“O que é esse sol de que vocês tanto falam? Pergunta. “Essa palavra quer dizer algo especial?”
Um dos terráqueos tenta descrever o sol como algo semelhante a uma grande lâmpada suspensa no céu. A rainha malvada pergunta onde o sol está pendurado.
Enquanto pensavam em como responder-lhe, ela acrescentou: “Percebem? Quando vocês tentam definir claramente o que é este sol, vocês não conseguem descrevê-lo… Esse sol é um sonho, não há nada nesse sonho que não tenha sido copiado da lâmpada. A lâmpada é a coisa real, o sol não passa de uma fábula…”
“…Após uma pausa e depois de muita luta em seus pensamentos, todos dizem juntos: “Estais certa. Não existe sol.” Foi um alívio dar-se por vencido e concordar.
Em vez de descreverem seu mundo, os heróis entram em acordo, pelo menos temporariamente, com a sugestão de que o mundo que conhecem e amam não existe.
Lewis foi um cristão devoto e extremamente inteligente. Ele sabia que a experiência e o significado da luz espiritual sofrem, por vezes, sutil e persistente oposição do “bom senso” existente no mundo. Sua parábola, sob a forma de história, é intuitiva e irresistivelmente exata ao expor a natureza mesmérica da oposição ao Cristo, a Verdade.
Quem já não sentiu, por vezes, esse tipo de resistência à prática da Ciência Cristã, ao tratamento e à cura, como se essa oposição fosse de fato real? Trata-se, no entanto, de uma atmosfera mental que, em certas ocasiões, invade a consciência, como uma forte neblina que repentinamente cobre a paisagem.
Por exemplo, a sensação de que não lembramos como dar um tratamento pela Ciência Cristã, ou de que não desejamos fazê-lo agora, é um elemento dessa atmosfera mental. Pode ocorrer uma sensação de que o fluxo de ideias espirituais com que estávamos familiarizados tenha se interrompido por um motivo muito válido. A sugestão poderá dizer que o “realismo” exacerbado da existência material é esmagador. Muitos Cientistas Cristãos dedicados têm enfrentado esse tipo de desafio.