HELEN B. CHILDS
O Cristo, a Verdade, está tão ativo na consciência hoje, como estava quando João registrou a mensagem do Cristo no livro do Apocalipse:
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”. Com frequência lembro-me dessa carinhosa vizinha que apresentou a Ciência Cristã a uma família que, há quatro gerações, vem recebendo suas bênçãos abundantes. Admiro sua confiança no poder sanador de Deus. Mais do que tudo, porém, tenho gratidão pela oração expectante que, sem dúvida, antecedeu sua visita corajosa e abriu caminho para o coração receptivo que aguardava portas adentro.Quantas vezes nós também somos confrontados com o anseio clamoroso de nosso próximo, quer seja um vizinho que more em nossa rua, ou alguém que viva do outro lado do globo! Nosso coração, em silêncio, chega até lá. Queremos ajudar. No entanto, somente se vestirmos o manto do Cristo, ou seja, se vivermos as qualidades crísticas de compaixão, pureza e dedicação à espiritualidade, é que poderemos ter certeza da receptividade que abrirá a porta ao Cristo sanador.
Sem dúvida, é verdadeira a afirmação: “Precisas ser veraz, se a verdade queres ensinar./ Teu coração tem de extravasar, se o de outrem queres tocar.”
Como, então, podemos ser de substancial auxílio ao coração faminto que clama por ajuda? Os problemas da atualidade são de tal monta que o mero esforço humano parece desconcertantemente inadequado. Incorremos no risco de nos desgastar, sem ao menos tocar a superfície do problema.
Podemos, no entanto, nos sentir encorajados sabendo que há, na Ciência do Cristo, uma solução prática e eficaz para cada caso. Podemos estar certos de que a resposta para todos os males da humanidade é revelada pela Mente divina.
Por meio de nossa silenciosa comunhão com Deus, a única Mente, na doce quietude da oração que se dispõe a ouvir, o pensamento torna-se receptivo à Mente divina, ou seja, ao que é divinamente verdadeiro. Discernimos, então, a ideia espiritual de Deus, o Cristo, que demonstra a presença e o poder do bem para curar e abençoar.
Cultivemos, portanto, a confiança na quietude eloquente da oração. Precisamos estar atentos, porém, quanto à resistência à Verdade que tenta desviar nosso rumo com um anseio de fazer alguma coisa antes mesmo de estabelecer a oração, como base de nossos atos. A Ciência Cristã prova que a mera atividade humana, por si só, não realiza necessariamente muita coisa. A autodisciplina da oração põe em prática a superioridade da metafísica e prova que o ser é domínio e autoridade expressados. Regozijemo-nos por saber que nosso inato desejo de ajudar reflete o Amor divino, que é Deus.