PURO DE OLHOS”
MARIE S. WATTS
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PARTE II – Final
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Se Deus contemplasse o mal, Deus teria que ser o mal contemplado. Se Deus conhecesse a impureza, Ele teria que ser a impureza que estivesse conhecendo – pois Tudo é Deus. Se Deus conhecesse ou experienciasse restrição, Deus teria que estar restrito a Ele mesmo – pois não outro ao lado de Deus. Se Deus fosse incompleto, Ele teria que ser Sua própria incompleteza. Se Deus estivesse limitado, ou de algum modo restrito, Ele teria que ser Sua própria limitação, Sua própria restrição – pois nada há que não seja Deus.
Sim, Deus pode somente ver a Si mesmo, e ser aquilo que Ele vê e conhece. Sendo Tudo, Deus é o único Um que contempla; o único Um que conhece; e o único Um que existe. Assim, toda a Existência é constituída por Deus: vendo, conhecendo e sendo unicamente aquilo que Deus é. Não há mais ninguém para ver, senão Deus. Não há mais ninguém para conhecer, senão Deus. Não há mais ninguém para ser, senão Deus. Não há nada para ser visto, senão Deus. Não há nada para ser conhecido, senão Deus, e não há nada para estar sendo, senão Deus.
Agora, você existe. Você sabe disso muito bem. Você está consciente; assim, você está consciente do fato de que você existe. Você é capaz de saber que você existe somente porque você está consciente. Deus é a única consciência existindo. Sua consciência de existir é Deus sendo consciente de ser Ele próprio. Você percebe o que isso quer dizer? Significa que você é incapaz de saber alguma coisa de si mesmo. Significa que sua exata consciência de existir nada é senão Deus, sendo consciente de ser Ele próprio; e, que é impossível, a você, conhecer alguma coisa que seja desconhecida por Deus.