Dárcio
Falham os matemáticos, porém, a Matemática não falha! Assim são os princípios divinos revelados: são verdadeiros, perfeitos e permanentes! Se, em qualquer situação “desarmônica” que ilusoriamente nos defrontarmos, formos nos perder em divagações sobre sua causa, ou formos desanimar por estar persistindo a crença falsa, estaremos agindo alinhados com a ILUSÃO.
Conheci um professor de Matemática que com grande facilidade usava o que sabia para apresentar no quadro-negro a solução dos problemas que eram dados como exemplos sobre como eles deveriam ser solucionados. Este professor incentivava que procurássemos, sozinhos, resolver em casa outros problemas propostos pelo livro adotado, onde treinaríamos o que nos havia ensinado. Certa vez, ao tentar resolver sozinho um dos problemas, não consegui de forma alguma achar a solução, por mais que o tentasse! Pensei: vou levá-lo à aula; assim, na hora o professor me mostrará como resolvê-lo! E foi o que fiz. Entretanto, quando o professor foi me mostrar onde estava o meu erro, ele também não conseguiu! Tentou, tentou, e nada! Não conseguia resolver o problema! Então, disse-me o seguinte: não estou conseguindo ver agora a solução; vamos dar continuidade à aula, e eu o levarei para casa para poder analisar com mais calma! Na aula seguinte, veio ele com a felicidade estampada no rosto, mostrando o problema resolvido e o que havia empregado em sua solução! A “arma” que foi usada não havia sido lembrada, quando tentara anteriormente; mas, em casa, ele lembrou-se de um princípio da Matemática que pôs fim à questão!
O que devemos entender é isso: a Matemática tinha a solução e o professor é que tinha de descobri-la! Reclamar do problema seria solução? Não! Reclamar de tudo que foi tentado e não ajudou a resolvê-lo seria solução? Não! A solução se mostrou estando em se “achar o princípio” que desse fim ao problema! O desafio é este, e não o problema, já que SABEMOS que não há problemas no Universo da Realidade!
Cada artigo da Verdade expõe os princípios de que necessitamos! POR ISSO, QUANTO MAIS NOS DEDICARMOS EM CONHECÊ-LOS, MAIS “ARMAS DA LUZ” TEREMOS! Em seguida, sem jamais desanimar, devemos abordar as situações através das “contemplações absolutas assíduas”, quando aplicaremos estas “armas”. A certeza inicial sempre é esta: DEUS É TUDO e qualquer forma de desarmonia é NADA! O passo seguinte é, sem esmorecer, aplicarmos TUDO que já conhecemos, ATÉ QUE O NADA se mostre como NADA, em nossa percepção interior! E, neste “nosso conhecimento”, sempre devemos recordar que o que “nós conhecemos”, em termos de estudos, é somente o pontapé inicial para o CONHECIMENTO REAL ser praticado, ou seja, o reconhecimento de que DEUS É TODO CONHECIMENTO, e que DEUS JÁ É A NOSSA CONSCIÊNCIA ONISCIENTE, CIENTE SOMENTE DE SI MESMO COMO SENDO TUDO!
Há algum tempo, eu notei um problema de audição num dos ouvidos, e não dei importância, achando que pelas meditações normais aquilo, por ser ilusório, iria sumir por si. Mas não foi o que aconteceu, e aquilo perdurou, enquanto eu continuava achando do mesmo jeito, até que passou também para o outro ouvido! Eu dirigia pelas ruas e não ouvia nada! Foi quando notei que deveria ter cuidado dessa ilusão antes! As pessoas falavam comigo e eu só entendia alguma coisa ou gritada ou por leitura labial. A “avalanche” do mundo não parava de chegar! “Você não pode ficar assim! É perigoso dirigir nesse estado! Procure um médico!” E, como era uma ILUSÃO que não podia ser disfarçada, para que um “tratamento espiritual” pudesse ser feito sem contar com estas “opiniões”, pensei: “Tenho de pôr fim a isso rapidamente”. E comecei a fazer as “contemplações” de forma mais específica. As “Armas da Luz” usadas foram muitas, mas, nesse caso, duas delas foram constantes e marcantes: a primeira, uma frase da Seicho-no-Ie: “Toma conhecimento de que a saúde já está em ti”; a segunda, foi a percepção detalhada de que, como Deus está em TODA PARTE, e não há parte nenhuma de Deus que seja surda, no exato lugar em que a suposta mente humana detectava “falha de audição”, ESTAVA A AUDIÇÃO DIVINA como fato permanente e onipresente.
Como o tempo disponível para as “contemplações” tinha sempre de ser interrompido, pelas tais “responsabilidades do dia-a-dia”, este “tratamento” era feito dentro do possível. A certeza inicial era esta: não existe “ouvido que não ouve” dentro da Onipresença TODO-AUDIENTE! Isso era reconhecido radicalmente, e, em seguida, eu retornava às atividades normais, e de volta também à “avalanche” do mundo iludido: “Não sarou ainda? Nem melhorou?” E por aí vai! E esta ilusão vinha também de quem “estuda a Verdade”, e até em maior ênfase! “Puxa, até você, que conhece tanto, não resolveu!?” “Que força tem a ilusão”, etc. E tudo bem gritado, porque queriam mesmo que eu os ouvisse! Mas eu não ligava! Somente aguardava poder meditar novamente e repetir o reconhecimento: “Tomo conhecimento de que a saúde já está em mim; a Consciência Todo-audiente Se expressa aqui e agora como a minha audição perfeita!” Desse modo, intercalando as contemplações com as “opiniões do mundo”, passados cerca de 20 dias, percebi, durante a meditação, um “ruído” em meus ouvidos, como se fosse o de muitas abelhas voando dentro deles, e a audição perfeita foi restabelecida, calando a ILUSÃO e aqueles que, próximos a mim, davam voz a ela. É como ensina o princípio:
“A ilusão é impessoal, mas aparece como pessoa e como condição!”Vinte dias! Demorou muito? Em termos de “mundo”, demorou! Entretanto, na Verdade, o tempo não existe! ILUSÃO É NADA! Assim como são NADA os seus parâmetros de tempo e espaço! O importante mesmo é o princípio ser a VERDADE! E também nossa confiança nele ser TOTAL!