O PREÇO DA CURA CRISTÃ

O PREÇO
DA CURA CRISTÃ
Marian C. English
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PARTE I
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Aquele que já foi curado pela oração, conforme é ensinado pela Ciência Cristã, teve a oportunidade de avaliar o presente inestimável que Deus nos concedeu. E esse presente é concedido gratuitamente, como Cristo Jesus ensinou e demonstrou. Todavia, nosso progresso contínuo na descoberta espiritual não apenas revela perspectivas mais amplas do grande poder para o bem, que Deus provê, mas também nos mostra o significado destas palavras de Isaías: “Ah! Todos vós os que tendes sede, vinde às águas, e vós os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei.”

Sim, a cura espiritual é comprada por um preço. Este não pode ser medido em termos de dinheiro, mas em termos de esforço individual para compreender e obedecer às exigências de Deus, para descer à Verdade e ao seu poder. A Bíblia estabelece uma norma. Ela diz: “Adora, pois, ó Israel, que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor teu Deus, ande em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, para guardares os mandamentos do Senhor, e os seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?”

Colocar a genuína reverência e o amor a Deus em primeiro lugar, em nosso dia-a-dia, permitir que todo pensamento e ação sejam governados por Ele, adorá-Lo por meio da obediência às Suas leis é uma responsabilidade que nos obriga a dar um passo para além da mera promessa, no sentido de compreender e demonstrar cada vez mais a relação do homem com Deus. Jesus deixou claro que nada podia fazer de si mesmo, mas compreendia a união do homem com Deus, cujo poder é uma fonte de cura que jorra incessantemente. Jesus orou para que não apenas seus seguidores imediatos, mas os de todas as épocas, pudessem compreender a filiação com Deus e vivê-la com a mesma fidelidade demonstrada por ele.

O progresso espiritual não é um processo em que a mortalidade se funde na imortalidade ou o pecado e o sofrimento se fundem na felicidade. Em vez disso, é uma aceitação constante, a cada momento, da identidade atual do homem como semelhança perfeita de Deus; é a disposição semelhante à de uma criança, de fazer com que nosso dia-a-dia esteja em conformidade com esse ideal que se baseia no Cristo. Isso exige humildade e abnegação, requer que estejamos prontos para deixar a mortalidade e o pecado para trás. Admitir honestamente que o ser inteiro do homem está totalmente de acordo com Deus, o bem, dá-nos o incentivo e a iniciativa para abandonar todos os conceitos errôneos acerca de nós mesmos e de outros. Estimula o desejo de pesquisar as Escrituras à luz da Ciência Cristã, para compreender o Ser divino. À medida que aprendemos mais acerca de Deus e em nossa vida praticamos o que estamos aprendendo, nosso caráter cristão torna-se mais evidente. Tal progresso revela novos aspectos, vivos e belos, de Deus e de Sua criação e estabelece um firme fundamento para a decisão de não permitir que nada interfira com o crescimento espiritual, mesmo que este encontre resistência.

A oposição ao progresso material pode assumir diversas formas. Uma das mais óbvias é a interpretação errônea e a deturpação por parte da sociedade, das verdades que a Ciência Cristã ensina e demonstra. Mas a oposição mais agressiva é, em realidade, uma oportunidade para maior salto de progresso. Pensemos, por exemplo, na crucificação de Jesus e nas extensas consequências de sua ressurreição.

Talvez um dos obstáculos no progresso se apresente sob a forma de uma depreciação irrefletida de nossa própria prática modesta do poderoso cristianismo estabelecido por Jesus. Em todo esforço correto, porém, quem mais progride é aquele que não se deixa paralisar pela autocrítica. Ele está pronto para avançar, obedecendo humildemente ao que compreende no momento. A lição de Cristo sobre a fé do tamanho de um grão de mostarda, capaz de mover montanhas, não é proferido em vão para aquele que está disposto a crescer.

Continua..>

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