“PARA TI UMA LUZ MAIS CLARA…"-1

“PARA TI UMA LUZ
MAIS CLARA QUE A DO SOL”
Allison W. Phinney Jr.
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PARTE 1
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O escritor C. S. Lewis, em sua obra “The Chronicles of Narnia”, um conto de aventura e fantasia destinado a jovens e adultos, faz um relato de um sombrio reino subterrâneo governado por uma perversa rainha dotada de poderes mesméricos. Ela captura os heróis da história e, em determinado ponto, eles tentam descrever a essa entidade malévola o sol e o céu, para onde almejam retornar. A rainha cruel lhes faz, então, algumas perguntas que parecem inofensivas.

“O que é esse sol de que vocês tanto falam? Pergunta. “Essa palavra quer dizer algo especial?”

Um dos terráqueos tenta descrever o sol como algo semelhante a uma grande lâmpada suspensa no céu.  A rainha malvada pergunta onde o sol está pendurado.

Enquanto pensavam em como responder-lhe, ela acrescentou: “Percebem? Quando vocês tentam definir claramente o que é este sol, vocês não conseguem descrevê-lo… Esse sol é um sonho, não há nada nesse sonho que não tenha sido copiado da lâmpada. A lâmpada é a coisa real, o sol não passa de uma fábula…”

“…Após uma pausa e depois de muita luta em seus pensamentos, todos dizem juntos: “Estais certa. Não existe sol.” Foi um alívio dar-se por vencido e concordar.

Em vez de descreverem seu mundo, os heróis entram  em acordo, pelo menos temporariamente, com a sugestão de que o mundo que conhecem e amam não existe.

Lewis foi um cristão devoto e extremamente inteligente. Ele sabia que a experiência e o significado da luz espiritual sofrem, por vezes, sutil e persistente oposição do “bom senso” existente no mundo. Sua parábola, sob a forma de história, é intuitiva e irresistivelmente exata ao expor a natureza mesmérica da oposição ao Cristo, a Verdade.

Quem já não sentiu, por vezes, esse tipo de resistência à prática da Ciência Cristã, ao tratamento e à cura, como se essa oposição fosse de fato real? Trata-se, no entanto, de uma atmosfera mental que, em certas ocasiões, invade a consciência, como uma forte neblina que repentinamente cobre a paisagem.

Por exemplo, a sensação de que não lembramos como dar um tratamento pela Ciência Cristã, ou de que não desejamos fazê-lo agora, é um elemento dessa atmosfera mental. Pode ocorrer uma sensação de que o fluxo de ideias espirituais com que estávamos familiarizados tenha se interrompido por um motivo muito válido. A sugestão poderá dizer que o “realismo” exacerbado da existência material é esmagador. Muitos Cientistas Cristãos dedicados têm enfrentado esse tipo de desafio.

Faz-se necessário não apenas trabalhar com mais afinco, mas também com mais talento, para que nos elevemos acima dessa treva mental. Isso nada tem a ver com a esperteza pessoal, pois esse atributo não existe na demonstração espiritual. Podemos, no entanto, trabalhar em mais íntima e proveitosa concordância com as explicações cientificamente cristãs que a Ciência Cristã proporciona.
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A Ciência do Cristianismo, descoberta por Mary Baker Eddy, confirma a percepção que muitos cristãos tiveram sobre o mal. De certa forma aceitaram o que Jesus disse sobre o diabo, ou o mal: “é mentiroso e pai da mentira”. A Ciência Cristã, porém, revela o caráter irreal e essencialmente mesmérico do mal, pois a Ciência revela a onipresença de Deus, que é bom. Se quisermos ser bem sucedidos em nossa oposição à resistência ao Cristo, a Verdade, em vez de sermos constantemente desviados para uma interpretação pessoal e psicológica da vida, precisamos viver e pensar em termos dessa explicação científica.
Continua..>

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