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“O QUE EU TEMIA ME VEIO”
Na literatura metafísica, é comum encontrarmos uma frase de Jó dizendo o seguinte: “Porque o que eu temia me veio e o que receava me aconteceu” (Jó, 3: 25). Em Hebreus, 11: 3, o apóstolo Paulo assim diz: “O que se vê procede do que não se vê”. Estas duas frases estão intimamente relacionadas, sendo que a de Jó relata sua descoberta ou constatação de que seus temores e receios se manifestavam, posteriormente, visivelmente em sua vida. Em outras palavras, ele constatou o que a Ciência Mental ensina, ou seja, que o suposto “mundo visível” é uma projeção de nossas crenças.
A frase de Paulo também define este mesmo mecanismo que rege este “mundo de aparências”, isto é, explica que as coisas visíveis são projeções procedentes de algo invisível. Desse modo, podemos entendê-la sob dois focos: o mental e o absoluto. O foco mental é a Lei da Mente, que, em parte, está também contida na citação de Jó, só que, na de Paulo, o sentido é mais amplo, não somente revelando que nossos medos se projetam em nosso destino, mas que, também, os nossos pensamentos positivos igualmente se manifestam, e aparecem projetados neste mundo.
Em vista disso, devemos cuidar para que nossos pensamentos estejam bem afinados com Deus, sempre sendo edificantes iluminados e positivos, para que, ao se mostrarem projetados em nossas vidas, possam se revelar como imagens harmoniosas.
O foco absoluto é o que transcende o mental e explica que, se há “algo acontecendo” como “aparência”, isto é, como “mundo visível e temporal”, é por haver a Realidade Essencial divina, evidenciada no plano absoluto; desse modo, por existir esta Essência primeiro, torna-se possível, à suposta “mente humana”, formar seus conceitos finitos de existência a partir dela, o quais, na verdade, seriam “sombras” ou “reflexos” do Mundo Essencial, traduzido por ela como “mundo de aparências”.
AFIRMAÇÃO DO DIA:
Conhecendo as citações de Jó e de Paulo, afirmo que minha Mente é a “Mente de Cristo”, una com a Mente divina onipresente. Como o que se “vê” procede do que “não se vê”, tudo que se manifesta como “vida fenomênica”, reflete unicamente o bem e a perfeição, uma vez que para MIM, unicamente o bem e a perfeição da Essência são vistas como existências verdadeiras.