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Em realidade, já estamos no universo espiritual. Estamos aqui e perfeitos agora, na imagem de Deus. Só que a influência mesmérica do magnetismo animal nos impede de ver isto. Para destruirmos este mesmerismo, devemos começar encarando a crença na matéria e olhando através dela para sua origem mental. Devemos ver a matéria como o efeito hipnótico do magnetismo animal e não como uma causa e efeito próprios.
O que deve ser observado, além da exposição dos princípios, é a atitude que precisamos tomar! “Devemos começar encarando a crença na matéria e olhando através dela para sua origem mental”, diz a autora. Que significa? Dando um exemplo, suponha que alguém vá ao médico e ele lhe dê o diagnóstico: “Você está com pedra na vesícula”. A autora estaria dizendo que não existe nenhuma “pedra material” em “vesícula material”, e que esta “crença na matéria” deve ser substituída pelo conhecimento de que a “aparência material” é vazia de matéria real, sendo tão somente uma aparência de origem mental. Em vez de o caso ser encarado como uma vesícula com mal funcionamento “causado por pedra material”, ou, nas palavras da autora, “como causa e efeito próprios”, a suposta “causa” deverá ser encarada como não de ordem material, e sim de “origem mental”. Esta transposição é a atitude que devemos tomar, sempre que a “perfeição onipresente” estiver sendo impedida de ser reconhecida unicamente por causa do efeito mesmérico. O mesmo quadro, visto pelo médico como material, onde a pedra na vesícula seria, para ele, a causa do mal, para um praticista seria, portanto, simplesmente uma “imagem hipnótica” sem qualquer realidade material, e sim puramente mental.
Todos devem conhecer a ilustração do hindu que, ao sair do banho, assustou-se por ver uma serpente perto dele. Logo em seguida, ao notar que era, na verdade, uma “corda enrolada”, o “perigo” desapareceu, por ter sido desfeita a ilusão. A Verdade é demonstrada pela associação desses conhecimentos: a real manifestação da perfeição, que é permanente, e a falsa “aparência material maligna”, que, assim parecerá existir, até ser reconhecida como “nada”, de forma idêntica ao que fez a “serpente vista pelo hindu” ser vista como AUSENTE! Por isso é de vital importância o que este trecho do artigo expõe: ele nos leva a considerar o “mal material” como “imagem falsa e temporariamente na mente”, como ficou a “serpente” momentaneamente na aceitação do hindu, enquanto o passo seguinte seria reconhecermos que esta imagem é efeito hipnótico, puro NADA.