“Recebereis A Virtude Do Espírito Santo”

 “Porque, na verdade, João batizou com água. Mas sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”

Atos, 1: 5.

A crença falsa em “existência material” traz em si mesma a crença em um Deus que “um dia” Se revelará como Reino perfeito a toda a humanidade. Tudo isso aparentaria ser bastante lógico, se não fosse uma tremenda farsa!

“Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”, perguntaram os discípulos a Jesus. Ele disse-lhes: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra” (Atos, 1: 6-7).

Por que foi respondido: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder?”  O que Jesus estava explicando, é o seguinte: “NÃO PERTENCE À MENTE CARNAL ENTENDER QUE O REINO JÁ ESTÁ PRESENTE!”  É por esse motivo que, “recebendo a virtude do Espírito Santo”, todos eles, imediatamente, seriam “testemunhas” do Reino já presente, em Jerusalém, na Judéia e Samaria e até os confins da terra”. Em outras palavras, estariam enxergando a REALIDADE! A Onipresença do Reino de Deus!

Deus não muda! Não há nenhum Deus  “escondendo” o Seu Reino para que, em algum “tempo futuro”,  viesse  estabelecer  o Seu poder que permitisse a “alguém” ser capaz de testemunhar uma suposta “vinda de Seu Reino”.  O que Jesus explicou aos discípulos poderia ser descrito com suas próprias palavras, encontradas no Evangelho de Tomé: “O Reino está presente no mundo inteiro, mas os homens não o enxergam”.

Mesmo com a presença de Jesus ao lado, discípulo algum “viu o Reino de Deus”; no máximo Jesus pôde garantir a eles  a existência deste Reino e motivá-los a vê-lo através dos meios corretos, fundamentados na renúncia ao testemunho dos sentidos humanos (aparências), para que o Sentido Divino, onipresente e acessível a todos, fosse discernido.

De nada adianta alguém se posicionar fisicamente próximo a supostos “mestres deste mundo”, esperando obter com isso “iluminação espiritual”. O que adianta, realmente, é estar “batizado com água”, ou seja, ter um nítido conhecimento dos “princípios da Verdade”, e, então, firmar-se em todos eles para “orar e vigiar”, até “receber (discernir) a virtude do Espírito Santo”.

O linguajar espiritual não bate com o entendimento da suposta mente humana, que em sua cegueira, tudo traduz de modo equivocado. Se for dito que “iremos receber a virtude do Espírito Santo”, como disse Jesus aos discípulos,  o que deve ser entendido, é que iremos desmascarar como ilusória a suposta mente humana, que nunca viu nem jamais verá nada das “obras permanentes de Deus”.

Jesus disse: “Porque, na verdade, João batizou com água. Mas sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos, 1: 5). Estava explicando que TUDO ESTÁ FEITO, e que, de posse dos “princípios da Verdade”, rapidamente a crença em “mente humana” seria desmantelada por eles, por ser falsidade, por não ter sustentação divina. E também por já estarem, todos eles, dotados do conhecimento para “permanecerem em Mim”.  Com a Mente de Cristo sendo reconhecida por eles como a real Mente que possuíam, testemunhariam O QUE SEMPRE É: DEUS SENDO TUDO!

Não há nenhum Reino de Deus a “vir futuramente”. Já estamos todos nele, exatamente AGORA! Que fazem estes estudos?  Dão-lhe o “Batismo com Água”, a informação precisa dos “princípios absolutos”. Que fazem as dedicadas “contemplações”? Dão-lhe o “Batismo com Fogo”, o discernimento de que “JÁ LHE VEIO O ESPIRITO SANTO”, O DISCERNIMENTO DE QUE NÃO EXISTE MENTE HUMANA! E QUE A MENTE DIVINA É A SUA!

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“Não Saiba a Tua Mão Esquerda…”

“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.

Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita,
para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.
Mateus 6:1-4

A crença de que a existência humana coexiste com a Realidade divina é o dualismo ilusório a ocultar  DEUS como única presença e único poder! O suposto “ser humano” quer se achar sábio, caridoso, e exibir de alguma forma estas “suas”qualidades ao mundo; e enquanto este “ser genial e bondoso” se fizer presente como sendo a verdade sobre alguém,  a mentira estará ocupando o lugar da Verdade.

Jesus disse: “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita” . Explicava a Fonte IMPESSOAL e ÚNICA atuando como cada um de nós, sem ter origem em supostos “seres humanos”.  Evidentemente, o interesse de Jesus estava  em fazer com que o povo entendesse a Oniação divina, deixando cada um de se achar “autor do bem”, a ponto de “fazer tocar trombetas”  toda vez que se sentisse beneficiando alguém. “Para que a tua esmola seja dada em secreto, e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente”.  DEUS É TUDO!

Não existe “ser humano” fazendo algo a “outro”, nem de bom nem de mau! Tais ilusórias  atividades são meramente a “mente carnal”, ações hipnóticas da “crença no bem e no mal” que, aparentemente, teria “expulso o homem do paraíso”. É quando a ilusória “mente carnal”, dualista e exibida, quer se fazer Deus! Quando as supostas “ações deste mundo” forem  doações, explica Jesus, que sejam feitas “em secreto”, isto é, com a pessoa entendendo que o “bem que sempre faz”, é simples reflexo visível da Atividade única do Deus único e onipresente, e, portanto, presente tanto em quem dá como em quem recebe!

Em outras palavras, o que existe, como Verdade, é unicamente Deus em Autossuprimento! Por isso, enquanto a visão for pelas aparências, com “alguém”  se julgando autor de benefícios feitos a “outro”, esta visão turva somente lhe bloqueará discernir o FATO REAL, que é de natureza divina! Esteja um suposto ser humano fazendo algo a alguém, ou, de outro lado,  recebendo benefícios de alguém, esta atividade, avaliada espiritualmente, é pura “sombra visível” da Atividade de Deus sendo TUDO e sendo TODOS, não havendo, portanto, nenhum doador humano e nenhum ganhador humano!

