AMOR É LUZ-1

AMOR É LUZ

MARIE S. WATTS
parte 1

Costuma-se dizer que Deus é Amor, o que realmente é verdadeiro. Fala-se também que Deus é Luz, o que equivale a se declarar um fato estabelecido. Em vista disso, conclui-se que o Amor é Luz, e Luz é Amor. Vejamos como esta Verdade universal atua no Universo, no mundo e em nosso dia-a-dia. Observemos também de que forma este Amor, que é Luz, funciona em nosso corpo como o próprio corpo.

O enfoque inicial de qualquer Verdade deve ser a partir de um ponto de vista universal. Os dois principais motivos que justificam esta recomendação são: (1) Tudo que é Existente, no Universo e como o próprio Universo, é também Existente em e como a vida, o corpo e a experiência de cada Identidade específica. (2) Ao considerarmos qualquer Verdade a partir de sua universalidade, livramo-nos inteiramente do conceito de que podemos conhecer, possuir ou ser esta Verdade universal de modo pessoal.

Vale recordar que o aparente possuidor de todo tipo de problema é o falso conceito chamado “ego pessoal”. Não há  Verdade nenhuma que seja pessoal. Há somente a Verdade impessoal, universal e infinita. Portanto, a única maneira de se considerar uma Verdade corretamente, e com sucesso, será necessariamente partindo-se do ponto de vista de sua universalidade.

O Amor é uma Existência universal. Ele já está presente em toda parte, inteiramente por igual. É tão onipresente quanto a Vida, a Consciência, a Mente, ou a Luz. O Amor é inseparável da Mente consciente viva. Não há qualquer linha delimitando o fim do Amor e o começo da Inteligência consciente viva. Ambos são a mesma Existência universal, sem limites de divisão entre si. Onde quer que a Consciência esteja, e também a Vida ou a Inteligência, o Amor ali estará presente.

É óbvio que não falamos do amor humano. A emoção transitória conhecida por amor humano é, na verdade, mísera imitação do Amor onipotente e infinito que é Deus. Nada de natureza temporal se relaciona com o Amor infinito. Este último é uma Existência eterna. Além disso, o Amor é um fato onipresente, relativo à Existência inteira.

O chamado amor humano certamente tem inicio num determinado momento. Assim, inevitavelmente ele terá que ter um fim. Estando sempre à mercê de flutuações e mudanças, não há nada que o impeça de caminhar em direção extremamente oposta, ou seja, o ódio. O amor humano é possessivo; frequentemente é usado como desculpa para que se dominem os chamados entes queridos. Não existe prisão maior do que a representada pelas restrições às quais alguém acaba se sujeitando em nome do amor humano.

Com que facilidade encontramos aqueles que lutam para se livrar do jugo e das restrições do amor humano! Por outro lado, com a mesma facilidade, verificamos que os que empregam esta errônea maneira de amar se julgam os únicos que deveriam sofrer correções. Isso não é verdade. Alguém que se deixa ser dominado ou restringido é tão errado quanto quem pretende dominar ou escravizar a outrem segundo este falso conceito de amor.

Continua..>

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