam sem importância um exame honesto de nós mesmos e o esforço de pôr nosso pensamento e nossa vida cada vez mais de acordo com as leis de Deus. Pelo contrário! Não podemos simplesmente ignorar o conteúdo do pensamento humano, pois é aí que a cura, em verdade, tem de ocorrer. Mas como?

Quando a mente humana errônea vê seus próprios pensamentos perturbados (tais como ira, ódio, medo, tensão) se manifestarem visivelmente sob a forma de doença, então o que se faz necessário é o auxílio de um poder superior a essa mente auto-enganadora, a fim de restaurar um sentido normal de bem-estar moral e físico. Esse poder libertador encontra-se em Deus, a Mente divina, e na influência sanadora de Seu Cristo. O tratamento baseado na Mente como a causa única ajuda a libertar o paciente das assim chamadas leis que impõem limites e são inerentes à estrutura mente/corpo definida psicologicamente. Dessa forma, desdobra-se uma visão totalmente nova de identidade e realidade.

Na Bíblia, há um relato que mostra a insensatez de enredar-se nas tendências analíticas da mente mortal e carnal. É a história de Jó, um homem correto, abatido pela tragédia. Cada um dos amigos que vieram consolá-lo apresentaram em detalhes um diagnóstico teológico a respeito do sofrimento de Jó. Após muita discussão, Jó se cansa das teorias deles, que se baseiam na hipótese de que sua desgraça seria fruto de algum pecado pessoal. Ele os chama de “médicos que não valem nada” e diz: “Sois consoladores molestos”.

Acaso esses pretensos auxiliadores não falharam num ponto que continua sendo um dos maiores obstáculos ao tratamento mental eficaz? Qualquer que seja a forma desse engano, sua natureza é a mesma. O pensamento se fixa no problema em si — o que foi errado, quando, por quê — ao passo que uma busca dos fatos concernentes a Deus e ao homem que Ele cria leva à regeneração e à cura.

A Sra. Eddy, baseada em sua experiência na prática da cura científica e cristã, escreve o seguinte: “Estamos constantemente pensando e falando do lado errado da questão. Quanto menos se falar ou se pensar sobre pecado, doença e morte, tanto melhor para a humanidade, seja moral, seja fisicamente. O maior pecador e o doente mais desesperançado são os que mais pensam na doença e no pecado; mas depois de terem aprendido que esse método não os salvou nem de um nem de outro, por que persistem? Por que seus conselheiros morais falam, no intuito de ajudá-los, justamente sobre os assuntos que os doentes prefeririam não mais ressaltar em sua vida? Argumentar a favor da realidade daquilo que deveria desaparecer é como lançar lenha no fogo.”

No livro de Jó, Deus é finalmente ouvido, revelando Sua onipotência. O reconhecimento do poder e da presença de Deus é seguido pelo pleno restabelecimento da saúde e do bem-estar de Jó. O fato de que há quem pense que o relato sobre Jó não é história real não diminui o valor de sua mensagem. Esta foi endossada pelas obras de cura de Cristo Jesus, que não perdia tempo compilando estudos sobre desvios de comportamento. Ele restabelecia a saúde por meio da compreensão da inocência do homem como imagem de um Deus perfeito. Na obra sanadora do Mestre, fica evidente que ele punha o pecado a descoberto como uma concepção errônea sobre o homem e não como um fato da criação de Deus.

A Ciência Cristã, agindo em concordância com o ponto de vista de Jesus em relação à cura, silencia a agitação do pensamento humano por meio do poder da Mente única, Deus. Ajuda-nos a perceber que a doença não tem existência real que se origine de Deus. Faz-nos ver que o pensamento que reconhece a doença, analisa-a e quer saber quando irá embora é um falso sentido das coisas, não o efeito da Mente divina nem da verdadeira consciência do homem como semelhança daquela Mente. Por meio da oração que discerne o poder do Cristo, a Verdade, a falsa crença na doença é destruída, tendo como resultado a cura. Quando nada mais resta na consciência, que dê testemunho do sofrimento, este cessa.