Compreender com clareza a Oniatividade divina é, portanto, “não saber a mão esquerda o que faz a direita!  Unicamente a “mente carnal” acredita ter este conhecimento! Mas, “temos a Mente de Cristo” (I Cor, 2: 16)). Com ela, há o discernimento ou compreensão de que  “somos todos Um”, e que, evidentemente, este “Um” é DEUS!

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“Chego a Ti com o Nome do Senhor dos Exércitos”

Ninguém seria capaz de negar que a Consciência divina, a Luz consciente de Ser, está em toda parte e cobrindo a Existência infinita. A partir disso, fácil será constatar que exatamente onde “estamos conscientes de ser”,  é esta Consciência iluminada que se faz presente como a nossa! Esta é a Verdade absoluta: a Consciência é única, onipresente, a Consciência que temos de que existimos e que exclui toda possibilidade de haver “outra consciência”.

O que somos, é o que Deus é, e esta admissão é a posição de “Davi”, sempre que algum “Golias” aparente estar presente sob as mais variadas formas de ILUSÃO! A unicidade da Consciência é a “pedra única” atirada contra o gigante, desfalecendo-o e permitindo que sua cabeça fosse cortada por Davi.

Não existe “outra mente” para nos informar presença de inimigos! O gigante Golias poderá aparecer como “diagnóstico médico” anunciando resultados indesejáveis, ou poderá aparecer como uma “enorme despesa” que era imprevista, ou poderá aparecer como qualquer outra forma no suposto “mundo de aparências”. Que deverá ser feito? O que fez Davi: “Lançar a pedra lisa”, que é a “percepção “da unicidade da Consciência iluminada!

Em vez de analisar “o tamanho do gigante”, tire-o de cena, contemplando a Onipresença a partir do Infinito até VOCÊ, e de VOCÊ aos confins do Infinito! DEUS É TUDO! Enquanto você permanecer na “lógica do mundo”, medindo o “tamanho dos Golias”, avaliando o “perigo” que eles representam, enfim, enquanto o “mundo do pai da mentira” for, para você, cenário de realidades, você não terá “cortado a cabeça do gigante”.

Por maiores ou piores  que possam aparentar ser, todos os “Golias” deste mundo são nulidades desde o princípio! Uma crença absurda de que DEUS não seja TUDO! Portanto, jamais tema o que jamais existiu, e sim, honre a Deus como Onipotência em expressão infinita! Encare a ILUSÃO como Davi,  dizendo a ela: “Chego a ti com o Nome do Senhor dos Exércitos!”

Em I Samuel 17: 41, a Bíblia diz:

O [gigante] filisteu começou a vir andando, chegando-se cada vez mais a Davi, e o homem que carregava o escudo grande estava na sua frente. Ora, quando o filisteu olhou e viu Davi, começou a desprezá-lo porque mostrava ser rapaz e ruivo, de bela aparência. Portanto, o filisteu disse a Davi: “Sou eu algum cão que vens a mim com bordões?” Com isso, o filisteu invocou o mal sobre Davi por meio dos seus deuses. E o filisteu prosseguiu, dizendo a Davi: “Vem a mim, e eu hei de dar a tua carne às aves dos céus e aos animais do campo.”

Davi, por sua vez, disse ao filisteu: “Tu vens a mim com espada, e com lança, e com dardo, mas eu chego a ti com o nome do Senhor dos exércitos, o Deus das fileiras combatentes de Israel, de quem escarneceste. No dia de hoje o Senhor te entregará na minha mão, e hei de golpear-te e tirar-te a cabeça de cima de ti; e neste dia hei de dar os cadáveres do acampamento dos filisteus às aves dos céus e aos animais selváticos da terra; e pessoas de toda a terra saberão que existe um Deus que pertence a Israel. E toda esta congregação saberá que não é nem com espada nem com lança que Deus salva, porque ao Senhor pertence a batalha, e ele terá de entregar-vos na nossa mão.”

E sucedeu que o filisteu se levantou, e ele vinha e se chegava cada vez mais para enfrentar a Davi, e Davi começou a apressar-se e a correr para a linha de batalha, a fim de enfrentar o filisteu. Davi meteu então a mão na sua sacola, e tirou dali uma pedra e a atirou com a funda, atingindo assim o filisteu na sua testa e a pedra penetrou-lhe na testa, e ele foi cair com a sua face por terra. Portanto, Davi, com uma funda e uma pedra, mostrou ser mais forte do que o filisteu, e golpeou o filisteu e o entregou à morte; e não havia espada na mão de Davi. E Davi seguiu correndo e pôs-se de pé sobre o filisteu. Tomou então a espada dele e puxou-a da sua bainha, e entregou-o definitivamente à morte, decepando-lhe a cabeça com ela. E os filisteus estavam vendo que seu poderoso tinha morrido e puseram-se em fuga.

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1.

Se alguém desejar enviar COMENTÁRIOS sobre os artigos postados neste site, poderá  enviá-los via e-mail para:

facho-de-luz@bol.com.br

2.

Está sendo disponibilizado o BLOG ABSOLUTISTA, em que serão esporadicamente publicados artigos sobre a Verdade Absoluta. O endereço é:

www.blog-absolutista.zip.net

3.

O Blog www.facho-de-luz.zip.net não está sendo atualizado com novas postagens porque o espaço disponível se esgotou. Por esse motivo foi disponibilizado o novo BLOG DO FACHO DE LUZ, e seu endereço é:

www.fachodeluz.zip.net.

4.

A “Prática do Silêncio” – Coletiva – é realizada às 3as (20,30-21,00h) e 5as (21,30-22,00h) – cada um poderá participar estando onde estiver, uma vez que DEUS É ONIPRESENÇA e é ÚNICO. De início, a seguinte prece poderá ser empregada:

“Pai, cria em mim silêncio, para que a Tua Presença seja reconhecida como sendo a minha”.

Retendo esta ideia básica na mente, sem jamais  deixá-la vazia, permanecer no Silêncio durante os 30 minutos.

