À IMAGEM DE DEUS

“E disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança e ele domine sobre tudo”.

(Gênesis, 1:26)

Quando alguém começa a estudar o Absoluto,  é comum estranhar o princípio de que o Universo real é Perfeição Absoluta, e que todas as imagens visíveis são  ILUSÃO! Contudo, o princípio parte de Deus, das revelações divinas, de uma fonte outra que descarta inteiramente a limitada mente humana.

Foi sendo disseminada a “crença” de que “a perfeição original” do homem se alterou. Aceitá-la, é o mesmo que desmentir a Deus! Se Deus disse que fôssemos feitos à Sua imagem e semelhança, com capacidade de domínio sobre tudo, como acreditar que esta Obra divina tenha se modificado e,  não somente isto, mas que tenha se modificado para pior?

Como surgem os chamados “milagres”? Pela não aceitação das mudanças visíveis como reais e pela firme convicção de que A PERFEIÇÃO ORIGINAL continua presente e reinando sozinha, aqui e agora! A propósito, é esta a definição de “fé” que a Bíblia nos apresenta: “Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem.” (Hebreus 11;1).

Allen White recomenda o seguinte:

 “Em prece, contemple a Verdade de seu próprio Ser, que é a própria Perfeição. Aceite esta Verdade como única realidade de sua Existência. Contemple a Perfeição como a única Presença e Poder. E mais, contemple a Perfeição como a única Manifestação visível.”

Que significa estudar o Absoluto? Tomar esta atitude de endossar a Palavra de Deus; de não mais aceitar o testemunho da mente humana! Este radicalismo está expresso nas palavras de Jesus Cristo: “Não podeis servir a dois senhores”.

No Evangelho de Tomé, encontrado no Egito em 1945, encontramos as seguintes palavras de Jesus: “Há muitos em volta da cisterna, mas não há nenhum na cisterna”.

A humanidade aparenta estar hipnotizada, sem saber de onde veio, onde está e para onde vai. Mostra-se acomodada a esta suposta condição de ignorância. Mas os poucos que se interessaram pelo autoconhecimento, obtido por revelações, acabaram por descobrir reamente a Essência una da Vida; contudo, como reagiu o mundo às verdades reveladas? Ou as ignorou  ou ergueu estátuas para cultuar os mensageiros!

A Verdade comum a todas as revelações diz que Deus e homem são um! Esta é a “cisterna”. E, como disse Cristo, muitos apenas a ficam rodeando, sem se darem conta de ser vital o radicalismo, em termos de aceitação, reconhecimento e identificação com o revelado.

“Não existe um ponto onde Deus começa e o homem termina. Aquilo que é visível, de nós, é Deus. Nós somos Deus tornado visível.” Assim explica Joel S. Goldsmith. Jamais houve uma revelação tratando o homem como ser material, em evolução, ou separado de Deus.

Cada um de nós que radicalmente passa a se identificar com esta VIDA ESPIRITUAL UNA E PERFEITA está se contemplando “NA CISTERNA”, deixando apenas de rodeá-la, abandonando para sempre o dualismo sem frutos e sem sentido, criação ilusória da suposta “mente carnal”.

Jamais um mensageiro da Verdade se colocou como alguém superior ou inferior: a Vida é UNA! “Algo” acima da percepção humana constitui a real identidade eterna de cada um de nós, o nosso Ser verdadeiro! Este “Algo” não é matéria nem coisa alguma perceptível pela mente humana! Este “Algo”, e Deus, a Vida una!  Deus sendo –  em unidade –  todos nós! Este é o Fato! Percebê-lo, espiritualmente, é a parte que cabe a cada um de nós!

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