William C. Breen
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Um praticista precisa examinar-se constantemente, bem como examinar sua prática, a fim de manter o alto padrão que Deus exige. Em meu recente autoexame, considerei os seguintes pontos de minha prática: um praticista, o que é e o que não é. O que faz e o que não faz.
Cristo Jesus aprovou o reconhecimento de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”.
Comentando essa passagem, a Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde:
É importante para o praticista discernir que Deus, e não uma personalidade humana, é o sanador. Em qualquer caso, é importante que reconheçamos que não somos uma personalidade ajudando outra. Há uma pergunta que pode servir como teste: Está havendo a tentação de sondar o pensamento do paciente de maneira pessoal, ao invés de deixar a Mente divina descobrir o erro que precisa ser separado do paciente? Um praticista não é um psicólogo e também não é um profissional da medicina. Por isso não dá conselhos humanos nem tenta identificar uma doença do corpo em termos médicos. Quer a doença se manifeste como psíquica quer como fisiológica, ele sempre a classifica como erro. Sabe que o antídoto para o erro é a Verdade. Seguindo humildemente as pegadas do Mestre, isto é, de Cristo Jesus, o praticista reconhece que é a Verdade que liberta o paciente.
Como o praticista nunca adota o ponto de vista de que o homem é tanto uma ideia espiritual de Deus como um corpo físico, não admite, por um só momento, que o tratamento pela Ciência Cristã possa ser misturado com o tratamento médico. O praticista apoia-se solidamente na verdade de que o homem é a ideia espiritual e perfeita de Deus.
Se um paciente optar pela ajuda médica, o praticista nunca o condena, mas deixa-o livre para aprender por experiências. O praticista sabe que a única cura permanente de um erro no pensamento está calcada numa compreensão das verdades específicas que são o fato oposto desse erro. Ao contrário do psicólogo, ele reconhece que a mente mortal espúria, que é a causa do problema, não tem possibilidade de ser o remédio para o problema que ela criou. Somente a verdade da Mente divina pode trazer libertação permanente do medo, do pecado e das doenças da mente mortal.
O praticista deve, sempre, ter amor compassivo e solidário pelo seu próximo, de modo a ver o paciente já incluído no amável amplexo de Deus. Sabe que essa pessoa não está num problema, tentando safar-se dele. Referindo-se a fanáticos que não sabem lidar cientificamente com a iniquidade, a Sra. Eddy escreve: “Esses tais dizem: A Senhora acha que eu deveria sair de uma casa em chamas, ou ficar dentro dela?” No parágrafo seguinte, ela declara: “Eu tiraria você dessa casa, e saberia que você está fora dela…”(Miscellaneous Writings p. 335)`
O praticista sempre conduz o paciente ao Cristo, a mensagem sanadora de Deus, e ao reconhecimento da filiação divina do homem. Anima o paciente a não se voltar à personalidade do praticista a fim de obter a cura. Na cura pela Ciência Cristã, o paciente aprende a confiar mais no Princípio divino, Deus, e menos em qualquer personalidade humana, e a despir-se do sentido pessoal que diz “meu” praticista.
Num caso de paralisia, por exemplo, o praticista poderia declarar verdades sanadoras gerais acerca do homem – que o homem é espiritual e perfeito. Poderia também afirmar verdades específicas sobre ação, formação, movimento, que são antídotos da crença de paralisia. Essas verdades anulam o erro. Poderia, ademais, reconhecer que estas verdades, de fato, já estão presentes e se manifestam em toda parte – até mesmo na própria consciência daquele que se diz um paciente. Jesus ensinou:
“O reino de Deus está dentro de vós.”O praticista não tenta sutilmente colocar sua compreensão de Deus no lugar da compreensão do paciente. Isso suporia a existência de duas mentes, ao invés de uma só, a Mente, Deus. Antes, o praticista sabe que o Cristo de Deus revela, diretamente, a verdade da perfeição presente e eterna, verdade que cura especificamente o que aparenta precisar de cura.