Esse método de cura é eficaz não só no caso de males corpóreos, mas também no de cicatrizes mentais e emocionais. Uma jovem, conhecida minha, enfrentava problemas emocionais ligados a um conceito negativo de si própria. Ela havia lido sobre várias teorias psicológicas e casos semelhantes ao seu. Embora isso lhe tivesse dado um entendimento mais claro do problema, pouco contribuiu para a solução. Parecia-lhe tão remota a possibilidade de um dia reverter esse padrão autodestrutivo de pensamento e de comportamento, que muitas vezes sentia o desejo de morrer.

Volveu-se à Ciência Cristã em busca de auxílio. Ao obter uma compreensão melhor de sua identidade como filha amada de Deus, parou de ver-se como um ser mortal anômalo e começou a expressar mais força de caráter, mais amor pelos outros e menos ódio por si mesma. A depressão e as fantasias suicidas diminuíram, até desaparecer totalmente. Sua vida adquiriu novos propósitos.

A mente humana, mesmo equipada com as mais recentes teorias psicológicas, nunca  pode igualar o poder da Mente divina para restaurar, mental e fisicamente, de forma completa, a vida de alguém. Necessário é alcançar a posição que está além do quadro aflitivo da identidade mortal e chegar a compreender que nosso Eu é imortal e recebe toda substância e toda consciência do eterno Pai-Mãe, Deus, e vive em obediência tão só a esse poder. Quando a percepção dessa verdade do ser substitui a fixação no estado imperfeito de um suposto ser mortal, sentimos o amor salvador de Deus.

Na obra sanadora de Jesus e no tratamento pela Ciência Cristã de hoje, a cura não vem por meio dos esforços da mente humana; ela é o resultado da submissão da mente mortal e do corpo ao todo-poder da Mente divina. Essa cura pela Mente é científica, cristã e permanente.

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – maio 1993)

"EXPULSAI OS DEMÔNIOS"- 14

“EXPULSAI
OS DEMÔNIOS”
Dárcio

14
Conheça seu Eu! Ame seu Eu! Quem está em todo o céu e a terra, senão seu Eu? Não diga “Eu Sou”, exceto em nome do Uno: o Eu que era; que é, que sempre será; em quem não há sonho nem oposição de qualquer espécie.
.
Eu sou Amor, Eu sou Entendimento, Eu sou Paz, Eu sou Abundância; igualmente presente em todo ponto. Eu sou a demonstração do bem eterno, sempre. Nada Me pode ser acrescentado; nada Me pode ser tirado. Eu e a minha criação somos Um; e preencho a Infinitude.

Lillian De Waters
.

Como vimos anteriormente, “Nossos nomes estão escritos nos céus”. Agora somos convidados a partir para o Autoconhecimento.

“Conhecer nosso Eu” , como temos visto, significa “discernir o Eu ÚNICO”, a Presença infinita, universal, onipresente! “Eu sou Amor, Eu sou Entendimento, Eu sou Paz, Eu sou Abundância; igualmente presente em todo ponto. Eu sou a demonstração do bem eterno, sempre. Nada Me pode ser acrescentado; nada Me pode ser tirado. Eu e a minha criação somos Um; e preencho a Infinitude”. Não  “afirmamos mentalmente” estas verdades! Com atenção voltada a elas, “percebemos” o endosso espontâneo que cada uma “recebe” de nosso próprio Eu! Isto é “contemplar”. De fato, existe Deus, o Eu Infinito, presente como todos nós! Nós percebemos esta atividade do Infinito sendo!  Percebemos o Universo Real Se expressando como um Todo Perfeito! “Eu sou Amor, Eu sou Entendimento, Eu sou Paz, Eu sou Abundância; igualmente presente em todo ponto”. E percebemos que, pela Expressão do Infinito ser “igualmente presente” em todo ponto, estamos, “eu” e “você” sendo o “ponto de expressão”, estamos sendo o Cristo, a Emanação do único Eu como nossa Identidade individual.

