Lillian DeWaters
-1-
O Espírito é nosso único Ser, Eu ou MIM — incorpóreo, imensurável, sem fronteiras, sem tempo e sem espaço. Não há nenhum ego, corpo, mente, ser material ou humano, e nenhum mortal. Existe unicamente “MIM” — EU SOU o UM que é Real e Presente.
Quando esta nova Revelação é vista e aceita, não mais há doença, sofrimento, dor ou morte. Tão logo se desvaneçam as crenças e ensinamentos que nos veem como mortais, humanos ou humanidade, não mais existirão as distorções e concepções errôneas, nem ensinos falhos ou pensamentos errôneos.
A visão de que o Eu Único, “EU”, ou “MIM, reina sozinho, e de que não pode haver nenhuma outra identidade — seja como mente, consciência ou corpo — deve fazer com que se rejeitem e se descartem crenças e ensinamentos que identifiquem alguém como sendo homem ou humanidade; pois, no âmago desse tipo de identificação, está a sujeição ao sofrimento, doença e limitação.
Nosso livramento, portanto, não é do sofrimento, da preocupação, do medo ou da velhice, mas o livramento em que alguém para de acreditar ou de aceitar que ele é um ser humano ou um mortal, e que seu corpo é material ou físico.
A cura da doença jamais porá fim à doença, nem poderá a cura do sofrimento dar fim ao sofrimento; tampouco a negação da matéria fará algo além de manter alguém na crença de que ele é um mortal, e que seu corpo é material, prolongando, desse modo, sua associação com a doença, carência e sofrimento.
Esta nova Revelação está destinada a vir universalmente. O tempo é aqui, não somente para que conheçamos a Verdade inadulterada, mas, para que a anunciemos em alto e bom som. O Espírito é nosso Único Eu, o Espírito é nosso único Corpo, o Espírito é nosso único Mundo — Completo, Perfeito, Presente. O Espírito é o único “Eu”, ou “Mim”.
Em decorrência dessa Revelação extremamente profunda — de que somente o Espírito é tudo, e de que nada mais está presente aqui e agora, senão o Espírito, Deus, o UM — a crença e o ensinamento de que somos mortais, humanos ou humanidade terão seu final decretado.
Ao percebermos que somente nosso Eu, ou Eu Sou, existe, deveremos logo em seguida renunciar a toda crença e ensinamento que nos mantém sujeitos à mortalidade e sofrimento por nos identificar com outro ser, mente e corpo, que não o Um. Tal crença e ensinamento deverão ser abandonados.
À Luz de nosso amor ilimitado e irrestrito pela Verdade e Realidade, e na certeza de nossa Visão pura e Conhecimento perfeito de que existe somente um Eu, uma Consciência, um Mundo, nós sabemos e declaramos que jamais houve um desvio do ser, nem uma criação de mortais. Sabemos que não somos um mortal! Sabemos que não somos mente humana! Sabemos que não somos um corpo material. Sabemos que não vivemos numa existência humana!
Somente existe a Verdade. O Eu Sou único, a Seidade única, é Princípio, Poder, Vida e Ser. Que ninguém mais continue crendo que se pode descobrir o que é a Verdade através da reversão da ilusão ou pela negação dos sentidos materiais. O conhecimento pelo Espírito interno, de que a Verdade É, traz o simultâneo conhecimento de que não há sentidos materiais. Alguém identificado somente como a Única Mente não possui nenhuma consciência de ilusão ou crença no erro.
Um fato deveria ficar evidente: somente a crença retida por alguém de que ele está separado, ou sendo outro, senão o Único Eu, Ser ou Mente, pode levá-lo a acreditar em seres mortais, em sentidos materiais e na ilusão; e, dessa forma, ele ficaria sujeito aos problemas, vicissitudes, limitação e sofrimento.
Tão logo alguém perceba e aceite a Revelação de que Deus, Espírito, é a Sua Totalidade, e a Totalidade de todos, e de que ele não está separado de Deus, nem do Espírito, conhecerá a nulidade do testemunho material, da crença mortal ou existência humana. Sua única terapia para o pecado, doença, sofrimento e limitação será seu próprio Conhecimento perfeito e a percepção de que o Espírito é sua própria Egoidade eterna, presente aqui e agora como a Totalidade de sua Vida, Ser, Mundo e Existência.