O SENTIDO DA EXPRESSÃO "CURA ESPIRITUAL"

O SENTIDO
DA EXPRESSÃO
“CURA ESPIRITUAL”
DÁRCIO
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Em realidade, já estamos no universo espiritual. Estamos aqui e perfeitos agora, na imagem de Deus. Só que a influência mesmérica do magnetismo animal nos impede de ver isto. Para destruirmos este mesmerismo, devemos começar encarando a crença na matéria e olhando através dela para sua origem mental. Devemos ver a matéria como o efeito hipnótico do magnetismo animal e não como uma causa e efeito próprios.

MAGNETISMO ANIMAL- ANN BEALS
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Os chamados “tratamentos metafísicos” lidam com a compreensão dos princípios espirituais, onde a premissa básica diz que DEUS É TUDO. No primeiro capítulo de meu livro “A Cura Espiritual em Seus Princípios Básicos” eu destaquei como “conclusão fundamental”o seguinte:

TODO O UNIVERSO JÁ É INFINITAMENTE PERFEITO AGORA. TODOS OS SERES JÁ SÃO INFINITAMENTE PERFEITOS AGORA. TODOS OS ACONTECIMENTOS ESTÃO SE MANIFESTANDO EM HARMONIA PERFEITA AGORA. SÓ EXISTE O UNIVERSO ESPIRITUAL PERFEITO; SÓ EXISTE O AGORA. NADA HÁ PARA  SER CORRIGIDO OU MELHORADO.

No início de todos os capítulos do livro eu fiz questão de deixar estes princípios estampados e em destaque, por serem os fundamentos de todos os temas desenvolvidos em cada um deles. Este estudo não será eficaz se permanecer apenas no âmbito das leituras, sem que os princípios sejam realmente empregados no que chamamos de “troca essencial”, isto é, uma compreensão interna que nos faça abandonar os arcaicos e falsos conceitos, de que somos seres nascidos em mundo material  com o bem e o mal, em troca da Verdade subjacente a estas aparências falsas.
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Abri este artigo transcrevendo um trecho  que consta na quarta parte de “Magnetismo Animal”, onde a autora explica a Verdade de que já estamos no perfeito Universo do Espírito e como seres perfeitos à imagem de Deus. Ela diz que este fato já presente e real se mostra “fora de nossa percepção” por causa da “influência mesmérica do magnetismo animal”. “Para destruirmos este mesmerismo”, diz ela, “devemos começar encarando a crença na matéria e olhando através dela para sua origem mental. Devemos ver a matéria como o efeito hipnótico do magnetismo animal e não como uma causa e efeito próprios.”

O que deve ser observado, além da exposição dos princípios, é a atitude que precisamos tomar! “Devemos começar encarando a crença na matéria e olhando através dela para sua origem mental”, diz a autora. Que significa? Dando um exemplo, suponha que alguém vá ao médico e ele lhe dê o diagnóstico: “Você está com pedra na vesícula”. A autora estaria dizendo que não existe nenhuma “pedra material” em “vesícula material”,  e que esta “crença na matéria” deve ser substituída pelo conhecimento de que a “aparência material” é vazia de matéria real, sendo tão somente uma aparência de origem mental. Em vez de o caso ser encarado como uma vesícula com mal funcionamento “causado por pedra material”, ou, nas palavras da autora, “como causa e efeito próprios”, a suposta “causa” deverá ser encarada como não de ordem material, e sim de “origem mental”. Esta transposição é a atitude que devemos tomar, sempre que a “perfeição onipresente” estiver sendo impedida de ser reconhecida unicamente por causa do efeito  mesmérico. O mesmo quadro, visto pelo médico como material, onde a pedra na vesícula seria, para ele, a causa do mal, para um praticista seria, portanto, simplesmente uma “imagem hipnótica” sem qualquer realidade material, e sim puramente mental.

Todos devem conhecer a ilustração do hindu que, ao sair do banho, assustou-se por ver uma serpente perto dele. Logo em seguida, ao notar que era, na verdade, uma “corda enrolada”, o “perigo” desapareceu, por ter sido desfeita a ilusão. A Verdade é demonstrada pela associação desses conhecimentos: a real manifestação da perfeição, que é permanente, e a falsa “aparência material maligna”, que, assim parecerá existir, até ser reconhecida como “nada”, de forma idêntica ao que fez a “serpente vista pelo hindu” ser vista como AUSENTE! Por isso é de vital importância o que este trecho do artigo expõe: ele nos leva a considerar o “mal material” como “imagem falsa e temporariamente na mente”, como ficou a “serpente” momentaneamente na aceitação do hindu, enquanto o passo seguinte seria reconhecermos que esta imagem é efeito hipnótico, puro NADA.

Quando o hindu foi “curado”? Quando viu a “corda como corda” e a “serpente como nada”. Quando a pessoa com “pedra na vesícula” será curada? Quando contemplar seu Corpo como o Perfeito Templo de Deus, espiritual e luminoso, e entender  “o corpo com pedra na vesícula” como a “serpente do hindu”: puro NADA. Este é o sentido da expressão “Cura espiritual”.

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