Realmente, é tão fácil demonstrar dinheiro como qualquer outra coisa, desde que se tenha uma atitude correta com relação a ele. A tensão mental, chamada de acumulado de crenças falsas (ou mente mortal), é a única coisa a impedir que vejamos a abundância.
As demonstrações não são criadas ou manifestadas por nós mesmos: são provas da presença do Cristo em nós. Se as pessoas trabalhassem a partir da premissa de que somente existe a criação de Deus à nossa volta, aqui e agora, rapidamente veriam sumir o nevoeiro que encobre suas demonstrações. Não há dois poderes separados manifestando riqueza ou pobreza, bem ou mal. Deus é o único poder, e Suas manifestações são completas e perfeitas neste exato instante.
Quando assumimos uma visão cristã científica do Universo, mesmo as piores formas de pensamento humano ganham simbolismo e sentido mais elevados. Todos os objetos dos sentidos deveriam ser substituídos por seus equivalentes em ideias espirituais. Não seria espiritualizar matéria, mas simplesmente eliminar os sentidos falsos para nos revestir da real interpretação do Universo espiritual de Deus. Não progrediremos enquanto estivermos retendo o conceito de dois mundos: o céu e a terra.
O significado da palavra “símbolo” é: “algo que representa outra coisa qualquer”. Mas, ao representar essa “outra coisa”, o símbolo não mostra semelhança alguma com ela. A bandeira é o símbolo de um país: porém, ela em nada se assemelha com ele. Onde quer que ela esteja tremulando, sabe-se que ali é aquele determinado território por ela simbolizado.
E o dinheiro? Simboliza o quê? Como cada objeto da criação insinua a existência de uma realidade espiritual, que estaria representando o símbolo do dinheiro? Ele deve ser uma ideia muito elevada, pois dependemos dele para tudo! Cada objeto da criação tem por trás uma Verdade; portanto, dinheiro é Substância expressada. Sendo o dinheiro Substância expressada, e como também somos Substância expressada, nesse caso, somos inseparáveis do dinheiro, ao qual atribuímos o nome de nossa substância ou suprimento. O homem se separa de sua Substância somente em suas crenças falsas; assim, ele precisará resgatá-lo pela compreensão espiritual. Com a compreensão espiritual, que é a percepção verdadeira, deve-se enxergar além da ilusão do sentido humano, caso se esteja interessado em fazer a demonstração.
Às vezes, receamos afastar da mente os objetos que desejamos manifestar, receando que Deus desconheça o que precisamos. “Vosso Pai (Mente) conhece vossas necessidades antes que Lho peçais”. Lembremo-nos: não estaremos demonstrando coisas, mas sim, demonstrando um Princípio onipresente.
Ao se infiltrar no reino das ideias verdadeiras, e contemplar a atividade e objeto do mundo de Deus, você não ficará absorvido na Divindade nem perderá sua identidade. Porém, se quiser demonstrar dinheiro, terá de obter a ideia correta dele. Você não verá coisa alguma nesta terra, sem que a esteja percebendo no céu (Consciência), pois “visão” é percepção espiritual.
Há muitos anos, quis conhecer a verdadeira percepção do dinheiro. Desse modo, resolvi analisar este símbolo com base na Verdade. Sabia que, por reverter o mito material, obteria a ideia espiritual equivalente ao dinheiro. Eis como raciocinei: “No mundo chamado “céu” (Consciência perfeita), o homem depende do puro Espírito – Substância – para tudo. Com efeito, suas ideias são coisas do céu. Neste mundo, o homem depende do dinheiro, que tem sido considerado o Deus-pensamento do mundo. O homem depende dele por ele representar a Substância. O dinheiro é a expressão da Substância. O mundo todo é conduzido pelo intercâmbio de coisas. O dinheiro parece exercer a parte mais importante nessas transações: representa poder. Se Deus é Tudo que há, e o homem é a Sua Consciência, que vem a ser esse intercâmbio no mundo espiritual? Instantaneamente, eu vi que Deus – Mente – circula ideias por meio do Cristo, que é o poder de Deus: a própria Consciência de Deus. Seria bastante lógico, portanto, presumir que o dinheiro simbolize o Poder Crístico, que é a Substância do homem, ou a Substância da qual o homem depende”.
E, então, fiz-me a seguinte pergunta: “Caso eu tivesse uma certa quantia de dinheiro agora, que faria com ele?”. Pensei na felicidade que teria em poder proporcionar aos outros as coisas que lhes trouxessem alegria. Reverti isso, e reconheci que não precisava de dinheiro para ter felicidade. A felicidade é expressão de Deus – minha divina herança. Já a tenho recebido. Continuei a reverter cada declaração que me vinha, até concluir que não necessitava de dinheiro para obter uma só coisa que fosse. Realmente, senti que estava de posse do Reino do Céu. Naquele instante, completava-se a minha conscientização. Senti que jamais iria necessitar de um único centavo, enquanto vivesse. Senti que eu era Vida; que eu era a própria felicidade; que eu era tudo que antes julgava não poder possuir sem ter o símbolo chamado “dinheiro”.
Não apenas é correto que tenhamos dinheiro: ele aparece automaticamente como resultado de nossa conscientização da Substância. O dia seguinte a esta gloriosa percepção de que eu sou Autossuportada, Autogovernada, e Automantida, porque “Eu Sou Uma com a Substância”, ficou marcado pela maravilhosa demonstração (prova) desta minha compreensão espiritual: sem qualquer esforço, sem qualquer pensamento sobre o assunto, fui posta em contato com uma proposta que me rendeu dois mil e quinhentos dólares em menos de 24 horas. Sabem o porquê de eu ter realizado tão perfeitamente esta demonstração? Por não estar buscando dinheiro! Por estar buscando uma compreensão da Substância que o dinheiro representa. Compreensão é verdadeira Substância; e, encontrar a Substância é encontrar Deus.
Encontrar Deus é encontrar o Reino – e, então, todas as coisas vêm por acréscimo. É o medo de não conseguir as coisas desejadas, ou de não concretizar a obtenção das coisas necessárias à sua felicidade, que faz o homem buscar a manifestação chamada dinheiro. Em vez de tentar “demonstrar dinheiro”, livre-se de seus temores; assim, sua substância será tão evidente quanto se pôde constatar quando Jesus supriu a multidão com pães e peixes.
Quem quer que tenha visitado uma “Casa da Moeda” e testemunhado a criação e impressão dos símbolos a que denominamos “dinheiro”, sabe que o dinheiro depende do homem para existir. Tais símbolos servem para representar a riqueza do país, mas nenhum deles é a riqueza em si.
As ideias do homem evidenciam sua Substância onipresente e infinita, e isso constitui sua riqueza. Portanto, caso venha a ter o desejo de demonstrar dinheiro, aumente sua compreensão da natureza da Substância. Jesus disse: “Se alguém perder sua vida (a crença na matéria), achá-la-á (descobrirá sua verdadeira substância)”.
Um ponto importantíssimo a ser considerado é o seguinte: a forma jamais poderá estar separada de sua ideia correspondente. Forma é identidade. Quando você obtiver a verdadeira ideia de dinheiro, a forma irá acompanhá-la, tão automaticamente quanto a ideia dois é acompanhada pelo seu símbolo, o numeral 2.
O dinheiro é a identificação da Substância.