Em última análise, toda oração objetiva dar fim à dualidade ilusória, que admite a Mente divina ao lado de “mente humana”. Os estudos revelam que “as coisas vistas pela mente humana são todas ilusórias”, e que esta própria mente humana não existe! O processo ilusório é hipnótico, fazendo alguém se mostrar envolvido com a “mente que não existe” e também com as ficções que ela aparenta captar.
As formas de oração variam muito, aparecendo sob os mais diversos graus de percepção. Há o tipo de oração em que a pessoa aceita ter a mente humana, e entra em silêncio para, com esta mente, receber inspiração, paz, boas ideias, etc.. Há o tipo de oração em que a pessoa louva a Deus, repete mantras, e busca, desta forma, “entrar” em sintonia com Deus. São inúmeras as formas de oração, e cada uma cumpre certo objetivo com o seu valor e com seu grau de profundidade.
Quando estudamos a Verdade absoluta, objetivamos dispor de uma “oração absoluta”. Esta consiste em discernirmos, sem esforço algum, que “não existe ninguém orando”, mas existe SENDO! Nesta “oração absoluta”, não são usadas palavras nem pensamentos, pois, seriam a “mente humana em ação”, o que, no caso, seria pura ilusão. A “oração absoluta” é aquela em que a pessoa inicia a “Prática do Silêncio” já percebendo que inexiste “outro eu”, chamado humano, para contatar Deus ou para poder meditar e se ver “um com Ele”. É uma percepção direta e imediata de que, como “DEUS É, EU SOU!”.
Quanto menos permanecer a crença de que “há alguém orando”, pela percepção suave, direta e clara de que, “Como Deus É, Eu Sou”, mais a Verdade absoluta estará sendo discernida. Isto por não existir mente humana meditando nem existir Mente divina meditando! Estas aceitações são dualistas! Podem ser úteis em alguns casos; porém, a real percepção da Verdade está em simplesmente percebermos “DEUS SENDO A MENTE QUE É”, que, em cada ser individual, é “DEUS SENDO A MENTE QUE “EU SOU”. Esta é a “oração absoluta” que, assim entendida, será “oração com ninguém orando”.
Há vezes em que a pessoa não se sente capaz de ir diretamente a esta “oração absoluta”. Mesmo que ela já o tenha conseguido em outras ocasiões, numa outra, um suposto envolvimento com o ilusório “mundo de aparências” poderá atrapalhá-la, por prender-lhe a atenção nos supostos problemas e situações do “mundo das aparências”. É quando a Ciência Mental deverá ser aplicada momentaneamente, até que ela sinta a “sugestão hipnótica” ceder e se reduzir ao “nada” que sempre foi.
Afirmações de que ” Deus é Tudo, e “ilusão é nada”, ponderações das Verdades contidas numa citação bíblica vinda à lembrança, tudo isso é válido e muito útil, quando sentimos ser necessário. Mas que esta fase, nas orações, seja vista como preliminar, como “ajuda inicial”, para a “oração absoluta” ser praticada, ou seja, para que nas “contemplações”, estejamos conscientes de que “não há ninguém orando”, uma vez que “DEUS É, E, PORTANTO, EU SOU!”.