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Sua inocência espiritual, sua devoção ao Cristo, não deixaram espaço para a animalidade, o orgulho ou a negligência, que o tornariam vulnerável às imposições do dragão.
O que a autora chama de “inocência espiritual”, em Jesus, é a sua rendição, em termos de anulação da suposta natureza humana, para só pensar em “fazer o que vê o Pai fazer”. Todo filho de Deus está nesta mesma posição, se entende que “o Pai é quem nele faz as obras”.
Quando a autora diz que “sua inocência espiritual e devoção ao Cristo” esgotaram espaço, de modo a não haver campo para “a animalidade, orgulho ou negligência”, precisamos entender que isto se chama “mudança de referencial”, isto é, não se trata de Jesus estar usando sua suposta “mente humana” , e sim, estar “usando” sua “condição perene” de UNIDADE COM DEUS! Em outras palavras, significa Jesus estar se vendo como NADA, de si mesmo, e, ao mesmo tempo, se vendo como TUDO, SENDO DEUS, através do seu Cristo! Este é o sentido absoluto de sua “devoção ao Cristo”. É preciso que treinemos a implantação desta metodologia crística em nossa vida prática!
Sem esta consciente “troca de instrumento de percepção”, Jesus estaria, segundo o texto,“vulnerável às imposições do dragão”, uma vez que estaria se identificando com a “mente carnal”, reconhecida pelo “magnetismo animal”, sem estar integralmente identificado com Deus, com o Cristo como sua real identidade, e, consequentemente, com a “Mente de Cristo”, que é IMUNE às pretensões da nulidade chamada “mal”.
Sejam quais forem as chamadas “imposições do erro”, com a sua identificação plena com a “Mente de Cristo”, você vê “através de todas elas”, contemplando unicamente a SI MESMO como UM COM O PAI, QUE É INFINITO! Assim, claramente é reconhecida a natureza ILUSÓRIA de suposta “outra mente”, ao lado da Mente divina, enquanto a TOTALIDADE DE DEUS é naturalmente reconhecida, contemplada e demonstrada!
Quando se deparar com algum suposto “mal”, coloque-se sendo “Jesus no deserto, em luta contra o diabo”, ou seja, reconheça estar diante da “ilusão” de vida terrena, diante de mera “crença em dois poderes”, e, então, diga com autoridade à “aparência”: “Retira-te, Satanás!”, vendo-se em Deus, em “verdes pastagens”, contemplando a “escuridão” bater em retirada, diante da SUA LUZ, A LUZ DO SEU CRISTO – ETERNAMENTE UM COM O PAI E SUA LUZ INFINITA!
CONTINUA NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA..>