“AGORA SOMOS FILHOS DE DEUS”

“AGORA
SOMOS FILHOS DE
DEUS”
Dárcio


“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.”
I JOÃO 3:2

Este versículo exemplifica o que é a visão iluminada e o receio que cada revelador costuma ter quanto à possibilidade de ser mal interpretado. Este receio, porém, se não for anulado, acabará tirando o próprio poder da revelação! Por que é revelado que “agora somos Filhos de Deus” para, logo em seguida, ser dito que “ainda não é manifestado o que havemos de ser?”  Como alguém poderia ser agora um Filho de Deus e, neste mesmo agora, este fato não estar manifestado?

Esta aparente contradição está, na verdade, ocultando o receio de que alguém que ouça esta Revelação, e ainda se julgue um ser humano vivendo na matéria, confunda o Filho de Deus com a aparência, ou seja, com sua suposta identidade humana. Entretanto, isso acaba dando margem a errôneas interpretações. Uma delas é a crença de que o Filho de Deus, que agora somos, “surgirá com o tempo” na aparência, o que contradiz por completo a fala de Jesus: “O Meu Reino não é deste mundo”. Que está João realmente querendo dizer? Ele está revelando a Realidade divina, já manifestada e consumada, que Se encontra além do alcance da suposta mente humana. Ao dizer que “ainda não é manifestado o que havemos de ser”, está revelando a necessidade que temos, individualmente, de fazer um reconhecimento radical e consciente desta Verdade. No mesmo AGORA em que Jesus Cristo é Filho de Deus, somos TODOS Filhos de Deus. A diferença não está em Deus nem no passar do tempo. A questão exige um “despertar”, uma renascimento, uma percepção clara de que “o nascido da carne é carne (ilusão)”, e o “nascido do Espírito é Espírito (Realidade)”.

O Filho de Deus é AGORA a Identidade real e única de todos nós. Jesus ENCONTROU-SE dentro de Si mesmo e indicou-nos o mesmo Caminho. “Quem perder a sua vida (humana) por amor de Mim achá-La-á (Vida divina)”. (Mateus 10:39). A vida humana é “perdida” concomitantemente com o encontro da Vida real, a Vida eterna de Deus que Se manifesta como a nossa Vida eterna. Buscar esta Vida interior é o objetivo da oração. Como devemos orar? Eis a resposta: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará”. (Mateus 6:9).

Se Jesus assim nos ensina a orar, significa que foi orando dessa maneira que pôde ele receber secretamente a “recompensa” do Pai. Que recompensa é esta? O Reino de Deus; a consciência de não ser “deste mundo”, a consciência de ser Filho de Deus. Este é o objetivo da oração; esta é a recompensa que devemos considerar. Muitos não percebem que a verdadeira recompensa é a descoberta de sua natureza divina e eterna. Confundindo-a com “benefícios temporários deste mundo”, avaliam o estudo em função do aumento ou diminuição dos mesmos. Se a aparência for boa, julgam estar no caminho certo; se a aparência for má, põem em dúvida as revelações ou princípios espirituais. Não percebem que, “engolindo a maçã do conhecimento do bem e do mal, estarão expulsas do paraíso!”

“Amados, AGORA somos Filhos de Deus”. “Vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes”.(Mateus 6:8). Não precisamos nos ocupar com os “benefícios deste mundo”; não precisamos nos envolver com o julgamento segundo as aparências, se elas são boas ou más. Devemos nos ocupar com o quê? Com o reconhecimento de nossa FILIAÇÃO DIVINA, com a COMUNHÃO COM O PAI, com a Verdade absoluta de que “Eu e o Pai somos UM..

Por mais que o mundo da aparência pareça ser real, ele não passa de uma espécie de sonho ou miragem. Frequentemente isto é encontrado em textos sobre a Verdade; porém, logo  após ser lido por todos, em seguida é esquecido. Por quê? Porque geralmente as pessoas continuam crendo que a aparência seja real.

“Mas sabemos que, quando ELE Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque ASSIM COMO É O VEREMOS”. (I João 3:2).

Quando Ele Se manifestará? Não é AGORA que, pela Revelação, SOMOS FILHOS DE DEUS? É AGORA! Entretanto, se nos identificamos com um “eu humano”, nascido de pais humanos num mundo material temporário e mutável, esta VERDADE será vista apenas como “possibilidade futura”. Por outro lado, se “entrarmos no aposento da Consciência interior”, o “Esconderijo do Altíssimo”, que é a nossa própria ALMA, receberemos a “recompensa do Pai”, isto é, a VISÃO QUE NOS PERMITE VÊ-LO COMO É; E ENTÃO, ESTAREMOS NO AGORA EM QUE A ELE SOMOS SEMELHANTES; ESTAREMOS NO AGORA EM QUE SOMOS FILHOS DE DEUS; ESTAREMOS NO AGORA EM QUE ESTA VERDADE JÁ ESTÁ MANIFESTADA!

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