O grande significado do Primeiro Mandamento deve penetrar a fundo em nosso pensamento. Nossa constante necessidade é a de medir nossa obediência a ele, perguntando-nos se estamos atribuindo poder a qualquer pessoa ou a qualquer coisa além de Deus. A Divindade é a fonte de toda a realidade. Tudo o que Ele sabe é real e Ele conhece somente o bem. Portanto, unicamente o bem é real. Não há, nem pode haver, outro poder além de Deus, porque Ele é Tudo. Ele é o Único, e não existe coisa alguma fora de Sua totalidade. Um domínio e uma independência cada vez maiores se fazem sentir à medida que aprendemos o significado vital de não nos deixarmos sujeitar a poder algum, exceto o Poder de Deus. Ora, se concedermos poder ou realidade a qualquer outra coisa ou pessoa, estaremos, com efeito, admitindo outros deuses, e violando o Primeiro Mandamento.
No decorrer dos séculos, a humanidade fez enormes esforços para se libertar da escravidão de toda espécie. E a liberdade foi valorosamente conquistada em muitos setores da experiência humana. Conquistaram-se liberdades tais como o direito de voto, o direito de propriedade, de julgamento justo, de imprensa livre e de adorar a Deus de acordo com a própria consciência – aquisições extremamente importantes, as quais, conquanto ainda não tenham caráter universal, proporcionaram bênçãos incalculáveis.
Não será, porém, que a liberdade final deveria incluir o estar livre do pecado, da enfermidade e da morte, como Cristo Jesus prometeu?
Mary Baker Eddy pesquisou as Escrituras durante muitos anos, de modo que nós, seus seguidores de hoje em dia, pudéssemos obedecer às suas palavras: “Curai enfermos, ressuscitai os mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí.” A Sra. Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência cristã, pela graça e pela revelação discerniu que Deus é Amor, Verdade e Vida, como a bíblia O define, e que Ele é também o único Princípio divino e demonstrável. Ela percebeu que as portentosas obras de cura realizadas por Jesus não se baseavam numa fé cega nem eram uma dispensação especial a um só homem. Elas destinavam-se a toda a humanidade, porque Deus é o Princípio divino.
Moisés, que numa era remota da história deu-nos o Primeiro Mandamento de Deus, deu provas, em sua própria experiência, do poder libertador de se compreender a unicidade e a suprema autoridade de Deus. Percebeu essa verdade com tal clareza que obteve domínio, em grau excepcional, sobre as restrições e os temores do pensamento mortal. No deserto solitário, Moisés talvez tenha despendido longas horas em oração. Por certo emergiu, de sua experiência no monte Horebe, fortalecido pela convicção de que Deus é o grande “Eu Sou”. Moisés havia começado a discernir sua missão de libertar da escravidão egípcia os filhos de Israel. A liberdade individual de Moisés foi emergindo à medida que ele aprendia mais a respeito do único Deus.