DÁRCIO
PARTE 3
Suponhamos que nos seja mostrada a foto de uma maçã, e que baseados nessa foto, tirássemos a conclusão: a maçã está perfurada pela flecha. Será que a foto, tirada apenas de um ângulo, o superior, nos daria condições de garantir que a maçã estivesse furada? Não. Outra foto tirada lateralmente, por exemplo, seria necessária para que a nossa conclusão não fosse equivocada, pois, assim veríamos realmente se a flecha estaria perfurando a maçã ou se estaria somente passando por baixo dela, gerando a ilusão de a estar atingindo, caso ficássemos vendo a cena somente por cima.
A mente humana avalia tudo em função de “três dimensões”, largura, comprimento e profundidade, mais o “tempo”. Como o Universo espiritual é ADIMENSIONAL, ou de INFINITAS DIMENSÕES COEXISTENTES, didaticamente falando, quaisquer dimensões, além das três citadas, que pudessem ser percebidas, anulariam por completo as impressões tidas pela mente humana sobre o mesmo. Em outras palavras, quanto maior for o número de dimensões percebido, melhor será o CONCEITO DE UNIVERSO formado. Contudo, enquanto o Universo infinito não for percebido diretamente com a Mente infinita, estaremos diante de uma ILUSÃO. Estaremos diante de algo finito, que, de modo limitado, tenta retratar algo infinito. Em vista disso, como poderíamos aceitar esta “aparência” como realidade ou existência? Impossível! Uma “aparência”, por não retratar o INFINITO, por ser ela ILUSÃO, não dispõe de lei alguma para apoiá-la. É por esse motivo que, aos olhos do mundo, há casos de curas e soluções milagrosas envolvendo pessoas e situações, quando as aparências são transcendidas juntamente com a sua lógica, dando lugar à revelação do FATO PERFEITO, ESPIRITUAL, SEMPRE-PRESENTE, exatamente onde a imperfeição vista pela mente humana parecia existir.