TRATE-SE TODOS OS DIAS

TRATE-SE
TODOS OS DIAS
William Curtis Coffman
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Deus nos dotou da capacidade de manifestar Seu poder divino em nosso dia-a-dia. Para isso, é preciso preservar um sentido consciente da união com Deus, a Mente eterna. Quando começamos a conscientizar a presença eterna de Deus, que Ele está mais perto do que a atmosfera ou a luz solar, começamos a demonstrar nossa unidade espiritual com o Pai. Escreve Mary Baker Eddy: “Simplesmente precisais preservar um sentido positivo e científico de unidade com a vossa Fonte divina, e demonstrar isso todos os dias”.
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Um dos primeiros requisitos da oração que se faz por si mesmo é o de expulsar o medo, pois este é inimigo do progresso. O medo desaparece na medida em que se estabelece na consciência o fato de que toda realidade é Deus. Progride-se conscientizando-se todos os dias da superioridade que o homem tem sobre a velhice, os acidentes, a doença, a morte e todo o erro, e com a negação destes deve vir a afirmação da realidade espiritual de que o homem é espiritual e vive no Espírito de Deus. Deve-se reconhecer que o erro latente não tem lugar na consciência do homem e qualquer sugestão agressiva do mal que possa gritar para ser ouvida, deve ser calada. Não basta uma breve negação do erro em geral. As pretensões devem ser negadas especificamente e devem ser usadas verdades espirituais específicas para anulá-las. Esta limpeza específica do pensamento traz a paz de Deus que excede todo o entendimento humano.
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A Identidade em Cristo, a verdadeira Mente do homem, é sustentada por Deus. Não pode ser mesmerizada por sugestões mentais agressivas. Nela não há o menor traço de sugestões mentais agressivas que haveriam de amedrontar, desviar, deter, ou impedir-nos de fazer hoje o trabalho que nos compete. Vigília constante é o preço que temos de pagar para adequadamente proteger o nosso lar mental.
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Nosso dever para com Deus é não servir a nenhum outro deus—só ao único Deus infinito, que é Princípio, Vida, Verdade, Amor, Espírito, Alma e Mente divinos.
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O mal é sempre irreal. Não é um homem, pois o homem é ideia espiritual e perfeita de Deus. O mal é mero conceito errado, o oposto do que é verdadeiro. Portanto, o lugar único em que poderemos superar o erro é na consciência, em nosso próprio pensamento, e não no de nosso próximo. Independente de qual a discórdia com que pareça estarmo-nos confrontando, é preciso ver a sua irrealidade em nosso pensamento. Ela não tem maior realidade do que a que lhe damos. A oração por nós mesmos é a nossa linha de ataque. Sua finalidade primária é varrer do nosso pensamento todos os conceitos de existência que não se originam em Deus. Nesse processo de limpeza, naturalmente ajudamos os outros, pois os bons pensamentos, que manifestam Deus, abençoam todos aqueles sobre quem repousam.
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Quando ficamos tentados a fazer uma realidade do erro cometido por outra pessoa, estamos, sem o saber, alinhando-nos do lado do erro. Alguma crença na realidade do mal, que ainda não foi resolvida em nossa consciência, talvez nos disponha a crer que o erro de outrem é realmente a individualidade dessa outra pessoa. Resolve-se um problema humano, isto é, anula-se o erro, mediante o trabalho mental diário que se faz para si mesmo: e, nesse trabalho, acha-se incluído o deslindar em nosso próprio pensamento as tramas do sentido material.
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Se alguém quiser atingir a salvação plena do pecado, da doença e da morte, precisa ver mentalmente a irrealidade do que o sentido material chama de existência mortal e vir a compreender que sua única história real é sua história espiritual. O homem já se acha estabelecido como a expressão individualizada da Mente divina. É importante negar todo erro ou pecado no decurso da vida humana e afirmar, com compreensão, o fato oposto, isto é, a existência espiritual. O único meio certo de viver é o de manter o pensamento unido a Deus, é seguir com Deus e falar com Ele. Então o Espírito, a Mente, haverá de eclipsar as discórdias da matéria e trazer a cura. A obstinação, a justificação própria e o egotismo têm de ser sobrepujados porque são empecilhos à cura. Ocultam a unidade que há entre o homem e Deus.
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Cristo Jesus é nosso modelo para a cura pelo poder do Espírito. Sua obra de curar alicerçava-se na união que há entre o homem e Deus. Em certa ocasião, declarou: “Eu nada posso fazer de mim mesmo”, e noutra oportunidade disse: “Eu e o Pai somos um”. A Sra. Eddy escreve: “Assim como uma gota de água é uma com o oceano, um raio de luz um com o sol, do mesmo modo Deus e o homem, o Pai e o Filho, são um no ser”.
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É preciso grande humildade para demonstrar que o homem é um com Deus. O orgulho humano e a força de vontade não fazem parte da demonstração. A união com o Pai só é alcançada à medida que os mortais lançam fora a natureza carnal e manifestam a natureza divina. Para a obtenção desse mais elevado e digno de todos os objetivos, é essencial a oração diária por si mesmo, feita com compreensão.

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