“O Senhor será rei sobre toda a terra;
naquele dia um só será o Senhor, e um só será o seu nome”.
Zacarias 14: 9
*

VOCÊ, CO-HERDEIRO COM CRISTO DE TODAS AS RIQUEZAS CELESTIAIS

VOCÊ, CO-HERDEIRO COM CRISTO
DE TODAS AS RIQUEZAS CELESTIAIS
DÁRCIO
.

Como humanos, vemos diferenças sociais e todo tipo de desigualdades. Estas desigualdades são ilusórias, uma vez que em Deus, que é TUDO, todos possuem em si mesmos tudo aquilo que Deus é. Por isso Jesus disse que o pré-requisito para “entrar no reino de Deus” é nascer de novo. Esta escalada do humano ao divino é pregada nos mais diversos ensinamentos. Paulo, por exemplo, cita este processo como sendo um “morrer diário” para a natureza falsa, humana e limitada, enquanto a mente é renovada pela ação divina até que o “Cristo que é tudo em todos” seja conhecido em cada um. “Já não sou mais eu quem vive, o Cristo vive em mim”, disse ele.

O estudo da Verdade absoluta não parte do “morrer diário” e sim do nosso Eu absoluto, já manifestado e sendo o nosso único ser, sem ego. Nunca estivemos na matéria, pois, a matéria não existe! Nunca pensamos com “mente humana”, pois, “a Mente divina é que é a realidade onipresente”. Estes princípios libertadores são levados às “contemplações” em que realmente nos dissociamos de tudo quanto possa aparentar existir sem que seja Deus, para discernirmos a Verdade permanente de que unicamente o Cristo é o ser que somos.

Lembro-me de um relato da Seicho-no-ie em que uma criança havia caído de uma escada e sofrido lesão em certos filamentos do cérebro. Para a medicina não havia forma de solução, pois o risco em operação era enorme! O pai da criança, consultando um orientador da filosofia, foi ensinado a ler a Sutra da Seicho-no-Ie para a criança. Esse pai fez a leitura por dezoito anos e a situação perdurava. Tendo oportunidade de fazer nova consulta, após todo esse tempo, ele foi novamente orientado para fazer a leitura, ao que respondeu: “Já faço isso isto há dezoito anos! De nada adiantou!” E o orientador lhe fez a seguinte pergunta: “O senhor esteve lendo a Sutra com que objetivo?” Ele respondeu: “Eu lia para que Deus unisse os filamentos do cérebro de minha filha, lesados pela queda!” E o orientador lhe disse: “Sua filha é filha de Deus e nunca sofreu queda nem jamais sofreu lesões! Veja sua filha verdadeira e não a aparência falsa!” E foi com esta compreensão que ele, posteriormente, pôde ver a filha se mostrando “curada”.

O que é “nascido da carne é carne”, o que é “nascido do espírito é espírito”, diz a Bíblia. Estudar a Verdade não é ficar entre dois mundos e muito menos desejar consertar o mundo das aparências! Por isso, as “contemplações” devem ser radicais e feitas em cima da Verdade: DEUS É TUDO! Se retivermos “outra existência” ao lado de Deus, estaremos “dividindo a casa”, ou seja, estaremos acreditando em Deus e na matéria; desse modo, a ILUSÃO estará sendo aceita, e não a Verdade! Feche os olhos e se desvincule de tudo que não seja DEUS sendo TUDO, e sendo VOCÊ! Aquele que “permanecer em MIM”, no seu Eu Absoluto, “dará frutos”, disse Jesus! Dizer mentalmente que “somos co-herdeiros com Cristo de todas as riquezas celestiais” é de mínima serventia; entretanto, se você captar seu sentido absoluto, entrará em meditação consciente de que a totalidade de Deus está sendo o CRISTO que VOCÊ É, e, esta Verdade, assim conhecida, o libertará das crenças do mundo!