 

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Estudando Paulo-7

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“E EU, IRMÃOS, NÃO VOS PUDE FALAR COMO A ESPIRITUAIS, MAS COMO A CARNAIS, COMO A MENINOS EM CRISTO. COM LEITE VOS CRIEI, E NÃO COM MANJAR, PORQUE AINDA NÃO PODÍEIS. TAMPOUCO AINDA AGORA PODEIS, PORQUE AINDA SOIS CARNAIS. POIS, HAVENDO ENTRE VÓS INVEJA, CONTENDAS E DISSENSÕES, NÃO SOIS, PORVENTURA, CARNAIS E NÃO ANDAIS SEGUNDO OS HOMENS?”

I Coríntios 3: 1-3.

Paulo, para justificar sua pregação em vários níveis, usou a comparação do “leite e o manjar”. O leite era o ensinamento menos duro, em termos de profundidade: segundo ele, as “criancinhas em Cristo” seriam capazes de ingeri-lo. Já o manjar, alimento sólido, exigiria uma postura espiritual amadurecida.

Em tudo que é relativo, surgem os prós e os contras! No caso, os “prós”, quando a Verdade é passada como “leite”, sendo adaptada à capacidade momentânea de assimilação do estudante, são as facilidades criadas objetivando uma abertura de compreensão em quem se vê ainda totalmente preso às crenças materiais. Os “contras” ocorrem quando estas “adaptações”, por gerarem ensinamentos relativos diversos, criam também bloqueios à Verdade Absoluta, permitindo uma infinidade de religiões diferentes, cada uma com adeptos se julgando os únicos “donos” da Verdade. Em outras palavras, é quando as pessoas se habituam a ficar “bebendo leite” de diferentes “marcas”, esquecendo-se de que “o manjar” já o deveria estar substituindo.

Quando o “manjar” é oferecido e recebido como alimento definitivo, acabam as diferenças todas! DEUS É TUDO! Não existe mais nada! Mas, como aqui escreve Paulo, como dizer a “carnais” que Deus já está sendo a real identidade deles?

Hoje em dia a coisa está diferente. Por já existirem tantos “ensinamentos-leite”, torna-se possível alguém se dedicar exclusivamente a oferecer o “ensinamento-manjar”. Assim, esta série de textos se destina a oferecer unicamente “alimento sólido”. Para ingeri-lo, VOCÊ deverá estar desejoso de se livrar da “crença na matéria”, assumir a revelação de que “possui a mente de Cristo”, e, IDENTIFICADO com esta Mente , reconhecer o óbvio:

DEUS, SENDO TUDO, É O EU QUE EU SOU!

Pai, sei que Tu és Espírito Onipresente! Tendo aceito a Tua Revelação de que “tenho a mente de Cristo”, abro-me à percepção interna de que, em virtude da Onipresença, a “minha” presença é a Tua Presença, o “meu” Espírito é o Teu Espírito, o “meu” corpo é o Teu Corpo. Não somos dois: somos UM.

(permanecer quieto e receptivo por alguns segundos).

 

Continua..>

De Eternidade a Eternidade

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DE
ETERNIDADE A ETERNIDADE
Doris D. Henty

O fato de Deus, somente, ser a fonte do seu ser, constitui em si uma lei de completo apagar  de todas as crenças do passado, juntamente com todas as suas penalidades. Ele dissipa o assim chamado registro mortal e expurga toda crença de sua história mortal. 

Não chamando de pai a ninguém sobre a terra, você se verá inteiramente dissociado do enganoso e mortal conceito de existência, ficando sem elo algum com ancestralidade, sem elo algum com experiência material, temores, ansiedades, limitações e problemas. Não haverá nenhum ponto de contato entre o seu “Eu” atemporal, sem nascimento e sem idade, e o limitante conceito que chama a si mesmo de nascimento, tempo e idade.

O registro espiritual declara que Deus tem sido sempre sua única Vida, sua única Mente, sua única Substância, sua única condição, sua integralidade, sua natureza intacta; é ele o registro de saúde, harmonia e liberdade, todo evidente como seu próprio ser, de eternidade a eternidade.

 

 

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Deus: o Foco Único

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DEUS:
O FOCO ÚNICO
Dárcio
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Por mais que sejam temporariamente úteis, os ensinamentos relativos devem, em dado momento, ser abandonados, para que a Verdade fique realmente sendo o foco único do estudo, e não mais a solução de problemas humanos ou realizações do ego. Por que os ensinamentos relativos agradam mais? Não exigem tanto das pessoas! Além disso, lidam com a mente humana como sendo a nossa, o que nos leva a considerar que melhorias na mente humana são melhorias feitas em nós, o que não é verdade. O ser que somos é Deus! Sempre disse sobre o “referencial da luz”, e que devemos “subir de cima para baixo”,  isto é, a partir da Verdade absoluta e não das aparências. Enquanto ficarmos a vida toda nos posicionando no suposto mundo material, buscando “subir” paulatinamente à Verdade que somos, estaremos no “referencial da ilusão”.

Os ensinamentos relativos são, por assim dizer, um “mal necessário”, uma vez que a maioria não capta de imediato esta “troca de referencial”. Ouvi um preletor da Seicho-No-Ie  comentar, certa vez,  que quando suas palestras tinham por tema a filosofia absoluta do ensinamento, a plateia debandava! A preferência era sempre por algo ligado a “este mundo fenomênico” e não ao Reino de Deus! E é por isso que a maioria dos ensinamentos revelados retém misturas com assuntos do mundo! A maioria busca mais a solução de problemas, a realização de seus desejos,  do que a própria presença de Deus em si! Nas palestras que  fazia, quando era interrompido para dar alguma explicação que me pediam, na maioria das vezes  a questão era humana, voltada a questões do mundo, mesmo que fosse repetidamente explicado que “achando Deus em si”, ou “praticando a presença de Deus em si”, os problemas ilusórios de cada um desapareceriam, proporcionalmente à sua dedicação!

Esta tendência coletiva, que leva a maioria a pender para o lado do mundo material, é fruto do “mesmerismo”, que aparentemente cega a todos para  não verem o óbvio: que Deus é TUDO, e que, praticando, em nós mesmos,  esta “totalidade de Deus”, estaremos conscientemente vivendo em “solo sagrado”.

