Lyle R. Young
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PARTE III – FINAL
Em muitos pontos da Bíblia, Deus é revelado como sendo o único poder. Uma vez que Deus é onipotente, a pretensão do medo, de ser capaz, quer de criar a doença, quer de bloquear a cura, tem de ser oca. O único poder do medo é o poder que a crença humana lhe atribui. À medida que recusarmos admitir a existência de algum poder além do Amor infinito, poder esse chamado medo, veremos que não importa se esse suposto poder pretende discutir com o paciente ou com o praticista. O medo não pode ser nem causa nem efeito, e é nosso direito divino provar, através da cura, que o medo não tem poder.
Houve um praticista que recebeu uma chamada telefônica, no meio da noite, de uma senhora pedindo ajuda em nome da sua filha adolescente, que estava sentindo uma intensa doer de estômago. O praticista aceitou o caso e começou imediatamente, através da oração silenciosa, a acalmar o seu próprio medo, o da mãe e o da filha. Pouco tempo depois a mãe voltou a ligar, informando que, como a filha continuava a sofrer e o pai, não sendo Cientista Cristão, insistia que a filha devia ir ao hospital, ela achava que era melhor ir. O praticista continuou a orar, enquanto a moça era conduzida ao hospital, até sentir uma sensação de paz e ficar completamente livre do medo. Em seguida foi-se deitar, sentindo plena confiança de que tudo estava bem, apesar de não ter recebido mais nenhuma notícia da mãe.
No dia seguinte, a mãe ligou para agradecer ao praticista o seu trabalho. Ela informou-o de que, a caminho do hospital, a sua filha tinha sido curada. A dor tinha desaparecido completamente e os médicos confirmaram, após a realização de alguns exames, que a filha se encontrava perfeitamente bem.
Um dos temores com o qual me tenho confrontado na minha prática de cura é o de que alguém, experimentando o tratamento da Ciência Cristã pela primeira vez, possa não ser curado imediatamente e, como conseqüência, não venha a explorar mais a fundo a Ciência Cristã. Para lidar com esse medo, descobri que me era útil estabelecer as minhas orações com base num ensinamento primário da Ciência Cristã: há uma só Mente, Deus, e esta é a única Mente, a única Consciência real, tanto do praticista como paciente. Portanto, em realidade, ninguém é recém-chegado para Deus e Seu poder, para a interpretação natural de Deus acerca de Si próprio na Ciência Cristã, ou para a perfeição desse alguém como reflexo, imagem e semelhança de Deus.
Quando se dá tratamento a outrem pela Ciência Cristã, nunca se tem a necessidade de tolerar, mesmo em pequeno grau, a sensação de medo. Todo o entendimento, todo o amor, todo o poder de Deus está do lado do praticista e do paciente; porque não há lado para o medo ou para a doença. Nossa grande necessidade consiste em aceitar essa gloriosa verdade e seguir confiantemente Cristo Jesus. Ele prometeu que os seus discípulos poderiam curar. Há alguma razão para dúvidas?