*

A CONSCIÊNCIA INFINITA COMO SUA CONSCIÊNCIA

A CONSCIÊNCIA
INFINITA
COMO SUA CONSCIÊNCIA
DÁRCIO

.
Quando Jesus disse: “Sois a luz do mundo”, revelava a visão verdadeira que em nada se envolve com as imagens humanas dos seres segundo as aparências vistas pela mente humana.  As declarações iluminadas nos servem como “freios” à ilusão! Por tempo demais a humanidade veio sendo iludida pelas aparências! Nunca as obras de Deus foram vistas pela mente humana; por outro lado, jamais estas obras perfeitas sofreram quaisquer mudanças! De onde surgiram tantas doutrinas, dogmas e preceitos que nos julgam como imperfeitos, serem mortais, em evolução, etc? Tudo isso é fruto da ilusão de que DEUS não seja TUDO, e que, ao lado de Deus, existam seres humanos separados dEle e se esforçando para entrar “com Ele” em comunhão! Contudo, a Unidade é fato universal onipresente! Nada há fora de Deus e nem há algo sem ser a Unidade que é Deus em atividade! Aceitar isso com a mente é o “batismo com água”; entretanto, esta aceitação mental somente terá valor quando houver o discernimento espiritual de que, realmente, “somos perfeitos em unidade” como Jesus declarou. Este será o “batismo com fogo”. Por isso as “contemplações” precisam ser  feitas sem dualidade e de forma radical!

Deixe de olhar as formas da aparência e se volte à sua Consciência. Perceba que esta Consciência está especificamente onde VOCÊ agora se encontra, e, ao mesmo tempo, se estendendo pelo Infinito que Ela abrange e que Ela é. Não “arraste” sua atenção pela infinitude! Perceba-se sendo o que VOCÊ É, em sua presença específica, e depois “universalize” esta percepção. Fazendo uma analogia grosseira, seria o estado de São Paulo Se percebendo ser o Brasil especificamente como “estado de São Paulo” e, depois, Se percebendo ser o Brasil como todos os demais estados, pela UNIDADE que é o Brasil como país.

.
A Consciência única é Deus! Está em toda parte e está em nós! Ela é a toda parte e também é o ser que somos! Sinta-se SENDO O INFINITO, e sinta-se, ao mesmo tempo,  sendo seu EU individual ou específico.Atente para este fato de a UNIDADE ser a totalidade da Existência! Rompa com as barreiras das aparências ilusórias e se contemple como sendo DEUS! DEUS É TUDO! TUDO É DEUS!
*

"EXPULSAI OS DEMÔNIOS"-13


“EXPULSAI
OS DEMÔNIOS”
Dárcio
13
.

