A MISSÃO SANADORA DA VERDADE -3 -FINAL

A MISSÃO
SANADORA DA VERDADE
George Reed
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PARTE 3 – FINAL
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“Aquilo que não é” pode apresentar-se de forma sutil ou agressiva. Nossos livros-texto, no entanto, nos ensinam que um engano precisa ser trazido à luz no abstrato – sem referência a pessoas, lugares ou coisas, como numa parábola; ou então, de forma direta – com franqueza, honestidade e sinceridade; ou de forma enérgica, ou seja, com força, energia e poder espirituais; mas sempre sob o impulso do Amor divino. Em todos os casos, porém, precisamos deixar de acreditar no erro, precisamos desarmá-lo e destruí-lo com a compreensão da Verdade, provando que o mal se vence com o bem.

Por outro lado, será que existem ocasiões em que seria mais aconselhável não apontar um erro? Sim. Por exemplo, no caso de alguém que porventura possa reagir de forma violenta contra si mesmo ou contra outrem. Também não nos sentiremos inclinados a trazer um erro à tona enquanto ele parecer real para nós. Em alguns casos a sabedoria divina talvez leve o praticista a manter silêncio e deixar que a crença “daquilo que não é” se destrua a si mesma. Houve momentos em que Jesus permaneceu em silêncio, permitindo que a mensagem sanadora do Cristo falasse por si mesma. Se o praticista deve ou não apontar o erro de forma audível, será determinado por uma honesta demonstração da Verdade e do Amor. É evidente que o praticista estará sempre afirmando a verdade, mesmo que não a expresse de viva voz. A palavra de Deus somente pode ser expressa com autoridade, quando for proferida com base na sabedoria, compreensão espiritual e na demonstração. Um praticista tem o poder de dar voz à Verdade divina de forma eficaz na prática, quando ele compreende o que Deus sabe e quando demonstra a Verdade em sua própria vida. É então que a voz do Cristo se faz ouvir.

O que cura não é o que se sabe de uma pessoa ou de um problema, sob o ponto de vista humano, mas o que se compreende da totalidade de Deus e da perfeição do homem como Sua ideia. Quando a Verdade divina inunda o pensamento do praticista com o amor e a bondade da criação espiritual e pura de Deus, o erro inevitavelmente cede. O importante é não aceitar essa crença, não temer e tampouco lutar contra “aquilo que não é”, como se fosse uma realidade. Quando tranquila e firmemente substituímos o erro pela realidade da perfeição de Deus, a lei da Verdade desmascara o erro como sendo o nada e o destrói.

A história bíblica da cura de uma mulher que tinha uma hemorragia ilustra a ação da Ciência da cura cristã. Depois de sofrer doze anos e de haver despendido todos os seus recursos com os médicos de sua época, essa mulher procurou com toda a sua fé tocar Cristo Jesus em busca de cura.

A Sra. Eddy escreve esse incidente: “Quando Jesus voltou-se e perguntou Quem me tocou? Ele deve ter sentido a influência do pensamento da mulher; pois está escrito que ele reconheceu que dele saiu poder. Sua consciência pura discernira o que havia acontecido e proferiu o veredicto infalível; no entanto, ele não aceitou o erro da mulher por afinidade nem por enfermidade, pois ele o detectou e destruiu.” Jesus atendeu à exigência da Verdade e deixou que o Cristo detectasse “aquilo que não é” e o destruísse. A consciência do Cristo, que Jesus expressava, sabia que Deus é a única Vida perfeita e o Princípio da perfeição que a tudo governa. Jesus não associou o erro à mulher nem a si mesmo, pois a lei do Amor na destruição do erro manda que despersonalizemos o erro, considerando-o nada e ninguém, ao mesmo tempo que destruímos o pecado. A mulher foi curada.

Nosso Mestre mostrou-nos, e Ciência e Saúde nos explica, como deixar que o Cristo, a Verdade, detecte e destrua “aquilo que não é”, para que “aquilo que é” – a bondade e a harmonia espirituais – brilhe para todos. Mesmo que estejamos apenas iniciando na prática da Ciência Cristã, podemos discernir e expressar a sabedoria, a verdade e o amor de Deus, que fortalecem e protegem nossa demonstração da missão sanadora da Verdade.

(Extraído de O Arauto da Ciência Cristã – Dezembro 1994)

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