Dárcio
“Estudar o Absoluto” é um modo de expressarmos nossa convicção de que existe, aqui mesmo, um Universo real e perfeito, mantido pela Sabedoria infinita do Absoluto. Esta convicção constitui o próprio “estudo”, pois, através dela, fazemos o reconhecimento de que a Mente única, dotada da Sabedoria infinita, é a Mente que está ativa como a Mente individual de todos nós.
A metafísica comum considera, geralmente, a ideia de que a Realidade espiritual Se transporta ao “mundo visível” mediante nossa conscientização de Sua presença no “plano invisível”. Essa colocação dualista, neste estudo, é deixada de lado, pois nos deixa presos ao trabalho mental de “conscientização”, e este não está incluso na vida pela Graça divina. A Bíblia afirma categoricamente: “A Minha Graça te basta” (2 Cor 12:9). A pura e simples aceitação imediata desta Verdade traduz o que chamamos de “estudo do Absoluto”.
Uma vida sem problemas é vista como utópica pelo mundo. Se dissermos que esta vida perfeita já está sendo a Vida de todos, no Reino do Absoluto, a maioria nos taxará de sonhadores, loucos ou otimistas demais, e isso porque a maioria julga a vida apenas segundo as aparências. A Verdade, porém, é que a Vida é perfeição em automanifestação, e, mais cedo ou mais tarde, toda a humanidade acabará por conhecer esta Verdade.
“A Minha Graça te basta” – eis o desafio lançado ao suposto intelecto humano. Abrir mão da suposta inteligência humana, para o intelecto, se torna algo dificílimo de ser feito, principalmente se formos considerar que toda a confiança terá de ser depositada no “Invisível”.
O mundo crê em atividades humanas; e o mundo religioso crê em atividades humanas ao lado das divinas. Em termos práticos, as duas crenças têm muita coisa em comum, pois o bem e o mal acabam sendo aceitos por ambas. A vida pela Graça somente se torna possível àqueles que aceitam incondicionalmente a Presença ÚNICA da Atividade divina (Oniação), imutavelmente perfeita. Assim, a vida pela Graça requer um conhecimento da natureza real de Deus, e este conhecimento nada tem de intelectual, por se fundamentar única e exclusivamente em revelações divinas.
A Bíblia e vários outros textos espirituais contêm revelações divinas, intuídas por seus autores em momentos de meditação, comunhão ou unidade com Deus. Esta literatura espiritual nos serve de guia até que, pela dedicação contante em reconhecermos que DEUS É TUDO, passemos a discernir diretamente a Verdade retratada de forma finita pelas palavras inspiradas. São inúmeras as passagens bíblicas enfatizando a existência de Deus e Seu Universo perfeito “antes que este mundo (aparente) fosse feito”. Precisamos discernir com clareza que NÓS fazemos parte dessa Realidade, que sempre esteve e se mantém sendo a Perfeição Absoluta.