O tratamento de Jesus era administrado como Palavra Falada: a Palavra de poder; a Palavra de ordem. O Eu fala ao Eu, com poder e autoridade, dizendo: Saia! Jubilosamente, o Eu ouve e o Eu responde.
Das profundezas do Amor divino, a Palavra sai; e é cumprida. Ela não leva em conta personalidades ou bloqueios mentais; tampouco busca modificar alguma assim chamada consciência. A Palavra emana do Eu; Ela é o Eu; e é a própria autoridade.
O Eu é isento de todo tipo de limitação; sem discrepância ou discriminação. Ele é poder, Todo-poderoso. Ele vê a Si próprio como o Incondicionado — o livre e irresistível, sempre.
Lillian De Waters
.
Imaginemos que um “oceano falante” emanasse de si mesmo uma onda, e dissesse instantaneamente a ela: salte! Ele, sendo o oceano, poderia dar a ordem para qualquer parte de si mesmo! Não seria uma presença querendo mover outra! Neste sentido, escreve a autora : O tratamento de Jesus era administrado como Palavra Falada: a Palavra de poder; a Palavra de ordem. O Eu fala ao Eu, com poder e autoridade, dizendo: Saia! Jubilosamente, o Eu ouve e o Eu responde”. Esta é a Visão absoluta da Existência! Na visão iluminada, não há dois poderes em luta! Há unicamente a Onipotência em Auto-expressão.
Este elevado artigo nos incita a fazer a “ascensão”, ou seja, uma interiorização verdadeiramente profunda e que nos permita discernir o Eu infinito sendo Tudo! Em seguida, neste próprio discernimento da totalidade de Deus, ficamos cônscios de que, assim como somos uma “Onda individual” Auto-emanada, isto é, o Cristo, qualquer outro suposto ser também está sendo unicamente “outra Onda distinta”, neste mesmo Oceano de Luz e Amor Vivos em que somos todos UM.

“Das profundezas do Amor divino, a Palavra sai; e é cumprida. Ela não leva em conta personalidades ou bloqueios mentais; tampouco busca modificar alguma assim chamada consciência. A Palavra emana do Eu; Ela é o Eu; e é a própria autoridade.
O Eu é isento de todo tipo de limitação; sem discrepância ou discriminação. Ele é poder, Todo-poderoso. Ele vê a Si próprio como o Incondicionado — o livre e irresistível, sempre.”
A percepção interna da Totalidade de Deus elimina toda ilusória intenção ou tentativa de querer curar ou melhorar algo ou alguém! Estes estudos requerem poucas e rápidas leituras, mas profundas contemplações meditativas, em “Práticas do Silêncio” totalmente alheias às aparências humanas e totalmente voltadas ao Absoluto! Muitos lêem demais! E percebem muito pouco! Invertamos! Voltemo-nos às profundas interiorizações contemplativas; assim,  chegaremos naturalmente às mesmas conclusões da autora, assim por ela descritas:
O Eu é isento de todo tipo de limitação; sem discrepância ou discriminação. Ele é poder, Todo-poderoso. Ele vê a Si próprio como o Incondicionado — o livre e irresistível, sempre.”

A DOENÇA NÃO TEM PODER SOBRE VOCÊ

A DOENÇA
NÃO TEM
PODER SOBRE VOCÊ
David C. Driver
.

Se uma pessoa recebesse um diagnóstico, informando ter uma doença considerada incurável pela medicina, será que toda esperança de cura estaria perdida? De maneira alguma. E por que não? Porque uma visão diferente sobre a vida permite considerar a situação a partir de um ponto de vista espiritual, um ponto de vista que cura. A partir desse ponto de vista espiritual, a incurabilidade e a própria doença podem ser vistas, não como um fato real, mas sim como a manifestação de um erro fundamental, de um conceito equivocado daquilo que é inerente ao nosso verdadeiro ser. Não existe engano que não possa ser corrigido, nem erro que não possa ser sanado.

Enquanto as observações e conclusões médicas se baseiam, em grande parte, no exame do corpo, a metafísica aborda a questão de uma maneira completamente diferente, baseando-se no ensinamento e nas curas espirituais relatadas na Bíblia, em especial na vida de Jesus. Quando Jesus encontrava pessoas que estavam doentes havia anos—em um caso a pessoa vinha sofrendo havia trinta e oito anos —era evidente que essas doenças eram consideradas incuráveis. Ele não permitiu que a condição física lhes tirasse a esperança ou os fizesse aceitar a crença de que o problema era incurável. Em vez disso, as pessoas eram curadas imediatamente. Jesus obviamente percebia uma realidade totalmente diferente da visão material.

Muitas pessoas consideram essas curas espirituais como milagres. Através de uma profunda pesquisa das Escrituras, Mary Baker Eddy passou a ver as curas não como algo miraculoso, mas sim como o resultado da atuação de uma lei superior, a lei de Deus. Ela apresentou essa lei em sua obra mais importante, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.

