“OLHOS QUE VEEM!”

“Os olhos não viram Deus, ou Sua imagem e semelhança. Nem Deus nem o homem perfeito podem ser percebidos pelos sentidos materiais”. Sendo Deus a totalidade da Existência, se “olhos não viram Deus nem tampouco o homem perfeito”, conclui-se que estes “olhos” veem unicamente inexistências”. O que Deus é, o que nós somos, o que tudo é, nada disso pode ser visto por estes olhos. Jesus já havia declarado: “Tendes olhos, mas não vedes”; somente esta afirmação já deveria ter movido o povo rumo aos “olhos que veem”, aos “olhos que em Deus temos”, e que unicamente enxergam a Realidade espiritual.

Mary Baker Eddy

 

 “A individualidade do Espírito, ou o infinito, é desconhecido, e assim um conhecimento a esse respeito é entregue ou à conjetura humana, ou à revelação da Ciência divina”. Partir de Deus como Onivisão, isto é, como Visão única e onipresente, faz com que aceitemos o Fato de já estarmos inclusos nesta qualidade ou aspecto divino. Jamais deixamos de “ver o que é real”, porquanto somente existe Deus e Deus permanentemente vê a Si mesmo como sendo toda a Existência. A adoção deste “ponto de partida” é a “fé absoluta” que nos faz descartar tanto a chamada “visão humana” quanto tudo aquilo que ela aparenta enxergar. Isto se assemelha a um sonhador que, por despertar do sono, entende a natureza ilusória tanto do olho que via o sonho como das imagens aparentemente “vistas” por ele.

A Sra Eddy explica que o conhecimento da individualidade do Espírito, ou seja, do ser que genuinamente somos, ou é “entregue à conjetura humana”, ou “à revelação da Ciência divina”. Em outras palavras, ela nos está alertando o seguinte: ou ficamos com meras teorias e conceituações humanas, ou nos dedicamos a permanecer nos princípios divinos, identificando-nos integralmente com Deus ou com a Verdade, para conscientemente  vivenciarmos nossa individualidade segundo a Visão absoluta, por revelação.

Há quem se contente com as conjeturas humanas, que satisfazem o intelecto com nada ou quase nada lhe sendo exigido. Por outro lado, há quem realmente deseja diretamente “conhecer a Verdade”, pelo caminho da revelação, e, este caminho irá lhe requerer dedicação total, como bem ressaltou o profeta Jeremias: “Vós me buscareis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jer. 29: 13).

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