Se, de um lado, os ensinamentos relativos acabam sendo úteis, por servirem de “pontes” temporárias para a “troca de referencial”, trazem também o seu lado pernicioso e perigoso, quando se tornam veículos de ideias nocivas. Quando estas ideias são levadas em conta pelos leitores, por serem transmitidas por algum suposto “mestre”,  e aceitas sem constatação,  sem o endosso natural  da própria Consciência espiritual, acabam ficando cristalizadas como “verdades”, mesmo sem serem; em vista disso, acabam se tornando “mesmerismo cristalizado”, como é o caso de se “cultuar antepassados”, disseminado pela Seicho-No-Ie, e como é o caso de muitos autores, como Osho,  por exemplo, que há tempos já comentei aqui, que em meio a explanações absolutas, lidam com o ser a partir de sua existência humana,  a partir de seus desejos e anseios humanos, fazendo displicentemente brinquedo de coisa seríssima, em vez de lidar com a unidade absoluta entre Deus e homem. Toda vez que alguém se posicionar no “referencial humano”, atrairá  ensinamentos absurdos do mundo, que, sem que  perceba, poderão fazê-lo permanecer mesmerizado pelo mundo! Quem medita com dedicação e seriedade saberá identificar estes “focos mesméricos”, presentes em tais ensinamentos, e, pelo hábito de contemplar a Verdade a partir do “referencial da luz”, sequer suportará ler ou ouvir supostas “verdades” que o levem a se considerar como “ser humano”.

O foco do estudo é DEUS! A “nossa” presença sendo DEUS! Partimos de DEUS como tudo e, portanto, como a totalidade de nosso Eu. Desta aceitação e identificação incondicional com a Verdade, a suposta “vida humana” é vivida “por acréscimo”, ou seja, com o “bem visível” sendo naturalmente desfrutado, e, principalmente, segundo  adequação e afinação com a Verdade.

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LIVROS DISPONÍVEIS (2010)

LIVROS DISPONÍVEIS
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LANÇAMENTO:
*”NA MONTANHA
COM CRISTO”
(O Sermão da Montanha à Luz da Metafísica)
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*”MISTÉRIOS DO REINO”
(A METAFÍSICA ABSOLUTA
EM FRASES DE JESUS CRISTO)
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*A ARTE DA PERCEPÇÃO
(Os Fundamentos do Discernimento Espiritual Absoluto)
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*A CURA ESPIRITUAL
EM  SEUS PRINCÍPIOS BÁSICOS
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*A VISÃO CORRETA
(Contemplando a Realidade Espiritual)
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*RESOLVENDO PROBLEMAS FINANCEIROS
(As Leis Divinas de Suprimento)
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ELO MÍSTIKO – Livros e Produtos Esotéricos
Av. Dr. Júlio de Mesquita, 206 – Cambuí
Campinas SP – Cep. 13025-060
(19) – 3294-9276
Email: elomistiko@terra.com.br
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O SÁBIO E O PASSARINHO

O SÁBIO
E O PASSARINHO
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Há um certo tempo, numa pequena vila localizada numa província da China, existia um sábio que possuía todas as respostas.
Nesta mesma vila havia um menino, esperto e muito agitado.
Num determinado dia este menino decidiu desafiar o sábio, fazendo-lhe uma pergunta que não poderia responder. O garoto pensou:
“Vou pegar um filhote de passarinho e segurá-lo em uma de minhas mãos escondendo-o atrás das costas. Então vou até o sábio e pergunto; O que tenho em minhas mãos? Se ele acertar, faço a segunda pergunta, a qual ele não poderá responder; E ele está vivo ou está morto? Se o sábio disser que ele está morto, mostro o passarinho vivo, mas se ele disser que o passarinho está vivo, eu aperto o pescoço do filhotinho e mostro-o morto. Não há como o sábio acertar”.
Assim o menino fez, pegou o filhote de passarinho e foi até o sábio.
– O que eu tenho em minhas mãos?
– Um filhote de passarinho.
– E ele esta vivo ou está morto?

O Sábio parou, pensou e disse:
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“Depende de VOCÊ!”

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A VERDADE QUE LIBERTA A HUMANIDADE

A VERDADE
QUE LIBERTA A HUMANIDADE

MASAHARU TANIGUCHI

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Como o homem, originariamente perfeito, deixa-se seduzir pela ilusão?O mestre Dôguen, do zen-budismo, quando estudou com o bonzo Eisai, no monte Ei, teve grande dificuldade em compreender a seguinte frase: “O homem é originariamente perfeito, tem natureza búdica no estado em que está”. Ele repetiu diversas vezes : “O homem é originariamente perfeito, tem natureza búdica no estado em que está, tem natureza búdica no estado em que está…”, mas não conseguiu se convencer. “Como é que sou perfeito, se vivo atormentado pelo pecado, perdendo-me em mil ilusões?”

Esta tem sido a questão fundamental, não só do budismo, mas de todas as religiões: se o homem provém de Deus, se o homem é filho de Deus, por que é toldado pelos tormentos da ilusão? É porque ele possui livre-arbítrio. Sendo livre, o filho de Deus tem plena liberdade para escolher a libertação, assim como tem liberdade para limitar a si mesmo. A autolimitação ocorre para ele manifestar sua opinião. Por exemplo, o pintor não consegue pintar no ar, onde impera a absoluta liberdade. É impossível demonstrar criatividade e beleza artística sem delimitar espaço e restringir a liberdade. É preciso material concreto – como tela, papel, painel etc. – sobre o qual delineia-se o fruto do talento criativo, utilizando pincel, ou pena, ou lápis ou giz etc. No momento em que o pintor escolher lápis crayon para manifestar seu talento, ele estará se autolimitando, porque não mais poderá produzir imagem que um pincel ou um giz pastel produziria. Ele só pode expressar seu pensamento e sua criatividade. E, ao escolher entre uma infinidade de alternativas, ele estará se autolimitando.

