Jesus não fundou igreja alguma. Pregava nas sinagogas dos hebreus e pelos caminhos em que passava.
Ensinava com base no Antigo Testamento, corrigindo, contudo, muitas crenças religiosas errôneas da época, procurando tornar aquelas sinagogas menos mercenárias.
Não estava de acordo com o costume hebreu de criar doutrina, credo e cerimonial de importância. Não acreditava em suas preces de longa duração, em sacrifício de animais, etc., mas acreditava em adorar um único Deus, sem quaisquer ídolos, lembrando que “eu, de mim mesmo, nada faço” …”mas o Pai, que em mim está, faz as obras”.
Não acreditava no antigo Deus Jeová que, sentado numa nuvem, tinha enorme barba e vestimenta branca. Jesus ensinava que “o reino de Deus está dentro de vós”.
Não fundou uma nova igreja, mas adicionou compreensão e amor à religião que já conhecia, e isto foi a fundação da Igreja Cristã.
Enquanto no Antigo Testamento era ensinado “olho por olho”, a nova igreja dizia:
“ame seus inimigos”, “perdoe a todos até setenta vezes sete vezes”.
Os hebreus acreditavam num Deus que recompensava o bem e punia o mal; a nova colocação dizia:
“Nem eu, também, te condeno: vá e não peques mais”.
Para expressar este pensamento com mais inteireza, foi dito:
“A lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.
Torna-se importante “concordarmos em discordar” das igrejas de até agora, sejam quais forem.
Nós temos deixado o Deus pessoal de todas as igrejas para aceitarmos como nosso Deus a Verdade, o Princípio, a Mente impessoais. Temos deixado o antigo conceito de prece (que ora a Deus por saúde, riqueza, etc.) para adotarmos o conceito mais elevado:
“A verdadeira oração não é pedir amor a Deus; é aprender a amar e a incluir o gênero humano numa só afeição”.
“Oração é a utilização do amor com o qual Ele nos ama. Faz descobertas novas e científicas de Deus, de sua bondade e poder. Ela nos mostra mais claramente do que antes víamos, o que já temos e o que somos; e, mais do que tudo, nos mostra o que Deus é.
Progredindo nessa luz, nós a refletimos; e esta luz revela as puras imagens da Mente em oração silenciosa, assim como a fotografia revela a luz solar para retratar a face de um pensamento agradável”.
Nós também abandonamos o antigo conceito do homem como mortal, às vezes bom e às vezes mau, ocasionalmente saudável e na maior parte das vezes enfermo. Nós reconhecemos somente o homem espiritual, a manifestação do ser divino; a eterna expressão da Vida, livre e incorpórea.
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