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O Nada Do
Magnetismo Animal
A Ciência Cristã difere de outras religiões e filosofias em sua lógica que reduz o mal à irrealidade. No sentido absoluto das coisas, o magnetismo animal não existe. O magnetismo animal clama ser um poder separado de Deus. De fato, é a suposição oposta a Deus ou a aparente ausência de Deus na consciência. Parece inventar ilusões negativas a respeito de Deus e Sua criação, e então mesmeriza a humanidade para acreditar nelas. Entretanto, existe somente no reino de sua própria irrealidade. A Ciência Cristã expõe o magnetismo animal pelo que é. À medida que a lógica da Ciência Cristã se desdobra na consciência, aprendemos que Deus é Tudo, e totalmente bom. Ele não conhece o mal. Portanto, o mal é nada. Não existe.
Uma das declarações mais sólidas que a Sra. Eddy faz sobre este ponto está em seu livro “Unity of Good”: “Tudo que existe, Deus criou. Se o pecado tem qualquer pretensão de existência, Deus é responsável por isto; mas não há realidade no pecado, pois Deus não pode contemplá-lo nem reconhecê-lo, da mesma forma que o sol não pode coexistir com a escuridão. Construir o senso espiritual individual, consciente somente de saúde, santidade e harmonia, sobre o fundamento de uma Mente eterna que tivesse consciência de doença, pecado e morte, seria uma impossibilidade moral; porque “ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto” (I Coríntios 3: 11). Quanto mais nos aproximássemos de tal Mente, mesmo se fosse (ou pudesse ser) Deus, tanto mais real estas imagens mentais se tornariam para nós; até que a esperança de nos livrar algum dia de sua apavorante presença resultaria em desespero e na sensação obsessiva de que o mal estaria para sempre acompanhando nosso ser.” (p.64: 1-14)
Apesar do mal ser irreal, não é prático nem sábio, neste ponto da experiência humana, assumir que, porque Deus não criou o mal, possamos ignorá-lo ou fazer de conta que não existe. Para alguém num leito de dor, ou sofrendo com pesar, solidão ou medo, o mal parece muito real. Não podemos convencer a nós mesmos ou a outros, de que o mal é nada, até que o possamos provar pela sua destruição através de nosso trabalho de oração.
Provar a irrealidade do magnetismo animal não é tarefa simples. O hipnotismo do mal é algumas vezes comparado a um erro de matemática, que é facilmente corrigido quando encontramos a resposta certa. Na prática, entretanto, a destruição do mal pode ser muito difícil, uma vez que parece tão real para a mente humana. A existência mortal está delineada na consciência através de anos de educação e experiência. Os hábitos de pensamentos humanos, emoções mortais, traços de caráter, limitações mentais, problemas físicos, assim como a crença generalizada na mortalidade e no universo material, compõem um falso sentido de vida. Para desfazer esse falso sentido, devemos “orar sem cessar”.
Um professor de música frisou certa vez que preferia ensinar um novo aluno do que um que já tivesse aprendido a tocar um instrumento de maneira incorreta, porque este estudante precisaria primeiro desaprender o modo incorreto antes que pudesse dominar a maneira correta. Da mesma forma, na experiência humana, acumulamos muitos conceitos falsos que parecem reais. Pensamos e vivemos nestes conceitos diariamente. Estes conceitos devem ser desaprendidos e substituídos pelos fatos espirituais do ser, antes que possam ser provados irreais e incapazes de nos causar danos. Até então, estes conceitos errados parecem realidades que constituem uma ameaça constante à saúde e à felicidade. Não podemos destruir a pretensão do mal apenas virando-lhe as costas ou fazendo de conta que nada está acontecendo. Devemos orar para nos libertar desta falsa crença.
Continua no próximo domingo…>