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Como já foi dito anteriormente, antes do “miasma do nascimento”, nós éramos Um. Sabíamos que éramos este Um Universal e indivisível. Daí, pareceu que o que éramos ficasse esquecido – e com isto, o que conhecíamos ser o nosso Eu. Desse modo, nossa necessidade está em recordar o que éramos – e o que sabíamos ser o nosso Eu – antes desta ilusão denominada nascimento.
Não seja enganado a respeito da palavra “memória”. A memória não tem absolutamente nada a ver com a mente humana. Geralmente se acredita que a memória se localiza no chamado cérebro humano, e que normalmente ele guarda na lembrança os acontecimentos, cenas ou vivências do passado. A Consciência não recorda. Ela é consciente. Ela sabe. A Consciência é Mente, assim como a Mente é Consciência. No lugar de uma suposta mente humana nascida, com suas memórias ilusórias, está a Mente Consciente, onipresente e infinita, que é todo conhecimento. Assim, esta Mente – que você é – está consciente de tudo que devesse conhecer num dado momento. Isso nunca é um assunto de memória humana; antes, é sempre um assunto de estar consciente daquilo que você já sabe, e que sempre conhece.
Contudo, não devemos divergir de nosso tema original. Basta dizer que recordar significa estar consciente exatamente daquilo que existe, daquilo que se passa agora, e eternamente. Somente nesse sentido podemos empregar a palavra “memória”.
Como se vê, apenas parece que esquecemos o Céu que conhecíamos antes que o mundo da ilusão – nascimento – parecesse começar para nós. Somente parece que nos tornamos inconscientes da maneira que somos, da maneira que tudo e todos eternamente são. Em iluminação, ficamos conscientes do fato de que o Reino da Perfeição é a totalidade daquilo que sempre está aqui. Assim, como Consciência iluminada, nós recordamos a Verdade que parecíamos, por breve momento, ter esquecido.
Continua..>