De acordo com a Seicho-no-Ie, não há diferença em orar a Deus ou a Buda, porque eles constituem o mesmo Criador. Buda, em japonês, escreve-se Hotoke, que tem o sentido de hodokeru, isto é, “desembaraçar”, “tornar-se livre de todos os apegos e ilusões, atingindo o estado de liberdade absoluta”. O fato de conseguirmos atingir o estado de liberdade absoluta significa que já trazemos, por natureza, no nosso interior, essa liberdade absoluta. E, afinal, que vem a ser “absolutamente livre, por natureza”? É o próprio Deus-Pai. Ser onipotente e onisciente é o mesmo que ter absoluta e total liberdade. Por isso, cada um de nós tem liberdade absoluta e “natureza búdica” no estado em que está”, pois traz no seu interior a vida de Deus, a vida de Buda.

Se temos, por natureza, absoluta liberdade desde o início, porque ela não se manifesta, parecendo estar encoberta pela nuvem? Na verdade, não existe nuvem alguma vinda de fora, ocultando nossa natureza de perfeição. Somos nós próprios que impomos uma limitação à nossa liberdade irrestrita, ao exercer a escolha dos nossos atos. Ao pegarmos o crayon na mão, estaremos eliminando todas as outras possibilidades de manifestação, como pintura a óleo, a guache etc. E é dessa autolimitação que nascem as ilusões. As tentações e as ilusões são produtos de nossos próprios atos limitando nossa irrestrita liberdade.

Entretanto, sem a autolimitação ninguém consegue expressar a sua capacidade, o seu talento, as suas emoções, a sua inteligência. Se você vestir um quimono, não conseguirá demonstrar a elegância e a agilidade de uma roupa ocidental. Se vestir um fraque, ainda não será o mesmo que vestir um terno comum. Mas, se despir de tudo e ficar nu, estará absolutamente livre para vestir o que quer que seja. Por isso, o nu é comparado à liberdade absoluta. Adão e Eva viviam nus no paraíso.

Retornar ao estado original, de irrestrita liberdade, foi dito pelo mestre Dôguen como “retorno à origem, de mãos vazias”.

Todos podem vestir aquilo que preferirem, mas é preciso manter a liberdade de se despir a qualquer hora, Esse é o estado chamado de “apegar sem apego”. Assim, você estará nu, mesmo vestindo quimono, pois sente-se livre em despi-lo a qualquer hora e escolher outra roupa. O importante é não se apegar à vestimenta. No momento em que pensar “Tem de ser esta roupa”, você estará se apegando à roupa, perdendo a liberdade.

Nascemos neste mundo carregando um corpo carnal, mas precisamos viver sem apego a ele. Conscientizar que “o corpo não existe” é atingir o estado de despertar espiritual. Quando a Seicho-No-Ie declara que “o corpo não existe”, está aplicando o “modo de vida sem apego”. O mesmo acontece quando ela afirma que “a doença não existe”.

“Como posso aceitar isso? Não está vendo o homem doente? Não está vendo o corpo dele? E toda essa matéria que nos cerca?” – quem diz isto não compreende que estamos nos referindo ao estado mental, à disposição mental de total desapego.

Na hora da morte, teremos de abandonar todos os bens materiais, por maior que seja o nosso apego a eles. A fortuna e o dinheiro são bens momentâneos, que nos foram emprestados durante o curto período de nossa permanência neste mundo. Como eles não nos pertencem, precisamos atingir o estado de “apegar sem apego”. Só assim saberemos manejá-los com sabedoria e total liberdade, investindo quando deve ser investido, gastando quando deve ser gasto. Do contrário, o dinheiro se desvalorizará e perderá sua função, imobilizado por avareza e ganância, sendo que, afinal, seu proprietário será forçado a se separar dele na hora de sua morte.

Quando atingimos o estado de ausência total do sentimento de posse, estaremos inteiramente livres. A liberdade irrestrita nos revelará nossa perfeição original e o mundo ao nosso redor adquirirá uma beleza esplendorosa.

A fundadora da seita Tenri disse: “A água tem sabor de água”. É uma frase simples, mas com profundo significado. Foi dita, quando obedecendo à orientação do seu guia espiritual, ela distribuiu aos pobres a totalidade dos seus bens, ficando absolutamente sem nada. Ao atingir o estado de ausência total do sentimento de posse, ela foi beber água e achou-a com gosto de água.

É preciso esvaziar a mente de todos os apegos e obsessões para sentir profundamente o sabor da água. Se você não o consegue, é porque a sua mente ainda está presa a algo. No momento em que se desapegar de tudo e estiver realmente livre, jorrará a corrente infinita da Vida, tal como uma fonte de água pura, conforme já ocorreu: repentinamente brotou uma fonte de água no quintal da residência do sr. Hashioka, situada no sopé do monte Rokô.

Por que jorra a corrente da sabedoria e da vida? Porque Deus já nos deu a totalidade das coisas. No entanto, obstruímos o canal dessa corrente ao criar obsessões e apegos. Quando a mente se apega a algo, ela impede o livre fluxo da sabedoria infinita que Deus já nos havia dado. Libertando a mente dos apegos e obsessões, desobstrui-se o canal e jorra a água da Vida.

A fundadora da Tenri explicou, tomando água como exemplo: “Quando a água cai no fundo do poço, ela começa a subir”. Caia até o fundo! E então, surgirá um caminho de sobrevivência.

Se alguém não consegue subir, é porque a mente está presa ao ego. “Cair até o fundo” significa abandonar completamente o “eu” egocêntrico com todas as obsessões e apegos e “limpar” a mente. É o estado do “nada”, que constitui a essência de todas as religiões. Jesus Cristo também disse: “Vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu”; e vem e segue-me”; “Renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. É a rendição incondicional a Deus, abandonando todas as posses materiais.

Vender os bens e dar aos pobres não significa absolutamente distribuir dinheiro a pobres. Porque, se o fizer, os pobres ficarão ricos e estes, por sua vez, terão de dar aos pobres e assim sucessivamente, não resolvendo nunca o problema fundamental. “Vende tudo o que tens e dá-o aos pobres” – nesta frase, “pobres” indicam o “nada”, o zero absoluto; a conclamação significa transformar os bens pessoais em “nada”, até o estado de ausência total do sentimento de posse, a fim de poder carregar a cruz e seguir a Verdade, o Cristo.