Quando compreendemos a totalidade de Deus e Sua bondade, que constitui a lei divina universal e invariável, é fácil perceber que podemos confiar em Deus para obter harmonia e cura. Ciência e Saúde explica: A compreensão crística acerca do ser científico e da cura divina inclui um Princípio perfeito e uma idéia perfeita, — Deus perfeito e homem perfeito – como base do pensamento e da demonstração.

Podemos fazer um paralelo na matemática. Se estivermos resolvendo um problema através da multiplicação e conhecermos bem a tabuada, rapidamente identificaremos qualquer erro, não por conhecermos detalhadamente os possíveis erros, mas porque a conta errada simplesmente estará em desacordo com aquilo que sabemos estar correto. Resolvemos a questão, não começando pelo erro, procurando maneiras de melhorá-lo, mas sim, aplicando o cálculo certo, que conduz ao resultado correto.

Para que ocorra a cura espiritual, raciocinamos a partir da realidade do homem perfeito criado por Deus (e aqui homem é empregado genericamente e inclui a verdadeira natureza espiritual de cada homem, mulher e criança). Percebemos que qualquer sintoma de doença, ou de imperfeição tem de se originar em um conceito errôneo sobre o homem de Deus, nosso verdadeiro ser, que é perfeito para sempre. A harmonia (a saúde) se manifesta em nosso corpo, à medida que a harmonia reina em nosso pensamento. Não destruímos a doença através da observação atenta do corpo, mas sim aceitando a verdade espiritual sobre Deus e o homem, para que ocorra uma mudança de pensamento.

Tomemos, por exemplo, os vários conceitos geralmente associados ao diabetes. Um deles é a hereditariedade. A hereditariedade se baseia na crença de que somos mortais, concebidos e gerados de acordo com as leis da biologia. Por isso, características positivas e negativas podem passar dos pais para os filhos. Corrigimos esta maneira de pensar por compreendermos que, em realidade, somos filhos e filhas de Deus, ideias perfeitas de um Princípio divino perfeito. Realmente só podemos herdar aquilo que advém do Espírito, Deus, que é inteiramente bom.

Incurabilidade. As injeções de insulina não curam. São um substitutivo para uma deficiência química que causa um mau funcionamento orgânico.

Para eliminarmos a crença em tal deficiência, é necessário reconhecer que o homem, sendo na verdade espiritual e não material, não depende de substâncias químicas nem de quaisquer elementos ou funções materiais para sua inteireza e saúde. Ele depende de Deus. Ciência e Saúde descreve o homem como “a ideia composta que expressa Deus e inclui todas as ideias corretas”. Nenhuma qualidade necessária está faltando. A Bíblia nos traz uma idéia semelhante: “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar e nada lhe tirar” (Ecles. 3:14).

O homem, como Deus o criou e conhece, é para sempre completo. Nada de nocivo, nenhuma doença ou medo, jamais lhe pode ser acrescentado. Nada de necessário ou útil jamais lhe pode ser tirado. Não há engano incorrigível nem erro incurável.

Mau funcionamento. Damos aqui alguns trechos inspirativos de Ciência e Saúde, fatos divinos poderosos, capazes de corrigir conceitos humanos errôneos: “nem a inação orgânica nem o excesso de ação se acham fora do controle de Deus”, “o medo nunca fez parar o ser e sua ação… Toda função do homem real é governada pela mente divina”. Mente é outro nome para Deus, que O apresenta como inteligência suprema que cria e governa o homem e o universo. A Mente necessariamente mantém cada detalhe de suas ideias em perfeita harmonia.

