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Os requisitos para a vitória sobre o magnetismo animal apresentados nesse trecho do Apocalipse nos alertam para a diferença que há entre a oração perfunctória (ritual de palavra) e o espírito do Cordeiro, que cura. Redenção individual, ao invés de mera repetição de palavras, é o que destrói a crença nas mentiras do magnetismo animal. Tais mentiras nunca foram reais, mas nossa crença nelas precisa ser extirpada. Um esforço obstinado de mudar o pensamento por presumirmos que vivemos aquilo que pensamos – apoiarmo-nos num tipo de profecia autorrealizadora – é fútil e não é redenção real, pois falta-lhe a inocência do Cordeiro.
O “sacrifício do ego”, simbolizado no Apocalipse pelo “sangue do Cordeiro”, implica a necessidade que todos temos de “demonstrar o Cristo e vencer o suposto mal”, a exemplo do que Jesus fez! Jamais significou que Jesus “venceu o mundo” por todos nós, como pregam falsamente as religiões! “Tome a sua cruz e me siga”, disse Jesus, deixando bem claro que cada um terá de seguir os seus passos, anulando a dualidade, “crucificando” a ilusória “personalidade humana” para, desse modo, “vencer o mundo”.
“Redenção individual, ao invés de mera repetição de palavras, é o que destrói a crença nas mentiras do magnetismo animal”, diz o artigo. Jesus contou com o Pai, uno com Ele, e nos revelou o mesmo Pai, uno conosco, para que pudéssemos ir além de “meras palavras” ou de puro “mentalismo”, e não cairmos na falsa crença de “ego redenção”, ou seja, apoiarmo-nos num tipo de profecia autorrealizadora, totalmente “deste mundo”, sem a “redenção real”, como diz a autora, por “faltar-lhe a inocência do Cordeiro”.
Esta inocência significa o “ego” fazer uso da palavras, em seu dia a dia, ciente de que, de si mesmo, ele nada é! A autoridade das falas de Jesus lhe vinha da sua “unidade com Deus” reconhecida! Jamais eram palavras ditas de si mesmo, apenas ensinando “lei mental”, que lida com “este mundo”, e que diz que “somos o que pensamos”. A Verdade está na “inocência do Cordeiro” e não em lhe ser atribuído qualquer “presença” ou mérito! O estudo é para que “conheçamos a Verdade”, ou seja, que “Deus e Homem são um. Nunca para que o suposto “ego” permaneça, se achando ativo de si mesmo, em “ego redenção”, ou em realizações várias meramente restritas ao “mundo de aparências”, acreditando que “pensar” e “manifestar aparências” do que foi pensado, fosse “conhecer a Verdade”.
Continua na próxima segunda-feira…>