“Carregar a cruz” simboliza anular porque a cruz (X) também tem o sentido de cancelar, riscar. Quando se anula tudo e atinge o estado do “nada””, ocorre a verdadeira ressurreição. “Cruz” é, ao mesmo tempo, anulação do ego e ressurreição do Eu verdadeiro. Quando a corrente de água cai fundo, produz energia para  mover turbinas, nascendo a eletricidade. Ao morrer, renasce. O zen-budismo qualifica esse fenômeno com as seguintes palavras: “a grande morte produz a grande vida”.

Assim, a Seicho-no-Ie traz à luz a Verdade comum existente em todas as religiões. “Atingir o estado do nada” é a essência comum a todos os ensinamentos. O mestre Dôguen, do zen-budismo, foi à China e atingiu esse estado com o famoso “libertar o corpo e o espírito, libertar o espírito e o corpo”. Quem vive obcecado pela seita Tenri, atrairá reação de budistas e cristãos. O zen-budista fanático provocará revolta de fiéis de outras religiões. Manter a mente fixa num só pensamento é o contrário de “reconciliar-se com todas as coisas do Universo”.

A Seicho-no-Ie não se prende a nenhuma religião e, por isso, acolhe adeptos e fiéis de todas as crenças. Ninguém deve abandonar a religião professada pela família, ao receber a luz da Seicho-no-Ie. É importante perpetuar e respeitar a crença dos antepassados, praticando-a. É preciso compreender melhor a essência da religião da família, vivificando os antepassados, que continuam plenamente vivos. Ao conhecer melhor a essência da religião da família, atinge-se a Verdade única e compreende-se que a luz que salva a humanidade provém de uma única fonte. Como as sete cores do arco-íris, a mesma luz se divide em várias tonalidades para poder penetrar melhor entre os homens e salvá-los.

(Da revista Fonte de Luz em japonês, Ano XLIX, n°2 – p. 6-16)

COMO USAR A FORÇA DA PALAVRA

COMO USAR
A FORÇA DA PALAVRA
Masaharu Taniguchi
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Logo ao despertar pela manhã. diga 20 vezes, em voz audível somente a você:
SOU FILHO DE DEUS; SOU CAPAZ DE FAZER TUDO, DE MODO MARAVILHOSO. SEMPRE TENHO BOA SORTE, PORQUE DEUS ESTÁ ME PROTEGENDO!

Este é o primeiro passo para você começar a utilizar a lei chamada “força da palavra”.

Depois de se levantar, diga em silêncio “Muito obrigado” à água, ao lavar o rosto; ao espanador, ao limpar os móveis, enfim, a tudo que utilizar. Se assim agradecer a todas as coisas, isso se transformará em palavras que abençoam tudo, e, consequentemente, você será abençoado. Este é o segundo passo para utilizar a “força da palavra”.

A água corre no rio, mas o barco só se movimenta ao remá-lo. A força da palavra está imanente no Universo e cria tudo, mas, se você não pronunciar boas palavras e utilizar a força dessas palavras, não se manifestarão boas coisas. Não são as suas palavras que criam essas boas coisas. Assim como a pedra que você jogar do sexto andar de um prédio cairá infalivelmente pela ação da lei, mesmo que você nada faça, se pronunciar uma boa palavra, pela lei, aparecerão coisas boas infalivelmente, de modo natural.

Portanto, você jamais deve pronunciar más palavras. Não deve dizer nem pensar em palavras como “Meu corpo é fraco”, ou “Minha cabeça é ruim”. Se pronunciar essas palavras, acabará se tornando exatamente assim. Talvez leve algum tempo para se concretizar, mas isso é comparável ao tempo que uma pedra jogada do sexto andar leva para chegar ao chão. Só de você lançar na terra a semente chamada palavra, ela um dia germinará no mundo das formas.
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O PREÇO DA CURA CRISTÃ -2

O PREÇO
DA CURA CRISTÃ
Marian C. English
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PARTE II
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A oposição ao progresso material pode assumir diversas formas. Uma das mais óbvias é a interpretação errônea e a deturpação por parte da sociedade, das verdades que a Ciência Cristã ensina e demonstra. Mas a oposição mais agressiva é, em realidade, uma oportunidade para maior salto de progresso. Pensemos, por exemplo, na crucificação de Jesus e nas extensas consequências de sua ressurreição.

Talvez um dos obstáculos no progresso se apresente sob a forma de uma depreciação irrefletida de nossa própria prática modesta do poderoso cristianismo estabelecido por Jesus. Em todo esforço correto, porém, quem mais progride é aquele que não se deixa paralisar pela autocrítica. Ele está pronto para avançar, obedecendo humildemente ao que compreende no momento. A lição de Cristo sobre a fé do tamanho de um grão de mostarda, capaz de mover montanhas, não é proferido em vão para aquele que está disposto a crescer.

Outras formas de resistência podem ser mais sutis. A sensação de que nosso dia-a-dia está por demais repleto de tarefas e interesses talvez esteja em luta incessante com nossas boas intenções. Podemos ser levados a adiar a nutrição espiritual para alguma época futura e incerta. Talvez nossa capacidade de crescer sofra atraso, devido a um conceito errôneo sobre a grande alegria e liberdade que sempre acompanham um maior reconhecimento da presença poderosa de Deus. Outra forma indireta de resistência é o desânimo, quando nosso interesse se concentra de tal forma em determinada necessidade humana, que perdemos de vista o fato de que só a iluminação espiritual torna possível a cura. É como travar uma luta frenética contra a escuridão, esquecendo de fazer a única coisa necessária, ou seja, deixar entrar a luz.

Paulo atribui tais táticas retardadoras à mente carnal, que ele declarou ser inimizade contra Deus. (Por isso também é inimiga do homem de Deus). Mas as sombras da apatia e da oposição não podem invadir o pensamento iluminado, assim como a escuridão não pode forçar sua entrada num aposento iluminado. À medida que procuramos persistentemente a Deus e nossa relação com Ele, literalmente empenhados em nos achegar a Ele por meio do Espírito e da oração, fortalecendo o nosso trabalho com perseverança, mansidão e obediência, descobrimos que os impedimentos à cura espiritual diminuem progressivamente. À medida que cedemos à Sua presença, o brilho intenso da iluminação espiritual leva a fé adiante, para uma compreensão demonstrável e uma inabalável capacidade de se firmar.