Fraqueza. Será que o homem, à semelhança de Deus, depende de substâncias químicas, do físico ou de qualquer outro produto material, para ser forte? Não. Sua força vem de Deus, o Espírito, que inclui em Si todo o poder e é a fonte infinita e perpétua da força. Comprovamos isso quando seguimos o seguinte conselho: “Eleva-te na força do Espírito para resistir a tudo o que é dessemelhante do bem. Deus fez o homem capaz disso, e nada pode invalidar a faculdade e o poder divinamente outorgados ao homem”.

Quando pensamos a partir de “Deus perfeito e homem perfeito”, podemos corrigir espiritual e cientificamente o veredicto alarmante que porventura nos tenha sido imposto. Essa correção na consciência humana resulta na cura do corpo.

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã)
*

"EXPULSAI OS DEMÔNIOS" -12

“EXPULSAI
OS DEMÔNIOS”
Dárcio

12

Estabelecidos como o Um, assumimos nossa prerrogativa de ser uma lei para o nosso Eu; que nada pode estar conosco sem que seja saudável, perfeito e puro.

“Não vos alegreis porque se vos sujeitam os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus”.Lc: 10;20. Assim falou Jesus àqueles que por ele foram enviados para pregar e curar. A alegria não deve estar ligada à demonstração; devemos nos alegrar por termos descoberto que nós próprios, e todos os demais, somos a Verdade e a Vida. Como devemos ficar alegres e felizes!
Lillian De Waters

.

Este é o ponto máximo da Revelação: “Nossos nomes estão escritos nos céus”. Escritos como? Como “Eu Sou”.

“Estabelecidos como o Um, nós assumimos nossa prerrogativa de ser uma lei para o nosso Eu; que nada pode estar conosco sem que seja saudável, perfeito e puro.” Esta Verdade estava sendo discernida pelos discípulos? Não! Estavam contentes apenas pela suposta demonstração  de poder mental que haviam obtido! Haviam se livrado do dualismo? Da crença em dois poderes? Não! Mostravam, portanto,  alegria infundada, diante da grandiosa Revelação absoluta de que “somente existe o Um”.


“Não vos alegreis porque se vos sujeitam os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.”
Lc: 10;20. Não poderia haver instrução mais elevada! O ÚNICO “Eu Sou”, sendo revelado como a Vida harmoniosa comum a todos os seres! Esta é a Verdade a ser discernida! Sem oposições! Sem dualismo! Sem supostas batalhas do bem contra o mal! Apenas e tão-somente uma clara e radical percepção da infinita “perfeição em UNIDADE!”

·
Identificados radicalmente com o Uno, descobrimos, como diz a autora, “que nós próprios, e todos os demais, somos a Verdade e a Vida. Como devemos ficar alegres e felizes”! Esta “descoberta” é o objetivo único deste  estudo! Portanto, em cada “contemplação silenciosa”, reconheçamos estas Verdades até sentirmos serem elas já  integrantes da Realidade eterna que todos somos !  Não somos seres desta “aparência” de mundo! “Nossos nomes estão escritos nos céus”, ou seja, na Consciência iluminada infinita que temos e que somos. O papel de cada um está em perceber com clareza plena este glorioso e permanente Fato espiritual!
*

O SUPREMO MILAGRE

O
SUPREMO MILAGRE
Dárcio
.

A base do conhecimernto da Verdade

é a aceitação incondicional de que DEUS É TUDO! Isso porque há uma crença hipnótica sugerindo uma existência paralela, onde supostos seres humanos vivem em seu mundo material dotados de mentes pessoais. Nada disso tem qualquer realidade! Não passa de uma crença falsa e hipnótica! Por mais que miragens sejam vistas no deserto, o que ali existe, é areia! Estando diante de um Universo iluminado, eterno e perfeito, a maioria vê imagens tridimensionais ilusórias, e, para sairmos desse “trote coletivo”, dizemos que “estudamos a Verdade”.

Se o exposto foi entendido, está sendo visto que este “estudo” é mesmo o que Jesus citou como ponto de partida àqueles desejosos de segui-lo: “RENUNCIAR A SI MESMO”. Já comentei, num artigo anterior, que esta “renúncia” é, na verdade, a admissão de que o CRISTO constitui quem somos. Portanto, este “estudo da Verdade” é uma soltura imediata de toda aceitação em ser material, em mundo material e, principalmente, uma soltura da suposta “mente humana”, que aparenta existir para nos entulhar de tantas miragens ou pesadelos.

Lillian DeWaters escreveu o seguinte: “O supremo milagre é discernir a nulidade tanto da matéria como da mente humana, e contemplar a totalidade do homem perfeito no universo espiritual agora”. O que ela  diz é simplesmente que DEUS É TUDO! Existência humana é nada! Mente que vê existência humana é nada! Sobra o que? DEUS sendo TUDO!

Vivencie conscientemente este “supremo milagre”, lance fora o “balde da samaritana”, e contemple “rios de ÁGUA VIVA correndo do SEU ventre”.  “Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da Tua lei”, diz o Salmo 119:18. Parta diretamente deste “supremo milagre”, e contemple unicamente o que é Realidade, sem nenhuma outra presença ao lado de “MIM”.

*

"EXPULSAI OS DEMÔNIOS"-11

“EXPULSAI
OS DEMÔNIOS”
Dárcio
.
11
.
A Bíblia nos incita a volver nossos corações para a luz, pois o “coração” denota as aspirações e afeições puras e espirituais. Jesus procurou os puros e simples de coração para semear seu ensinamento. Sabia da dificuldade que os intelectualmente ricos teriam para entrar no Reino do Espírito.
Lillian De Waters
.

Quando o apóstolo Paulo disse “serem as coisas de Deus loucuras para os homens”, deve ter suposto que a maioria daqueles que se diziam espiritualistas ficariam mais interessados nestas “loucuras” do que na “lógica humana”. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu! Há séculos que a raça vem vivendo  nas mesmas crenças, nas mesmas aceitações falsas de nascimento e morte, de poder do mal contra poder do bem e vice-versa, sem o menor interesse em se firmar com profundidade nas “loucuras” reveladas.

A Bíblia nos incita a volver nossos corações para a luz, pois o “coração” denota as aspirações e afeições puras e espirituais. Que significa isso? Está revelado que “Deus é Luz e nEle não há trevas nenhumas”. Somente quando desprezamos por completo o testemunho dos sentidos humanos, é a “lógica do mundo”  relegada a segundo plano! Nosso “coração” se volve para a Luz, para Deus, ou para a Sua Totalidade onipresente!

Jesus procurou os puros e simples de coração para semear seu ensinamento. Sabia da dificuldade que os intelectualmente ricos teriam para entrar no Reino do Espírito. Nosso papel, nesse estudo, é o de ficarmos na posição de “puros e simples de coração”, isto é, totalmente abertos e receptivos às “revelações-loucuras”, sem quaisquer restrições ou bloqueios intelectuais.

Todas as revelações divinas já são  válidas para nós exatamente agora! Uma delas, inclusive,   registra que “somente existe o agora!”  É AGORA que a Onipresença Se revela como o ser que EU SOU e que VOCÊ É! Falando claramente, é AGORA que Deus vive como o EU SOU IMPESSOAL que todos somos!

Em quietude e silêncio, contemple estas Verdades!Assuma que de Deus somos emanados, à Sua imagem e semelhança”! Saiba que esta “obra divina” é permanente! Deixando de lado a “lógica” que a tudo julga segundo as aparências, podemos captar diretamente o grandioso fato espiritual de que “é chegado o Reino dos Céus”. O Reino sempre esteve em nós! A contemplação nos leva à percepção consciente de que nós, também, sempre estivemos e estamos NELE! Certamente foi esta experiência que levou Paulo a afirmar que “nEle vivemos, nos movemos e existimos”.

*