Por sua própria experiência, Mary Baker Eddy aprendeu que uma compreensão cada vez mais profunda de Deus era o requisito incondicional para a cura espiritual contínua. Sua fé profunda e duradoura foi enriquecida pela compreensão crescente da totalidade e unicidade de Deus, o bem, e a consequente nulidade do mal, ou seja, do erro. O que ela estava aprendendo sobre Deus permitiu-lhe curar um caso de câncer instantaneamente. Sempre empenhada em alcançar um patamar mais elevado, ensinou a seus alunos a progredir a passos largos. Escreveu: “Buscai a Verdade e segui-a. Deverá custar-vos algo: estais dispostos a pagar pelo erro e a não receber nada em troca; mas se pagardes o preço da Verdade, recebereis tudo”.

Continua..>

A CHAMA DO AMOR

A CHAMA DO AMOR
SATHYA SAI BABA
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“Eu vim para acender a chama do amor em seus corações e velar para que ela brilhe dia a dia com mais esplendor. Não vim em benefício de uma religião em particular. Não vim em nenhuma missão de publicidade para alguma seita, credo ou causa, nem vim reunir seguidores para alguma doutrina. Não tenho um plano para atrair discípulos  ou devotos para o meu rebanho ou para algum outro rebanho. Vim para falar-lhes desta fé unitária, deste princípio átmico, deste Caminho de Amor, desta lei de Amor, deste Dever de Amor, desta Obrigação de Amor.”
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A BÊNÇÃO DA SOLIDÃO

A
BÊNÇÃO DA SOLIDÃO

Dárcio
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Sempre que o mundo comemora datas especiais, como o Natal, por exemplo, muitos se sentem sós, entristecidos, recordando épocas passadas ou se lamentando por causa do suposto “momento presente vazio”. Não faça parte dessa ilusão! Tudo na vida gira em torno de um ponto-de-vista. Se souber aproveitar a suposta “solidão”, você irá descobrir o segredo dos segredos: DEUS sendo TUDO e sendo o seu ser!
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Saia da ilusória “solidão externa” e penetre nas profundezas de sua Alma! A plenitude está ali, à sua espera!A solidão humana é uma farsa! Uma crença na matéria! Se a aproveitar como bênção, a Verdade lhe será revelada! E perceberá, em VOCÊ MESMO, o “Esplendor Cativo”, cantado em poema por Browning.Somos todos UM!

Somos uma Unidade Gloriosa! Aproveite a “solidão” para provar que ela não existe! Aproveite-a para discernir com maior clareza a Verdade Absoluta! Esta mensagem segue simples e sem rodeios! Ela simboliza o seu Eu Divino, que não precisa de nada deste mundo, por não ser “deste mundo”, e por estar na constante Glória da Plenitude Eterna!

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O CRISTO À LUZ DO QUINTO EVANGELHO

O CRISTO À LUZ
DO QUINTO EVANGELHO
HUBERTO RHODEN

O Quinto Evangelho, do apóstolo Tomé, recentemente descoberto no Egito, não é uma biografia de Jesus, como os outros Evangelhos: refere apenas 114 aforismos do Mestre.

Esses aforismos giram, quase todos, em torno da ideia central do Reino de Deus, que está no homem e que deve manifestar-se fora dele, na sociedade e no mundo inteiro.

Há entre esses pequenos capítulos do Quinto Evangelho, alguns tão profundamente místicos que não podem ser analisados intelectualmente. Os aforismos 13 e 13-A referem o seguinte:


“Disse Jesus a seus discípulos: Comparai-me e dizei-me com quem me pareço eu.

Respondeu Simão Pedro: Tu és semelhante a um anjo justo.

Disse Mateus: Tu és semelhante a um homem sábio e compreensivo.

Respondeu Tomé: Mestre, minha boca é incapaz de dizer a quem tu és semelhante.

Replicou-lhe Jesus: Eu não sou teu Mestre, porque tu bebeste da fonte borbulhante que te ofereci e nela te inebriaste.

Então levou Jesus Tomé à parte e afastou-se com ele; e falou com ele três palavras. E, quando Tomé voltou a ter com seus companheiros, esses lhe perguntaram: que foi que Jesus te disse? Tomé lhes respondeu: Se eu vos dissesse uma só das palavras que ele me disse, vós havíeis de apedrejar-me – e das pedras romperia fogo para vos incendiar”.

O sentido profundo destas palavras não pode ser falado, mas tão-somente calado. E é por essa razão que Tomé preferiu o silêncio, quando o Mestre lhe pediu opinião sobre ele.

O profundo silêncio de Tomé é a mais eloquente declaração da grandeza indizível do Cristo: abriu os canais para o influxo da intuição espiritual.

A última verdade sobre o Cristo não pode ser dita nem pensada. O que se pode pensar, já está adulterado; e, se o pensado e falado for escrito, completa-se a terceira falsificação da verdade.

As grandes verdades só podem ser recebidas em total silêncio, mensagem da própria alma do Universo. Por isto, Tomé preferiu calar-se duas vezes: não deu sua opinião sobre o Cristo, nem revelou aos outros o que o Mestre lhe disse quando o levou à parte e lhe falou a sós.

Quem quer saber realmente o que o Cristo é, deve calar-se em tão profundo silêncio receptivo que a cosmo-plenitude possa plenificar a sua ego-vacuidade. Podemos apenas soletrar o abc sobre o Cristo, mas, para saber e saborear realmente o que ele é, temos de entrar na Universidade Cósmica do silêncio.

O que há de mais estranho nessa passagem são as palavras que Jesus disse a Tomé: “Eu não sou teu Mestre”, porque já ultrapassaste o Jesus humano e entraste na visão do Cristo divino; bebeste da sabedoria suprema, e por isto preferiste calar-te.

Depois disto, o Mestre levou Tomé à parte e lhe revelou silenciosamente a plenitude do Cristo, revelação tão transcendental que Tomé não se atreveu a comunicá-la a seus colegas, que o teriam considerado louco e o teriam apedrejado como blasfemador; mas das próprias pedras teria saído fogo em testemunho da verdade.

Esta revelação anônima e inefável que o Mestre fez a Tomé é um dos pontos culminantes do Evangelho. À pergunta “que vos parece do Cristo” opõe Tomé o silêncio absoluto, que é a melhor resposta.

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DEIXE DE CONTAR
APENAS COM OS SENTIDOS FÍSICOS
Masaharu Taniguchi
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Nosso corpo carnal é insensível em relação à Imagem Verdadeira. Também a nossa mente fenomênica não consegue visualizar a Imagem Verdadeira, porque tenta enxergar através de um elemento opaco chamado corpo carnal. É como se ela estivesse adormecida. No que concerne à Imagem Verdadeira, somos dotados de riqueza infinita, mas esse tesouro oculto em nós é como uma mina inexplorada. Deus está iluminando nossa “mina de tesouro” interior, mas os nossos olhos fenomênicos não conseguem ver esse tesouro oculto. Infelizmente, nosso “eu” fenomênico é cego. Ele tateia na escuridão e só consegue tocar em tranqueiras e carcaças. Devemos deixar de contar com o “eu” fenomênico, que tateia com os sentidos físicos, e encontrar a luz que emana de nossa alma.

Desligue-se dos olhos físicos – disse alguém. Sim, devemos nos desligar dos olhos físicos. Depender deles é atrapalhar a visão dos olhos espirituais colocando “lentes opacas”. Devemos retirar essas “lentes” e nos elevar cada vez mais, para receber diretamente a Luz de Deus. Precisamos iluminar este mundo, tendo a Luz de Deus em nossa mente. Com os olhos físicos, não conseguimos ver os tesouros ocultos. Mas, com os olhos da mente que possuem a Luz de Deus. conseguimos ver a Imagem Verdadeira sem nos prendermos ao aspecto fenomênico. Os olhos da mente conseguem ver através da imagem fenomênica opaca e captar a mina oculta repleta de riquezas infinitas.

VOCÊ É EXTENSÃO DO CRIADOR

VOCÊ
É EXTENSÃO DO CRIADOR
Masaharu Taniguchi
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Enquanto você não conscientizar que o ser humano é a extensão do Criador, o autor da criação e o dominador das leis naturais, você estará dominado por outros elementos possuidores de força criadora e pelas leis naturais. Enquanto estiver controlado por outros, existirá no seu subconsciente o sentimento de temor. E existindo o temor, você acabará se deparando com “coisas e situações temidas” e por elas será ferido, derrotado e atormentado, segundo a lei mental que diz “vem a nós tudo que tememos”. O único meio para se livrar disso é tornar-se você mesmo o “Senhor”.

Se você é extensão do Criador, se o foco da autoexpressão do Criador está dentro de você e se a atmosfera de amor do Criador está envolvendo-o, é lógico que você pode agir no sentido de concretizar a vontade do Criador e jamais será subjugado por coisa alguma, aonde quer que você vá. Mesmo que vá para um ambiente da pior atmosfera, a “atmosfera do amor de Deus” que o envolve jamais irá permitir que a má atmosfera desse ambiente prejudique você. Quando for viajar de avião, a atmosfera do amor de Deus envolverá você e o avião, protegendo-o de qualquer perigo.

Mas, para que você alcance esse estado, é imprescindível conscientizar profundamente que você é extensão do Criador e senhor das leis naturais; portanto, jamais será regido por outras leis que não sejam as suas próprias.

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VOCÊ É SUPRIDO DO ALTO

VOCÊ É SUPRIDO
DO ALTO
DÁRCIO
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Quando observamos nossa existência a partir do referencial absoluto, e não do ponto de vista das aparências mutáveis, reconhecemos que a Substância infinita é o próprio Deus em Autossuprimento constante e perfeito, quando, ao mesmo tempo, contemplamos nossa presença em UNIDADE COM ELE. O mundo da matéria é uma fantasia, puro nada que é visto em forma de miragens.

Para quem se posiciona no referencial das aparências, as coisas necessárias parecem ser materiais, coisas que vão chegando a cada instante, dia ou ano, e que podem, inclusive, faltar! O ser que se posiciona “neste mundo” é alvo da ilusão constante, pois, por acreditar nas mutações das imagens vistas, ele se deixa levar por elas, avaliando tudo em termos da “justiça do mundo”. E é quando ouvimos frases do tipo: “Cometeram uma grande injustiça comigo”, “Eu paguei para ter um tipo de benefício, mas as novas leis me prejudicaram”, “Se não fosse aquela pessoa, eu teria sido promovido”, “Minha família ajudou tanto aquela pessoa, e quando precisei dela, não correspondeu”, etc. Milhares de pensamentos, com base na justiça do mundo poderiam ser citados! Entretanto, esse tipo de avaliação não corresponde à Verdade! Se alguém estudar a Verdade, contemplar-se fazendo parte do Autossuprimento absoluto para, em seguida, voltar a tais pensamentos do mundo, estará negando a Verdade e atrapalhando a Sua manifestação perfeita em sua vida! Tais pensamentos são os “ladrões do Templo”, porquanto VOCÊ É O TEMPLO DE DEUS.

“Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e a SUA JUSTIÇA, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6-33). Conserve-se na JUSTIÇA DIVINA, sem ter olhos para contar com algo que lhe possa vir das miragens deste mundo! Tampouco trabalhe com sua lógica, achando que algo necessário lhe venha  deste ou daquele lugar que, humanamente, lhe pareça óbvio , certo ou esperado! NÃO CONTE COM MIRAGENS! DEUS É TUDO, A SUBSTÂNCIA INFINITA UNIVERSAL! ESTE DEUS ESTÁ SENDO VOCÊ! PERMANEÇA NA VERDADE E JUSTIÇA DIVINAS, E SE VEJA SUPRIDO DO ALTO! VEJA-SE UNO COM DEUS, E ESTARÁ, AOS OLHOS DO MUNDO, DANDO TESTEMUNHO DA VERDADE!

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